Things That Remain Unspoken escrita por JK2_Faberry


Capítulo 14
Love is a Battlefield


Notas iniciais do capítulo

Ei gente linda do meu coração. Prometi que não ia demorar tanto pra posta o próximo capitulo, e conseguio/ Capitulo grandao,apesar que é mais sobre Lauren e Santana com uma dose de Faberry, mudei umas 500 coisas nele,mas acho que no final consegui passar o que eu queria. Obs: nao é o começo de nada nem o fim de nada. Espero muito que gostem.Erros de português são perdoáveis kk *;*



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Logo pela manha percebi que Rach estava certa. Aquela historia de “uma festinha só para os íntimos” era mentira. Havia mesas espalhadas pelo quintal, serviço de buffet, e como se já não fosse um tanto exagerado aquilo tudo, os Berrys ainda contrataram uma banda local para animar a reuniãozinha com os amigos mais próximos. O que depois eu descobri era que na verdade a banda que pediu para fazer o show como um presente por um dos clipes que eu tinha feito para eles.

Ainda estava me arrumando quando os primeiros convidados começaram a chegar, a maioria, pessoas que eu nunca tinha visto na vida. Hiram tratou de ir ate o meu quarto buscar Miguel que já estava devidamente limpo, arrumado e alimentado e começou a desfilar com ele pela casa, apresentando-o a todos com o orgulho de um avo.

Depois de cumprimentar todas aquelas pessoas e conversar um pouco com meus colegas do jornal, resolvi fazer companhia a Lauren que estava sentada sozinha em um das mesas perto da banda.

– Com tantas opções eu jurava que a essa altura você já estaria dormido com metade das garotas da festa.

– Você tem toda razão. É o que eu deveria estar fazendo.

– Então por que voce esta aqui sozinha?

– Eu não sei. Não consigo entender. Todas essas garotas loucas por mim, e eu não me sinto atraída por nenhuma delas. Droga o que esta acontecendo comigo? Acho que estou doente.

– Acho que você esta apaixonada.

– E não é a mesma coisa?

– Na verdade não.

– Então é muito pior. Você já sofreu disso, o que acontece a agora?

– Você tem que lutar pela garota.

– Eu estou lutando, mas a sua amiga é difícil. Ela não cede as minhas investidas, não me leva a serio e insiste que tem uma namorada imaginaria.

– Britt é real Lauren.

– Bom ela não esta aqui, certo? Essa é a minha vantagem.

– Elas namoram desde sempre. Essa é a vantagem da Britt.

– Tudo bem ela pode estar na frente, mas isso não significa que eu vou desistir. Como você disse, tenho que lutar pela garota. Só tenho que descobrir como fazer isso.

– Não vou dizer que estou torcendo por você, afinal Britt também é minha amiga, mas é como diz aquela musica “o amor é um campo de batalha”, então que vença a melhor.

– É isso Quinn! – me assustei com a empolgação de Lauren. – Como diz aquela musica. Já sei o que tenho que fazer. Graças a você, a Rach e esse maldito glee club. Eu vou cantar pra Santana.

– Você o que?

– A Rach sempre diz que o melhor jeito de expressar o que sentimos é cantando. Eu particularmente sempre achei isso estúpido. Não eu ainda acho isso estúpido, mas vocês parecem adorar essa idiotice. É perfeito. Já tem ate a banda.

– Espera você quer fazer isso aqui e agora?

– Claro, por que não?

– É bem corajoso da sua parte.

– Eu sei, estou nervosa só de pensar, mas eu vou fazer isso. Eu vou subir naquele palco, e vou me declarar pra Santana, assim que ela aparecer – comecei a olhar pelo jardim.

– Olha ela esta ali conversando com a Rach. – Lauren pareceu assustada.

– Ok não esperava que isso fosse tão rápido. Não importa. Coragem Lauren, vamos agora. Vamos? Sim vamos Lauren, não vai ser o maior mico da sua vida. Mas e se for o maior mico da minha vida? E se as pessoas começarem a rir? – Eu já estava rindo com aquela discussão de Lauren com ela mesma.

– Finja que estão todos pelados, ouvir dizer que ajuda.

