Voltando A Viver escrita por DuhPaiva


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Voltei pessoal,
O capitulo ficou pequeno, mas acho que ficou bom. Conto convosco para me dizerem e me fazerem voltar.
Boa leitura



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Místico e simples sentimento que preenche alma e coração, enternece os momentos que a luz ilumina nos passos certos. Resplandecência do sublimar brilho do olhar chocolate estremece os batimentos e respira acreditação. As horas se tornam minutos e o escuro dia, a paz reflete no teu abraço e a alegria no teu sorriso.

A carência, o desejo, as palavras caladas na garganta traduziram-se pelo magnetismo daquele olhar e, assim, se passaram minutos. Nenhum ousara quebrar aquele entendimento mútuo e curativo da alma, sem medo ou receio que as palavras se entrecortassem e perdessem a essência. No entanto, a realidade que girava em torno da bolha em que os dois se mantinham se fazia presente.

- Edward? – Chamou.

- Diga. – Respondeu sem tirar os olhos que Bella que o quebrou naquele momento.

- Desculpe interromper, mas a administração da empresa está à sua espera na sala de reuniões. – Disse intercalando o olhar entre eles.

- A reunião… - Murmurou. – Estou indo, obrigada.

A secretária retirou-se fechando novamente a porta e deixando a sala em pleno silêncio. Bella sem saber o que fazer ou dizer levantou-se resplandecentemente e olhando para ele se aproximou da saída.

- Vai embora assim? – Perguntou aproximando-se. – Vai voltar a fugir, sem me dizer o que veio aqui fazer? – Murmurou quase com seu corpo colado no dela, mas sem tocar.

- Eu não fujo daquilo que quero. – Disse abrindo a porta. – Boa reunião.

Edward permaneceu estático pela audácia e, ao mesmo tempo, segurança das palavras de Bella. No seu rosto pairava a confusão daquele ato, mas aquilo teria que esperar.

A cedência daquele dia refletia-se no cansaço psicológico que engolia Edward de forma arrebatadora. A sua mente parecia querer explodir de tantos pensamentos que a envolviam. Os seus olhos refletiam o seu estado de estado de espirito, as suas interrogações pessoais.

- Jessica, por favor, chame Bella a minha sala. – Disse Edward pelo telefone.

- A Bella não está na empresa. Saiu pouco depois de sair da sua sala, antes da reunião.

- Você sabe para onde ela foi?

- Não, senhor.

- Hummm… Ok. Chame a Rose, então.

- Tudo bem.

 - Edward? – Chamou Rose contemplando o semblante do amigo.

- Desculpa, não ouvi você entrar. Queria fazer-te uma pergunta… - suspirou.

- A Bella saiu a trabalho, ela fui ao cliente que adquirimos esta semana. – Disse, olhando-o nos olhos.

- Eu nem perguntei nada… - Deu um sorriso forçado.

- Às vezes, eu me surpreendo com vocês os dois… Você é meu chefe neste recinto, mas fora dele é meu amigo, Edward. Eu conheço você um pouco para perceber muita coisa, sem ter que ouvir por palavras o que vocês dizem.

- Eu me sinto perdido, confuso… Eu…

- Muitas novidades por aqui, não é verdade?! – Diz Alice que entra na sala com cara de poucos amigos. – Eu viajei e ninguém foi capaz de me dizer o que estava acontecendo por aqui, acho que tenho uns “amigos da onça”. – Declarou, deixando Rose e Edward paralisados, sem saber o que dizer.

- Alice. – Começou Rose.

- Não começa, Rose. Você é tão ou mais culpada que esses dois. Eu falei com você todos os dias, eu perguntava e, mesmo assim, nunca me disse nada. Chego a pensar que encontrei os meus amigos, ou aqueles que eu pensava que eram, felizes e de bem. O que encontro? Encontro Edward e Bella ainda pior do que estavam quando eu viajei e olha que só passou duas semanas… Eu merecia ser descartada dessa forma?! – Disse sentida.

