Everytime I Look For You escrita por LunacyFringe


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi Oi
Tudo bem com vocês? ^-^
Bom, eu sei que eu demorei dessa vez, mas foi culpa da preguiça e do "bloqueio" que eu tive.
Eu simplesmente não consegui pensar em nada por dias, é...
Bom, espero que gostem do capitulo (:
Alguém ai quer um Frerard "fofinho"? Então vá ler rápido! UAHSUAHSUH :3
Boa leitura!



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Frank POV

Acordei com o barulho estridente da campainha tocando incessantemente. Alguém provavelmente havia esquecido o dedo por lá. Resmunguei baixo, colocando o travesseiro sobre a cabeça e implorando mentalmente para que seja lá quem fosse que estivesse lá fora, fosse embora. Depois de dois longos minutos, levantei em passos pesados para dar um fim a aquele maldito barulho que ficava ecoando pelos meus ouvidos.

Calçei minhas pantufas do Homer Simpson seguido de um casaco marrom e levantei da cama. Passei a mão por meu rosto respirando fundo, e esfregando os olhos tentando espantar o sono. Desci as escadas indo em direção à porta, percebendo – e estranhando – que a sala e todos os outros comôdos estavam arrumados, diferente de ontem à noite.

Abri a porta, fechando os olhos por conta da claridade que os fazia arder.

– Então cara, o sol do meio dia é forte. – ainda com os olhos fechados pude ouvir a voz de Ray. Abri os olhos com certa dificuldade, me deparando com um Ray emburrado, Ways normais e Leto sorridente. Mas como assim? Jared?!

– Ué, o que vocês estão fazendo aqui? Meio dia? Mas que horas são? Jared, você dormiu comigo, como assim? – O olhei confuso, fazendo gestos exagerados.

– Você dormiu com o Jared? – Way falou em voz alta, com os olhos arregalados em uma ação de susto. Naquele momento passei a encará-lo, mas logo o ignorei, voltando à atenção para Leto.

– Bom... O meu celular despertou mais cedo do que eu esperava, e como você mora perto da escola eu ainda tinha tempo, como pode ver arrumei a casa. Agora me dê licença. – me empurrou de leve, entrando em casa e jogando a mochila em cima do sofá. – E depois segui para escola, ler-se inferno juvenil. – revirou os olhos. – E na hora da saída esses “seres” do outro mundo resolveram me seguir, porque segundo eles estavam morrendo de preocupação. – Sorriu largo e falso.

– Hum... Bem que eu senti algo de diferente na cama, uma espécie de vazio. Você não estava lá e isso é estranho. – passei a encarar um retrato antigo na parede, retrato tirado na época em que ainda eramos felizes. Dei um passo pra trás permitindo a passagem do “resto”.

– Como assim dormiram juntos?! – Gerard repetiu enquanto eu fechava a porta.

– Como se dorme com alguém? – me virei, olhando-o óbvio.

– Depende Frank! Bom, eu nem quero imaginar! – deu de costas, setando no sofá e apoiando as pernas na mesa central. – Eu vim ver se você está bem, mas pelo jeito está melhor do que eu pude imaginar. – cruzou os braços, emburrado.

– Estou sentindo cheiro de ciúmes. – Mikey cantarolou divertido.

– Tem algo de bom pra comer, gnomo? – Ray perguntou, se sentando ao lado de Gerard, e Mikey repetindo o gesto, se sentando ao lado de Ray.

– Eu não sei, provavelmente tem alguns congelados. Porque não pede uma pizza? – falei indo em direção à cozinha, a fim de tomar um café.

Um dia iniciado sem cafeína é a mesma coisa de um banho sem sabonete. Impossível.

Coloquei a água para esquentar enquanto eu preparava a mesa para meu café matinal. Café de cafeteira é uma merda, então prefiro ter um trabalho duplicado. Me escorei na pia cantando She do Green Day enquanto eu ouvia Ray pedir quatro pizzas e quatorze saches de catchup, enquanto  Mikey e Jared gritavam discutindo em relação quem era o melhor mutante do X-men.

– Quer ajuda para alguma coisa? – Gerard perguntou enquanto entrava na cozinha.

– Eu acho que sei fazer café, Way. – Cruzei os braços me virando de frente para o fogão.

– Você ‘ta bravo comigo? Eu te fiz alguma coisa? – parou ao meu lado se escorando na parede.

– Se você fez alguma coisa? Não, que isso... É coisa da sua mente. – falei irônico.