– Quinn eu não fico com ninguém há quase cinco dias, não acho que imaginar essas pessoas peladas vai me ajudar, mas eu vou tentar. Me deseje sorte?

– Boa Sorte.

– Ok. La vou eu. – Lauren ainda ficou um tempo parada olhando para o palco antes de finalmente começar a caminhar em direção a ele. Enquanto observava os passos lentos de Lauren, Rach abandonou a conversa com Santana e se aproximou da mesa onde eu estava.

– Sabe o que é engraçado? Meus pais são ricos e me obrigaram a crescer ouvindo sobre a importância de sempre economizar dinheiro e é assim que eles fazem uma comemoração só para os íntimos? – Rach perguntou com um tom meio engraçado. – Não esta curtindo a festa?

– Estou. Só resolvi me sentar um pouco para fazer companhia a Lauren, a propósito me responde uma coisa, ela é sempre assim extremamente determinada quando quer conquistar uma garota?

– Na verdade sim. Uma vez ela ficou uma semana fingindo que estava doente e comprando dúzias de remédios só pra tentar ficar com a garota que trabalha na farmácia, mas por que a pergunta?- Não respondi, apenas apontei na direção do palco onde Lauren estava acabando de interromper a banda, chamando a atenção de todos na festa. – O que a Lauren esta fazendo?

– Ela vai se declarar para a Santana, do jeito que a gente costuma se declarar.

– Não, não, não. Ela não pode fazer isso.

– Por que não? Ela canta tão mal assim?

– Lauren odeia cantar, mas esse não é problema. Britt esta aqui, esse é o problema.

– Oh isso não é bom, isso não é nada bom. Eu vou atrás da Lauren, tenho que impedi-la antes que a... – me levantei pronta para correr ate o palco, mas quando me virei dei de cara com a outra loira. – Brittnay. Olha você aqui. – Britt me deu um abraço forte dizendo que estava com saudades e começou a falar sobre Miguel, e eu ate tentei manter a conversa para que ela não percebesse o que Lauren, que já segurava o microfone, estava prestes a fazer. Pena que a própria Santana estragou minha tentativa.

– O que a Lauren esta fazendo? – Rach e eu trocamos olhares com a pergunta de Sant.

– Você não vai querer saber, e é melhor você se sentar. – Sant não ouviu o conselho de Rach e continuou em pé segurando um copo de suco, quando finalmente Lauren começou a falar.

–Som, teste, som. Não acredito que estou fazendo isso. Bom gente desculpa corta a banda mas, situações desesperadas pedem medidas desesperadas. Pra quem não me conhece, acho que a maioria das pessoas aqui, meu nome é Lauren, e eu sei que vocês devem estar esperando que eu faça algum discurso emocionante sobre a superação de Quinn para ter um bebe, mas não é isso, ate por que eu que fiz o parto, mas isso não vem ao caso. Eu estou aqui por que, eu estou apaixonada. – Sant cuspiu metade do suco que estava bebendo, antes de Lauren continuar. – Eu nunca me senti assim por ninguém e o problema é que eu não sei mais o que fazer para conquista essa garota. Sim eu sou gay, não que isso seja um problema aqui. Enfim a questão é que por alguma razão idiota, minhas amigas acreditam que cantar é o melhor jeito de demonstra-la o que eu estou sentindo, e é por isso que eu estou aqui, pagando esse mico, como minha ultima tentativa. Então sem mais enrolação ... – Lauren olhou para a banda e fez um sinal para começarem a tocar uma musica que não era bem o que eu esperava.


Man it's a hot one

Like seven inches from the midday sun

I hear you whisper and the words melt everyone

But you stay so cool

My muñequita, my Spanish harlem Mona Lisa

You're my reason for reason

The step in my groove


And if you say this life ain't good enough

I would give my world to lift you up

I could change my life to better suit your mood

Cause you're so smooth


And it's just like the ocean under the moon

Well that's the same as the emotion that I get from you

You got the kind of lovin that can be so smooth

Give me your heart, make it real

Or else forget about it


Não foi só a escolha da musica que me surpreendeu. Podia não ser a mais romântica ou ate apropriada, mas era a cara da Lauren que para minha imensa surpresa cantava super bem e ate se arriscava a fazer algumas dancinhas durante a musica. Fiquei tão distraída com a apresentação que por um momento me esqueci do quanto aquilo era catastrófico e só me lembrei por que infelizmente Britt percebeu o que estava acontecendo.