- Ninguém aqui te descartou, Alice. Simplesmente, a situação é delicada e, sinceramente falar isso por telefone era complicado. O que você faria se eu lhe tivesse contado? – Alice ia responder, mas Rose não permitiu. – Eu respondo à minha pergunta. Você iria ligar para Bella fazendo perguntas aconselhando e mais coisas que surgissem dependendo daquilo que ela lhe dissesse ou iria ligar a Edward e fazer o mesmo. Pense Alice! Você acha que compreenderia a realidade da situação estando longe para poder opinar sobre o assunto, da mesma forma como se esteve aqui? – Alice engoliu em seco, sabendo que Rose tinha razão.

- Eu só queria que vocês acreditassem em mim, confiassem em mim de algum modo… - Disse dramatizando.

- Todos aqui confiamos em você, todos te adoramos. Não coloques as coisas nesses termos quando não é nada disso, eu sei que você sabe. – Disse baixando o olhar. – Desculpe tudo que acabei de dizer, não sou a pessoa ideal para o falar… eu só queria que você pensasse. Nós já falamos milhentas vezes sobre isso e você nunca se convence, você é tão amiga de Bella como eu… - suspirou. – A diferença é que, muitas vezes, Bella precisa de uma ouvinte e só.

Esta sentença deixou a sala de Edward em um silêncio cortante. Os três não se olhavam e jamais se olharam, mesmo quando Rose se retira da sala, completamente abalada. Apesar da indignação que Alice sentia, ela sabia que tudo o que Rose dissera tinha fundamento. A grande diferença entre ela e Rose era claramente a capacidade de ouvir e calar. Alice não conseguia perceber quando devia falar ou quando devia somente ouvir, normalmente ela falava mesmo sem ouvir tudo.

- Alice, eu lamento imenso. Nós estávamos tão submersos com isto tudo que nem pensamos direito, não fique magoada connosco. Não leve a mal as palavras de Rose, ela somente tentou proteger tudo e jamais imaginou que você se sentisse assim. – Disse Edward com arrependimento no olhar.

- Ela tem razão, Edward. – Sentenciou. – Todos somos amigos e eu sei que todos faríamos de tudo uns pelos outros, mas também sei que às vezes falo demais e não ouço os outros. – Sorriu tristemente. – Jasper que é Jasper passa a vida a dizer-me isso e sabe? Até hoje, eu sempre relevei, nunca dei importância… Agora, eu consigo entender e compreender algumas situações. Rose, jamais, falou comigo assim, talvez só ouvindo estas palavras, eu pode acordar e ver melhor as coisas.

 - Eu lamento que tudo isto tenha surgido pelo facto que surgiu e salientando que me tem a mim e a Bella envolvidos.

- Não lamente. Agora preciso ir e falar com a Rose, me desculpar. – Disse indo em direção à porta. – Amanhã quero todo mundo lá em casa, lanche/jantar para comemorar a minha volta. – Ditou saindo.

Aquele momento tinha sido indiscutivelmente tenso e constrangedor, permanecendo assim, mesmo depois de Alice partir e deixar Edward sentado em sua cadeira petrificado. No seu olhar trespassava tantas e tantas imagens e sentimentos que o passado e o presente se mesclavam na incerteza que lhe preenchia o coração.

A sua volta trouxe tantos desagrados, os acontecimentos tinham tendência a ferir alguém e o sofrimento de Bella era o que mais o perturbava. O seu nervosismo, o seu olhar, os seus gestos, os seus olhos lhe revelavam o quanto a sua presença a fazia sofrer, mas as lagrimas que lhe estampavam a alma naqueles olhos chocolate esmoreceram a sua certeza. Ela estava sofrendo com a sua presença, com o seu pressão em voltar a tela… inclusive, ela fugiu dele! Ela refugiou-se numa viagem, numas férias e, mesmo sabendo disso, quando a viu não se controlou e beijou-a. O cansaço que agora o atingia era tão força e tão arrebatador que o seu coração parecia ter tirado férias e somente batia pela sobrevivência. Assim passou durante muito tempo, entre lembranças saudosas e realidades perdidas.

