Only You escrita por Leticia Di Angelo, Laís di Angelo


Capítulo 5
Ele esta morto...


Notas iniciais do capítulo

Oioi gentem! Sou eu, Laís!!
Me desculpem pela demora, eu estava doente...
Queria agradecer muuuuuiiiitooo aos reviews do capitulo passado! Eu amei!
Mas eu sei que vocês querem ler logo, então... Boa leitura e apreciem o drama!



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POV Agatha

   Eu fiz do resto daquela tarde, a tarde mais normal possível. Treinei, caí, sorri, corri e quase morri na parede de escalada. Mas depois do jantar, eu me vi no impulso de pegar minha blusa e seguir para o Chalé de Oceanus e passar a noite com Jake. Então, me lembrei do que tinha acontecido e meus olhos se encheram de lágrimas, mas que logo foram embora. Meu coração estava completamente estraçalhado, mas minha mente estava aliviada por aquilo ter acontecido. Estava completamente confusa!

   Me deitei e fiquei me revirando pra ver se conseguia dormir. Não consegui e me levantei. Andei de um lado para o outro pensando na besteira que fizera. Eu tinha que arrumá-la no dia seguinte. Sabia disso. Sabia que não podia ficar daquele jeito…

   Passei metade da noite em claro, sozinha, com aquele violão no meu colo. Mas acho que nem todo meu conflito foi capaz de manter longe meu sono. Acabei dormindo ali mesmo, no chão.

   Procurá-lo. Eu pensei nisso quando acordei. Já era quase hora do almoço, mas não liguei. Assim que comecei a andar em direção a Arena, ouvi Emily me chamar.

   - Agatha, ele não esta aqui.

   Me virei pra ela com o cenho franzido.

   - Quem?

   - O Jake. Sei que esta atrás dele. – Ela deu de ombros. – Eu achei melhor vir conversar com você.

   - Não tem nada pra falar. Acabou. – Virei às costas, irritada.

   Fechei os olhos tentando manter a calma. Só de falar dele já me sentia uma idiota!

   - Não adianta. - Falei.

   - Talvez quando ele voltar vocês se entendam. – Emily disse me abraçando.

   - Emily, esta me fazendo sentir pior. Não quero pensar nisso.

   Ela se afastou e deu um sorriso solidário.

   - Tudo bem. Se precisar de mim estarei no meu Chalé escutando a mesma musica de sempre. – Ela disse. Não ouvi mais a voz dela e continuei caminhando para a Arena.

   O que encontraria lá? O André? Naquele momento era a ultima pessoa que queria ver porque era um dos motivos da minha briga com Jake. Fora que também acharia aquela filha de Afrodite e não queria que isso acontecesse. Por mais que eu quisesse não poderia mata-la. Me virei e caminhei de volta para meu Chalé…

   Peraí. Não era isso que eu queria? Terminar com ele? Por isso nós brigamos! Então, porque eu estou triste?

   Por que você queria terminar com ele?

   Não sei. Foi de repente…

   Mas você acabou de pensar que queria terminar com ele…

   - Droga! – Murmurei.

   Por que eu tenho que ser tão confusa?

   Respirei fundo e me virei novamente para a Arena.

   - Os bonecos que me aguardem. Vão sofrer hoje.

   Depois de ficar o tarde inteira fazendo os bonecos da Arena quase sangrarem, eu estava completamente cansada. Não só fisicamente, como emocionalmente também, já que tinha um peso enorme no coração. Queria saber pra onde Jake tinha ido. Queria saber o porquê dele ter saído tão de repente do Acampamento. Será que tinha sido por minha culpa?

   Foram exatamente dois dias de angustia. Primeiro, porque não tinha noticias dele, segundo que eu não devia ter noticias dele e terceiro… eu não podia nem mesmo perguntar a alguém se tinham noticias dele.

   Mas como eu disse, foram apenas dois dias. Minha angustia por faltas de noticias acabou no jantar.

   - Campistas, - Quíron nos chamou. – Só queria dar uma terrível noticia. Há dois dias e meio, o filho de Oceanus, Jacob, foi em uma missão digamos… Secreta, para uma deusa. Infelizmente, o galpão ao qual ele foi induzido a ir, explodiu. E… Não tem como haver mais esperanças.

   POV Emily

   - Jacob está morto. – Terminou Quíron.

   Eu não acreditei naquilo. Era como ouvir que Cronos um dia vai ganhar dos deuses! Mas… Era verdade.

   Infelizmente, Agatha estava de costas pra mim e não conseguir ver sua reação. Se bem que acho que ela não teve nenhuma, porque não se mexeu.

   - Como tem tanta certeza que ele esta morto? – Percy perguntou tão descrente quanto eu.

