Socorro! Minha Mãe Virou Funkeira. escrita por Ingrid Fonseca


Capítulo 7
Que os jogos comecem!




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Os dois se encararam por um momento e minha mãe quebrou o silencio.

- O que faz aqui? Não estava em Miami...

- Londres – Ele corrigiu. Minha mãe deu de ombros – Você está diferente!

- O que faz na minha casa? – Ela pergunta friamente.

- Vim ver minha filha e convidar – lás para jantar lá em casa hoje a noite.

- Não obrigada – Abrir um sorriso falso.

- Que é isso Julia, seu pai fez a gentileza de nós convidar e você recusa desse jeito – Ela olhou para meu pai e abriu um sorriso – Iremos sim.

- Então nós veremos lá.

Meu pai se despediu e saiu.

- Que diabos você estava pensando? – Gritei – A noivinha dele vai está lá, eu não quero conhecer – lá.

- Eu não sei o que fiz – Ela murmurou.

**


Estava quase na hora do jantar, eu vesti um vestido xadrez e uma sapatilha e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo. Minha mãe ainda estava de roupão olhando para o guarda – roupa.

- Não irei.

- Irá sim. Você me meteu nessa furada, agora terá que ir.

Ficamos em silencio por alguns segundos.

- Será que ela é bonita?

- Acho que não, com certeza a senhora é muito mais – Disse a abraçando – Agora se vista... Coloque o vestido preto tomara que caia, é o único decente.

Ela deu uma risada forçada e se vestiu.


Fomos jantar no novo apartamento do meu pai, um apartamento na Ponta da Praia. Minha mãe e eu estávamos no elevador esperando chegar no terraço. Conseguir perceber que minha mãe estava muito nervosa ao mesmo tempo ansiosa.

- Mãe, a senhora está bem?

- Estou sim querida... E você?

- Mãe, vamos a uma pizzaria ao invés desse jantar ridículo.

- Bem que eu queria... Mas tenho quer ser forte – Ela disse mais para si mesma do que para mim.

Eu segurei a mão dela e saímos do elevado. Andamos até a porta de madeira escura e a encaramos por alguns segundos até que minha mãe bateu na porta. Respiramos fundos e logo a porta abriu-se bem divaga.

Uma loira robusta com cabelos longos e bem lisos, olhos azuis como o mar e um sorriso branco com a neve abriu a porta com um sorriso amigável.

- Vocês devem ser Julia e Bianca... Eu sou Marina – Ela esticou a mão para me cumprimentar, mas a ignorei. Minha mãe percebendo que eu não a cumprimentaria a cumprimentou com tanta falsidade quanto um DVD pirata vindo do Paraguai.

- É um prazer te conhecer – Minha mãe disse sem humor.

- O prazer é todo meu!

O prazer também de roubar o meu pai é seu... Você adorou esse prazer né? – Pensei e imaginei a esfaqueando como se fosse apenas um pedaço de carne. Talvez ela só fosse um pedaço de carne para o meu pai.

Entramos no apartamento, era absolutamente lindo e moderno com certeza ela o decorou e meu pai, como sempre, pagou.

- Belo apartamento!

- Obrigada.

- Queridas... – Meu pai disse sorrindo e abrindo os braços para me abraçar e abraçar minha mãe – Como vocês estão lindas! – Ele nos abraçou.

Senti náuseas, aquela cena de família feliz era tão falsa e ainda havia uma forasteira no meio de tudo mundo. Aquele cena não parecia real, minha mãe, meu pai, eu e a amante do meu pai que agora é noiva dele no mesmo apartamento jantando alegremente. Aquilo não parecia ser real, mas era.

Estávamos todos sentamos na sala de jantar comendo arroz e salada de frutos do mar em silencio. Marina decidiu quebrar o silencio me perguntando algo:

- Então, Julia e os namoradinhos?

- Que?

- Como vão os namoradinhos? Na sua idade eu tinha vários namorados...

- Na minha idade? Tipo, a cinco minutos atrás? – Disse ironicamente.

Meus pais riram e Marina deu uma risada forçada e me encarou.

- Muito engraçadinha!

- Eu tento – Disse sorrindo.

- Seu pai já falou sobre a viajem para Londres? – Ela disse toda alegre agarrando o braço nele. Percebi que minha mãe ficou desconfortável .

- Helena, posso lhe fazer uma pergunta?

- Claro!

- Como é namorar um homem com o dobro da sua idade? É nojento? Você sabia que quando você tiver 40 anos, meu pai terá 85? Eu nunca namoraria um velho. Muitas mulheres lindas ficam com homens mais velhos por causa do dinheiro.

- Julia! – Meu pai disse furioso.

- Julia, isso não é assunto de um jantar e nem de outro lugar... Peças desculpas!

- Desculpa – Disse sem vida – Vou pegar mais salada.

Levantei-me e fui para a cozinha, resmunguei um pouco e peguei a salada.

- Julia! – Marina me chamou – Querida, eu queria falar contigo, bem acho que podemos ser amigas, sabe...?

- Não, não sei. Eu sei que você é “legal” comigo, mas eu nunca gostarei de você, nem hoje e nem nunca.

- Eu tentei ser boazinha... Ser “a” amiga, mas assim não dá... – Ela abriu um sorriso maligno e me olhou com seus olhos enormes – Casei de ser boazinha... Se fizer algo comigo, eu farei sua vida um inferno. Se quer jogar? Nós iremos jogar.

Eu dei uma risadinha.

- Bom, não sei se meu pai lhe disse, mas eu sou ótima em jogos – Disse e dei uma piscadela para ela.



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Notas finais do capítulo

Madrasta má ou Julia que é má?
Gostaram do capitulo?