Uma Louca No Rangers escrita por milacristhine


Capítulo 7
eu viro uma otaku! (Clara não me mate)


Notas iniciais do capítulo

ok, eu demorei muito. peço perdão de joelhos!



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Ceeerto. Acordei pensando na minha próxima conversa com o Barão. Mentira, acordei pensando no meu sonho. Foi muito medonho, meu e minha. E na minha estada na cabana. Obaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Continuando, me arrumei penteei meu cabelo que chega até o fim das costas, e desci pra tomar o café da manhã.

Logo eu estava saindo da casa, mas Alyss veio falar comigo.

—Camila, lembra do que falamos ontem?—

Não, não lembro, mas fiz que sim.

—Então, eu tenho que sair pra uma missão amanhã.— disse ela me olhando cuidadosa. – tudo bem?—

— Sim. — falei olhando desconfiada. – Não é nada perigoso, é?— falei estreitando os olhos.

— Não. É simplesmente uma missão diplomática. Não é nada perigoso, como as missões dos arqueiros. — disse ela rindo.

— Então eu deixo você ir. — falei rindo.

Alyss pôs a mão no peito e fingiu estar ultrajada.

—Ei! Sou eu quem deixa as coisas aqui!— e riu com vontade.

— Permite-me ir para minha aula, minha senhora?— perguntei curvando o tronco.

— Sim, já esta atrasada! Vá, vá, vá!— respondeu me empurrando para a porta.


Corri para chegar rápido na escola. E prometi respeitar mais a Alyss.

Cheguei lá e faltava quase uma hora pra aula começar! Que raiva! Eu podia ter dormido até mais tarde! Mas já estou acostumada a acordar pra lá das cinco e meia.

Depois, fiquei andando por aí, e então percebi que todos ficavam longe de mim.

Ah, dane-se eles estão assim desde que eu cheguei aqui. Além do mais, eu sou “ A amiga dos arqueiros” eles morrem de medo de mim por isso. Mas eu gosto, porque onde quer que eu passe, abrem caminho pra mim, como se eu fosse uma celebridade, só que ao contrário. E é o que esta acontecendo agora. Eu estou distraída, olhando para teto, e esbarrei em alguém.

— você devia olhar por onde anda, sabia? Nem todos aqui tem medo de você.— falou uma garota alta, morena, e mui bonita.

— E eu devia ter medo de você?— perguntei com um olhar inocente, que de inocente só tinha o olhar.

— Veremos, ainda.— nuss, misteriosa

— Ta, mas agora me diz por que não tem medo de mim.— realmente curioso.

— Porque meu tio é arqueiro, e eu sei que não tem nada a ver com bruxaria. —

— Interessante. — respondi pensativa, ainda olhando pro teto. Mas parece que ela não gostou.

— Está debochando de mim?— perguntou muuuuuito irritada.— Por acaso acha que tem algo a ver com magia negra?— levantei a mão impedindo que ela continuasse.

— Eu só acho que você deveria relaxar um pouco. Sabe, sorrir um pouco mais.— respondi sorridente.

— Hum. Você não sabe como é. Ficar aqui, com as pessoas cochichando quando você passa, lançando olhares feios e temerosos. É horrível.— abaixou a cabeça.

— Na verdade, eu não me importo. Eles não sabem de nada mesmo. Por que se importar com o que eles acham?— dei de ombros.

— Você é nova aqui. Não se acostumou a isso, vai por mim depois de um tempo é deprimente.— ela falou carrancuda. Alguém acode essa garota, ela é bonita demais pra ficar tão zangada. (n/a: tão lendo? Nada de carrancas, garotas. Vocês ficam mais lindas com um sorriso.)

— Vai ao menos me dizer seu nome?— perguntei.

— Ashley Morgan. — respondeu com uma mesura. — E você?—

— Camila Cristine. — respondi com outra mesura. —prazer, milady—

— Você tem algum problema mental?— perguntou rindo.

Ahh. Agora, sim. Sabe muita gente me pergunta isso independente de me conhecer ou não. Então eu nem me importo mais.

— Eu não sei. Sabe eu perguntei se podiam fazer exames em e pra mim. Mas não quiseram e ficou por isso mesmo.— respondi dando de ombros.

Ela riu. Eu tenho um dom pra fazer as pessoas rirem... De mim!

— Ei, não devíamos ir pra aula?— perguntei já que as pessoas estavam entrando nas suas salas.

— Ah é. A aula!— e saiu correndo! Feito uma desesperada! A única coisa que pude fazer foi ir atrás dela.

— Vamos! Meu único trunfo aqui nessa escola é que nunca cheguei atrasada! Corre!—

Ai ai. Lá vamos nós. Corremos como duas desesperadas todos os cinco metros que restavam pra nossa sala. Enfim, entramos lá e todos já estavam lá. Menos a professora. Ufa.

—Estão atrasadas.— disse uma garota não sei de onde.

