Things That Remain Unspoken escrita por JK2_Faberry


Capítulo 13
Baby Steps


Notas iniciais do capítulo

Gente Linda. Falta de inspiração, criatividade e tempo me atingiram essa é a razão de tao demora. Parece que eu sempre começo os capítulos pedindo desculpa neh? Mas é o jeito infelizmente. Acredito que o próximo não demore tanto já que parte já esta digitado. Enfim Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/215872/chapter/13

Ok eu preciso de um tempo. De um tempo e de uma balança para pesar os pros e os contras e quem sabe, talvez assim, chegar a uma conclusão no mínimo aceitável de por que raios eu decidi que voltar pra Lima, seria a solução dos meus problemas. Afinal, eu poderia ter ficado em Nova York? Claro que sim! O máximo que iria acontecer é ser obrigada a voltar para minha antiga casa com Lauren, ficar um tempo na mídia como a louca que agrediu um fotógrafo, ate que outra subcelebridade fizesse um escândalo maior que o meu e então com meu talento em estragar tudo e minha total falta de sorte, talvez alguns anos depois eu estaria de novo fazendo peças medíocres ou cantando a noite em barzinhos pra conseguir pagar minha metade do aluguel sem precisar da ajuda dos meus pais. Fazendo uma analise, não é tão ruim assim.

Mas ao invés disso eu escolhi ouvir meu psicólogo e, por coincidência ou não, melhor amigo da minha ex, voltar para a cidade que jurei nunca mais colocar os pés apenas com o intuito de evitá-la, e encontrar grávida morando embaixo do meu teto quem mesmo? Ah claro. Minha ex. E como se não fosse o suficiente, ainda me vejo participando diretamente do parto dela, logo após termos nos beijado enquanto estávamos trancadas no banheiro graças a um plano idiota das minhas amigas que resolveram se unir para unir a gente. E quando finalmente estamos em um momento de paz e tranquilidade depois de todo aquele desespero, sou obrigada a me deparar com idiota responsável por toda a minha infelicidade parado na porta, pronto pra estragar tudo mais uma vez. É não teria sido tão interessante assim ficar em Nova York.

– Perguntei o que você esta fazendo aqui Finn? – pai Leroy perguntou de novo

– O que acha que estou fazendo aqui? É o meu filho que essa garota ai esta segurando.

– Você nem se deu o trabalho de saber dele todo esse tempo e quer pagar de bom pai agora Finn? – Quinn perguntou irritada com a presença dele, igual a todos que estavam no quarto.

– Eu quis ser um bom pai pra essa criança, se esqueceu de que assim que eu soube que você estava grávida te pedi em casamento? E que foi você que me largou como um idiota no altar, me humilhando na frente de toda a cidade e depois foi pedir refúgio na casa arco-íris de Lima? Você é que esta pagando de boa mãe Quinn e eu não vou deixar você estragar meu filho. – Não podia aceitar aquilo.

– Cala a boca Finn, você não tem o direito de falar assim com ela. Vai embora antes que eu...

– Antes que o que Rachel? Quem é você pra falar de direito? Você nem deveria estar aqui. Toda essa situação, tudo isso é culpa sua. Minha irmã esta morta por culpa sua. – Senti as palavras de Finn como um tiro no meu peito.

– Finn já chega. – Carole entrou no quarto. – Isso é um hospital, não vou aceitar esse tipo de comportamento aqui. Vai embora agora.

– Mas...

– Mas nada Finn. Aliás, todos vocês, pra fora do quarto. A Quinn teve um parto extremamente difícil e precisa descansar. – Carole tomou o bebe dos braços de Lauren. – E você também meu netinho, vou te levar para o berçário. E vocês o que estão esperando? Pra fora. Anda.

Todos saíram do quarto, mas Finn não podia apenas ir embora sem antes cuspir mais um monte de lixo.

– Só quero deixar uma coisa bem clara pra vocês, aquele bebê é meu também e eu vou fazer de tudo pra ter a guarda dele. – Finn finalmente foi embora, mas o peso das palavras dele ficou e apertava todos nos.

– Eu vou matar esse moleque. – Santana ameaçou ir atrás de Finn, mas Lauren a segurou.

– Calma morena, não suja essas lindas mãos com porcaria.

– A Lauren estar certa Sant. Não vale a pena.

– Mas ele não pode fazer isso Rach, ele não pode falar assim com a Quinn e com vocês. Quem ele pensa que é? Como se ele fosse conseguir a guarda do Miguel.