   - Achamos um pertence dele, Percy. – Quiron respondeu. – A espada.

   Um silencio desconfortável tomou conta daquele lugar. Eu percebia que os semideuses estavam sempre olhando para Agatha, imaginando o que ela sentia. Eu sabia. Sabia que ela estava morta por dentro. Estraçalhada. Eu também me sentia assim…

   - Quiron, já que ficamos com um time a menos na Caça a Bandeira… - Um filho de Ares começou a dizer, mas foi interrompido por Percy.

   - Caça a Bandeira? – Ele indagou. – Fala serio! Não tem como haver uma Caça a Bandeira.

   - Acho que devemos isso a ele. – Annabeth falou. – Por mim adiaremos.

   - Claro que não! Estamos arrumando isso há muito tempo. – Um garoto do Chalé de Hefesto disse.

   - Eu acho que deveríamos cancelar esta Caça a Bandeira. Não podemos jogar sendo que um campista tão bom quanto Jake foi vitima de uma armadilha tão baixa!

   - Semideuses morrem a todo momento! – Gritou Clarisse. – Se o seu namoradinho não teve competência pra não cair em uma armadilha o problema é dele!

   - Clarisse, cala a boca! – Outro campista gritou.

   Na hora em que eu ia falar alguma coisa pra silenciar aquele povo, Agatha se levantou num salto jogando o banco pra trás. O baque foi tão alto que todos se calaram. Ela foi praticamente correndo até a mesa de Quíron, pegou o pingente do bracelete de Jake, que se transformava em espada, e com lágrimas nos olhos minha irmã saiu do Refeitório.

POV Agatha

   Correr. Foi meu único pensamento. Eu queria me distanciar de todos, já que a única pessoa que eu queria ao meu lado estava… Isso revirava meu estomago.  As lágrimas retorceram minha visão e eu tropecei. Mas aquela altura eu já não tinha mais forças pra levantar, então, fiquei largada no chão. As lágrimas desciam com rapidez como se estivessem esperando por aquele momento.

   Ele havia morrido pensando que eu era uma louca que o odiava. Eu tinha o mandado esquecer o que tínhamos passado juntos… Só que eu mesma não esqueci. E agora não havia como voltar atrás.

   Minha mão doía com a força que eu segurava aquele pingente. Quando a abri, vi que até tinha provocado um corte nela. Eu coloquei o pingente no chão e comecei cavar. O machucado em minha mão até piorou por causa das pedras e o sangue escorria. E eu não sentia a dor… Era como se a dor que eu sentisse por dentro eliminasse qualquer outra que tentasse se opor à ela. Peguei novamente aquela pedra e fechei minha mão envolta dela, enquanto a outra continuava a cavar.

   Para caber aquele pingente eu precisava de no mínimo cinco centímetros de altura. Acontece, que naquele estado, cavar era a única coisa que eu conseguia fazer. A terra já estava lotada de sangue quando cheguei aos trinta centímetros. Na minha mão esquerda faltava metade das unhas que se quebraram na terra dura e eu não fazia a mínima ideia de onde tinha tirado força pra fazer aquilo.

   Parecia que todas as minhas lembranças tinham desaparecido. Como se a dor provocasse uma amnésia. Lembra-se daquela vez que eu disse que se afogar é uma das piores sensações da vida? Estava errada.

   Quando fui pegar o pingente ao meu lado percebi que estava nevando. Provavelmente eu já não tinha mais nenhum controle sobre mim mesma. Enterrei-o lentamente.

    - O que eu faço agora? – Sussurrei.  

   Joguei o ultimo montinho de terra e comecei a jogar neve por cima. Depois, delicadamente, desenhei um coração sobre ela.

   Para mim pareciam dias, embora não passassem de horas. Meu corpo estava congelado e rígido. Minha cabeça girava e eu já não conseguia nem enxergar. E o pior de tudo era a sensação que eu tinha. Aquele vazio dentro do meu coração que estava matando aquilo que ainda me restava. E eu já não tinha mais vontade própria. Já não conseguia me imaginar dali em diante… Não achava possível continuar vivendo. Era tão improvável…

   Com força, minhas costas se chocaram com o chão. As pedras e as raízes não me incomodaram. Na verdade pareceram amortecer minha queda. Cansada daquele sofrimento, imaginei se não houvesse algo que pudesse acabar com ele. Fechei os olhos esperando pensar em alguma coisa.

   Entre todas aquelas lágrimas e aqueles gritos agoniados, eu me imaginava junto dele… Mas uma onda de escuridão me tomou e levou meu sofrimento para longe… Pelo menos temporariamente.


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Notas finais do capítulo

Aaaaahhhhh, sinto muito por isso!!
Eaí o que acharam? Mandem reviews com sugestões e opiniões!
Beijinhus, meus amores!