Scars Of Life escrita por Monochrome Rin


Capítulo 3
TRÊS - Semelhanças




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"Acordou, bela adormecida?" ele riu de leve, virando seu rosto novamente para o céu.

"Argh... esses pesadelos." ela voltou a fechar os olhos com força, colocando as mãos sobre os mesmos. Ryan ficou mudo por um tempo, estava pensando em como diria aquilo, estava acostumado com as mulheres, mas ela parecia tão diferente, tão... Lucy.

"Se você quiser... eu posso te abraçar para você dormir." ele corou um pouco, olhando-a.

"E ficar passando a mão em mim? Não, seu tarado!" ela virou para o outro lado, intrigada.

"Desculpe... desculpe! Eu não tocarei mais em você, eu prometo. Se você quiser eu vou embora daqui." ele deu um sorriso desanimado.

"Seria bom" ela fechou os olhos.Ele se levantou, preparando-se para sair dali, embora quisesse permanecer ali, olhando-a dormir, ele virou as costas e se afastou aos poucos. Mellanie abriu os olhos novamente ao sentir ele se afastar e sentiu que foi um pouco dura, ela não gostava disso e já havia praticado bastante durante o dia, sem contar que depois daquele pesadelo da cena do cemitério mais cedo se repetindo ela não conseguiria dormir novamente, então se sentou, olhando-o se afastar.

"Ryan!" chamou o nome dele de uma forma que as pessoas de fora achariam que os dois se conheciam há anos.Ele parou um pouco e olhou para trás, levantando as sobrancelhas. Ela se esforçou um pouco para ficar de pé, ainda estava um pouco sonolenta, começou a caminhar aceleradamente até ele, que já estava longe, mas ainda em seu campo de visão, acelerou mais os passos, começando a correr e ao chegar abraçou-o forte, ele levantou as mãos, o impulso o fez cambalear um pouco e dar um passo para trás para se manter de pé, mas ela não o soltou, ele abaixou suas mãos, colocando uma delas na nuca de Mellanie, acariciando seus cabelos e com a outra retribuia o abraço. Mellanie não sabia por que estava fazendo isso com aquele estranho, mas tudo o que ela precisava era de um abraço, um abraço forte e sincero, algo naquele estranho a confortava, mesmo ele sendo um mulherengo aproveitador.

"M-Mellanie..." ele gaguejou, baixo.

"Me desculpe, eu não sei o que estou fazendo... por favor, me perdoe!" ela disse, apoiando sua cabeça no peito dele, fechando os olhos. 

"Não... tudo bem, o que houve com sua mãe... é muito recente, não te culpo por estar assim" ele disse, e em seguida aproximou seu rosto do ouvido dela, sussurrando.

"Eu sei que a gente se conheceu hoje... mas há algo em você que te faz ser diferente das demais... há algo em você... que me lembra alguém."

'"Eu sou tão tradicional. Tão estranha, tão idiota, tão arrogante... não há qualidades em mim." disse baixo, segurando o choro.

"Não diga isso." ele afastou o cabelo dela de seu rosto, colocando-o atrás de sua orelha, o que fez algumas de suas cicatrizes aparecerem, mesmo com o colar, haviam alguns machucados que o colar não escondia ali, ele passou levemente seus dedos da mão direita sobre o machucado, mais uma vez surpreso por mais uma semelhança encontrada em Mellanie e Lucy. "Isso foi proposital, não foi?"

A vontade dela era responder que não o interessava, como diria á qualquer outra pessoa, mas até ela mesma se surpreendeu com sua resposta.

"A dor física... ela faz a minha dor emocional diminuir. Eu caminho sozinha, não há outra maneira e eu não posso deixar essa dor me consumir." ela levou sua mão para o mesmo local, e sem querer suas mãos se chocaram, ela corou um pouco, ele segurou a mão dela, entrelaçando seus dedos.

"Eu também." foi apenas o que ele disse.