–Ei Sant, quem é essa garota? E por que tenho a impressão que ela esta cantando para você? – Sant não respondeu, apenas continuou assistindo perplexa a performance de Lauren.


I'll tell you one thing

If you would leave it'd be a crying shame

In every breath and every word I hear your name calling me out

Out from the barrio, you hear my rhythm on the radio

You feel the turning of the world so soft and slow

Turning you round and round


And if you say this life ain't good enough

I would give my world to lift you up

I could change my life to better suit your mood

Cause you're so smooth


And it's just like the ocean under the moon

Well that's the same as the emotion that I get from you

You got the kind of lovin that can be so smooth

Give me your heart, make it real

Or else forget about it


Quando acabou a musica, todos começaram a bater palmas inclusive Rach e eu em uma tentativa sem sucesso de disfarça o que tinha acontecido. Britt continuava meio perdida e completamente necessitada de explicações.

– O que foi isso Santana? É essa garota que meus pais falaram que vive atrás de você? – Ela fez as perguntas, mas não se preocupou em esperar por respostas, virou as costas para Sant e fez o caminho da saída.

– Britt espera. – Ela não esperou e continuo caminhando para a saída. Sant não a seguiu como o esperado, na verdade fez o caminho contrario ao dela, em direção ao palco. – Eu vou matar a Lauren.

Rach e eu fomos atrás de Sant que puxou Lauren pela orelha e a empurrou ate um canto longe do olhar de todos.

– Você ficou doida é? Perdeu a cabeça?

– Sim Santana, eu perdi a cabeça, ou você acha que eu saiu por ai cantando pra todas as garotas que eu estou afim. Caramba eu estou apaixonada por você.

– Não Lauren, você não esta. Eu conheço seu tipo, droga eu era o seu tipo. Sou só mais uma conquista pra você, assim que eu ceder você perde a graça e pronto.

– Não é verdade Sant, eu nunca me senti assim, o que eu sinto por você...

– Lauren para. Aceita de uma vez por todas. Não vai acontecer nada entre a gente e quer saber, na noite que você chegou nos tivemos uma conversa na cozinha e você disse que eu poderia pedir o que eu quisesse, você se lembra? – Lauren ficou calada. – Pois bem, eu quero que você fique bem longe de mim. – Santana deu a conversa por encerrada indo embora e deixando para trás uma Lauren completamente arrasada. Aproximamos dela e Rach a abraçou.

– Como você esta? – perguntei.

– Resumindo bem, eu sinto como se alguém tivesse enfiado a mão dentro do meu peito, arrancado o meu coração para fora, jogado ele no chão, e deixado ali pra um elefante passar por cima e soltar uma grande bola de merda. Não é muito legal. É isso que aconteceu em seguida?

– Às vezes sim.

– E em seguida disso?

– Agora dói um pouco, mas você vai ficar bem.

– É eu acho que sim, depois de passar uma temporada na ilha de Lesbos e recuperar o que sobrou da minha dignidade e autoestima pode ser que eu fique bem. – Rach segurou a mão de Lauren.

– Vem, vamos tentar esquecer isso do melhor jeito. Bebendo. – Acompanhei Rach e Lauren e ficamos juntas o resto da festa.

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Há alguns anos atrás era bem mais fácil conseguir com que Britt perdoasse minhas mancadas. Era só mandar Rach roubar um dos seus brinquedos, espera alguns dias ate ela ficar preocupada, e então eu aparecia com ele como se fosse uma heroína. Na pior das hipóteses, se isso não desse certo, era só comprar um pacote de balas e estava resolvido. Agora já não era tão fácil assim.

Depois de me evitar o dia inteiro e dormir de costas pra mim, não esperava que ela estivesse disposta a sair comigo, mas com muita insistência consegui convencê-la a caminharmos ate a antiga casa abandonada que costumávamos brincar quando pequenas. Todo o caminho, Britt não disse uma palavra se quer. Quando chegamos percebi que a casa estava pior do que me lembrava, mas ainda assim tinha um quintal lindo que ficava de frente para uma lagoazinha que havia em Lima. Enquanto estendia um pano na grama e preparava algo parecido com um piquenique, Britt ficou parada olhando para casa, ate que resolveu se sentar do meu lado comendo algumas uvas, mas ainda sem dizer nada.

