Davos Seaworth

Mão do Rei Stannis

-Você salvou a sua Rainha e sua Princesa ao me soltar – agradeceu Ashara.
-Mas eu vou te prender de novo – falou ele.
-Ou você pode me fazer um favor – falou ela, com um sorriso no rosto.
Desde a primeira vez que vira Ashara, Davos era apaixonado por ela. Mas ele obedecia a Stannis. Stannis nunca permitira que Ashara fosse solta. Ou melhor, Melisandre não permitiria.
Davos num milésimo de segundo se descontrolou e a beijou. Ashara respondeu o beijo e eles começaram a tirar a roupa um do outro. Em pouco tempo os dois estavam nus deitados no chão da cela de Ashara.

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Depois que acabaram, Ashara sussurrou no ouvido de Davos:
-Eu preciso de um favor seu.
-Eu faço – falou ele sem pensar – Eu juro por tudo que faço qualquer coisa pro você.
Depois que falou, Davos ficou com medo que ela pedisse para ele se separar. Davos não sabia se conseguiria se separar de sua esposa, Marya. Mas o que ela pediu foi pior:
-Você deve levar Selyse, Shirren e eu para suas terras – ela falou como se fosse a coisa mais simples do mundo sequestrar a rainha, a herdeira do reino e a prisioneira mais perigosa de Pedra do Dragão.
-Você está louca? – falou ele, se levantando e começando a se vestir.
-Você falou que faria tudo – falou a feiticeira.
-Não sabia que era isso – falou ele.
-Quando se jura a uma noiva de R’hllor se é cumprido – falou ela.
-Se não o que? – perguntou Davos.
-Uma coisa que eu não gostaria que acontecesse – respondeu ela – mas já que é preciso.
-O que você vai fazer? – indagou Davos com medo.
-Espere e verá – falou ela.
-O QUE VOCÊ VAI FAZER? – gritou ele.
-Vou revelar um segredo – respondeu ela.
Depois de dez minutos, a barriga de Ashara parecia a de uma grávida de oito meses.
-Davos – falou ela – é a sua chance de decidir cumprir o prometido.
-Não farei isso – respondeu ele.
-Tantum loquatur veritatem – falou ela – Qual a pessoa que você mais ama no mundo?
-Ashara Dayne – falou algo dentro dele, Davos não falaria aquilo, mas era a verdade.
-E depois dela? – perguntou ela.
-Marya Seaworth – respondeu algo dentro dele.
-Então ouça uma coisa, se você não falar as palavras sagradas e se comprometer a cumprir sua tarefa para que R’hllor possa ter a vitória – falou ela – falarei o nome de sua esposa para isso que está na minha barriga. Então ela vai morrer.
-Eu vou falar as palavras – falou algo dentro dele.
-Jube potestatem suae veritatem R’hllor oram – falou ela, imediatamente Davos sentiu algo sair de dentro dele e não sentiu mais aquela coisa dentro dele que o obrigava a falar a verdade.
-Se você pode matar Marya com as palavras, porque não mata Melisandre? – indagou Davos.
-Ela irá matar a sombra como eu matei a marcada para Selyse – respondeu ela – agora repita as palavras sagradas do juramento: Ego me spondeo R’hllor perfice munus concredidit, non conveniant ei animam ab igne.
- Ego me spondeo R’hllor perfice munus concredidit, non conveniant ei animam ab igne. – repetiu ele. Naquele momento ele sentiu lufadas de ar em volta se suas mãos, pés e pescoço. Como se fossem cordas o prendendo.
Depois que o vento passou, Ashara se aproximou dele e o beijou.
-Lorde Davos? – chamou uma voz conhecida.
Davos empurrou Ashara para longe e falou:
-Nys, não conte a Stannis.
-Não contarei, só queria per... – Ashara a interrompeu bruscamente.
-Ela precisa ir junto – falou ela - Ignis draco dormit in eam. Haec tria est. Tantum tres capita conferentes R'hllor plumbum ad victoriam. A antiga profecia irá nos ajudar.
-Lorde Davos – indagou ela – o que ela falou?
-Porque ela deve ir junto? – perguntou Davos, ignorando Nys.
-Ela é o sangue do dragão – falou ela – ela ajudara a conduzir R’hllor para a vitória.
-Nys – falou Davos – eu lhe imploro que venha junto a nós.
-Eu vou – falou ela – eu a tempos que quando durmo sonho com eu montada em um dragão ao lado de dois meninos um pouco mais novos que eu. Mas no fim cada um se separou. Eu vim parar aqui, um foi para o Norte e outro para Essos.
-São as outras duas cabeças – sussurrou Ashara.
-O que você falou, Ashara? – indagou Davos.
-Nada – respondeu à feiticeira – Prepare as coisas para partirmos em duas semanas.