Voltando A Viver escrita por DuhPaiva


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá,
Obrigada a quem comentou, a quem não comentou e leu. Deixo agora o segundo capitulo que nos traz a versão do Edward. Espero aquele review para saber o que acharam e me fazer voltar.
Ouçam a musica, a letra nos diz muito.
Boa leitura ;D



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Bon Jovi - Till we ain't stranfers anymore.


EDWARD POV

As horas começam a arrastar-se perante o meu olhar penetrante no relógio pendurado na parede do meu quarto, enquanto a noite fica para trás e o dia começa a florescer. Quatro horas apenas me restava aqui, logo teria que estar dentro de avião, rumo à cidade que um dia me acolheu. As lembranças que me preenchem a alma desde a notícia de minha volta me perturbam. A essência da felicidade e tristeza se misturavam num turbilhão de sentimentos e memorias. O tempo passou, mas em nada amainou a recordação que tenho dela, da sua luz, sua alegria, seu brilho no olhar, sua voz, seu toque, seu sorriso… nada, efetivamente nada tinha sido esquecido.

Os momentos que vivemos desde o ensino básico tinham sido os melhores anos da minha vida, tudo era simples e belo perante toda a nossa envolvente. Um grupo de amigos e amantes unidos e verdadeiros. Eu sinto a falta de cada um deles. Cada um tinha a sua maneira pelicular de se fazer presente e adorados. Todos juntos eramos a alegria em pessoa, nos divertíamos muitos e chamávamos a atenção de quem estava ao nosso redor. Será que continua tudo igual, exceto por mim? Como será reencontrar todos? Reencontrar ela?

As minhas dúvidas e incertezas me faziam ter medo de voltar, eu não conhecia mais nada ali! Dois anos longe e de abandono, sem explicações ou despedidas. Contudo, uma outra parte de mim queria regressar e encontrar os meus amigos, vê-la. Eu queria ver novamente meu sorriso estampado no rosto de pele clara e olhos de chocolate, saber o que se passou nesses dois anos, saber se ela está bem mesmo como eu fora informado.

– O que eu faço quando te vir? O que eu faço? – Suspirou.

Edward adormeceu com este pensamentos rodando sua mente, ele sentia-se perdido. Ele sabia que voltar lá era reviver muitos acontecimentos e situações passadas, mas a oportunidade de trabalhar numa grande empresa e, apesar de receoso, rever seus amigos e ela era fascinante.

Um barrulho irritante suava na penumbra do seu quarto e suas pálpebras pesadas, junto com o cansaço presente em seu corpo, o fazia permanecer naquela posição. Seus músculos se mexeram apenas para cobrir seu rosto com as cobertas, tentando suprir aquele incómodo barulho, mas logo sua mente o alertou e num salto olhou espantado para o relógio que ainda tocava incessantemente.

– Aff. Eu ainda tenho tanto sono! – Murmurou em um suspiro e rumou ao banheiro.

As suas ações eram mecânicas e lentas, a insónia da madrugada refletia-se agora em seu corpo. A água que agora escorria seu corpo livremente levava consigo um pouco da preguiça, mas jamais a inquietude sentida. Seus olhos estavam fechados, enquanto a água escorrida por seu rosto devagar e quente. A sensação era indescritível, a leveza com que cada gota caia proporcionava uma libertação, embora tudo continuasse bem gravado e escondido.

– Sente-se Edward, eu fiz o pequeno-almoço. – Disse Esme animada. – Já tem tudo pronto para a viagem?

– Obrigada mãe. Ainda tenho que colocar umas coisas na mala, mas nada que demore.

– O seu pai está muito entusiasmado com esta parceria. Acordou e saiu dizendo que precisa de comprar algumas coisas que faltavam. – Suspirou com um sorriso singelo no rosto.

