Capitulo 9

4 ANOS DEPOIS

(N.A a expectativa de vida de uma pessoal com Leucemia é de cinco anos, eu to pegando leve com quatro, sim eu sou muito má).

Vou resumir os últimos três anos. Eu descobri que eu era compatível com Elena e comecei a doar partes de reposição pra ela. O que a deixava irritada, pois eu acabava no hospital por causas das infecções, e por que minha imunidade só estava a cair.

Ela brigava comigo por causa disso. Ela diz que eu não preciso fazer isso pra provar que a amo, ela só precisa saber que eu vou sempre estar do lado dela. Eu faço isso por que eu a amo, por que eu não quero deixá-la partir.

Ela estava deitada com a cabeça no meu peito, sua respiração ainda estava irregular, por causa das nossas atividades...

-Stef? – ela mi chamou.

-Sim – falei, acariciando seu cabelo.

Ela tinha parado de fazer quimioterapia já que não adiantava de nada mais, então seu cabelo voltou a crescer, com um ano e meio já tinha voltado ao normal.

 -Para, por favor – ela pediu.

-Parar com o que?

-De salvar minha vida.

-Elie... Já conversamos sobre isso.

-Como você acha que eu mi sinto sabendo que eu estou mi acabando e levando você junto?

-E como você acha que eu mi sinto sabendo que você esta morrendo e eu posso fazer algo?

-Não importa o que você faça nada vai mudar o final.

-Mas eu posso ter mais tempo com você, não importa se são apenas mais cinco minutos.

-Eu não mereço você – disse ela suspirando.

-Você merece tudo – falei.

Ela suspirou e deitou a cabeça no meu peito.

-Eu não quero ir pra casa – disse ela resmungando.

-Liga pra Jenna e fala que você vai passar a noite comigo.

-Não posso Clara esta meio deprimida, ela terminou com o namorado, vamos fazer uma festinha do pijama, com muito sorvete e vodka.

-Você não pode beber e você sabe – falei.

-Ah relaxa Stef – disse ela se levantando da cama

-Não mi obrigue a aparecer na sua festinha e estragá-la – falei mi sentando e vendo-a andar completamente nua pelo quarto ate o closet onde ficava as roupas dela.

-Não seja resmungão Stef, agora levanta essa bunda deliciosa daí e vem ajudar sua namorada com leucemia a tomar um banho bem quente – disse ela sacana.

Eu sabia, eu sabia que não ia dar boa coisa, eu avisei não avisei? Avisei e ela mi ouviu? Não mesmo, se existia uma palavra pra definir Elena seria Teimosia. Parece que ela faz de propósito só pra mi irritar.

Elena ainda apresentava sinais de bebedeira quando eu cheguei ao hospital, ela já tinha perdido muito sangue, então eu fui servir de doador pra ela, já que seu sangue era de um tipo raro e por sorte éramos do mesmo tipo sanguíneo.

-Teimosa – falei.

-Ah relaxa Stef, eu só bebi um pouco. Nada demais.

-Não, nada demais. É por que não é o seu sangue sendo tirado.

-Você esta nervoso só por que você esta doando seu sangue? – ela perguntou.

-Não eu estou nervoso por isso, eu estou por causa da sua irresponsabilidade, você sabe muito bem que não pode beber eu a avisei essa tarde e você mi escutou?Claro que não você nunca mi escuta, você faz isso pra mi irritar?

-Não Stefan, é pra esquecer, tentar mi distrair por que minha vida é um saco se eu não estou em casa eu fico no hospital, eu estou cansada disso, pra mim já deu.

Eu não falei mais nada com ela, apenas quando a transfusão acabou eu sai do quarto. Esperei ela dormir pra eu ir pra casa eu não queria discutir com ela agora. Cheguei em casa, peguei uma garrafa de wisk e mi joguei no sofá e comecei a beber e pensar.

Eu estava fazendo certo? Quer dizer salvar a vida dela era o certo a se fazer, mas eu estava tirando o direito de escolha dela, ela mi lembrava disso todos os dias, eu estou sendo tão egoísta assim? Fazendo a ficar viva, mesmo contra a vontade dela.