Ela levantou seu rosto um pouco e os olhares se cruzaram, por um momento ela se lembrou dos filmes de romance que assistia com sua mãe e segundo eles, ela sabia o que viria depois, era muito cedo, ela ainda não sabia nada sobre ele, mas não passou por sua mente se afastar, muito pelo contrário, Ryan aproximava seu rosto do dela cada vez mais, o olhar dela variava dos olhos aos lábios dele, ela apenas virou seu rosto um pouco, mas ele selou seus lábios no canto da boca dela, Mellanie olhou para baixo, em seguida fechou seus olhos, levantando o rosto um pouco, os lábios dos dois se tocaram pela primeira vez, Ryan mordeu o lábio inferior dela de leve e o puxou da mesma forma, Mellanie não se moveu, permanecia congelada, os olhos fechados e o coração acelerado de ambos, novamente os lábios se selaram, desta vez, sem hesitar mais uma vez ela semiabriu os lábios, sentiu a língua dele e arrepiou-se um pouco sem saber o motivo, ele iniciou um beijo lento e apaixonado segurando a outra mão dela, ela correspondeu ás duas ações, havia esquecido de tudo o que acontecia ao seu redor, as suas angústias, suas mágoas, todas as coisas ruins estavam tendo um fim ali, nos lábios daquele "estranho pervertido". O beijo durou dez minutos e eles afastaram os lábios ao mesmo tempo.

"Perdão." ele virou o rosto um pouco.Mellanie não disse nada, não sabia o que dizer, seus lábios estavam um pouco afastados um do outro ainda, ela virou o rosto para o lado, sem soltar as mãos dele. "Eu que o diga." ela riu de leve um pouco.

Os dois ficaram mudos por breves segundos, voltaram a se sentar, Mellanie com uma expressão vazia e Ryan com um sorriso de satisfação em seus lábios.

"E então?" Ryan olhou para ela, acendendo mais um cigarro, apenas o terceiro daquela noite.

"Hã... o que?" ela levantou sua cabeça, olhando-o."Droga... soo como um pré-adolescente insano, esqueça." ele balançou a cabeça negativamente, rindo de leve.

Mellanie riu junto com ele, abaixando sua cabeça.

"Ei..." ele a chamou mais uma vez, ela voltou a olhá-lo.

"Venha cá." ele chamou-a com o dedo indicador, mantendo o sorriso bobo.

Ela já estava "de bem" dele, parecia um amigo, ou até mais do que isso, um meio sorriso formou-se em seus lábios e ela se levantou, sentando-se ao lado dele, de modo que pudesse olhá-lo, até mesmo a fumaça não a incomodava tanto assim, ele abaixou sua mão com o cigarro e se inclinou, colocando a outra livre na nuca dela, beijou sua testa, ela corou um pouco. "Você me lembra... muito minha ex namorada, Lucy Helshford." ele deslizou a mão na nuca dela, acariciando-a e se afastou.

"Lucy?" franziu as sobrancelhas.

"Sim, relaxe, ela está morta." ele disse de um modo frio, como quem não se importasse muito, embora fosse ao contrario.

"Nossa..." ela riu de leve, mas logo em seguida ficou séria.

"Ela cometeu suicídio. Sofria muito... acho que foi o melhor pra ela... a morte ás vezes é a única saída pra essa vida de merda." ele abaixou a cabeça, entrelaçando seus dedos.

"Você pensa como eu. Mas como foi isso?" perguntou, abraçando suas pernas.

"Automutilação." ele levantou as mangas de seu sobretudo negro, deixando várias cicatrizes em seus dois pulsos á mostra, eram cicatrizes profundas, Mellanie fez o mesmo, comparando seus "arranhões" com aquelas cicatrizes de cortes de verdade.

"Você também..." ela ficou horrorizada, não era a única a descontar a sua dor em si mesma, suspirou. "Não posso falar nada." disse Mellanie, escondendo novamente os machucados.