– Eu sei, ele não me fala em outra coisa há mais de um mês. Ele tem milhentas ideias na cabeça para propor a John e a seus colaboradores, embora não conheça completamente a política de trabalho da empresa. – Sorriu. – Acho que vai ser bom para ele.

– Falando de mim? – Disse Carlisle, entrando na cozinha sem fazer barulho.

– Sim, nós estávamos comentando sobre esta viagem e o nosso projeto. – Disse Esme.

– John ligou-me há pouco, ele quer apresentar-nos aos colaboradores na festa.

– Festa? Que festa, pai? – Perguntou Edward, confuso.

– Lembra que eu te falei da festa que John estava a organizar para comemorar o aniversário da empresa, prestigiar os funcionários? – Edward assentiu. – Essa festa realiza-se hoje e ele quer que nós estejamos presentes. Aproveitará que tem todos os colaboradores lá para nos apresentar oficialmente, ele diz que não existe uma maneira mais agradável e fácil de o fazer.

– Certo. Então, vou arrumar o que me falta e trazer tudo para a garagem. Daqui a duas horas temos que estar no aeroporto. – Disse rumando ao seu quarto.


Aquele assento de avião nunca foi tão desconfortável para Edward como estava sendo, as horas nunca foram tão intermináveis como estava acontecendo. Talvez o medo, a ansiedade, a confusão que insistiam em se fazer presente fossem as responsáveis. Apesar de estar distante daquele sítio, ele sentia os olhares dos pais em si, tornando tudo imensamente pior. Ele não queria que tivessem pena dele, não queria que os outros soubessem dos seus sentimentos, mas ao que parecia sem sucesso.

– Eu pensei sinceramente que você tivesse superado o passado. Acreditei a cada dia que tudo tinha sido sarado, que seu sentimento e, consequentemente, arrependimento tivessem sido esquecidos e consolidados. Hoje, eu olho para você e posso claramente ver que nada mudou, a única coisa que passou foi o tempo. – Disse Carlisle com o olhar no livro que permanecia nas suas mãos desde que avião descolou.

– Não sei do que você está falando pai, eu estou ótimo. Talvez com um pouco de sono, mas bem. – Disse tentando, em vão, convencer o pai.

– Você pode mentir para Deus e o mundo se quiser, mas não tente enganar-me. Talvez você queira convencer-se disso, mas eu posso ver. Desde o momento que se falou onde ficava a empresa, você tenta controlar os seus pensamentos, mas a cada dia se torna mais explícito. – Disse em lamento.

– Eu não sei o que dizer e muito menos aquilo que sinto… - Suspirou.

– Edward…

– Não pai, eu não quero falar disso.

– Você não quer falar dela. – Suspirou. – Em algum momento, você a encontrará e como será? Você não pode fugir disso e você sabe! A sua inquietude ausenta a cada segundo, mas a verdade é que se passaram dois anos e que nada é aquilo que um dia foi. Não tente alimentar esperanças daquilo que foi um dia, o passado nunca será presente ou futuro. Você pode ter tomado uma atitude egoísta, se assim quer chamar, mas ela também agiu errado.

– Não diga isso! – Disse rispidamente. – Você sabe a fase que ela atravessava, você sabe que a culpa não era inteiramente dela. Você sabe… - sua voz falhou.

– Sim, eu sei disso tudo. Eu assisti a algumas as vossas brigas, enquanto você tentava fazê-la perceber o quanto a “carreira” que ela escolheu estava a fazer-lhe mal. Ela estava a ser influenciada pela agência e você sabe que ela sonhava desde nova com a possibilidade de desfilar. Tudo isso levou-a a agir como agiu e a sua alteração de comportamento adveio daí.

– Eu lembro de tudo, pai. Eu lembro de cada pormenor daquele tempo, mas também me lembro que eu abandonei-a quando ela mais precisava. Ela estava doente! – As lágrimas banhavam seus olhos, apesar de nenhuma ser derramada.

