O Filho Do Vitorioso (Jogos Vorazes) escrita por Cíntia


Capítulo 21
A pedra e a flor


Notas iniciais do capítulo

Será que Tulip e Diamond resolveram as suas pedências? Ou a briga irá ficar pior? Veja no próximo capítulo.
Agradeço a todos que estão lendo a história, isso é realmente importante para mim. A história ganhou mais um leitor nas últimas horas (agora são 8 leitores registrados acompanhando a história), agradeço a essa pessoa, quem quer seja, espero que goste e continue acompanhando. Meus agradecimentos especiais vão para a Mary L S e a Julia Zanni que comentaram no último capítulo. Seus comentários realmente me animaram como sempre. Vocês são ótimas. Esperam que todos gostem desse capítulo e comentem.



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Tuly já estava bem perto de mim quando falou:

- Diamond ... desculpa. Eu não devia ter agido daquela forma.

Ela se deitou em cima de mim, nos cobriu e me beijou.  Um beijo calmo onde eu pude mais uma vez ,  sentir os seus lábios e o sabor da sua boca.  Foi longo, e quando ela precisou recuperar o ar, eu falei:

- Então não vai se irritar novamente por causa de beijos?

- Não, não vou... – sua voz começou  fraquejar um pouco-  Eu tenho minhas dúvidas, talvez não seja a melhor coisa se envolver dessa forma, mas não temos tempo a perder.  Nós dois não ficaremos vivos por muito mais tempo. Eu prefiro aproveitar esse tempo a brigar.

Então eu a beijei novamente, e depois vieram outros beijos.  Eu sentia o seu calor, o seu cheiro, a sua respiração, e assim fui embalado para o meu sono.

Acordei no dia seguinte e Tulip ainda dormia com a cabeça apoiada em meu peito. Era uma sensação gostosa. Ela dormia de forma tão tranqüila, e eu fiquei observando-a. Não queria acordá-la. Estava tão bonita e calma, que eu não contive o meu sorriso. Ela acordou e me viu sorrindo:

- Bom dia – disse ela me devolvendo o sorriso

- Bom dia. – eu respondi

Ela me parecia feliz e eu também estava.  Alguns pensamentos ainda me perturbavam, mas companhia e o carinho de Tulip  os aliviavam.

Enquanto comíamos, ouvimos um tiro de canhão.  E mais uma vez não consegui ver a aerodeslizador. Outra morte, sobravam apenas 9 na arena. Era um número perigoso. Me lembrou que os jogos não iam durar muito mais tempo.  Já estava próximo de uma decisão. Eu e Tuly tínhamos pouco tempo juntos, e eu queria aproveitá-lo.

A caça e a coleta foram rápidas nesse dia.  Enquanto deixamos os alimentos na fogueira, eu e Tulip,  nos deitamos abraçados.  Trocamos beijos, conversamos sobre coisas sérias e bobas. Até falamos sobre os nossos nomes:

- Somos elementos feitos pela natureza – eu falei

- Você é uma pedra preciosa e eu uma flor – ela riu

- Tulipa é uma flor linda, mas nenhuma, qualquer cor que seja,  chega perto da sua beleza ou me traz uma sensação tão boa. – ela deu outro sorriso

- Vou receber esse elogio e fingir que acredito. – deu outra risada, só que com tom de deboche – O diamante é a coisa mais dura feita pela natureza.  Mas não acho que você seja tão duro assim. –  ela riu novamente

- Não acha?  Não sou durão?– eu me fingi de irritado ,me virei, ficando em cima de Tuly e comecei a fazer cócegas nela

Ela ria bastante, eu parei com as cócegas, e ela conseguiu falar:

- Você tem sentimentos, consciência.  Não é assim que eu pensava que seria um carreirista. Você não é tão duro, e eu gosto disso.

Eu a beijei de forma mais apressada e urgente. A situação ficou mais quente do que deveria, nossas mãos percorriam os nossos corpos, então paramos.  A arena não era lugar para aquilo. Não! Todos estavam nos observando.

