Uma Louca No Rangers escrita por milacristhine


Capítulo 8
Agora, as consequências.


Notas iniciais do capítulo

desculpe a demora!
~~le soco.
liandra:- desculpa o que! ficou aonde nessas férias? teve um mês pra escrever e só ta postando agora? isso não faz sentido!
eu:- ai, a imaginação tava fraca. e eu não fiquei só de pernas pro ar, eu viajei! pra ilha lost! e o meu irmão ficou com o computador.
liandra:- tá tá pra história!
eu:- até que enfim!



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Se você esperava que o Will e o Barão pirassem você esta completamente certa (o). Saímos do castelo pra um local um tantinho perto da minha academia. Voltando ao Barão e ao Will, assim que eles viram os carros, as lâmpadas dos postes, e a televisão da barraquinha ao lado, o Will armou o arco e o Barão ficou completamente paralisado.

—Abaixa esse arco!— sibilei para Will.

—O que você esperava que eu fizesse?— retrucou.— essas coisas devem ser perigosas e nos atacar a qualquer instante.—olhou em volta

— Olhe para o Barão, temos que cuidar dele.— falei.

Na verdade eu estava preocupada. O Barão já era um homem de idade, e se ele ficar com um trauma? Ele pode ter um AVC, sei lá. E seria culpa minha.

— Onde poderemos leva-lo?— perguntou Will.

— Para um hotel. Vamos.— arrastei-o para o outro lado da rua.



— Ta vendo aquela coisa que muda de cor lá em cima?— perguntei apontando pro semáforo.

— Gostaria de não ver.— respondeu Will.

— Quando ficar vermelho, aquilo ali— apontei pro outro lado da rua, para o semáforo dos pedestres. — Vai ficar verde, aí poderemos atravessar. Entendeu?— perguntei olhando pra ele.

— Sim. Mas e depois? Pra começar, o que é um hotel?— perguntou franzindo todo o rosto.

—É tipo uma pousada. Mas deixa isso pra lá, temos que ir.— puxei-o de novo, enquanto ele rebocava o Barão.

Andamos um pouco e logo encontramos um hotel. Alugamos um quarto(Will falou que tinha perdido o RG dele.), eu pedi várias velas e candelabros, e subimos.*¹

—Ele vai ficar bem?— perguntei pro Will.

— Não sei. Não tem como saber com ferimentos na cabeça.—respondeu mal humorado.

—Aqui tem, mas acho melhor ele ficar aqui por algum tempo.— respondi me sentando na outra cama.

O Barão disse algo ininteligível e logo depois alguém bateu na porta. Era a mulher nos entregando as velas e os candelabros. Ela olhou nossas roupas e eu sorri, sem graça.

—Pois, é a gente planejava chegar hoje numa festa a fantasia, mas nossa carona furou.—passei as mãos nos cabelos.

— Vai ficar mesmo num quarto com dois homens?— perguntou a mulher.

Pff ah ta, cê jura que eu vou fazer isso?

—Nãããão. Só vim deixar o meu tio aqui. É que o eu primo ali— apontei pro Will.— não sabe cuidar dele. Homem é tudo mole, né?—falei fazendo uma careta.

—Eu ouvi essa, ta?— gritou lá de dentro.

— Era pra ouvir!—respondi rindo.

—Obrigada pelas velas, é só a gente dar um jeito no meu tio, que descemos pra reservar outro quarto pra mim.— respondi dando de ombros.

— Melhor você ir rápido, é temporada de férias, as pessoas vão começar a lotar os quartos.— me falou.

—Ai, obrigada, a gente já esta descendo.— peguei tudo, e arrumei pra iluminar o quarto sem usar a luz elétrica.

—Vamos, vamos pegar outro quarto pra mim.— falei pro Will.

—Certo.— respondeu.

Depois de tudo resolvido, voltamos pra cuidar do Barão. Mas quando chegamos, ele estava de pé, e possesso.

— Sua bruxa, o que pretende com tudo isso?— perguntou ele com MUITA raiva na voz.

— Só quero que não me internem como louca.— respondi usando Will como escudo.

— Por que te internaríamos como louca?— perguntou Will.