– Não filho, você não a abandonou… Ela quis assim, você lutou por ela, lutou até à exaustão. Não se culpe por algo que te ultrapassa, não tente …

– Chega! Eu não quero mais ouvir nada, por favor. Jamais alguém saberá metade daquilo que eu senti e que sinto e, acredito, nem da parte dela. Se algum dia, tudo vier à tona e se for para falar abertamente sobre algo, serei eu e ela. Ninguém mais. – Disse chateado.

– Tudo bem, eu respeito a sua decisão. – Disse resignado.

Neste momento, os sentimentos de Edward estavam ao rubro. Aquela conversa o tinha deixado sem chão, o pai tinha sido direto e a veracidade das suas palavras o perturbaram. Apesar de saber que a culpa não era exclusivamente sua, ele sabia das consequências da sua partida. Em determinadas alturas daquela época, ele acreditou ou quis acreditar, mentindo para si, que fora a melhor atitude. Assim, ela aos poucos percebeu todas as consequências das suas escolhas e que a sua ”carreira” não era aquele “mar de rosas” que ela sempre sonhou.


As casas e jardins passavam como burrões aos olhos de Edward, enquanto ele e seus pais rumavam em direção à festa de John. O desejo de chegar em casa, tomar um bom banho e dormir teriam que ser adiados, ele tinha esperança que tudo decorre rápido, já que o voo tinha atrasado e os convidados já teriam jantado. Quando os grandes portões se abriram, Edward não pode deixar de admirar a beleza que o local possuía. Seus pais comentavam sobre o mesmo, mas este ainda estava absorto nos seus pensamentos e na tranquilidade que a beleza do lugar transmitia. Contudo, aquele lugar também lhe provocava um aperto no peito, um aperto desconhecido e estranho. A cada passo que estes davam em direção à grande entrado do salão, onde John os esperava, piorava tudo. Assim, afim de, deixar tudo de lado, ele abriu um sorriso quando Jonh o cumprimentou com um apertado aperto de mão.

– Meu querido, seja bem-vindo. Sejam bem-vindos. Os colaboradores estão ansiosos para os conhecer.

– Espero que eles encarrem esta parceria bem. – Disse Carlisle.

– Eu acredito que sim. Todos trabalhamos com a mesma finalidade. Vamos entrar e finalmente relevar os novos sócios. – Disse John rindo.

Enquanto John proferia palavras de agradecimento, amigas e nos apresentava com um orgulho e certeza na voz, eu me mantinha perdido nos pensamentos mais diversificados possíveis. O meu corpo e a minha mente estavam um pouco ausentes, eu me sentia asfixiado, o meu coração batia desenfreado e uma sensação estranha, como se algo fosse acontecer, percorreu meu corpo num arrepio. Eu jamais havia sentido isto, alguma coisa estava errada, tudo parecia surreal demais, embora eu soubesse o quanto real era tudo! Então, meus olhos começaram a vaguear por todos os presentes numa minuciosa observação, confirmando toda a curiosidade e atenção que todos tinham neste palco. A linha do meu pensamento foi interrompida por Carlisle que de forma segura me passou a palavra, para um discurso de apresentação que foi curto e esperançoso.

Apresentações concluídas e discursos terminados, o som começava a fazer-se presente e nós caminhávamos rumo à mesa principal onde John se encontrava. Quando me preparava para descer as escadas de saída do palco, meu olhar alcançou a pessoa por quem ele sempre brilhou, meu coração perdeu uma batida e meu corpo estava estático. Eu não conseguia mexer-me, eu não conseguia pensar, pois a alguns metros de mim estava a razão de tudo, aquela menina que estava tão mulher. Dois anos longe e de nada acalmaram aquilo que eu sinto por ela, embora a imagem que minha mente tinha não se comparava daquela que estava ali. Embora, ela continuasse com as mesmas feições de outrora, ela estava diferente.