Eu a amo tanto, eu não quero deixá-la nunca e saber que ela vai morrer em tão pouco tempo acabava comigo de maneira assustadora, pensar que eu um dia vou acordar e não vou tê-la ao meu lado, que eu vou viver sem suas piadas, seus ataques de raiva quando alguém a contrariava.

Já eram quatro anos. Quatro anos de dedicação total a ela, fazendo tudo que ela quis, salvando a vida dela, te todas as maneiras possíveis. Lembro de uma vez que a encontrei andando sozinha bêbeda em plenas duas da manhã, ela tinha dezesseis anos.

Flash Back ON

Eu estava voltando pra casa, depois de resolver uns problemas pra Zack, estava começando a chover quando mi deparei com Elena sentada numa calçada bebendo. Tínhamos brigado feio por causa de suas teimosias constantes.

-Você esta brincando comigo? – perguntei.

-Não, eu estou na esperança que um Serial Killer mi encontre e mi mate de uma vez, não é bom morrer aos poucos, é cansativo – disse ela tomando mais gole de sua bebida, sentei ao seu lado – Estou pra fazer uma placa escrita “Mi mate”.

-Jenna sabe que esta aqui? – perguntei tomando sua bebida e bebendo.

-Fugi de casa, provavelmente a policia já esta atrás de mim.

-Vem, eu vou te levar pra casa – falei mi levantando e a puxando.

-Eu não consigo andar – disse ela cambaleando.

Pensei minha casa só ficavam a duas quadras e a dela ficava mais ou menos a um quilometro Elena não estava conseguindo andar e provavelmente não teria ninguém em casa já que Damon estaria com alguma mulher e Zack estava viajando a negócios. Peguei-a no colo e a levei pra minha casa, a chuva estava ficando cada vez mais forte, ensopando nos dois.

Cheguei em casa, subi direto pro meu quarto, coloquei a na cama enquanto ia no banheiro.

-Consegue tomar banho sozinha ou esta bêbada demais?

-Consigo – disse ela se levantando.

Desci e fui fazer um café bem forte pra ela. Ouvi a água sendo desligada, subi minutos depois com seu café. Ela estava deitada na minha cama embrulhada, ela estava usando uma camisa minha e uma cueca Box.

-Espero que não se importe – disse ela.

-Não mi importo. Toma, vai fazer com que você fique menos bêbada.

Ela bebeu o café e mi entregou a xícara, fui deixar a xícara na cozinha quando voltei, ela já estava dormindo a cobri e dei um beijo em sua testa, fui tomar um banho e tirar aquelas roupas molhadas, peguei uma calsa e uma camisa de pijama, por precaução.

Sai do banheiro, peguei um travesseiro e um cobertor e estava indo pro sofá quando Elena acordou.

-Aonde vai? – ela perguntou meio grogue.

-Dormir no sofá. Boa noite – falei mi dirigindo até a porta.

-Não, fica eu preciso de você – disse, eu estava torcendo pra ela não dizer isso, não é fácil se controlar com uma mulher na sua cama usando apenas uma camisa.

 Dei meia volta e fui ate a cama, deitei o mais longe possível dela, dei graças a Deus pela cama ser de casal.

-Stef... – ela mi chamou, oh Deus, por favor, mi ajude.

-Sim?

-Mi perdoa, eu sou uma idiota... –ela começou mais eu a interrompi.

-Esta tudo bem, foi só uma briguinha.

-É e eu taquei um vaso em você – disse ela rindo.

-Não acertou, é o que importa – falei acariciando seu rosto.

Eu mi aproximei dela e a beijei, ela segurou meu cabelo puxando-o de maneira violenta e desesperada, interrompi o beijo por falta de ar, desci os beijos por seu queixo e pescoço e subindo ate sua orelha, onde eu mordi, fazendo-a soltar um gemido baixo e ficar toda arrepiada.

*****

Fim do Flash Back

Foi nossa primeira vez e primeira vez dela depois do que John fez, foi perfeito, ver aqueles olhos castanhos cheios de desejo e excitação, enquanto eu a fazia minha, pra sempre minha.

Quando dei por mim eu já estava chorando, eu não podia perdê-la nunca.