Chasing Cars escrita por JuhChagas


Capítulo 4
Cooking gloves


Notas iniciais do capítulo

GENTE, DESCULPEM PELA DEMORA, SORRY MESMO :/
Bom, esse capitulo vai ser sobre o Percy e a Sally, porque a relação deles vai ser superimportante nessa fic! No proximo capitulo voces descobrirão oque aconteceu entre o percy e a Annie, hehe!
Sem mais delongas, aproveitem!



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   POV Autora

   Percy não foi capaz de fazer nada. Ele queria correr atrás de Annabeth e, de alguma forma, consertar tudo, ou pelo menos tentar. Mas suas pernas não obedeciam, permanecia ali, sentado, mesmo depois de Dona Aurora ter dito algumas palavras de consolo, “Calma querido, as coisas vão se acertar. Dê tempo a ela. Ás vezes, só o tempo pode curar.”. Se antes seu coração batia tão rápido quanto uma bomba relógio, e ameaçava sair pela boca a qualquer minuto, agora ele não dava sinal de protesto.

   O garoto sentiu o celular vibrar em seu bolso e limpou os olhos molhados vendo o quem o ligava. Pigarreou e atendeu a chamada.

   - Olá mãe.

   - Oi meu amor. Tudo bem? – ela soou zelosa fazendo brotar um sorriso verdadeiro em Pecy.

   - Tudo bem, mãe. Você está em casa? O número... – ele perguntou sendo interrompido.

   - Claro que estou Sr. Jackson, afinal, eu tinha prometido cozinhar a minha deliciosa lasanha para certo garoto... Mas, eu não sei por que, esse certo garoto ainda não apareceu em casa. – disse Sally tentando adquirir um tom irritado, ma simplesmente não conseguia.

   - Desculpe Sra. Jackson, - começou arrancando uma divertida gargalhada de ambos-  eu já estou indo para casa. Até logo, mãe.

   A mulher respondeu um “Não demore” e então Percy desligou, se levantando do banco de couro. Ele passou pelo balcão deixando o dinheiro em cima, e uma gorjeta bondosa. Varreu com os olhos o local e viu a senhora atendendo uma mulher com o seu filho ao lado, pensou.

   - Fique com o troco Dona Aurora. E obrigada, prometo que volto. – falei mais alto saindo pela porta que tocava um sininho agudo. Ligou o carro e ficou alguns minutos com a cabeça apoiada no volante, apenas ouvindo o ronco forte do motor. Decidiu que precisava tirar aquela expressão triste e cansada do rosto, afinal, sua mãe não merecia vê-lo daquele jeito. Ela já tinha preocupações demais, tinha que poupá-la, pensou antes de acelerar para casa com determinação.

   Demorou menos de 10 minutos para Percy estar em frente à casa pintada de azul claro, estacionou o carro de forma desleixada na garagem, e entrou rapidamente seguindo o cheiro maravilhoso até a cozinha. Encarou em silêncio encostando-se ao batente da porta a mulher de costas, agachada, checando a lasanha no forno.

   - Mãe? – chamou se aproximando.

   Sally se virou com um sorriso lindo em seu rosto, os olhos brilhavam em seu tom âmbar. Percy então se lembrou como era bom vê-la, tendo o pensamento acompanhado de um sorriso tão grande quanto o da mãe. Por mais magra que fosse, Sally o envolveu em um abraço esmagador, deixando que seu cheiro de orvalho misturado à madeira invadisse o filho. Depois de afastou depositando um beijo na bochecha de Percy.

   -Parabéns meu filho, feliz 16 anos! – seus olhos brilhavam fortemente- Tudo de bom para você querido, e continue assim, sim? Ah, meu amor, eu me orgulho tanto de você. – ela passava a mão quente pelos braços dele.

   - Obrigada mãe, e pode deixar. – ele riu com um pouco de humor, e brincou com a ponta do cabelo levemente frisado e chocolate da mãe.  

   - Está esperando o que Perseu? – pois as mãos na cintura, encarou o garoto tentando não gargalhar como mais cedo- Vá já tomar banho! Ou pensou que fosse degustar das minhas eximias habilidades culinárias sujo? Nem pensar, vai, vai... – sorria abertamente, empurrando-o para fora da cozinha.