— Um belo dia uma garota chega e diz que veio do futuro, o que vocês fariam?— perguntei olhando pra ele, sem deixar de usá-lo como escudo.

— Se ela explicasse tudo entenderíamos, poxa.— falou o Will como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

O Barão recomeçou.

—A questão não é essa! A questão é que...— interrompi-o.

—...Que estamos todos muitos exaltados. Vamos dormir, e amanhã conversamos.— puxei Will até a porta pra ele continuar me servindo de escudo.

—Como vamos dormir, com toda essa barulhada?— perguntou o Barão.

— Não sei. To tão acostumada com isso que quando fui dormir em Redmont, era um silencio tão grande senti um zumbido no ouvido que quase que eu não consigo dormir. Triste, véi.— falei com a mão no queixo, e olhando pro teto.— acho que vocês vão se acostumar.—

— Ta. Amanhã você explica tudo, e então a gente volta pra casa. Ok?— perguntou Will, tentando deixar o clima mais leve.

— Certo. Boa noite.— saí do quarto.




P.O.V

Will.

Aquela garota só pode ser louca!

Primeiro traz a mim e ao Barão pra cá sem nem ao menos se preocupar com o que aconteceria conosco. Poderíamos ter ficado loucos! Mas ela se preocupa? Nããão. Ela nos traz aqui, arruma um quarto, e nos diz pra dormir. QUAL O PROBLEMA DELA??????????????????

Claro acolhemos ela, a Alyss abrigou ela, e ela faz isso com a gente?????

E ela ainda me usou como escudo. Como escudo!

Pra mim chega, chega! Amanhã a gente vai voltar, ela vai pegar todas as coisas dela e nós nunca mais a veremos. Argh! Quando eles vão parar com esse maldito barulho?

P.O.V off



Acordei com uma dor de cabeça tremenda. Tomei banho, e me vesti. Pedi o café da manhã no serviço de quarto, e pedi para levarem para o quarto onde o Will e o Barão estavam.

Saí do meu e vi Will com a cabeça pra fora do quarto e olhando pro corredor.

— Bom dia.— falei pra ele, que levou um susto.

Estava com olheiras, e o cabelo desgrenhado, e pálido.

—Entra— falou depois de bufar,—Temos muito o que conversar.— é hoje que eu me ferro.

—Como você dormiu?—perguntei só pra ser gentil.

—Muito mal. Esse barulho infernal só parou de madrugada e na madrugada mesmo recomeçou.— resmungou mal humorado.

Pensei um pouco.

—Ah! Está falando do trânsito. Também não gosto dele.—falei me sentando na cama dele e olhei para o Barão.

—Bom dia.— falai pra ele.

Eu não esperava resposta e me surpreendi quando a recebi.

—Bom dia. Vai nos contar como e por que viemos parar aqui?— perguntou com olheiras beeem profundas e mal humorado.

—Claro.— respondi.— Vou contando logo enquanto esperamos o serviço de quarto trazer o café da manhã.—me levanto, Will se senta na cama e eu sento no chão, abraçando as pernas e apoiando o queixo nos joelhos. Eles não poderiam fazer barulho, já que o serviço de quarto ia chegar logo.

—E quero que saibam, é proibido matar, bater, ameaçar e levantar a mão contra uma criança, contra a lei até. E como sou menina, fica pior ainda.— olhei pra eles balançando o indicador.—sei lá, só pra avisar.— falei com a maior cara de pau do mundo.

O barão deu um suspiro.

—Como essa garota é esperta. Se fosse do Corpo dos Arqueiros, enganaria todos os inimigos e fugiria antes que eles se dessem conta do que tinha acontecido.—falou com os olhos fechados.

—Mulher da nó até no diabo.—falei.

— Então que Deus me proteja de você.— fez o sinal da cruz.

—Aiai, muito bem. Estamos nos anos dois mil. Dois mil e doze, pra ser mais exata.

Vivemos numa era de democracia onde o povo escolhe seus próprios líderes. A tecnologia está mais avançada que nunca, por exemplo, algo acontece num outro continente, e recebemos sua notícia em tempo real.— falei num fôlego só, sem conseguir encará-los.

Tomei fôlego para recomeçar, quando Will fez uma pergunta:

— Onde essas mensagens são recebidas?— não tive coragem de olhar pra ele.

