Chasing Cars escrita por JuhChagas


Capítulo 5
Different than usual.


Notas iniciais do capítulo

AQUI ESTOU EU! Amores, queria dizer que não estou respondendo os reviews por falta de tempo, mas saibam que estou amando! Vocês são maravilhosos, perfeitos, meu cupcakes favoritos!Mas ainda assim faltam reviews :/ Eu tô com 11 leitores e cada capitulo tá tendo uma média de only 4 reviews! WHERE ARE YOU GUYS?!
Enjoy!



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POV Percy


Já tinha me deitado e agora encarava o teto, procurando o sono, que justamente hoje não aparecia. Ouvi duas batidas suaves na porta. Delicadamente minha mãe abriu um pouquinho à porta pedindo permissão para entrar, e eu bati a palma da mão na cama, me sentando. Ela tinha um sorriso genuíno em seu rosto enquanto se sentava ao meu lado.


- Pensei que já estivesse dormindo. – ela disse afagando meu rosto com sua mão.


- Perdi o sono. – respondi dando de ombros. – Daqui a pouco eu durmo.


- Ainda não. – ela disse levando a mão ao bolso da sua calça jeans e tirando um papel. – Você realmente pensou que eu não te daria um presente? – ela perguntou engraçada arqueando as sobrancelhas.


- Mãe, não precisa... Eu não faço questão nenhuma. Eu tenho tudo o que quero, de verdade. – disse levando as mãos aos seus ombros.


- Ah, Perseu Jackson, não venha com esse papo. Eu sou sua mãe, sei além de todos que você adora um presente. Aqui está o endereço de onde está o seu presente. Diga que é meu filho. – ela falou enquanto botava o pequeno papel na minha mão e a fechava.


- O que... – comecei logo me interrompendo quando minha mãe fez sinal para eu parar.


- Amanha você descobre, ok? Boa noite. – depositou um beijo na minha bochecha e se retirou do meu quarto silenciosamente.


Encarei o endereço. Era na mesma avenida do café que fui mais cedo, mas não reconheci o número. Coloquei-o na cabeceira a cama e voltei a encarar o teto. Fechei os olhos e inspirei fortemente. Por talvez uma fração de segundo um cheiro já conhecido invadiu meu nariz, um cheiro doce como morango maduros, com um leve resquício de hortelã. Como o suco. Sorri bobamente com a sensação, mas logo voltei à expressão séria. Sabia que não era real. Era só o sono me pregando uma peça de mau gosto. Não é como se eu quisesse dizer mais que um “oi” pra você.” foram suas palavras mais cedo, e lembrá-las fez mais uma vez aquele nó se formar na minha garganta. Agora me lembrando era ainda mais doloroso, sua voz parecia sussurrar maldosamente em meu ouvido.


Revirei-me na cama ficando de bruços. Relaxei meus músculos e encarei a cortina dançar com a brisa. Voltei a fechar meus olhos e lentamente adormeci, mas não antes de me permitir voltar a dois anos atrás.



Flashback Onn


Hesitei várias vezes, mas finalmente toquei seu ombro encoberto pelos cabelos loiros. A menina sentada à minha frente se virou me encarando com aqueles olhos acinzentados. Não sei por quanto tempo fiquei apenas fitando-os, sem dizer nada, como um completo idiota. Ela arqueou uma das sobrancelhas sem entender e voltou o seu corpo para frente, voltando a prestar atenção na aula.

Não que ela precisasse prestar atenção na aula. Aquela era Annabeth Chase, a menina que nunca tirou uma nota abaixo da média, mais inteligente que qualquer garota que eu já vira, prestativa, sempre ajudando os outros com as matérias, loira, com os olhos incomuns (os olhos que eu nunca havia encarado diretamente e há pouco me roubaram a fala). Completamente linda. Chacoalhei a cabeça em negação afastando o pensamento. O sinal bateu estridente e todos se levantaram se encaminhando para a porta.

Annabeth caminhava sem pressa para a porta com vários livros nos braços. Dei alguns passos mais longos já planejando o que falaria.