— Só é considerado atraso se a professora estiver na sala.— respondeu Ashley.

—Tanto faz.— respondeu outra pessoa.

É uma boa estratégia. Não dá pra saber quem falou. E com eu não conheço ninguém, mesmo se tornou ótima estratégia.

Ashley não concordou e franziu a testa.

— Vamos, vamos sentar— eu disse a Ashley.

— Ótima idéia.— respondeu outra vez carrancuda.

Poxa! Justo quando eu consegui faze-la rir, esse pessoal a faz ficar carrancuda de novo. Me deu vontade de bater em todos eles. Puxa, estou violenta hoje. Deve ser por causa do sonho que eu tive hoje.

Como podíamos escolher nossos lugares nos sentamos lado a lado.

Quando nos sentamos, a professora entrou. Essa foi por pouco.

Foi a aula mais chata que eu já tive. Mas tudo bem, né? Não, não está tudo bem. Isso vai contra tudo o que eu já aprendi. Tudo!

No intervalo comemos, conversamos e rimos de boca cheia.

— Hey Ashley.— falei pra chamar a atenção dela.— nos vemos amanhã?

— Claro. Até a manhã.— se virou e foi embora.

Fui depressa pra casa(da Alyss) almoçar. Me arrumei, peguei minha mochila e fui falar com o Barão.






— Então, Camila, vai me dizer de onde veio?— perguntou o Barão com um olhar penetrante.

Eu estava nervosa, minhas mãos tremiam e eu tive vontade de me jogar pela janela, só pra não ter que contar.

— sim, meu senhor.— respondi nervosa. Será que ele vai me expulsar daqui? Ou ele vai mandar me executarem? Aiai, o que eu fui fazer?

Peguei a coisa menos comprometedora. Uma caneta.

Era tão comum pra mim, mas eu não sei o que ele poderia pensar.

Mostrei a caneta pra ele. Ele olhou a caneta por um tempo, depois pegou ela e então olhou pra mim.

— o que é isso?— perguntou me olhando com o mesmo olhar penetrante.

—é uma caneta. Usa-se para escrever. Deixe-me mostrar.— ele me deu a caneta.— tem uma folha de papel?— perguntei. Ele pegou uma e me entregou.

Risquei um monte de linhas e depois escrevi o meu nome, o dele, o de Halt, Alyss, Will, Pauline, Horace, Gilan. E quando ia escrever o nome do Rei, ele falou autoritário:— pare.—

Levantei a caneta e olhei pra ele.

— como faz pra não ter que mergulhar na tinta?

Respirei fundo. Ele achava que era uma invenção minha ou de minha família. Dessa época ou de antes. Pelo menos serviu pra tirar a maior parte do meu nervosismo. Resolvi mostrar a ele algo que o convenceria, e pouparia algumas explicações. Peguei meu celular e o liguei. Sem querer lembrei do meu sonho.


##FLASHBACK##


Acordei, tomei meu café e fui pra escola. Um dia normal na escola, todos me evitando, eu ficando confusa, Voltei e fui falar com o Barão.

— então, vai me contar o seu segredo?—

— sim.—

Eu estava estranhamente calma. Só por fora! Meu coração palpitava, minhas mãos suavam e tremiam. Respirei fundo e... mostrei meu computador. Fiquei confusa. Eu não tinha posto ele aí.

Fechei os olhos, respirei fundo mais uma vez, e liguei o computador.

Mal pude mostrar direito o que o computador fazia e ele chamou os guardas, que e prenderam, logo depois me puseram numa sela fria e pequena pra no outro dia me acordarem com um balde de água no rosto e me puseram numa carroça(sabe aquelas dos filmes antigos pra levar prisioneiros? Então, essa.) a única coisa que eu pude fazer foi esconder meu rosto.

A viagem durou dias. Eles jogavam alimentos estragados e água com gosto ruim por entre as grades. Logo que chegamos ao castelo me levaram pra ver o Rei, que decidiu que me queimariam na fogueira. E jogaram de novo na prisão, onde esperei por uma semana(tempo pro pessoal vir dos outros feudos.) e me torturaram um pouco(afinal eu era uma bruxa)*¹

Quando essa semana passou, me levaram pra um espaço aberto. Eu só senti, porque meus olhos ficaram fechados o tempo todo. Eu senti me amarrarem a uma estaca, algumas palavras, o rugido da multidão, e o calor das chamas me consumindo. Foi nessa parte que eu acordei, quase gritando.*²

FLASHBACK OFF



Entreguei o celular a ele. E que seja o que Deus quiser.

— O que é isso?— perguntou.

—É um celular. Serve para falar com pessoas que estão distantes.— respondi.

—Distantes quanto?— ele ficou ereto.

— Distantes, como uma vila, um feudo, ou um país.— respondi analisando-o.

Depois mostrei a ele as mensagens, escrevi algumas, mostrei as músicas e parei aí.

Ele me encarou.

— De onde você vem, Camila?— perguntou estreitando os olhos.