– Na verdade ele pode conseguir. – Lauren respondeu deixando Santana espantada. – Pelo pouco que conheço de direito, a Quinn não tem muita coisa a favor dela. Ela que não quis se casar, saiu de casa pra morar com pessoas que ela não tem nenhum parentesco e não querendo ser pessimista, mas o fator sexualidade ainda pesa muito mesmo nos dias de hoje. Qualquer juiz pode achar que o Finn tem uma estrutura mais estável pra cuidar de uma criança.

Preferi não dizer nada, afinal sabia que Lauren estava certa. Nenhum juiz iria quer saber detalhes da nossa historia e concluir que tínhamos muito mais a oferecer pra uma criança do que um imbecil igual o Finn. Iriam julgar logo de cara o fato de Quinn ser lésbica e morar com um casal gay.

– Querem saber, não vamos antecipar os acontecimentos. Temos coisas mais importantes para nos preocuparmos agora. Não podemos levar uma criança para nossa casa no estado que ela esta. Precisamos arrumar as coisas para quando Quinn e o bebê voltarem pra casa.

– Vocês estão certos, também preciso voltar pra casa e ver se esta tudo bem com os pais da Britt.

– Certo vocês podem ir. Eu fico aqui com o bebê e a Quinn

– Lauren nem te deram alta ainda. Pode deixar eu fico e cuido dos dois, ou melhor, dos três.

Menos um problema para resolver, meus pais e Santana se despediram mais uma vez de Quinn aproveitando que Carole não estava por perto e foram pra casa. Lauren e eu resolvemos voltar para o quarto onde ela estava e no caminho escutei um barulho assombroso vindo do seu estomago.

– Acho que estou com fome.

– Você acha? Me espera aqui vou buscar algo pra você comer.

Comecei a andar pelo hospital procurando por uma lanchonete ou uma daquelas maquinas de salgadinho. Depois de ficar completamente perdida consegui comprar alguma coisa, agora o problema era achar o caminho de volta. Quando encontrei o quarto, Lauren não estava la. Mais uma vez, rodei todo o hospital ate encontra-la babando em frente ao berçário.

– Qual a parte de me “espera aqui” você não entendeu direito? – Lauren nem pareceu ouvir o que eu disse.

– Olha Rach, não é o bebe mais lindo que você já viu. Da pra acreditar no que eu fiz?

– Não. Por que não foi você que fez. Foi a Quinn e infelizmente o Finn.

– Ainda bem que ele não tem nada Finn e caramba como a Quinn tem um puta mau gosto.

– Ei!

– Pra homens, você me entendeu. Enfim, posso te fazer duas perguntas?

– Você vai perguntar mesmo se eu disser que não?

– Você sabe que sim.

– Então pergunte.

– Primeira, me explica por que eu estou vestindo isso? – Lauren apontou pra o avental ridículo que colocaram nela.

– Você não queria ficar com uma roupa toda suja de sangue e de... Você sabe.

– Huuur não.- Lauren fez cara de nojo.

– Mas meus pais trouxeram as roupas pra você, se quiser trocar agora.

– Não tudo bem, ate que essa é bem confortável.

– É por isso ou por que todas as enfermeiras estão olhando pra sua bunda?

– A estão? Nem percebi, e não me importa que olhem. Fiz uma promessa e vou cumpri-la. Vou ser uma pessoa mais responsável. Quero compromisso serio agora.– e então passou uma enfermeira que fez questão de checar Lauren de cima abaixo. – Mas primeiro eu vou pegar aquela... Não não concentração Lauren. Concentração.

– Isso não vai durar muito tempo não é?

– Claro que vai, mas voltando ao nosso assunto. Segunda pergunta. Aconteceu alguma coisa naquele banheiro, não aconteceu?

– Sim, a Quinn entrou em trabalho de parto.

– Antes disso Rachel Berry, e não tenta me enrolar.

– Nos conversamos.

– E?

– E eu pedi desculpas pelo que fiz com ela no dia da entrevista.

– E?

– E ela me desculpou.

– Já esta começando a me irritar Rach.

– E nos beijamos depois disso. Ela me beijou, eu apenas não me esforcei muito para evitar.

– Ótimo é agora que a Santana vai ficar insuportável.

– Por quê?

– Foi ideia dela prender vocês no banheiro, só esclarecendo caso você queira matar alguém. Se bem que parece que deu certo o plano dela.

– Não é bem assim que as coisas acontecem Lauren. Eu ainda não consegui perdoar a Quinn completamente, e não quero força uma situação. Eu sei que ela mudou e quero que as coisas entre a gente se acertem, mas é complicado.

– E não vai descomplicar com você dizendo isso pra mim. Você tem que dizer isso pra ela.

– É você esta certa.