Comemos, guardamos nossas coisas nas mochilas, e fomos deitar próximo ao riacho.  Passamos uma tarde agradável.  Foram mais beijos e mais conversas.  Falei da minha família, de como era a vida na vila dos vitoriosos, a minha relação com o meu pai, que havia se tornado mais próxima quando vim para a arena.  Mostrei meu medalhão e a foto que havia dentro. Ela me contou mais aspectos da vida dela, como era repressão no distrito 11, que era difícil, mas que ela, os pais e os irmãos eram muito unidos e se amavam. Falou que gostava muito de aprender e ensinar as coisas, que ensinava os irmãos, gostava de crianças. Seu desejo era ser professora, mas sua família não tinha condições para mantê-la estudando e ela tinha que trabalhar para ajudá-los.  Se não tivesse vindo para os jogos, em breve largaria definitivamente a escola.

Nossas vidas eram cheias de contrastes.  Mesmo assim, nós dois estávamos ali juntos. Eu pensei, se Tuly voltasse ela poderia realizar o seu desejo. Ela não precisaria mais se preocupar com dinheiro e poderia estudar, se tornar professora. A família dela ganharia conforto, e eu? Minha família não precisava de mim para melhorar de vida.  Meu pai ficaria devastado, eu sei, ele já tinha muitos traumas. Minha mãe e irmãos ficariam bem tristes, mas eles não precisavam de mim financeiramente. Tulip tinha mais motivos para ganhar os jogos, e de repente, eu pensei que entre eu e ela, eu não me importaria se ela voltasse para casa. Não queria morrer, mas também não queria que ela morresse.

A imagem de Una, a menina do distrito 9 apareceu no céu á noite.  Lembrei de Jurgen ensangüentado, com a garganta cortada, ela era do mesmo distrito dele. Tuly e eu já estávamos em cima da árvore, abraçados em baixo do cobertor.  Trocamos muitos beijos, e em certos pontos as coisas ficaram mais quentes. Eu tinha vontade de mais, acho que ela também, mas estávamos na arena, onde todos nos veriam. Não era essa a imagem de Tulip que eu queria passar para todo  Panem. Também estávamos em cima de um galho e qualquer movimento mais brusco, a gente cairia da árvore.

O dia seguinte começou calmo e a agradável. Eu cacei e ela colheu frutas. Já tínhamos uma boa reserva de comida. À tarde resolvemos migrar, havia algum tempo que estávamos no mesmo lugar, seria bom mudar um pouco e provavelmente mais seguro. Ficar sempre num mesmo local poderia atrair inimigos.

Tuly falava com animação, quando percebi uma movimentação estranha,nos escondemos atrás de um arbusto, ficamos completamente quietos.  Em pouco tempo, vi Tammy passando no mesmo caminho em que estávamos, ela tomava cuidado para não fazer muito barulho e seguiu em frente.

Tulip fez menção de se levantar, mas eu a segurei. Ela não entendia tanto cuidado com Tammy, afinal na sua cabeça, aquela garota inocente não seria páreo para gente. Ela não sabia do que Tammy era capaz.

Passado alguns momentos, saímos do nosso esconderijo.  Ela já tinha conseguido uma boa distância da gente. Resolvi seguir Tammy, queria ver onde ela estava indo, o que estava fazendo.  Tuly foi comigo. Tammy poderia nos notar, mas achei melhor ir atrás dela. Ela era uma pessoa perigosa,  eu queria saber  o que estava tramando.  No futuro isso poderia salvar a minha vida e de Tuly. E se ela tentasse nos atacar enquanto a seguíamos, eu tinha a minha lança pronta para uma investida.


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Notas finais do capítulo

Ahhh, Mary L S você acertou, seus comentários estão virando spoilers, pára de acertar um pouco... hahaha, brincadeira! Eu sempre gosto de comentários, acertando ou não o que vai acontecer.
Então o que acharam? Tammy reapareceu, o que irá acontecer? Diamond e Tulip farão alguma coisa com ela? Ou ela fará algo com eles? Não percam o próximo capítulo. E recomendem, comentem, dêem as suas opiniões, e sugestões. A participação dos leitores sempre me anima a escrever, e a falta disso me deixa triste e um pouco sem rumo.



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