Sem saber de absolutamente nada na manhã de segunda-feira todos que sexta choraram sorriam sem saber da tragédia que acontecerá na noite de sexta, o segundo assassinato, provavelmente o mesmo assassino, matando do mesmo jeito, agora o irmão mais velho, Kiriname, sempre
como um pai, sempre como um verdadeiro pai pra todos que ele considerava
queridos. Julie inocente cega sorrindo a Isura e pergunta:

- Onde está Kiriname? Talvez com alguma garota, me disseram que ele tinha varias que o adoravam.

- Kiriname... Está... Morto... – pronunciava lenta e desoladamente Isura que passou de irmão do meio para filho único de uma forma triste e dolorosa

- Mas como assim? Quando? Onde?Quem? – disse Julie desesperadamente –

- Ele morreu há três dias, na noite logo após o funeral do Shigo, ninguém sabe como, mas provavelmente foi o mesmo que matou o Shigo, é triste, é doloroso, mas é a mais pura verdade.

A mais pura verdade... A mais pura verdade? Hum... Parece mais venenosa verdade, que entra em nossas entranhas e nos faz retorcer, ter pesadelos, gritos de agonia isso porque nem vemos o estado do corpo de Kiriname, decepado e com o paradeiro de sua cabeça totalmente desconhecido, como disse antes não é possível que este seja um ato humano, pois só o ato de lhe tirar um irmão já era desumano agora tirar dois e lhe deixar na cabeça que é inútil tentar escapar, que o seu provável destino é também acabar, no cemitério, talvez não fosse tão ruim, juntar-se a seus irmãos em outro lugar e então quem sabe, conseguir sorrir mais uma vez.

Depois de ouvir a coisa mais dolorosa que poderia ouvir, ela se culpou por estar tão feliz, depois de um ótimo fim de semana conversando com sua amiga Kate e varias historias pra contar e talvez amores à vista, agora um desses pretendentes era pretendente de uma coisa muito mais atraente e apaixonante do que ela nesse momento: A MORTE.

É em muitas circunstancias a morte é bem mais atraente do que qualquer pessoa vida, mas afinal o que é a morte? Uma coisa, uma criatura, um ser que tira a vida, apenas um estado de espirito, ou talvez todas essas coisas juntas, num aglomerado de sentimentos e vontades: sentimentos de terror, horror, tristeza, amargura e agonia e vontades de morrer, suicidar e ter seu destino igual de seus irmãos era o que Isura se perguntava em direção a sua sala, que mesmo com tanta gente ele nunca esteve tão sozinho.

E a Julie que depois de apenas um mês já viu duas pessoas morrerem e que tinha quase certeza do próximo alvo desse assassino cruel. Ela seria tão azarada ou tão amaldiçoada por que motivo senão o de simplesmente tentar ser feliz. Era o que ela queria. Ser feliz. Pedir de mais? Acho que não, mas ela nunca teria isso se continuasse acontecendo a morte de seus ideais. Ela sempre viu mortes: Sua irmã, seu namorado, sua antiga melhor amiga, agora sua mãe e seus dois novos amigos Shigo e Kiriname, era demais pra ela, ela nem entrou na escola, deu meia volta e chegou a sua cama, não por estar mal por fora, mas sim por dentro. Ela estava simplesmente chateada, ligeiramente desolada e completamente perturbada com tudo isso.

Enquanto Julie adormecia com os fones de ouvido em sua cama com uma musica que unia o amor e a morte, no intervalo,  Isura foi procurar Cas atrás de Julie e ficou triste por saber o que acontecera e se sentira culpado de contar pra ela tão friamente, e os dois se sentaram. Com as mãos no joelho sem uma palavra estavam ali: Isura e Cas, completamente apaixonados por Julie, e os maiores pretendentes dela, mas o que seria de Isura se o destino dele estava praticamente selado, morrer como seus irmãos ou viver sozinho? Era uma pergunta inconstante que só se acalmava ao pensar na Julie. Depois de tantas coisas era demais pra cabeças de nossos amigos e então Cas se afastou lentamente e disse: 

- Não se preocupe logo você encontrara com seus irmãos.

E logo depois sumiu no corredor. Isura confuso, mas não mais do que já estava vai para sua classe com essa frase na cabeça. Depois de um dia longo e aparentemente interminável Isura caminhava até os portões da escola, quando uma figura escura o puxou para um beco entre as
salas e só se ouviu o seus gritos e que por mais que Julie não os ouvisse,
parecia que ela tinha despertado com eles. A morte ataca novamente, mesmo sem ninguém saber quem é ele era chamado de Phantom Of The Night (O fantasma da noite), temido por todos e principalmente por quem sabia que quem amasse Julie iria morrer!