Dei de ombros.

— Não é importante.— dei de ombros outra vez. Vou acabar deslocando meu ombro.— o que importa é que podemos vencer distancias muito grandes quase instantaneamente.— falei finalmente levantando a cabeça pra olhar pra eles.

Eles não tinham expressão nenhuma. Ou estavam chocados demais, ou estavam escondendo muito bem seus sentimentos.

Fiquei pálida por causa disso. Como eu saberia quando pular um assunto, ou quando me aprofundar num outro?

Fechei os olhos.

— Tudo esta muito diferente da casa de vocês. Até a comida está diferente. Botamos um saquinho dentro de uma pequena caixa, e em alguns minutos temos uma refeição quente.

“Horace ia adorar essa parte.”

— E, Will o barulho que você reclamou, são dos carros. Como pode ver, eles andam sozinhos, bem, não precisam que algo os puxe, pelo menos. Essa caixa grande e branca acima de suas cabeças é o ar condicionado. Se o tivessem ligado teriam percebido o ar bem mais frio. E aí que o Will não conseguiria dormir mesmo.— falei com uma cara de pau que surpreendeu até a mim.

“Rápido demais.”

—Querem perguntar algo?— olhei pra eles pela segunda vez.

Will abriu a boca, mas nesse momento o serviço de quarto chegou, e começamos a comer.

Continuei com a explicação enquanto comíamos. Acho que eles queriam comer em paz, mas as palavras simplesmente jorravam da minha boca.

— Os empregos e empregadores estão muito mais exigentes e cobrando cada vez mais. Não existem mais arqueiros. (n/a: triste, véi), nem escolhem mais aprendizes, aos quinze anos, a pessoa não chegou nem perto de estar apta para um emprego. Diga, Will.—

— Você ainda estava na escola quando veio pra cá? Por que veio pra cá? Não acha que estão preocupados com você? Como chegou aqui? Achou mesmo que iríamos te aceitar só porque você...

— Will, chega!— disse o Barão.

Ainda bem, por que eu não sei se aguentaria do quer que ele fosse me chamar.

— Bem, sim, eu ainda estou na escola; é uma realidade diferente da minha, e acho que foi o que mais me atraiu; sim, eu acho que estão preocupados comigo, mas eu não quero voltar agora; bem quanto ao como eu cheguei aqui, foi do mesmo modo que da sapatilha na parede, e não, não fui eu quem pôs a sapatilha lá.— falei tentando manter a calma.

Os olhos do barão faiscaram.

— Você espera que acreditemos que não pôs o entalhe lá? Curioso, por que é um local que você frequenta, e ninguém perguntaria o que você estava fazendo ali.— falou ele sarcástico.

Tá, eu sei que as circunstancias são suspeitas, mas por que eles tem que ser tão desconfiados??

Como se você não soubesse a resposta.

Tá,tá, eu sei a resposta mas... ei! O que você ta fazendo? Eu preciso me concentrar!

— Eu sei que parece tudo muito suspeito, mas eu estou falando a verdade, o senhor sabe, Barão!— tomara que ele saiba, tomara que ele saiba!

— Você não parece estar mentindo, mas espera mesmo que eu acredite nisso? Se alguém dissesse que foi até Araluen voando, você acreditaria?— argumento errado.

—Acreditaria! Podemos voar aqui!— falei começando a me desesperar.

—Não importa!— falou um Will furioso.— Você vai pegar suas coisas e vai voltar pro lugar de onde veio!— falou se levantando e fazendo eu realmente ficar com medo dele.

— Acho que não, Will. chegou a hora de falar sobre as coisas ruins.— falei tentando parecer calma por fora.




















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Notas finais do capítulo

liandra é minha inner. mas é que ela escolheu esse nome por que não gosta de ser chamada de inner.
espero que me desculpem.
e um desculpe especial pra Lilith Dark moon por ter demorado tanto. sorry.
*1 eu adoro que quando precisamos comprar comida, estamos duros, mas quando precisamos alugar dois quartos de hotéis, temos dinheiro até pra jogar pela janela.
# obrigado ao Willshangtsungeverdeemgrace por me alertar sobre a falta da observação.



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