- Annabeth Chase?- chamei ficando ao seu lado- Percy Jackson. – estendi a mão esperando o seu toque.

Ela sorriu docemente enquanto uma mecha caiu sobre seu rosto. Sim linda. Repreendi-me com tal pensamento, mas essa era a mais pura verdade.

- Prazer. Eu apertaria sua mão se pudesse. – ela deu de ombros continuando a andar com os braços tomados por livros e cadernos.

- Ah, me desculpe. Deixa eu te ajudar. – fiz a menção de pegar um pouco do material, mas ela murmurou um “não precisa”. Insisti pegando os livros mais grossos. – Então... Acho que somos vizinhos, né?

Xinguei-me mentalmente por ser tão estúpido. “Acho que somos vizinhos, né?”, soava ainda pior quando eu repassava a frase. É obvio que éramos vizinhos, eu a viaela saindo para a escola, e varias vezes mantinha certa distancia enquanto ela voltava da escola, com os cabelos dançando em suas costas... Algumas vezes já a tinha visto em seu quarto quando sai em minha sacada nas noites de calor.

- É, eu acho que sim. – ela sorriu meio debochada. Ela devia concordar com o quão idiota eu soara.

- Posso te acompanhar? – perguntei mais tímido que o normal. Ela apenas assentiu piscando aquelas enormes cílios no que parecia câmera lenta.

O caminho foi muito mais rápido que o normal quando vou sozinho. Fomos conversando, de inicio timidamente enquanto os dois coravam debilmente, mas depois nós já falávamos normalmente e eu expliquei a ela a minha situação.

O fato é que se eu não recuperasse as minhas notas nesse bimestre era provável que eu repetisse o ano, e isso era algo que eu não queria. Por mais que eu odiasse estudar, eu o faria quanto fosse necessário pra melhorar, afinal, não havia lógica nenhuma em ficar um ano a mais na escola revendo a mesma matéria mais um vez, o que eu poderia estudar agora.

Claro que minha mãe estava muito decepcionada, e esse foi um dos motivos que me fez vir falar com Annabeth, eu odeio ver a minha mãe com aquele olhar triste. Eu sabia que se ela me ajudasse a estudar, eu recuperaria as minhas notas.

Ela pareceu meio relutante, mas depois que eu disse o quanto eu precisava de ajuda, ela concordou em estudar comigo. Logo estávamos na frente de nossas casas, a minha pintada em azul e a dela em um amarelo meio mostarda, muito bonito, eu achei. Notei que não havia nenhum carro na garagem.

-Você está sozinha em casa? – perguntei notando-a adquirir uma expressão dura.

- Sim. A minha mãe é advogada, e só volta muito tarde. Na verdade, ela fica mais fora em viagens de trabalho do que em casa. – ela respondeu meio indiferente enquanto olhava para o chão gramado.

- Você... Quer almoçar na minha casa? Depois eu posso te mostrar no que eu tenho dificuldade... – ofereci encabulado.

- Eu não acho que seja uma boa ideia Percy. – ela voltou a me olhar e negou com a cabeça. Seu lábios franzidos em discordância.

- Annabeth é uma ótima ideia. Assim você não almoça sozinha, e eu não perco tempo. Não perco pra estudar, sabe, porque eu preciso estudar... – tropecei nas palavras dando um duplo sentido indesejado. Ótimo, agora ela deve pensar que eu sou um pervertido, pensei sentindo meu rosto queimar.

Ela ainda hesitou um pouco, mas aceitou o convite. Ela entrou rapidamente em sua casa, trocou de roupa pondo um jeans claro meio gasto nos joelhos, um all-star vermelho e uma blusa de moletom sem zíper da GAP. Imaginei se ela não ficaria com calor, mas o verão aqui da Califórnia é sempre assim, calor extremo durante o dia, mas quando começa o entardecer a temperatura cai muito. Com agilidade impressionante ela fez um coque frouxo e o prendeu com o próprio cabelo enquanto andava na minha direção. Ela colocou uma mecha que soltara atrás da orelha e sorriu calorosamente.

Andei na frente até a porta da minha casa e a abri acenando com a cabeça para que a loira entrasse. Ela cautelosa me seguiu, enquanto eu chamava por minha mãe.

