Sabádo-

No dia seguinte, acordei com os raios de sol, entrando pela janela da cabana. cocei os olhos, pois ardiam devido a claridade, que eu ainda não havia se acostumado.

Levantei da rede com cuidado, pois eu estava sonolenta, reunidando coragem, abri a porta da cabana, e fu até o poço pegar água, para preparar o café da manhã.

Já com a água, no caneco, coloquei para ferver, enquanto escovava os dentes, após terminar de escovar os dentes, fui até a parede onde ficava a rede, lá tinha um calendário.

–Sabádo.- falei ao ler que dia estava.

Para algumas pessoas, sabádo é um dia de estar com amigos, família, e por ai vai. Mas para mim, sabádo é somente sabádo, onde eu passo metade do dia, sozinha. Não sozinha, com a solidão, é o correto dizer.

Parei com os pensamentos e continuei a minha rotina.

Voltei para o fogão, apaguei o fogo, fui até o armário, pegar algo para comer, tinha algumas bolachas, precisava fazer compras, mas deixaria para mais tarde, já que tenho que lavar as roupas, no riacho perto daqui.

Já com o estomâgo cheio, passei o olhar, pelo quarto improvisado, onde havia uma cama, uma comoda, um báu, lá estava o que eu procura.

Peguei o báu, colocando o mesmo em cima da cama, abri, nele tinha algumas fotos, roupas.

Procurei por um vestido amarelo, com bolinhas pretas, e uma sapatilha, para colocar depois do banho, para ir a cidade.

Deixei a roupa ali na cama, enquanto devolvia o bau em seu lugar, peguei as roupas sujas, e caminhei para o riacho.

Chegando lá, sentei na beira do mesmo, respirei o ar, da grama fresca que tinha ali, era possível ver, o orvalho nas folhas, olhando para o riacho, vi o quanto o lugar era lindo, comecei a lavar as roupas.

Horas depois-

Já tinha se passado algumas horas, já tinha terminado de lavar as roupas, agora estava jogando pedrinhas no riacho e olhando quantos pulinhos ela dava, senti o calor do sol, batendo sobre minha cabeça, voltei para a cabana, pegando a roupa que vestiria para ir ao mercado.

Andando em passos largos, voltei para o riacho, me despi, e comecei a banhar-se.

[....]

Eu estava dirigindo em direção ao mercado, para que ninguém vesse realmente como sou, coloquei uma mascara, para tampar os ferimentos.

Depois de fazer a despeza eu estava, com uma ideia, que havia parado desde manhã, no riacho, eu só precisava de coragem, para olhar em um espelho depois de tantos anos.

A questão é, depois que vim morar no lugar sem civilização, venho fazendo ervas medicinais e passando nas cicatrizes, e desde os três anos e uma semana, que eu não vejo sequer um espelho, depois daquela imagem que não sai da minha memória, que vi no hospital, peguei medo de espelhos.

Freei o carro, ao parar em um hotel luxuoso, percebi que havia um espelho imenso no final do corredor, entrei no mesmo.

Minhas mãos suavam, minha respiração estava falha, eu realmente estava com medo de um espelho, mais meu medo era maior ainda, eu estou completamente curiosa para saber como meu rosto está, se as ervas surtirão efeitos.

Finalmente eu havia chego de frente para o espelho, com as mãos trêmulas, tirei a máscara, largando a mesma no chão, caminhei mas para frente, eu não podia acreditar no que via, meu rosto, passei a mão naquele local, confusa, ou aquele espelho reflete o que as pessoas querem ver, ou eu estou cega.

Lágrimas escorriam pela minha face, incrédula com a imagem que ali, eu via.

–Moça, você está bem? Por que chora?-perguntou uma senhora.

Coloquei as mãos no ombro dela e chorando falei:

–O que a senhora ve? O que há no meu rosto? Seja sincera, por favor?- implorei a ela.

Secando as lágrimas e arrumando o cabelo para que ela pudesse ver melhor, a senhora me encarou confusa e disse:

–O que vejo?- perguntou e eu acenti- Vejo uma moça linda, com faces coradas, e que chora por um motivo que eu não sei.- disse sorrindo.

–Então é verdade? - perguntei olhando pro espelho.

Sorri, eu estava curada, meu rosto não tinha mais aquelas cicatrizes horríveis, olhando bem aquela senhora, pude reparar que ela estava bem vestida, com maquiagem nos olhos, ela parecia estar nas casas do 40, fitei os olhos dela, e lembranças do meu passado começaram a passar pela minha cabeça, e minha vó Lucy James, é que estava ali.

–Lucy James? - perguntei.

A senhora me olhou espantada e hesitante disse:

O QUE A SENHORA DISSE?

Descubra isso, somente no proximo capítulo, com reviews.

Eu sei que sou má, mais eu quero saber o que as minhas leitoras tão achando, OBSERVA SÓ.

REVIEWS+ REVIEWS+MUITO REVIEWS = MUITOS CAPÍTULOS SURPREENDENTES E REVELADORES.

BJ BJ XAUU.