Aquele momento se prolongou por muitos mais minutos quando ela ergueu seu olhar, prendendo-o com o meu. Naquele momento, tudo ao nosso redor virará pó. Imagens do passado passavam como um filme por nossas mentes e a dor que cada uma trouxera se refletia nos nossos olhos, não dor de lembranças tristes, mas recordações saudosas. A minha certeza de estar curado quanto a este sentimento se esvaiu naquele momento, eu podia ver ali que tudo o que aconteceu estava presente em cada célula do meu ser, em cada momento. A vontade de correr até ela e tomá-la nos braços me preencheu com tamanha intensidade que se não fosse meu pai me chamar de volta à realidade, eu teria percorrido aquela distancia rapidamente, abraçando-a.

– Edward, você está bem? O que aconteceu? – Chamou Carlisle preocupado, pois não tinha percebido nada.

– Eu… Eu acho que estou bem. Podemos ir. – Respondeu incerto e confuso.

Enquanto caminhava lado a lado com Carlisle e John, Edward mantinha seu olhar profundo nela. Somente quando se sentou na mesa com os demais, se apercebera quem permanecia ao lado de Bella e que, como ela, tinham os olhares nele.

Quando eu pensava que nada mais poderia acontecer, apercebo-me que Bella estava acompanhada dos nossos amigos… aqueles amigos que eu deixei para trás sem uma única palavra, explicação ou até mesmo despedida. Meu Deus, todo o mundo me olhava surpreso! Aqui sentado, eu observava cada olhar perplexo em mim e me via enclausurado na incerteza da amizade que um dia foi ou da recriminação que cada um podia sentir por mim. A verdade é que meu corpo todo tremia inconscientemente, eu tinha medo daquele momento e, de certa forma, tudo estava ali, diante dos meus olhos. Não consegui sequer proferir um “desculpem” silencioso, eu não sabia que atitude tomar, mas quando vi Alice e Rose saírem apressadas atrás de Bella que corria para fora daquele salão, meu corpo ganhou vida.

– Boa noite. – Disse Edward numa postura rígida de frente para a mesa onde os amigos estavam.

– Boa noite. – Respondeu Jasper, num fio de voz.

– Ora, Ora… Vejamos se não é Edward Cullen. – Disse Emmett, num tom sarcástico.

– Eu… - Começou Edward, mas foi interrompido pela voz de Mike.

– Então, você é o famoso Edward! Já ouvi falar de você, embora que pouco. Prazer, eu sou Mike, amigo deles e quase namorado da Bella. – Disse Mike com o olhar sínico, deixando Edward furioso e com ciúmes, embora se controla-se.

– Prazer Mike. – Disse, voltando seu olhar para Jasper e Emmett. – Eu queria falar convosco, talvez a melhor altura não seja esta, mas eu não quero que me julguem sem saberem o meu lado da história, por favor.

Edward mantinha o olhar dividido entre os dois amigos, na esperança que ambos lessem nos seus olhos o quanto ele sentia por tudo o que aconteceu e que precisavam mesmo ouvir o seu lado para talvez assim o perdoarem.

– Tudo bem. – Disse Emmett.

– Vamos até à porta de entrada, lá poderemos falar. – Disse Jasper.

A verdade é que nenhum deles se atrevia a julgar Edward ou Bella pelo que aconteceu, cada um à sua maneira compreendia o que se tinha passado, embora nenhum deles aceitasse aquilo verdadeiramente. O julgamento era forte demais, todos eles estavam lá, mas só eles os dois sabiam o que se passava realmente.

– Eu não sei por onde começar… - Disse Edward exasperado.

– Onde você esteve estes dois anos? – Perguntou Emmett.

– Em Londres. Meu pai recebeu uma proposta para lá, acabou indo para lá e eu fui também. Terminei o curso de Administração lá e estagiei numa das melhores empresas de lá e devido ao meu trabalho entrei nos quadros da empresa. Estes foram os anos mais loucos da minha vida, tudo aconteceu muito rapidamente.