-Sim querido! Estou aqui na cozinha. – ela gritou.

Continuei meu percurso parando na soleira da porta. Minha mãe mexia uma panela avidamente.

-Mãe, eu queria que você conhecesse uma pessoa. – disse depois de dar um beijo na sua bochecha. Annabeth ainda estava na sala, completamente tímida.

- Ah meu filho... Você está namorando de novo? Não é uma daquelas garotas que eu não gosto, é? Por que... – ela começou franzindo o cenho.

- Não, nós não estamos namorando! É a nossa vizinha. Nós estudamos na mesma sala, ela vai me ajudar com as matérias mãe. – disse acalmando-a. Considerei em minha mente a possibilidade de Perseu Jackson namorando uma garota como Annabeth Chase. Parecia meio improvável.

Abri a boca pra dizer mais alguma coisa, mas minha mãe tomou a palavra enquanto me empurrava de leve para o lado andando até a porta onde, agora, Annabeth espreitava completamente corada.

- Olá querida! Nossa, você é linda, tudo bem?- minha mãe cumprimentou já tomando em um abraço.

- Prazer, sou Annabeth. Você deve ser Sally. – a garota disse depois de se afastar.

Disse que me trocaria enquanto as duas conversavam. Sem fazer barulho fiquei alguns minutos atrás da parede ouvindo a conversa. Elas, logo de primeira vista, já se gostaram, a conversa ia de vento em poupa.

Essa foi a primeira vez que elas se encontraram. Nas próximas, as duas já eram tão intimas que as coisas fluia facilmente. Annabeth tinha se tornado uma filha para a minha Irma em dois mês. Annabeth me ajudava com as matérias e eu consegui recuperar todas as notas vermelhas, agora só eu só precisaria manter um desempenho razoável. Mesmo não estudando tanto mais quanto no inicio Annabeth ainda vinha quase todos os dias na minha casa. Nós ficávamos no meu quarto tocando violão (coisa que eu e ela descobrimos ser uma coincidência, já que ambos somos ótimos), falando besteiras, assistindo a filmes de terror enquanto minha mãe nos entupia de besteiras.

Ela rapidamente virou minha melhor amiga e eu tinha certeza que eu também era seu melhor amigo. O único problema dessa amizade é que ela só acontecia em casa. Na escola, eu não sei o que acontecia comigo, mas eu não era o mesmo com ela, talvez por sermos os populares e que não seria bom para a nossa imagem Percy Jackson falando com uma nerd. Era estúpido, eu sei, mas eu não fazia nada a respeito comprovando-me um débil mental, e ela de alguma forma entendia isso, mas algumas vezes cheguei a notá-la entristecer quando passava pelo corredor e ela sorria para mim e eu apenas desviava o olhar voltando a falar com meus amigos...

E não entristecia somente a ela, mas também a mim. Eu queria chegar ao colégio todos os dias e tratá-la como eu trato na minha casa, ser o melhor amigo dela lá também sem ser excluso da sociedade. Eu queria abraçá-la todas as manhas quando ela se reencosta no seu armário de forma tão graciosa. Queria chegar perto de seu rosto e beijar sua bochecha como ela sempre fazia.

Ah, que bando de mentiras! Eu queria abraçá-la puxando sua cintura contra o meu corpo, afundar meu rosto no seu pescoço e beijar seus lábios para sempre. Essa era a verdade. Eu era seu melhor amigo, ela era minha paixão.


Continua...




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Notas finais do capítulo

Vocês devem estar emputecidos, eu sei, perdão gente! MAS NO PROXIMO OQUE ACONTECE TÁ AI! pelo menos eu acabei com as teorias que a Annabeth gostava do Percy e o Percy rejeitou ela, tipo, ficou claro que ele que começou a gostar dela... Mas muitas coisas ainda serão esclarecidas nesse flashback, então, calma! REVIEWS HEIN! KKKK ~ameaça de morte aos leitores~ se não eu não posto oque aconteceu com os dois! Agora estou indo embora antes que taquem um piano em mim. XOXO



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