– Porra Frank, porque você está falando assim comigo? Eu só não te liguei ontem porque ninguém havia me avisado sobre o que aconteceu, okay?! Ou você realmente acha que caso eu soubesse de tudo eu não teria vindo te ver no mesmo instante? Que eu ficaria jogando video game feito um filho da puta despreocupado?! Poupe-me de suas idiotices. – revirou os olhos, aparentemente irritado. – E pra você ficar sabendo, eu soube o que aconteceu hoje de manhã, e se Ray não tivesse me empurrado pra dentro da sala de aula eu estaria aqui às sete da manhã.

– Huum... – Ignorei suas palavras falsas, esperando a água entrar em ebulição.

– Que merda! Me desculpe por não ser uma pessoa tão informada. – revirou os olhos novamente.

– Para de revirar os olhos, odeio quando fazem isso. – franzi o cenho com raiva.

– Você vive fazendo isso, então porque tanta irritação? – revirou os olhos, rindo pelo nariz.

– Como você me estressa. – em uma tentativa frustrada e falha de fazer uma cara brava, acabei me enrolando e fazendo uma careta.

– Hey, eu já pedi desculpas por não estar aqui com você. Me entenda, eu não tenho culpa. – virou o rosto para o lado, como uma criança confusa. – Se eu soubesse eu teria passado a noite com você. – passou as mãos por meu cabelo em um cafuné bagunçado.

– E a Lyn? – me desvencilhei do gesto de “carinho”, a fim de terminar meu café.

– O que tem ela? – perguntou confuso.

– Como estão vocês dois? – perguntei baixo, como alguém desinteressado e aéreo.

– Não estamos passando muito tempo juntos. Ela arranjou um emprego na lanchonete e tem os ensaios da banda, não nos vemos nos últimos dias, a gente se vê somente na escola. – falou simples, respondendo como se fosse uma pergunta qualquer sem sentidos camuflados. – Mas agora me diga o que ela tem a ver com o assunto. – sorriu de canto.

– Eu... Eu pensei que ela poderia ter vindo junto sabe, ela também é minha amiga. – dei de ombros.

– Ela disse que não pode vim por estar trabalhando, mas assim que tiver um tempinho vai te ligar. – suspirou cansado. – Enfim, como pedido de desculpas, eu me auto convido para dormir aqui hoje. – o encarei surpreso e ele sorriu largo.

– Eu permiti por acaso? – falei sério.

– E precisa?! Se você dormiu com o Jared, agora vai dormir comigo. – Cruzou os braços. – E se você pensar em me expulsar, como normalmente faz, eu nunca mais vou olhar na sua cara. Porque Leto pode e eu não? Run. – falou de uma vez, empinando o nariz. Encarei-o por alguns segundos.

– Não sei o que dizer. – ri fraco, para mim mesmo, revezando o pensamento entre “Gerard, seu idiota” e “Gerard, seu fofo”.

– Diga que sim. – se aproximou piscando os olhos diversas vezes.

– ‘Ta, mas... Só... Ah, sei lá, não toque nesse assunto. – abaixei a cabeça, sentindo meu rosto ficar quente.

– Okay, não entendo o porquê, mas tudo bem. – sorriu, depositando um beijo na minha bochecha. Logo ele já caminhava em direção à porta da cozinha.

– Eu pedi para que você não se aproximasse Gerard. – falei, sentindo meu estômago se embrulhar.

– Eu não consigo. – se escorou no batente e me fitou sacana.

Ficamos parados, apenas nos observando como dois idiotas sem nada para fazer. Meu estômago continuava se revirando, naquela sensação de borboletas indo à loucura dentro de você. E eu me odiava pelo fato de ser a primeira vez na minha vida que eu sentia algo daquele tipo.

A campainha tocando e Ray nos chamando para comer fez com que eu me desvencilhasse do transe, voltando até a pia para terminar o café enquanto Gerard seguia para sala.

– Eu só vou terminar de tomar meu café e já vou. – gritei, pegando uma xícara no armário.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

O resto do dia foi tranquilo. Gerard realmente estava falando sério, ele não iria embora, mas quando resolveu deixar claro que iria dormir ali, fez a questão de mencionar na frente de Jared que iria buscar o carro e o travesseiro, foi aí então que Leto teve o prazer de expulsar todos da minha casa.

Quando Way recém voltou de sua casa com o seu travesseiro em mãos, ligaram do hospital avisando que minha mãe recebera alta. Gerard largou suas coisas no meu quarto e me levou para buscar minha mãe.

Dona Linda simplesmente amou Gerard. Fazia mil e uma perguntas, rindo das piadas que o gordo fazia sobre mim. Minha mãe realmente estava bem, sorria e brincava alegremente, eu ficava feliz por vê-la daquela maneira, nem parecia que ela havia passado por tantas coisas ruins.

Chegamos em casa com um bolo de chocolate que Way insistiu em comprar - puxa saco – e sentamos para conversar e comer. No caso, eu para comer e minha mãe e Gerard para fofocar e falar mal de mim.