"Está vendo? Você é como ela e isso faz você ser quase perfeita!" ele sorriu um pouco. "Não está pensando em me usar, não é? Só por que eu me pareço com essa garota esquisita..." Mellanie franziu as sobrancelhas, encolhendo-se.

"Ela não era esquisita, não fale assim de Lucy. O mais incrível é que vocês são semelhantes até na aparência, eu diria que é um caso de reencarnação, mas o processo não seria tão rápido assim, então... vocês teriam sido ótimas amigas" ele deu de ombros.

"Não venha me dizendo que eu sou um presente enviado de Deus." ela fez uma expressão surpresa, afastando-se um pouco. 

"Deus..." ele gargalhou.

"Deus. O que tem Deus? Você não acredita em Deus?" ela sentou-se como ele, mas de frente.

"Eu prefiro não falar deste assunto... mas enfim, Mellanie, não me diga que sua banda favorita também é The 69 Eyes." ele levou o cigarro, que já havia quase se queimado por completo, até seus lábios, ele havia esquecido dele.

"Gosto. Mas prefiro Lacuna Coil." sorriu ela.

"Permita-me fazer algo? Novamente?" ele ficou de joelhos, engatinhando até ela.Mellanie inclinou-se para trás um pouco, ao mesmo tempo que gostaria de evitar, gostaria de prosseguir, não era boba e sabia que aquilo terminaria em mais um beijo, ou talvez algo mais, podia ver nos olhos dele que era exatamente o que ele queria.

"Eu não vou dormir com você." disparou, um pouco irônica. "Nisso eu não vou ser igual á Lucy."

"Ei! Quem foi que falou em dormir? E quem disse que Lucy dormiu comigo?" Ryan pareceu um pouco irritado.

"Essa é a primeira impressão que você passa, é um pervertido. Tome como resposta para as duas perguntas." ela cruzou os braços, virando seu rosto.

"Pare com essa maluquisse, eu não era um pervertido com Lucy, é uma longa história, e eu pedi desculpas! Eu só quero que você me dê um beijo, eu só quero me lembrar dela novamente, e relembrar que você chegou pra acabar com a minha dor que parece insolúvel!" agora ele estava realmente irritado, abaixou sua cabeça, fazendo Mellanie se sentir culpada mais uma vez.

"Isso é um jogo não é? É de propósito, você me faz sentir culpa para ter vontade de te beijar, ou seja, a única solução para eu me sentir totalmente livre de culpa. Nós nos conhecemos hoje e eu já vi dois dos seus lados... você é bipolar. Qual deles eu beijei?" ela perguntou, intrigada.

"Só por que nos conhecemos hoje você fica com isso? Quantas vezes já não beijou desconhecidos? Aliás, eu não sou um desconhecido, nesse pouco tempo, eu contei á você coisas que nem os meus colegas que moram comigo sabem! Eu gostei de você, Mellanie, você é diferente, e não é só por que você se parece com a Lucy..." ele disse, deixando a frase incompleta, na verdade estava pensando antes de continuar.

"Bom... talvez seja! Mas que se dane!""Eu também tenho uma mágoa do passado, não por isso eu saio beijando desconhecidos só por que eles se parecem com Nate." ela deu de ombros.

"Chega de falatório!" ele exclamou, indo para cima dela roubando-lhe um beijo. Mellanie, surpresa e assustada, caiu para trás com as costas no chão, manteve os olhos abertos, suas costas doíam da pressão do baque, ele afastou os lábios, levantando um pouco seu rosto, ela colocou as mãos sobre sua boca. "Nunca mais faça isso!" ela removeu suas mãos dali, gritando, tentou se levantar, mas suas costas ainda doíam e ele estava em cima dela, impedindo-a.

"Ai!" exclamou, deitando-se novamente e fechando os olhos. "Por favor, Ryan, não me beije mais, não suba mais em cima de mim, podemos ser amigos, saia, por favor." ela tentou se levantar mais uma vez.