   Percy emitiu um muxoxo e subiu as escadas de dois em dois degraus. Entrou no quarto e levou as duas mãos à cabeça averiguando a bagunça. Havia roupas, sapatos, cadernos e livros escolares, alguns papéis amassados... Resolveu parar de tomar nota das coisas que estavam jogadas pelo cômodo antes que se lembrasse de algo pior, talvez de baixo da própria cama. Prometeu que arrumaria tudo amanhã. Passou por cima da cama meio apressado e abriu a porta balcão que dava para a varanda. Saiu encarando a varanda à frente. A varanda de Annabeth, que agora estava fechada, e a cortina não permitia a ele ver qualquer sinal da loira. Apoiou-se no peitoril olhando para baixo. Uma simples cerca de madeira pintada de branco separava os dois terrenos. Mas não era apenas um cerca velha que impedia Percy de ir até a porta vizinha e bater. Era muito mais.

   Finalmente voltou para o quarto e entrou no banheiro. Encarou a si mesmo no espelho. Via o de sempre, mas desta vez, os olhos verdes pareciam opacos. Fechou-os passando a tarde que tivera naquele dia, apertou as pálpebras com mais forças tentando se livrar das lembranças.

   Despiu-se e ligou o chuveiro, deixando a água quente escorresse pelo seu corpo que parecia pesar toneladas naquele momento. Ficou lá por longos minutos, com os olhos fechados, estático, apenas sentindo as gotas escorrerem pela ponta dos seus cabelos e caírem em seu rosto, um pouco mais frias. Só despertou quando ouviu batidas em na porta do banheiro. Não conseguiu ouvir o que foi dito, mas gritou um “Já estou saindo” em resposta. Fez sua higiene e desligou o chuveiro. Secou-se e apenas bagunçou o cabelo com as mãos. Vestia uma blusa de moletom cinza e uma calça também de moletom em tom de petróleo. Desceu, pulando os últimos degraus, como fazia desde bem pequeno.

   Viu Sally pondo a mesa e a ajudou em silêncio. Quando terminaram, Sally entrou na cozinha, e voltou com a lasanha em um refratário de vidro. Suas mãos vestiam duas luvas de cozinheira, e ao ver-las Percy imediatamente sorriu, sendo invadido pela lembrança dele, decorando as luvas quando ainda estudava no pré, e as dera para ela no Dia das Mães.

   Depositando a recipiente cuidadosamente na mesa, os dois se sentam e por alguns instantes apenas inspiram o odor atrativo.

   -Está tudo bem querido? Você está quieto.

   - Ah, claro mãe. Não é nada, é que... – Percy não contaria à mãe o que acontecera de verdade. Era obvio o que ela diria, ele já escutara o discurso em relação à Annabeth antes.- Foi um dia meio cansativo, as aulas foram horríveis.

   Sally sorriu docemente comprando a história do filho, enquanto servia-lhe generosamente. Percy arregalou os olhos com o tamanho do pedaço que sua mãe tinha lhe dado.

   - Não faça essa cara! Você come até mais, eu sei disso. Alias você não engorda é de maldade. – ela brincou fazendo os dois rirem. A verdade não era essa, obviamente. Sally e Poseidon eram magros e esbeltos, Percy não tinha propensão alguma a engordar.

   Os dois jantaram rindo e contando histórias, como as coisas estavam indo, a escola e o trabalho, os rolos do filho e os casos que chegavam à mãe no hospital... Percy em algum momento deixou escapar que sentia falta da sua comida, sentia falta dela. Percy sabia que quando o pai fugira, pouco depois do seu nascimento, Sally teve que sustentar sozinha a casa e o filho.  Ela era médica e principalmente agora, estava trabalhando como louca, ficando em turnos noturnos, alguns dias, ela não voltava para casa, simplesmente virava os dias no trabalho. Percy já tentou procurar um emprego para ajudar a mãe com as despesas, mas Sally sempre o proibiu, falava que estava tudo sobre controle, ela dava conta, mas suas profundas olheiras não mentiam.  O jantar passou rápido com os dois papeando. Era sempre assim, junto com a mãe, o tempo parecia voar, “é como as melhores aulas no colégio: educação física passa voando”, pensou Percy desejando poder chegar em casa todos os dias, abraçar a mãe, sentar-se à mesa e simplesmente conversar, como hoje. 


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Notas finais do capítulo

GOSTARAM? ODIARAM? SÓ NÃO ME XINGEM! KKKKKKK
quero reviews hein meus amores sz' até o prox.



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