— Acho que seria melhor se eu lhe mostrasse, meu senhor.— falei me levantando.

É hoje que eu morro.

Sabe, ás vezes eu sou muito sortuda. Acredita que justamente hoje eu achei a ponte que me levaria de volta pra casa. Adivinha onde? Na escola!

O entalhe é muito lindo. É uma sapatilha super fofa. Se bem que tudo relacionado ao balé eu acho fofo.

— Acha que eu tenho tempo de ver o que você quer que eu veja?— perguntou levantando uma sombrancelha.

— Eu garanto, é importante.— eu disse com uma cara beeem séria.

— Tudo bem, não tenho muito o que fazer hoje. Mas por favor seja rápida.— disse se levantando.

— Meu senhor, espere. A escola, quando fecha?— perguntei.

— Ao anoitecer. Por que?— perguntou curioso.

—Então só poderei lhe mostrar após o anoitecer.— olhei pra ele.— só depois.—

disse dando bastante ênfase ao que falei.

— Quanto segredo. Por quê?— perguntou cruzando os braços.

— Por que o quê?— franzi o cenho.

—Por que acha que vou fazer isso?— ele se sentou novamente.

—Estou garantindo que você não entenda as coisas errado.— respondi séria.

— Então é algo sério.—falou levantando as sombrancelhas.

—É algo muito sério.— pus as mãos nos quadris.



Eu estava com a roupa de quando vim pra cá. E também tinha avisado a Alyss, que me fez só as perguntas necessárias. É por isso que eu gosto do pessoal do serviço diplomático, eles percebem quando alguém não quer falar muito sobre o assunto.

Quando anoiteceu, eu fui pra orla da floresta e esperei por um tempo. Depois, me escondi e esperei. Por um boooom tempo.

— Só falta ele não vir.— sussurrei.

Logo depois, vi dois vultos chegando. Não me surpreendi, afinal eu disse que era sério. Ele tinha a obrigação de trazer alguém.

Ainda assim, não fiquei feliz. Mais um pra pirar.

— Já estava começando a achar que vocês não vinham.— falei encostada na parede.

— Eu sou o Barão. Espera que eu tenha tempo pra todas as suas aventuras?— respondeu olhando em volta.

—E você, quem é?— perguntei pro arqueiro. Tipo assim, eu já sabia. Mas eu adoro irritar.

Ele suspirou.

— Quem entende as mulheres? Um dia ela se declara pra mim, e menos de cinco dias depois, esquece quem sou eu. É realmente complicado.— ele balançou a cabeça tristemente.

—Olá, Will.— eu disse sorrindo.

— Já terminaram? Você não tinha algo pra me mostrar?— perguntou o Barão.

—Ah, tinha. Mas teremos que dar um jeito nas roupas de vocês.— eu falei.

Eles se olharam confusos. Então eu tive uma idéia.

—Oou teremos que dar um jeito nas minhas roupas!—

Desamarrei meu moleton da cintura e fiquei só com a regata branca justa, o short jeans, a meia-calça quadriculada e meu tênis all star.

—Sabe, sempre achei suas roupas muito estranhas.—disse o Will.

—Sério?— perguntei.— Eu sempre achei as suas roupas muito estranhas.— toma na cara.

—Ai.— falou Will.

Ri com isso.

Procurei na mochila meu vestido e o pus por cima da roupa que eu estava.

—Will, pode fechar os botões pra mim? Obrigada. — me virei pra ele.

Ele fechou os botões enquanto eu explicava:

— A partir de hoje, somos otakus*³ de Ranger Ordem dos Arqueiros. Vocês são vocês, e eu sou a... sei lá, Jenny, talvez. Então, se alguém perguntar na rua, nós estamos fazendo cosplay de Rangers Ordem dos Arqueiros, ok?—nem esperei eles responderem.

— Então, vamos treinar. Ei, o que vocês estão fazendo?— perguntei olhando pro Will.

— Cosplay de Rangers Ordem dos Arqueiros.— respondeu franzindo todo o rosto.

— Sério? E vocês são o que?--Perguntei olhando pro Barão

—Utokas. Não, não. É atukos.—eita, se confundi todo.

– Otakus.— falei rindo.

— Por que temos que saber disso?— perguntou Will.

— Vocês já vão saber.— respondi.

Entramos na escola e chegamos na parede onde estava o entalhe.

— Ok. Aconteça o que acontecer, não soltem as mãos.— olhei bem pra eles.

— Soltar as mãos de onde?— perguntou o Barão.

Fiz Will segurar na mão dele, e segurei a mão do Will. adoro tirar uma casquinha.

— Ok. Aconteça o que acontecer, não soltem as mãos.—repeti.

Depois disso, toquei na sapatilha.



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Notas finais do capítulo

*¹ = eu sou sádica.
*² = até comigo mesma.
*³ = a Claraleticia, minha prima linda, vai me matar.
kkkkkkkkkkkkkkk quem se importa?!?