– Você se lembra da noite do baile? Depois que eu ganhei a coroa e viemos para cá comemorar. Prometemos que um dia iríamos reconstruir essa casa e morarmos nela. Lembra?

–Sim. É uma pena que nossos planos mudaram.

– Por que esta dizendo isso?

– Por que eu acho que você preferia morar com a Lauren agora.

– Brittnay para com isso, esse tipo de atitude é infantil ate pra você.

– A agora eu estou sendo infantil?

– Sim Britt, esta. Pelo amor de Deus, eu não tenho nada com a Lauren, você sabe que eu sou louca com você.

– Então me prove Santana. – Britt disse tirando do bolso um envelope e me entregou. Dentro dele havia uma passagem de avião para New Jersey, onde seria a próxima turnê de Britt, com saída programa para hoje as 21hrs.

– Pra que isso?

– Eu passei a noite pensando e cheguei a uma conclusão. Vamos ser sinceras Sant, era questão de tempo ate isso acontecer, conhecendo bem seu passado e o quanto você sempre foi fiel, pode se dizer que ate que você se segurou bastante, mas agora eu não posso mais viajar por ai com a consciência tranquila sabendo que você vai ficar aqui com aquela garota. Então que melhor jeito de me sentir segura do que você vindo comigo? Partimos hoje à noite. Se você for rápido, da tempo de fazer todas as malas e ainda passar na casa das meninas para nos despedirmos. Você vai ver, New Jersey é uma ótima cidade e...

Britt continuou falando, mas eu não conseguia escutar nada alem dos meus próprios pensamentos me levando a enxergar aquela situação de outra forma. Eu não estava errada, eu não havia traído Britt e isso era fato. Sendo assim eu não tinha que provar nada pra ela, pelo contrario, depois de tudo que já fiz, era ela quem deveria estar provando alguma coisa, como por exemplo, que confiava em mim e eu não podia ficar calada e concordar com aquilo.

– Ei espera Britt. Eu não vou com você nessa viagem.

– Por que não?

– Por que eu tenho que ir? Por que você não fica aqui comigo?

– Qual é Santana, eu não estou viajando por lazer, estou correndo atrás do meu futuro.

– Exatamente Britt do seu futuro, e como fica o nosso futuro? Eu deixei minha família, eu deixei a chance de sair dessa cidade e ter um futuro diferente pra mim por que eu queria sempre fazer parte do seu. Já você na primeira oportunidade que teve entrou naquela maldito onibus e foi rodar o mundo, correr atrás do seu futuro. Sendo sincera como você disse, eu não tenho que provar nada pra você. E é por isso que não vou nessa viagem, cabe só a você decidir se confia em mim ou não, por que se não tivermos confiança uma na outra, é melhor não termos nada. – terminei entregando de volta o envelope com a passagem, e caminhando para dentro da casa, quando Britt me impediu.

– Então é melhor não termos nada. – Aquelas palavras me atingiram como um tiro.

– O que? O que isso quer dizer?

– Acho que é melhor darmos um tempo.

– Espera você esta terminando comigo? É isso Brittnay? Por que não vou nessa viagem?

– Não é por causa da viagem, só que não da mais pra ser assim. Namoro a distancia não da certo. – ela respondeu com a maior tranquilidade do mundo.

– Como que não? Deu certo ate agora. Serio não estou entendo por que você quer terminar comigo. – tentava segurar a decepção que estava sentindo, mas era difícil.

– Você mesmo acabou de dizer que perdeu a chance de um futuro diferente por minha causa. Eu te amo Sant, mas não quero me sentir uma ancora na sua vida, então é o melhor a fazer. Assim você não precisa mais ficar presa aqui esperando por mim. Pode ir seguir seus sonhos.

– Você não esta falando serio. É isso mesmo que você quer?

– Sim.Vai ser melhor para nos duas, e pode ficar tranquila, eu não vou dizer nada aos meus pais, assim você tem tempo para procurar outro lugar para ficar. -Britt me deu um abraço e segurou minhas mãos tentando fazer aquilo uma despedida amigável, mas não era pra mim.