A sensação que oprimia o coração de Edward se intensifica, quando o toque do seu telemóvel se faz presente, naquele silêncio.

De: Bella

Para: Edward

“A necessidade da minha alma e do bater do meu coração é a tua presença. A vitalidade da minha luz e a certeza do meu amor.” Então, “O banhar das ondas na areia contempla o dormitar do sol, aquela sublime beleza que traduziu em tanto as minhas e as tuas lembranças… Estarei aí com a saudade a telintar e a esperança a respirar.

Amo-te”

As batidas do seu coração aceleraram de tal forma que as suas forças lhe fugiram e caiu em um som abafado na cadeira de pele atrás de si. A sua mente leu e releu aquela mensagem sem acreditar, parecia surreal, uma brincadeira do seu subconsciente. Somente quando sua voz começou a ler e os seus ouvidos puderam ouvir, os seus olhos embaçaram e a realidade se abateu sobre a sua alma. Aquelas simples frases revelavam tanto e tinham um poder tão grande, a verdadeira essência de um coração que procurava o seu norte e por muito perto que se encontra-se, se perdia nas entrelinhas.

***

O sol banhava o mar que permanecia calmo e sereno enrolando as ondas suaves pela areia, completando a aragem fresca de final do dia. A contemplar a beleza da natureza encontra-se Bela, conforme dito na mensagem, à espera que o seu amor se tornasse ali novamente único e real. A ansiedade que sentia a cada minuto parecia aumentar a força interior que implorava por ele, pela sua presença urgente ali. Enquanto isso, Edward caminhava aos poucos na sua direção, o coração aos pulos, contemplando a sua beleza. Ela trajava um vestido azul-marinho até meio das suas cochas delineadas, uma sabrina da mesma cor em seus pés e o cabelo em cachos nas pontas solto. E, assim, como se sentisse a sua presença olhou-o. A elegância e a imponência da sua figura eram indescritíveis. Os seus olhos apreciavam gulosamente e a boca secava, enquanto minuciosamente contemplava a camisa branca justa ao seu tronco, relevando o abdómen definido e a falta de aperto nos primeiros botões da camisa mostravam parte do peito liso e sedoso da sua pele morena. A calça de fato lisa de tom cinza completava o visual, mas o cabelo revoltado lhe dava o toque final.

A passos hesitantes, Edward percorreu a pouca distância que ainda os separava, sem desgrudar os seus olhares e com um toque carregado de amor e saudade, acariciou-lhe a face. A sensação era tão boa que Bella inclinou a cabeça, fechando os olhos apreciando aquele momento, enquanto Edward se deliciava com a receção ao seu carinho. Subtilmente enlaçou-a pela cintura de forma a unir os seus corpos e abraçou-a, sendo agraciado pelos braços pequenos em seu pescoço numa prisão gostosa. Edward grudou seu nariz nos seus cabelos e pescoço, inalando o seu cheiro e deliciando-se com as saudades, murmurou no seu ouvido “Eu te amo”.

A simples confissão e na envolvência do momento, os dois separam minimamente os seus rosto para se olharem nos olhos e unirem seus lábios carinhosamente, num roçar de lábios. Edward tomou o lábio inferior dela entre os dentes puxando-o ligeiramente, sem magoar. Bella prendeu seus dedos os cabelos revoltados dele e o puxou, permitindo que o beijo fosse aprofundado e a batalha entre a saudade, a tristeza e o amor se revelasse. Uma revelação agora permitida, sentida e agraciada pelos sentimentos admitidos e os medos esquecidos, um amor de superação, intemporal.


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Notas finais do capítulo

Me contem o que acharam? A opinião é importante, por isso a quem lê e não comenta, façam-no. É gratificante saber a opinião das leitoras e acreditem tou quase desistindo de publicar... :(
.
Agradeço à Bianca__Natasha, minha eterna leitora, pelos review no capitulo anterior, conto contigo neste. ;)



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