– Aprenda que eu estou sempre certa. Agora vai.

– Tipo agora, agora?

– Claro Rach, nos não vamos ficar aqui pra sempre. Vai logo. Eu vou ficar aqui olhando meu bebe.

Resolvi não corrigir Lauren dessa vez, ao invés disso, respirei fundo e comecei a caminhar na direção que eu achava que me levava ao quarto de Quinn sem que ficasse perdida mais uma vez. Quando entrei no quarto ela já estava dormindo o que, de certa forma, me deu um alivio poder adiar um pouco aquela conversa. Sentei-me em uma cadeira ao lado dela observando ate que sem perceber acabei caindo no sono também.

Acordei algum tempo depois com Quinn me encarando. Foram poucas as vezes que acordei ao lado dela e nenhuma delas terminou muito bem. Não tinha por que esperar que dessa vez fosse diferente.

– Eu cochilei?

– Por umas duas horas mais ou menos.

– Nossa não sabia que estava tão cansada assim.

– Foi uma longa noite pra nos duas.

– Nada comparado a ter um filho. – rimos

– Cadê todo mundo?

– Meus pais foram em casa arrumar algumas coisas e Santana foi com eles conferir se esta tudo bem com os pais da Britt. Lauren esta la no berçário elaborando um plano para roubar o Miguel de você e eu resolvi ficar.

– Estou errada por achar que tem um motivo a mais por você ter ficado?. – Não estava.

– Nos precisamos conversar certo? Sobre o que aconteceu no banheiro.

– Eu não devia ter te beijado não é?

– Não.

– Eu sei que não, mas me desculpe por não me sentir arrependida por isso. Você esta?

– Não. Quer dizer sim. Deixe-me tentar te explica melhor. Depois de ter saído do armário para toda a impressa, minha namorada ter morrido e eu ter agredido um fotografo era meio obvio que iriam me mandar procurar um psicólogo, o que não era tão obvio é esse psicólogo ser o Blaine, seu melhor amigo. Nos conversamos e de alguma maneira ele acabou me convencendo que seria melhor passar essa fase longe de NY e que o melhor lugar para isso era Lima. Então a gente fez um acordo. Eu passava um tempo aqui, ele me liberava das sessões e quando eu voltasse me daria aval para voltar a trabalhar.

– Espera Rach, se você esta querendo me dizer que eu não sou a razão pra você ter voltado pra Lima, eu já entendi.

– Não é isso que eu quero dizer. A verdade é que eu não tinha percebido ainda, mas o Blaine estava certo em me mandar pra Lima. Eu precisava seguir em frente, eu precisava de um recomeço, de recuperar meu relacionamento com meus pais, mas eu percebi que nunca vou conseguir conserta nada na minha vida, enquanto não consertar as coisas com você e eu quero conserta as coisas entre nos. – Quinn tentou segurar a empolgação depois do que eu disse, mas não conseguiu, e fiquei chateada por pensar que seria obrigada a tirar aquela felicidade explicita do seu rosto. – Mas tem um problema. Ainda não consegui esquecer o passado, ainda não consegui te perdoar por tudo que você e fez e sendo completamente honesta, eu não consigo confiar em você. Tenho medo de confiar.

– Medo, por que?

– Por que na primeira vez que você me deixou, eu desmoronei e a Alex estava lá pra ajudar a me reerguer. Dessa vez, se você me magoar ... - Respirei fundo segurando as lagrimas. – Eu vou estar sozinha, e não vou aguentar passar por aquilo outra vez. – Quinn se levantou segurando minha mão.

– Rach, eu sei que é difícil, mas você precisar acreditar em mim. Eu nunca mais vou machucar você de maneira nenhuma. Você não faz ideia do que eu passei esses anos, de como eu acordava todos os dias sentindo sua falta e me odiando por saber que era a única culpada por você não estar do meu lado. Eu não vou cometer o mesmo erro Rach, eu prometo.

– Eu quero acreditar em você, mas a gente não pode apressar as coisas. Que tal irmos devagar sabe, passos de bebê. Podemos começar tentando ser amigas de novo. O que acha?

– Eu vou adorar ser sua amiga de novo. – Sorrimos e Quinn ainda segurava minha mão quando Carole entrou no quarto com Miguel nos braços e Lauren nas costas.

– Muito bem mamãe, hora da alimentação. – Me levantei e fiquei do lado de Lauren observando a cena, enquanto Carole colocava Miguel no colo de Quinn.

– Uau mãos dadas. Já estão planejando o sexo de reconciliação?

– Concordamos em ir devagar, sermos apenas amigas.

– Não é meu tipo favorito de relacionamento, mas amigas já é alguma coisa.