– Ótimo. – respondi sarcástica soltando as mãos dela junto com algumas lagrimas. -Melhor irmos embora, você não quer perder seu voo não é? - Disse saindo do caminho dela e seguindo para dentro da casa.

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Dois dias depois do almoço e eu ainda estava me sentindo uma completa idiota. Pensei ate que poderia aproveitar aquela sensação para escrever uma lista, não ,não, eu poderia escrever um livro sobre todas as coisas estúpidas que já fiz ou pensei em fazer para conquistar uma garota, só para concluir que nenhuma delas jamais chegaria ao nível de ridículo do meu ultimo feito.

Claro que eu não estaria pensando assim se a minha grande performance tivesse pelo menos dado resultado, mas como não deu, o mínimo que podia fazer era me deitar no sofá da casa da minha amiga, com um coberto e uma caixa de cervejas, e assistir a uma serie de filmes românticos sem finais felizes como Titanic, ou Antes que o dia termine, e apenas me deliciar com o fato de que o amor não te salva de bater em um iceberg, de ultrapassar o sinal vermelho, ou de fazer papel de ridículo cantando na frente de um monte de pessoas.

Acho que conviver tanto tempo com Rach esta me transformando em uma pessoa um pouco dramática de mais, e também acho que beber de barriga vazia não é uma boa escolha, apesar de que minha vontade era ficar bêbada o resto da minha vida. Olha eu sendo ainda mais dramática.

Vou ate a cozinha e começo a procurar algo para comer, sentindo um pouco de vergonha de fuçar os armários, mesmo não tendo ninguém em casa exceto Rach que estava lendo no quarto dela. Abri a geladeira e resolvi comer um pedaço de uma torta que Hiram tinha feito. Quando puxei a vasilha e fechei a porta da geladeira, dei de cara com uma Santana parada ao lado da porta. Com o susto acabei deixando tudo cair.

– Pelo amor de Deus você quer me matar do coração?

– Desculpa é que a porta da frente estava trancada tive que entrar pelos fundos.

– E você nunca bate na porta?

– Não, na verdade não. – depois de me recuperar do susto, peguei uma vassoura e uma pá e comecei a limpar a bagunça. Santana quis ajudar. – Me desculpa.

– Tudo bem, era só uma torta.

– Não por isso. Pelo que aconteceu no almoço. Você extrapolou, mas não precisava ter te tratado daquela maneira.

– Acho que eu que tenho que me desculpar. Não teria feito aquilo se soubesse que sua namorada estava aqui.

– Ex-namorada. Nos terminamos.

– Oh. Olha sei que pode parece falsidade minha, mas eu sinto muito. De verdade, não era essa minha intenção. – Não era mesmo.

– Não foi culpa sua. Quer dizer foi, mas acho que mais cedo ou mais tarde ia acabar acontecendo. Você só desencadeou uma sequencia de motivos para terminarmos. – Santana deu um sorriso meio sem graça.

– Me desculpe por isso então.

– Tudo bem.

– Ainda quer que eu fique bem longe de você?

– Com certeza.- fiz um aceno positivo com a cabeça e me virei para sair da cozinha, quando ela completou a frase – Mas isso já vai acontecer quando você voltar pra NY, então acho que consigo sobreviver as suas cantadas ate lá – rimos

– Vou me esforça para que você não tenha mais que escuta-las, vou me conter e prometo que não vou tentar mais nada com você. Podemos ser amigas sem benefícios, o que acha? – ergui a mão para Santana.

– Acho que eu posso gostar de você, como uma amiga sem benefícios. – ela respondeu apertando minha mão e sorrindo.

– Então minha amiga, se você esta procurando a Rach, ela esta lá em cima no quarto lendo algum livro.

– Na verdade eu estou esperando a Quinn. Ela foi levar o Miguel na casa de Carole e do Finn. Ele vai passar a noite com eles.

– Ah entao foi por isso que hoje eu a vi tirando leite com aquelas bombinhas.- Fiz cara de nojo lembrando a cena. - O estranho é que as minhas melhores lembranças envolvem peitos e essa definitivamente não será uma delas. – Santana riu

– Enfim, íamos aproveitar a folga dela como mãe e o fato dos berrys terem deixado o carro a disposição para sairmos, talvez ir em um bar.