– Você foi embora da noite para o dia, nenhuma palavra, telefonema… nada! – Disse Jasper.

– Eu lamento por isso, mas eu tive medo de encarar tudo. Eu me sentia tão mal, confuso, desolado, quebrado, sem rumo! Eu não pensei muito ao tomar essa decisão, Jasper. Eu me repreendi, me senti culpado, senti remorso durante este tempo todo por ter feito isso, mas o medo que vocês me olhassem com desprezo e, principalmente, medo de olhar para Bella e ver a deceção no seu olhar.

– No princípio, nós ficamos chocados. Nenhum de nós acreditou que você tinha mesmo ido embora, que tivesse abandonado tudo e sem dar um simples adeus, mas quando fomos a sua casa e sua mãe confirmou, todos nos revoltamos. Afinal, nós eramos amigos e sempre estevemos juntos quer em bons ou em maus momentos, mas quando procuramos a Bella, tudo mudou. Acho que naquele momento, todos compreendemos porque você saiu assim e percebemos que nem ela mesmo sabia, afinal ela tinha terminado. – Disse Emmett.

– Vocês sabem que os últimos tempos estavam a ser difíceis, nós discutíamos todos os dias e sempre pelo mesmo motivo. Ela não queria ver, ela se fechou para o mundo! Eu juro que lutei muito para que ela entendesse, talvez por isso aquelas discussões. Naquele dia, a nossa discussão foi pior, ela me acusou de muitas coisas e nem saber dos amigos, ela queria. Então, ela simplesmente me olhou e disse que tudo que nós tínhamos estava terminado. Eu tentei argumentar e fazê-la perceber, mas ela simplesmente disse “Adeus” e saiu. – Disse Edward com a voz tremula, tudo aquilo ainda doía.

– Nós a vimos Edward, nós sabemos como ela estava e da frieza que mantinha com ela, mas tudo desabou no dia em que fomos até ela e lhe contamos que você tinha ido embora. Assim como todos nós, ela não acreditou numa palavra sequer. Expulsou-nos, gritou impróprios contra nós e se fechou no seu mundo. – Disse Jasper lembrando.

– Eu sinto tanto por isso, eu… - Edward foi interrompido por Rose que chegava junto com Alice.

– Não sinta! – Disse, sobre o olhar perplexo dos outros. – Você foi embora sem uma palavra Edward, abandonou tudo.

– Amor, ele estava a contar-nos agora o que se passou, a sua versão. – Disse Emmett abraçando apertado Rose.

– Ninguém está julgando ele, Emmett. – Disse Alice.

– Nós ouvimos a conversa e entendemos o seu lado. Eu confesso que acho que foi uma escolha acertada, dado que somente esse choque fez Bella regressar à vida. – Disse Rose, pensativa.

– Você está dizendo…

– Não. Eu somente acredito que você agiu com o coração ferido e com a cabeça quente, mas de certa forma tudo isto levou a Bella a ver a verdade que você e nós tantas vezes lhe quisemos mostrar. – Disse Rose.

– Eu procurei por noticias dela pouco depois de lá estar, acho que quatro ou cinco meses. Apesar de me sentir culpado, o alívio de saber que ela ia melhorando dia após dia me acalmou. Eu soube também que vocês estavam com ela, lógico que estariam, então eu sabia que tudo estaria bem.

– Nunca pensou em regressar? – Perguntou Alice.

– Muitas vezes Alice, mas o medo de voltar e vos encarar, junto com o compromisso que tinha junto da empresa que trabalhava me fazia adiar. Contudo, meu pai recebeu esta proposta aqui e me fez vir com ele. – Disse envergonhado.

– Então, seja bem-vindo de volta ao seu lar e aos seus amigos. – Disse Jasper sorrindo e indo abraçar Edward.