– É. – Continuamos paradas ali vendo Quinn tentando alimentar Miguel. Posso ter perdido um pouco a noção de como ser discreta quando ela abaixo a parte de cima do avental e deixo amostra um dos seios não parecendo se importa com minha presença ou a de Lauren que depois percebi estava com olhos arregalados e a boca semiaberta.

– Lauren! – chamei a atenção da minha amiga talvez pra desviar o fato que me sentia da mesma forma

– O que foi? Eu estou olhando para o bebê. Fala serio é um bebê maravilhoso.

– É melhor a gente esperar lá fora.

– Mas eu quero ver. – Sai puxando Lauren pelo braço.


Á noite, nos duas fomos para casa quando meus pais voltaram para o hospital e ficaram com a Quinn. Eu precisava de um longo banho e um pouco de descanso.

__________________________//______________________________

Três dias depois e finalmente estava liberada para voltar para casa. Sentia-me muito mais leve não só pelo parto, mas também por ter resolvido as coisas com Rach. Foi difícil ouvir todas as magoas que ela ainda guardava de mim, mas por outro lado, o fato dela estar disposta a me perdoa e sermos amigas novamente, era a melhor noticia que poderia receber e faria de tudo para não desperdiçar minha segunda chance.

No finalzinho da tarde, Hiram e Leroy vieram me buscar e pareciam tão empolgados quanto eu em sair daquele hospital. Quando chegamos em casa, Rach, Sant e Lauren estavam nos esperando na sala com uma faixa escrito “É um menino” pendurada na parede. Lauren mais do que depressa, veio correndo tirar Miguel dos meus braços.

– Meu garoto, olha só que casa maneira você vai morar, e ainda de quebrar vai ver a titia Lauren todos os dias. Gostou da novidade Quinn? Resolvi ficar aqui agora.

– Como se ela tivesse outra opção. – Rach respondeu debochando de Lauren.

– Como assim?

– Metade do magnífico hotel no qual estava hospedada desmoronou no dia da tempestade e apesar do meu quarto não pertencer a essa metade, eles não deixaram ninguém entrar com medo de um possível desabamento da parte que sobrou. Basicamente, perdi tudo que trouxe de NY.

– Sinto muito Lauren.

– A culpa é dela Quinn. Nada disso teria acontecido se ela tivesse aceitado ficar aqui desde o começo.

– Você sabe que eu tinha boas razoes para não querer ficar Rach.

– Quais razões Lauren? – Rach perguntou aparentemente querendo sacanear a amiga. Também ficamos curiosos, mas Lauren fugiu do assunto.

– Vocês não tinham uma surpresa pra Quinn?

– Ah, é verdade. Esta lá em cima no seu quarto Quinn. Vamos lá. – Leroy segurou minha mão e subimos. Quando chegamos ao meu quarto, ele pediu que fechasse os olhos enquanto abria a porta.

– Ok, pode olhar. – Quando abri os olhos, achei que iria chorar de alegria. Meu quarto estava todo transformado. Pintado com um azul bem clarinho, na parede vários desenhos de bolas e carrinhos, no canto esquerdo minha cama, e do outro lado um berço e mais um monte de coisas de bebê. - Nos já tínhamos pensado em fazer isso há mais tempo, mas não esperávamos que o bebê chegasse antes da hora.

– Meu Deus, ficou perfeito. Eu não sei como agradecer. – Dei um forte abraço em Leroy e Hiram.

– Agradeça a Rach. A ideia foi nossa, mas foi ela que arrumou tudo. – Olhei para Rach que estava sorrindo, e tive uma imensa vontade de abraça-la também, mas lembrei da nossa conversa sobre ir mais devagar, e apenas devolvi o sorriso e a agradeci.

– Obrigado Rach.

– Não precisa agradecer Quinn. Você cuidou dos meus pais enquanto estive fora. Eu te devo essa.

– Foram eles que cuidaram de mim Rach. Você tem os melhores pais do mundo.

– E os melhores pais do mundo tem outra surpresa. Amanha faremos um almoço pra todos os nossos amigos conhecerem o Miguel. Nada exagerado, só os mais íntimos mesmo.

– Mentira. – Rach disse fingindo que tossia.

– Mais uma vez, não sei como agradecer.

– Apenas aproveitei tudo isso querida. E agora vamos descer que o jantar já esta pronto.

–Ótimo. Estou morrendo de fome.

– Você com fome ? Isso não é nenhuma novidade. Não sei como você não engorda comendo tanto assim – Santana disse, mas Lauren não pareceu incomoda com o comentário.