– Ual, você esta solteira há apenas dois dias e já quer ir para bares, pra que tanta pressa? – perguntei em tom de brincadeira

– Não é pra isso que vamos a um bar sua boba. É só pra conversar, relaxar um pouco. Você e a Rach poderiam vir com a gente e assim teríamos uma “noite das garotas”. – Eu ja tinha planos de ficar tonta de qualquer jeito, com companhia é sempre melhor.

– É ate que não é uma má ideia. Noite das garotas. Sabe que já estou me acostumando a participar de coisas com garotas mesmo sabendo que não tem nada sexual envolvido. O que eu não sei é se isso é uma evolução ou apenas frustrante. – Satana riu mais uma vez e eu estava gostando de ser o motivo.

– Anda vamos chamar a Rach. – Caminhamos da cozinha para a sala parando em frente à escada.

– Ei Rachel, vem aqui. – chamei, mas não ouvi resposta.

– Rachel? – dessa vez Santana gritou e uma Rach desesperada apareceu no topo da escada e começou a descer bem devagar.

– Por favor não comecem a brigar, eu sou muito pequena pra segurar vocês duas.

– Não vamos brigar Rach, já conversamos e esta tudo bem entre a gente. – Santana respondeu acalmando nossa amiga que desceu mais rápido.

– Ai que bom, eu sabia que a Britt ia entender toda a situação.

– Ela não entendeu, e ela terminou comigo.

– Oh, e você esta bem?

– Não! É por isso que vim te convidar pra gente sair, dar umas voltinhas. Você eu a Lauren e Quinn. Topa?

– Eu não sei se isso é uma boa ideia.

– A que isso baixinha, vamos lá, noite das garotas. Tem tanto tempo que não nos divertimos e olha que a gente saia quase todos os dias em NY.

– Eu vou com algumas condições. A primeira eu sei dos meu limites então não quero ninguém regulando minha bebida.

– Ok. - respondi

– Você não vai fazer nenhum dos seus joguinhos.

– Ok. – respondi de novo.

– E não vão tentar prender a Quinn e eu em nenhum banheiro de novo.

– Ok – Santana e eu respondemos.

– Ótimo, estarei pronta em 30 min.

– Você tem 20 min.

– 25 e não se fala mais nisso.

– Ta então vai logo. – Rach subiu as escadas correndo ate sumir no corredor do andar de cima. – Melhor eu ir me trocar também.

– Vai lá vou esperar aqui na sala.

Subi para o quarto de Rach que estava escolhendo uma roupa. Quando ela entrou no banheiro comecei a procurar uma roupa para mim, o que não era uma tarefa muito difícil, já que metade delas ainda estava no hotel. Dez minutos depois estava pronta enquanto Rach ainda estava no banheiro. Desci e encontrei Santana e Quinn sentadas na sala.

– Ate que você esta bonita, pra uma pessoa que quase não tem roupas.

– Não sei se isso é um elogio, mas obrigado Santana. E você Quinn, esta animada?

– Pra quem não sabe o que é se divertir a meses? Sim estou.

– Agora só falta à miss Berry terminar de se arrumar e podemos ir.

– E pensar que na época do McKinley ela vestia a primeira coisa que via na frente. Serio parecia que ela acordava e ia direto pra escola.

– Eu ouvi isso Sant. – Rach apareceu na sala mostrando que definitivamente não era mais como na época do colégio. – E me dói admitir que você esta certa. Acho que ninguém acreditava que eu tinha dois pais gays.

– Não mesmo.

– Bom, já estamos prontas, podemos ir? – Ou Quinn estava com muita vontade de sair, ou só não queria falar só a época do colégio.

– Sim, vamos. – Quinn e Rach passaram na frente, e Santana me esperou enquanto fechava a porta. – Sabe depois de a Rach dizer todas as suas condições pra sair com a gente eu fiquei pensando. Essa seria uma ótima oportunidade se ainda estivéssemos tentando juntar as duas.

Santana não respondeu, mas o jeito que ela me olhou dizia tudo, como se conversássemos por telepatia, e simples assim, já tínhamos um plano.

