Garoto Errado. escrita por AlgodãoDoce
Notas iniciais do capítulo
Disse que talvez eu iria postar se tivesse comentários, e graças aos reviews das leitoras, aqui está o capitulo!
A fantasma de cabelos curtos e loiros, os olhos pequenos e um pouco puxados me encarava timidamente, sim, ela era bonita, mas sua beleza não chegava nem aos pés da beleza de Juliana.
– Oi Manoela. - Falei um pouco frio.
– Por favor. me chama de Mannu. - Ela dá um sorisso. - Disculpa, acho que não deveria ter vindo, você parece estar cansado...
– Ahhh, Mannu! Fica vai! - Grita Débora.
– Não quero ser um incomodo...
– VOCÊ NÃO TÁ INCOMODANDO NINGUÉM AMIGA! - Berrou Débora. Sempre exagerando nas palavras.
– É... quem está encomodando aqui é outra pessoa...- Encarei Débora com um olhar torto. Levei um pequeno soco de Martim.
– Então eu posso ficar Dani? - Pergunta Mannu.
– Ué, fica. - Fui até a minha guitarra. - To lá na sala. - Falei para Martim e Félix.
Não queria ficar na edicula com a Débora, não iria suportar ela gritando ou então fofocando com a Mannu.
Cheguei na sala, antes de começar a tocar, queria ter certeza de que o pai da Julie estava no trabalho, realmente, não havia ninguém em casa. Começei a compôr uma música nova.
'' Como Dói perceber que o fim chegou tão de pressa e eu nem tive tempo de provar pra você... ♪ ''
– Oi! - Julie abre a porta da sala, rapidamente parei de tocar.
– Olá.
– E então, o que está compondo?
– Uma música, o que mais eu iria compôr.... - A respondi, Julie se sentou no sofá. Respirei fundo, não queria ser grosseiro. - Julie... sobre aquela pergunta que eu te fiz... - A morena me interrompe.
– É, o que foi aquilo? Você tava estranho...
– Esqueçe que eu te fiz aquela pergunta boba tá.
– Tá mas... - Ela suspira. - Eu nem te respondi.
– E nem precisa... O que aquele cretino queria com você? - Tratei logo de perguntar.
– Ele me pediu um favor. Eu preciso ajudar ele a conquistar uma garota.
– Huum... - Começei a mexer na guitarra, não queria demonstrar estar interessado no assunto, mas eu precisava saber mais coisas. - E vai ajudar como ?
– Vou fingir ser a namorada dele por alguns dias.
Quase me engasguei.
– O QUE? Julie, porque aceitou isso ?!
– Porque eu sei como é gostar de alguém que não sente o mesmo.
– Eu também sei. - Sussurrei, Juliana não ouviu. - E então... você vai... ser a namorada dele?
– Fingir. - Ela me corrige.
– Você deve estar toda feliz.
– Não, não estou. Isso significa que ele gosta de outra, não de mim. - Ela respira fundo. - E também, cansei dele. Não quero mais me apaixonar.
Ficamos calados por alguns segundos.
– Mas... você ainda gosta dele né?
– Daniel... por favor, muda de assunto, vai.
– Porque não quer me responder ? Gosta dele é ?
– Para... - Diz ela com a voz fraca. - Qualquer coisa estou no meu quarto. - Percebi que, pela primeira vez. Julie não queria falar no Nicolas.
Ela subia lentamente as escadas, eu a admirava enquanto subia, Julie olha para trás, disfarcei e olhei para a guitarra, não queria que ela percebesse que eu a encarava enquanto subia. Ela voltou a andar, escutei o barulho da porta de seu quarto bater.
– Olá, Daniel. - Surge Demétrius na sala.
– Ai... saco.
– Isso não é jeito de me comprimeitar, não acha?
– O que você veio fazer aqui ?
– Eu que te pergunto, o que você pensa que está fazendo? - Ele sorri. - Se apaixonando...?
– Não sei do que está falando.
– Vou refrescar sua memória. Julie, Juliana Spinelli.
– O que tem ela... ?
– Daniel, não se faça de bobo. Você sabe muito bem do que eu estou falando, você está se apaixonando pela viva...
– ...
– E você não pode. Você é um fantasma.