"Tudo bem, me desculpe, eu não vou mais fazer isso, vamos conversar." ele se levantou, estendendo as mãos para ela, ela as segurou, levantando-se também, gemendo um pouco pela dor em suas costas, ela tentou se afastar mas ele não soltou as mãos dela, ela o olhou. "Vamos andar, há toda esta beleza deste lugar para ser apreciada e nós estamos sentados com idiotices de terceira série." ele caminhou para a frente, puxando-a junto.

Ela não se moveu, hesitando, olhou para os lados, realmente, ele tinha razão, aquele lugar havia uma beleza única que poucas pessoas poderiam enxergar, uma beleza obscura, anormal, mas ainda assim, aquilo era confortante, o cemitério, por um lado, não parecia tão assustador assim para eles. Mellanie respirou fundo e seguiu os passos dele, os dois caminhavam olhando em volta, as estátuas, as árvores, as folhas secas espalhadas pelo chão que faziam um estalo conforme eram pisoteadas, o silêncio confortante, o delicioso aroma de flores variadas, e, por fim, a única luz ali, a lua cheia que iluminava praticamente tudo, fazendo não ficar tão escuro e também não tão claro, muitas pessoas não são chegadas naquele lugar, mas é como uma fonte de inspiração e tranquilidade para Ryan e Mellanie.

"Você disse que tem uma mágoa do passado, me conte sobre ela." Ryan disse, caminhando em passos lentos, com as mãos nos bolsos.

"Eu sempre fui sozinha, muito mesmo, eles riam de mim por eu ser diferente das outras crianças na escola, o único que agia como se eu fosse humana era Nate, um garoto que tinha a minha idade na época, os pais dele eram amigos dos meus, nós sempre brincávamos juntos, éramos do tipo inseparáveis, melhores amigos mesmo... isso durou até... quando eu completei dez anos de idade." ela dizia, séria, olhando para a frente.

"Ele morreu?" Ryan franziu as sobrancelhas.

"Antes fosse... acho que seria menos doloroso... ele me deu a notícia de que iria se mudar, nós víamos sempre os nossos pais conversando sobre mudanças para uma "cidade estranha" por algum motivo...  eu não me lembro o nome da cidade, mas parecia ser longe demais, um outro estado. Mas sempre ignorávamos, éramos imaturos demais para saber a gravidade daquilo, nós achávamos que mesmo assim continuaríamos nos vendo sem problemas. Nate sempre foi muito inteligente, ele me disse que mudaria tudo isso quando nós nos reencontrássemos, iria ser diferente, então ele se foi. A primeira semana sem ele parecia uma tortura, todas as noites eu sentia como se uma faca atravessasse meu peito, eu não conseguia dormir por medo de sonhar, minha mãe tentava ligar para os pais dele, implorar para que nós nos falássemos, mas eles não me permitiam, e até hoje... eu não sei o motivo de terem nos afastado." ela abaixou a cabeça, fechando os olhos com força."Ah... isso é horrível. Mas há um lado bom, vocês podem se encontrar um dia desses, eu nunca mais poderei ver Lucy, não poderei tocá-la, não poderei beijá-la... não poderei aconselhá-la quando ela chorava, tudo o que restou dela foram as cinzas, e eu sou um alguém muito ruim, pois não realizei o último pedido dela." ele suspirou.

"Último pedido?" perguntou Mellanie, olhando-o, abrindo seus olhos.

"Sim, ela adorava flores, pediu que eu encontrasse o mais belo jardim com as mais lindas flores e espalhasse ali suas cinzas... ela me escreveu uma carta de suicídio, Lucy sofria de depressão, não possuía amigos, ela se auto-mutilava desde os oito anos de idade, seus pais não sabiam mais o que fazer, quando ela completou quatorze anos sua depressão se agravou, ela me dizia que queria ser como essas garotas dos filmes, ela só queria ter amigos, só queria ser convidada para as festas, ela queria ser uma adolescente normal... infelizmente, esse desejo dela não foi realizado." ele não gostava de falar deste assunto, era como tentar reabrir a ferida cicatrizada.