– Own que linda você, toda preocupa com minha saúde. – Lauren agarrou Santana e deu um beijo no seu rosto.

– Ah que nojo. - Descemos para a cozinha acompanhando a troca de carinhos entre Lauren e Sant. Era engraçado ver as duas juntas e estava começando a achar que elas até formavam um casal bonitinho.

Ao contrario do nosso primeiro jantar no dia que Rach chegou, este era muito mais tranquilo, descontraído e divertido. Todos conversavam. Hiram e Leroy contavam historias de quando Rach era pequena, e sempre terminava com um comentário sarcástico proporcionado por Lauren ou Santana.

Já era tarde da noite quando Hiram e Leroy se despediram deixando a parte da limpeza por conta das meninas. Tentei ajudar, mas as elas não deixaram então Santana e Rach cuidaram das louças enquanto Lauren tirava a mesa. Quando terminaram Santana também resolveu ir embora acompanhada por Lauren que quis leva-la ate em casa mesmo contra sua vontade. Rach e eu ficamos na sala brincando com Miguel esperando Lauren voltar. Quase meia hora depois ela chegou com um imenso sorriso no rosto.

– Meninas, vocês viram como a sua amiga esta doidinha por mim?

– É nos vimos. E agora a única que eu quero ver é minha cama. Vamos?

– Vocês estão dormindo juntas? – perguntei tentando disfarçar a curiosidade.

– Estamos Quinn, mas não precisa ter ciúmes. Você sabe que a Rach não é a morena que eu estou afim, e tenho certeza que não sou a loira que a Rach queria dormir abraçadinha. – se tivesse um buraco no chão esse seria o momento perfeito para enfiar minha cabeça dentro dele.

– Lauren!

– O que? Falei alguma mentira?

– Anda vamos subir – Rach saiu empurrando ela pelas escadas.

– Boa noite Miguel – Lauren gritou da metade da escada

Ainda fiquei um tempo na sala antes de também subir para o meu quarto com Miguel no colo, já dormindo. O coloquei no berço com todo o cuidado do mundo e fui para minha cama para enfim ter um merecido descanso. Mal sabia eu que aquela seria só a primeira noite de muitas que iria passar em claro.

Acordei por volta das 02h30min com o primeiro choro do meu bebê. Com toda a experiência que possuo como mãe, ou seja, praticamente nenhuma, tentei descobrir o motivo do choro. Peguei no colo, troquei a frauda, tentei dar leite, e nada adiantou. Já estava começando a desesperar, quando escutei a porta se abrir.

– Esta tudo bem? – Rach perguntou entrando no quarto.

– Não sei o que fazer. Já tentei de tudo, mas ele não para de chorar.

– Posso tentar uma coisa?

– Claro.

Ela o pegou no colo e começou a cantar bem baixinho uma canção de ninar. Em questão de segundos, meu filho já estava todo derretido nos braços de Rach e a choradeira havia acabado.

– Meus pais costumavam cantar para mim quando era pequena. Diziam que era o único jeito de fazer com que eu dormisse.

– Parece que funciona com ele também. Desculpa por ter te acordado.

– Tudo bem eu já estava acordada. A Lauren não fica quieta na cama, mas eu tento entende-la. Devem ter uns três dias que ela não fica com ninguém e conheço-a como eu a conheço e um novo recorde.

– Ela esta mesmo afim da Santana não é?

– Como nunca a vi antes. – Miguel estava dormindo quando Rach o colocou de volta no berço. – Prontinho, dormindo como um bebê.

– Posso te chamar todas as vezes que ele começar a chorar?

– Claro que pode. – Rach e eu nos encaramos por intermináveis segundos, ate que mais uma vez, não consegui segurar meus impulsos e comecei a me aproximar dela. Rach não recuou, mas parecia assustada e aquilo foi o suficiente para que percebesse que não podia fazer o que realmente queria. Então mudei a tempo a trajetória e dei um beijo no seu rosto.

– Obrigada. – Rach sorriu e eu entendi que não era pelo agradecimento, e sim por perceber que eu havia respeitado o pedido dela de ir devagar dessa vez.

– É melhor você aproveitar e dormir agora, antes que ele acorde de novo.

– Você tem razão. – Nos encaramos mais uma vez antes dela se despedir.

– Boa noite Quinn.

– Boa noite Rach.

Ela saiu do quarto e eu voltei para minha cama, desejando conseguir dormir depois de tudo aquilo.

–-----------------------------------//----------------------------------


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Galera então é isso ai. Espero que vocês tenham gostado, que a espera tenha valido a pena apesar de ser um capitulo sem grandes emoções. Bjus ate o próximo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Things That Remain Unspoken" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.