– E o que quer que eu faça ?! Você acha que estou curtindo essa de sofre por aquela viva... cretina. - E linda.
– Bom... Espero que você esqueça a humana.
Me levantei do sofá e o encarei.
– E se eu não esquecer... o que vai fazer comigo ?
– Com você? - Ele ri. - Daniel... com você nada. Mas com a Julie...
Antes mesmo que eu pudesse voar no pescoço de Demétrius, ele some.
Quem era ele para me ameaçar? Ou pior, quem era ele para ameaçar a Julie assim? Estava revoltado. Não revoltado com Demétrius, pois ele apenas estava tentando fazer o seu trabalho, eu estava revoltado comigo mesmo, eu não devia ter me apaixonado, eu a coloquei em risco, estou pôndo a Julie em risco.
Atravessei a parede e fui para a edicula, acho que pelo menos lá eu teria um pouco de paz.
– Olha quem chegou... - Débora dá uma olhadinha para Mannu ao me ver.
– Débora, não enche o saco. - A respondi. - Não estou para brincadeiras. - Falei sério.
– O que houve cara? - Pergunta Martim.
– Demétrius.
– DEMÉTRIUS! - Félix se assustou.
Mannu e Débora se entreolharam.
– Dan.. posso falar com você? - Pergunta Mannu, um pouco em vergonhada. - Se possivel á sos? - Martim, Félix e Débora somem.
- ooi Mannu, pode falar. - Disse educadamente, não sei porque, não conseguia ser grosseiro com a Mannu, afinal, ela era um doce de pessoa.
– Eu sei que você está triste... mas eu não sei o motivo direito, sei que é por causa de uma viva e ...- A interrompi.
– Mas não é possivel, aqueles dois fantasmas não conseguem guardar um segredo... eu não estou triste por causa de uma viva, estou triste porque sou um fantasma! ... - Estava quase gritando, Mannu me encara assustada. - Eu não estou apaixonado por viva nenhuma. - Menti.
Mannu dá um sorriso.
– E quem aqui disse que você estava apaixonado? - Droga, ela me pegou!
– Ahh.. Martim e Félix sempre dizem isso... e eu já to cansado disso. - Novamente, Minto. Martim e Félix nunca disseram que eu estava apaixonado, mas sempre levantavam suspeitas dizendo que eu sentia algo por Juliana.
– Então, não está apaixonado? - Ela chega mais perto.
– Não. Não estou.
– Que bom. - Ela segura minha mão.
– Olha Mannu... Eu sei que você estava apai.. - Ela me interrompe.
– Daniel... esquece o passado. - Ela toca delicadamente o meu rosto. - Não estou mais apaixonada por você como antigamente. - Sorri aliviado, afinal, não queria magoa-lá. - Mas estou aqui para te ajudar.
– Ajudar? Ajudar em que?
– Você sabe que o Demétrius conhece o segredo de cada fantasma certo?
– é...
– Ele me contou que você... sente algo pela humana Julie.
– Droga... Vamos mudar de assunto.
– Não... Não posso, estou aqui porque Demétrius me mandou. Estou fazendo um favor a ele.
– Como assim ?
– Você queria esquece-lá ?
– É... queria. - Mas não consigo.
Mannu se senta no sofá vermelho da edicula, ao meu lado, ela tira a guitarra que por algum motivo atrapalhava o seu caminho, ela coloca rapidamente e delicadamente o instrumento no chão. E chega cada vez mais perto de mim. Tentava controlar meu nervossismo, afinal, não sabia ao certo o que Mannu pretendia fazer, resolvi me virar para o outro lado, sinceramente, quando Mannu era viva, na epoca do colégio, seu comportamento era um pouco estranho, e me assutava um pouco. Ela está bem pior agora, com esse rosto pálido, e me assusta ainda mais quando ela disse que está fazendo 'Favores a Demétrius.'
Senti sua mão fria na minha nuca, eu ainda olhava para o outro lado.
– Mannu, por favor, vá embora. - Ao acabar de falar, ela vira meu rosto, me fazendo olhar para ela.
– Não posso. - Com os dedos, ela toca lentamente em meus lábios. - Não agora. - Ela encosta seus lábios nos meus, e me beija.
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