"Minha mãe sabia dos meus cortes, disso eu sei, ela só fingia acreditar nas inúmeras mentiras que eu inventava, pois não queria ter mais uma preocupação" Mellanie dizia, olhando para baixo."Hunf..." ele levantou as sobrancelhas, olhando para o céu. "Pelo que eu entendi, você mora com sua tia, mas por que? E seu pai?" ele voltou a olhar para ela.

"Eu não o conheci, segundo o que minha mãe me contou ele era um canalha, quando ela estava grávida estavam eufóricos e crentes de que seriam um garoto, mas quando meu pai descobriu que seria uma garota, ele recorreu ao aborto, mesmo sem a vontade de minha mãe, só que ela continuou não aceitando isso e eu nasci, ela chegou em casa comigo e meu pai estava lá, ele me ignorava, eu não parecia ser filha dele, os dois brigaram e ele se foi, então... eu nem me lembro do rosto do meu pai. Ele não fez muita diferença, já que muitos dizem que sou uma cópia de minha mãe." ela sorriu um pouco."Isso deve ser ruim... os meus pais morreram há dois anos atrás, quando eu tinha dezesseis anos, eu me sinto culpado por isso... eu estava indo para o colégio, me despedi dos dois, no intervalo eu recebi a notícia de que havia um incêndio em minha casa, me desesperei e voltei imediatamente com a pretenção de salvar meus pais e minha irmã mais nova... infelizmente... tudo o que eu consegui foi ver os três corpos carbonizados sendo retirados de dentro da casa." ele suspirou mais uma vez, então Mellanie percebeu que ele fazia isso para conter as lágrimas.

"Uma irmã, você tinha uma irmã? E quantos anos ela tinha?" perguntou ela, olhando-o horrorizada.

"Era muito jovem, tinha só doze anos... pobrezinha..." ele mordeu seu lábio inferior. "Mas eu já estou curado! Depois disso eu morei com meus avós até que eu completasse dezoito anos, então fiz um acordo com mais dois amigos drogados e alcoolatras que haviam sido expulsados de casa, eles são mais velhos do que eu, mas sem exageros... e agora nós moramos juntos, isso parece meio gay, mas chega a ser divertido." ele riu de leve.

"Posso fazer uma pergunta?" perguntou Mellanie, olhando-o com as sobrancelhas franzidas.

"Já fez uma, faça a outra." ele a olhou.

"Voltando ao assunto de que eu seja sósia da Lucy... quais são nosso pontos em comum?" ela diminuiu os passos, ele a acompanhou.

"Bom, vou começar pela aparência, seus olhos são na verdade castanhos escuros, embora possam ser facilmente confundidos com pretos, como os de Lucy, vocês duas tem um olhar misterioso e atraente, neste momento mais de dez coisas são ditas apenas em um olhar, e eu dificilmente posso traduzí-las, como sempre foi com ela. Esses lábios, lábios avermelhados de natureza, eles parecem nos convidar para uma excursão." ele riu de leve, enquanto olhava os lábios dela, ela abaixou a cabeça, corando. "Ah, essas bochechas que sempre tomam mais cor quando eu a elogio, ou quando abuso de sua timidez, a pele tão branca... como neve, acho que é por isso que os lábios me atraem tanto, eles tem um contraste, assim como seus olhos. Argh, vocês duas são tão perfeitas e semelhantes que me chega a dar tontura" ele sorriu. "Por dentro, eu fico assustado com tamanha semelhança, vocês duas são tímidas, mas quando precisa, tem um lado irritado ao extremo, que pode até te matar se você não tomar cuidado! Também há um lado doce, mas esse vocês só colocam em prática com as pessoas que amam, são um pouco bipolares, mudam de opinião e estado emocional tão rápido... mas só há uma coisa que prevalece, e pois mais que vocês tentem esconder não conseguem, a tristeza, a tristeza que corrói por dentro, que agonia o coração, não gostam de mostrar que estão tristes, mas isso parece inevitável na maioria das vezes." ele finalizou, sem parar de sorrir.


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