– Obrigada Jasper. – Disse Edward.

– Não monopoliza meu namorado não Edward, nós também queremos abraços. – Disse sorrindo e abraçando-o.

– Nós também queremos. – Disseram Rose e Emmett. Então o que era para ser um abraço único, se tornou num abraço de grupo.

– Vocês são os melhores, meus amigos. – Disse agradecido. – Eu não posso mais controlar, eu tenho que perguntar… Onde está Bella?

– Ela está no jardim, sentada num banco em frente à fonte iluminada que tem. Ela quis ficar sozinha, a sua volta foi um choque para ela. – Disse Alice.

– Mike deve estar com ela agora, não? – Perguntou Edward com tristeza.

– Mike? – Perguntou Rose confusa e a gargalhada de Emmett se fez presente.

– Alguém me explica o que se passa? – Disse Alice curiosa.

– Ah amor, você não sabe… Mike é praticamente namorado da Bella! – Disse Jasper rindo e sendo acompanhado de Emmett.

– Não estou a perceber nada, será que os senhores fazem o favor de explicar? – Pediu Rose irritada.

– Eu também gostaria de perceber o motivo do riso! – Disse Edward.

– Quando vocês saíram com Bella, Edward veio falar connosco e como vocês sabem Mike está na nossa mesa. Ele apresentou-se oficialmente a Edward e disse que era nosso amigo e quase namorado de Bella. – Alice e Rose se olharam perplexas e depois riram.

– Qual é a piada que eu ainda não entendi? – Disse Edward irritado.

– Ele bem que gostaria de namorar a Bella, mas ela não lhe dá hipótese alguma. – Disse Emmett.

– Sério? – Perguntou Edward, agora pensativo.

– Parece que algumas coisas, nem o tempo mudaram. – Disse Rose risonha.

– Vamos entrar? – Disse Alice.

Tudo parecia esclarecido e melhor agora, os amigos estavam novamente com ele, compreendiam e tinham aceitado o que tinha acontecido no passado. Edward se sentia muito mais leve naquele momento, mas seus pensamentos ainda continuavam na dona de olhos cor de chocolate. Ele queria ir até ela, talvez explicar-se ou simplesmente falar com ela. Nem ele sabia, mas na certeza suas pernas o levaram até à bendita fonte.

A cada passo que eu dava ao seu encontro, as sensações adolescentes apoderavam-se do meu corpo, da minha alma e do meu coração. O meu coração batia desenfreado, minhas pernas tremiam e a ansiedade e medo me consumiam! O facto é que eu parecia mesmo adolescente quando quer chegar numa menina pela primeira vez e conquista-la, eu na verdade já a tinha tido, mas o sentimento era o mesmo.

Então, quando meus olhos alcançaram seu corpo curvado e suas mãos tapando seus olhos, eu me perguntei repetidamente se ela se sentia como eu e me julgava pelos meus atos, pelos seus, no fundo por tudo.

A noite que se fazia presente estava fresca, a neblina começa a se aparecer e a lua estava cheia, iluminando o local onde ela estava. O cenário parecia de um filme na sua maior beleza, mas a realidade se abateu quando percebi o rosto de Bella banhado pelas lagrimas e a ouvi. O meu coração se partiu.

– Meu Deus, eu desejei tanto este dia e agora ele é sem sentido. O meu pesadelo pessoal. – Disse Bella triste e desolada.

Ouvir isto me deixou atordoado, sem chão. O nosso reencontro, se assim fosse chamado, era um pesadelo para ela. Gelei por dentro.

– Bella?

Eu chamei num murmúrio triste, senti seu corpo congelar. Esperei pacientemente que ela erguesse a cabeça e me olhasse, embora temesse pela minha sanidade. Seu olhar era tão profundo que as palavras ficaram presas na minha garganta, assim como as lagrimas que agora rolavam de ambos. Uma conversa muda.




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