Fomos dormir quando o relógio marcou suas 23hrs, minha mãe estava sonolenta por conta dos antibióticos que andou tomando no hospital e não havia mais nada de interessante para assistir na televisão. E claro, estava um frio além do normal.

– Gee, tem um quarto de hóspedes, se você quiser... – ri, sentado em minha cama enquanto Gerard se arrumava em um colchão no chão do meu quarto.

– Não, eu ‘to... – deitou-se no colchão – Legal.

– Você quem sabe. – deitei e me cobri, desligando a luz no interruptor que havia do meu lado.

Ficamos alguns minutos em silêncio. Eu me remexia diversas vezes na cama, tentando achar uma posição confortável para que eu pudesse pegar no sono. Me virei para o lado, olhando Gerard todo encolhido e atolado no colchão, cutuquei-o de leve.

– Gee? – chamei baixo.

– Oi. – respondeu no mesmo tom.

– Hey, por acaso, só para eu saber... Esse colchão não é ruim? Ele é velho e fino, não está com frio?

– Esse é seu jeito delicado e gentil de me chamar pra dormir com você? – o ouvi rir baixo. Sem vergonha.

– Ah, o Jared dormiu aqui comigo, me esquentando. – sorri, esperando a resposta dele.

– Só vou deitar aí se você virar o colchão e trocar os lençóis. – seu tom era um quanto nervoso, não teve como não rir.

– Para de frescura, não tem nada de mais você vim aqui. – bati ao meu lado alto o suficiente para que ele ouvisse.

Meu corpo se gelou de maneira dolorosa quando senti Gerard puxar toda a coberta propositalmente, me destapando. Gerard se remexeu para todos os lados até chegar um pouco mais perto de mim, todo encolhido e gelado.

– Eu estava com frio. – falou e riu pelo nariz. – Me esquente. – tentou me abraçar.

– Não me toque. – falei sério, o empurrando para o lado. – Agora quem esta com frio sou eu.

– Que violência e chatice! Pra quê tudo isso? E só para você saber, eu estou com cara de cachorrinho sem dono.

– Não ‘to dando a mínima para a cara que você está fazendo, só para você saber.

– Malvado... E agora eu estou fazendo um biquinho muito fofo e irresistivel.

– Vai dormir cara. – ri pelo nariz.

– Agora eu revirei os olhos, você adora isso.

– Gerard... – o repreendi.

– Boa noite.

Ficamos por mais alguns minutos em silêncio, eu não conseguia dormir de jeito nenhum. Talvez pelo fato de ter acordado meio dia.

– Porque você faz isso? – perguntei do nada, me virando para o lado de Gerard, encarando aquele lado escuro, mesmo sem enxerga-lo eu sabia que ele estava ali.

– Isso o que? – perguntou sonolento.

– Diz que vai ficar com a Lyn, porque não quer magoá-la, mas depois fica me perseguindo? Tipo, porque insiste em ficar perto de mim? Por um acaso passou alguma vez na sua cabeça que você está me magoando? – cuspi as palavras em meu tom mais chateado, mas logo o quarto foi tomado pelo silêncio.

– Eu nunca menti quando disse que não consigo ficar longe de você. – Gerard cortou o silencio, falando baixinho e suspirando pesado. – Faz o quê? Três meses que nós nos conhecemos? Se for isso, faz dois e meio que eu não consigo te tirar da minha cabeça. E desde aquele beijo, tudo piorou. Eu não sei o que eu faço Frank. Eu gosto da Lyn, ela é incrível, definitivamente a melhor garota que eu já conheci, e eu não quero magoá-la. Mas parece impossível quando tem outra pessoa que parece mais especial...

– Eu não quero que você a magoe. – falei baixo.

– O que quer que eu faça?

– Nada, deixe as coisas como estão. Não vamos mexer em nada. – virei de costas, cerrando os olhos e contendo minha vontade gigante de me explodir.

Sabe quando existem coisas que te deixam feliz e triste ao mesmo tempo? Bom, isso que acabou de acontecer foi uma delas. Eu não fui apenas uma pessoa que Gerard beijou, eu significava algo a mais para ele, mas magoar a Lyn era a última coisa que eu queria, ela era a minha melhor amiga desde... Sei lá, faz tanto tempo que eu nem me lembro.

– Posso te abraçar? Pelo menos por hoje? – perguntou baixo,colocando a mão na minha cintura.

– Por favor... – falei. Gerard puxou meu corpo com força, nos colando e me abraçando forte.

– Boa noite. – murmurou no meu ouvido.

– Boa noite...


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Notas finais do capítulo

Bom, eu acho que não vou demorar com o próximo, okay?
Gostaram do capitulo?
Espero vocês nos reviews! :3
BJO BJO BJO