– Eu dirijo. – Gritei e Santana e eu saímos correndo antes de Rach chegar à porta do carro.

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Se alguém me disse há algumas semanas atrás que hoje eu estaria dentro de um carro, indo para algum lugar ter uma” noite das garotas” com Lauren, Santana e Quinn, eu provavelmente quebraria outra câmera na cabeça do individuo por tamanha insanidade, mas quem diria, aquilo estava realmente acontecendo e ao contrario do que imaginava não era estranho ou constrangedor, na verdade era ate divertido.

Enquanto Lauren dirigia o carro com Santana do seu lado trocando a estação do radio de cinco em cinco minutos, Quinn e eu ficamos no banco de trás fazendo coro para Sant deixar em alguma musica ate que ela finalmente desistiu.

– Quer saber não precisamos de radio, nos temos uma ótima cantora bem aqui do nosso lado. – não fiquei chateada por Santana apontar para Lauren e não para mim, comecei foi a rir.

– Que bom que vocês gostaram, por que nunca mais vai acontecer.

– A vamos lá Lauren, da uma palinha pra gente. – Quinn entrou na brincadeira.

– Haha não. E por favor não comecem a cantar também se não eu paro o carro.

– Eu duvido. Começa ai Rach, lembra alguma musica bem chiclete pra irritar a Lauren.

Comecei a cantar musicas de boybands e algumas da Avril enquanto as meninas me acompanhavam e Lauren tentava não surta.

– Nossa como vocês são infantis.

– Anda Lauren você sabe que quer cantar. – Sant fez beicinho olhando pra Lauren no meio do refrão de Complicated, e ela acabou cedendo.

– No, no,no.

Comemoramos antes de voltar a cantar o resto da musica e mais outras ate chegarmos ao bar. Lauren parou na porta e disse para descemos e procurarmos uma mesa enquanto ela ia estacionar o carro. Santana foi a ultima a sair e pude vê-la piscar para Lauren antes de bater a porta. Achei suspeito, mas preferi não comentar.

Entramos no bar e rapidamente encontramos uma mesa já que o lugar não estava muito cheio. Sentei-me de frente para Quinn e Santana deixando a cadeira do lado para Lauren que cinco minutos depois ainda não tinha estacionado o que era estranho, já que não tinham muito carros na rua. Sant também estava estranha, não tinha sequer tocado no cardápio e não parava de olhar para a entrada a ponto de nem perceber quando o garçom chegou perguntando qual era o pedido.

– Sant? Sant?

– Oi?

– O que você vai pedir? – ela olhou mais uma vez para a entrada.

– Sim, eu vou ao banheiro já volto. – Sant se levantou e foi sem dizer mais nada.

– Vamos espera nossas amigas voltarem para fazer os pedidos. – O garçom bufou antes de se retirar.

Não tinha reparado no nome do bar quando passei pela porta, mas reparando a atitude do garçom, comecei a reconhecer o lugar.

– Esse lugar é novo? Tenho certeza que já estive aqui.

– Sim você já esteve. Foi aqui que você marcou nosso primeiro encontro. – me lembrei.

– O que você não veio e me deixou esperando. –Quinn ficou cabisbaixa. Por que mesmo eu achei que aquela noite não teria momentos constrangedores? E esse seria provavelmente um daqueles momentos em que o silencio se instala ate que alguém apareça e finja que nada aconteceu, e só não foi por que o garçom voltou com dois drinques na mão, e colocou na nossa mesa. – Me desculpe, mas nos não pedimos isso.

– Foi a amiga de vocês que pediu. Mandou entregar isso também. – Ele disse retirando um pedaço de papel do bolso e me entregou. Não sei por que ainda fiquei surpresa quando li o que estava escrito.

“Mudança de Planos, mas não se preocupem, iremos busca-las na hora em que o encanto acaba”

– O que foi? – Quinn perguntou percebendo o ódio que estava nos meus olhos.

– Não acredito que elas fizeram de isso novo. Estamos presas aqui, ate a meia noite.


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Notas finais do capítulo

Lauren e Sant a dupla do mal. Então gente é isso ai, espero mesmo que vocês tenham gostando. Amanha é meu aniversario *;* vou amar receber reviews de presente kk. Bjao ate o proximo cap.



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