Depois de ler a carta, Julie olha a caixa de presente com sangue saindode dentro dela pela parte de cima e escorrendo lentamente transformando um papel florido em puro vermelho. Ela queria chorar, mas não conseguia, sua alma estava completamente vazia, ela mal sabia o que fazer só sabia que não poderia fraquejar ela tinha de ir em frente e achar o desgraçado do Cas para acabar com ele de uma vez por todas!

Ela olhava pra caixa ainda, mas não queria abrir, ela somente pegou suas coisas e saiu dali, sua mão e rosto estavam manchados pelo sangue e então tomou um banho, mas não era um banho comum esse banho era para lavar a sua alma, precisava tirar tudo de sua cabeça e se reerguer depois de tal choque: A Kate numa caixa? Como alguém pode ser tão cruel e principalmente por quê? Essas
perguntas rodeavam sua cabeça e depois do banho apenas com a toalha tapando seus seios pequenos e arredondados e com a ponta secando delicadamente seus cabelos lisos e ligeiramente ruivos ela descansa sua cabeça ate ouvir a campainha, ela se troca  apidamente e corre para atender a porta. Ela não vê ninguém, mas uma coisa a faz gelar: Uma carta. Ela pega a carta e sente o cheiro do perfume de
Cas na carta o que a faz sentir cada vez mais medo, mas mesmo assim abre a carta e lê o que Cas escreveu dessa vez:

- Olá minha querida Julie (Julie faz cara de nojo só de pensar que ela realmente gostava dessa frase a pouquíssimo tempo). Espero que queira me encontrar, pois precisamos conversar sobre você sabe o que, mas não posso falar nada mais do que pedir pra você me encontrar na porta secreta do colégio que te ensinei, até lá e mais uma coisa nem pense em chamar a policia, sabe muito bem que nunca me pegaram.

Julie ficou absurdamente irritada com a carta e a arrogância de Cas, brincando com tudo que ele fez como se fosse uma mera brincadeira de criança, ele era uma criança doentia e sádica querendo jogar com os sentimentos dela, mas isso não ia ficar barato, Julie sabia lutar, sabia onde seu pai guardava uma arma e
sabia a porta secreta que Cas disse na carta e agora chegou a hora da vingança, o instinto de vingança consome essa alma vazia e esse coração corrompido agora tudo que ela queria era ficar frente a frente com Cas.

O caminho era de terra, não chovia fazia três dias, mas por varias arvores grande tamparem o sol e não deixar o caminho ser iluminado ainda havia algumas poças e em meio a essas poças o vulto de uma garotinha com uma toca aparecia como naqueles filmes de terror, mas não era nada mais nada menos que o reflexo de Julie, uma garota meiga, inteligente que só queria paz e se meteu em uma das historias mais desventuras, tristes e sinistras de toda a sua vida.

Chegando até um armário enferrujado e quebrado do lado de fora do banheiro masculino Julie o empurra para o lado e logo depois abre uma porta escondida atrás dele que só ela e Cas tinham a chave. Enquanto abria a porta, Julie se lembrou das inúmeras
vezes nesses 3 meses que ela e Cas saíram por aquela porta rindo, Cas sempre a fez rir que pena era tudo falso.

A porta se abre após uma delicada virada na maçaneta e Julie vê Cas sentado a esperando de frente para a porta e nem se da o luxo de se erguer para falar com a Julie, brincando com uma caixa ele diz:

- Ora Julie que demora, achei que não viria ao meu encontro, eu não sou seu namorado? (risos irônicos)

- Você não é meu namorado! Você é um monstro cruel e nojento como pode fazer aquilo, destruir a minha vida e matar tantas pessoas, por quê?

- Porque eu te amo!

- Então porque quer me fazer sofrer, eu não te entendo Cas, por que faz isso comigo?

- Eu não quero te fazer sofrer, mas você não pode ter ninguém ao seu redor, somente eu, só assim você pode me amar como antigamente.

- Antigamente? Eu nunca te vi antes de entrar nessa escola pela primeira vez! Você é mais doente que pensei você é obsessivo possessivo e me quer só para ti e para mais ninguém, não te suporto!

- É uma pena que só eu me lembre do nosso passado, mas sinceramente não gostei de ouvir essa frase “obsessivo possessivo”, eu te amo do fundo do meu coração ou seria de meus corações?

- Co – ra - ções?

- Sim, o meu verdadeiro e esses aqui. Dizendo isso Cas mostra varias caixas de mesmo tamanho: Apresento-lhe os corações de: Kate, Shigo, Isura, Kiriname, Tia Sintia, Papai, Mamãe, mas isso não vem ao caso dessa conversa.

- O que vem ao caso dessa conversa então? - Pergunta Julie mesmo ainda em choque por saber que além de mata-los ele ainda colecionou seus corações.

- Bem, é apenas um jogo, mas duvido que você aceite.

- Vai ver que sou bem diferente do que você pensa.

- Ok, então ao desafio! Lembra-se da minha prima Dany?

- Sim o que tem matou ela também?

- HAHAHA!!! Não, quer dizer, ainda não, mas dessa vez você pode impedir, antes de matar minhas vitimas investigo a hora e o local certo além de um jeito bem divertido de matar pense como eu, a ache antes de mim e se me pegar no flagra antes da morte dela, eu dou minha palavra que não a matarei.

- Desafio aceito, mas com uma condição a mais!

- E qual seria essa condição?

- Se eu te encontrar antes de matar ela você me conta toda a historia que você tanto fala que não sei.

- Ok, trato feito, até o fim e que o desafio comece!

E então Julie e Cas saem um para cada lado atrás do mesmo alvo como se fossem dois assassinos atrás da mesma presa, mas a historia valia a pena, então Julie resolver arriscar.

Para pensar ela foi ouvindo uma musica que a tornava mais forte:

”Tear down, the walls that will surround
Cry out, above the burning sound
Show me, how bleeding hearts can pound
If we stand together we will be unbroken”