Uma Louca No Rangers escrita por milacristhine


Capítulo 12
Me gusta cosquinha.


Notas iniciais do capítulo

recado prdemorei demais né? me desculpem. sou terrível, mas não me matem.
recado pra vcs nas notas finais.
bjs, Brigadeiros.



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Ela entrou e se sentou.  Sentei-me e Will também.

—Certo, agora eu quero saber de tudo. — exigiu.

Por onde começar?

Will me cutucou.

—Não vá deixa-la curiosa. —

—O que sugere que eu faça?—

—Improvise. —

Sim, ótimo plano. Devíamos ter tido essa conversa antes da Alyss chegar, agora ela já está aqui, e eu vou falar do jeito que está na minha cabeça.

—Bem, Alyss, faça sua pergunta. — cruzei os dedos abaixo do queixo.

— De onde você veio?—

—De um país tropical, com carros, aviões, transito (o Will não gosta dele), drogas mais fortes que a que Will se viciou, crimes mais constantes, impunidade, sistemas de comunicação completamente rápidos, e etc. e tal. —falei gesticulando.

 Will se inclinou pra mim.

—Acho que você foi rápido demais. — cochichou pra mim.

Certo, não era isso que eu estava pensando, mas quando comecei a falar deu a doida em mim, e saiu aquilo.

Parecia que Alyss tinha levado um soco. Mas logo depois ela se recompôs e pegou um pedaço da lasanha. Peguei um pedaço e Will também.

—O que é um carro?—

Como eu sabia que não saberia explicar, peguei uns papéis e desenhei um carro.

—Pra que serve isso?—

—É um meio de transporte, e a maioria deles leva cinco pessoas, contando com o motorista.—

—Qual animal o puxa?—

Olhei para o Will.

—Na verdade ele não precisa de um animal para puxá-lo.

Alyss comeu um pedaço da lasanha, e depois olhou bem fundo nos meus olhos.

—Quando vai me contar a verdade?

Will ficou tenso e engoliu o suco rápido demais, e se engasgou.

Fitei a mesa enquanto digeria o insulto dela.

—Alyss, eu sei que isso tudo parece impossível, mas é verdade!

—Will, veja como isso tudo é absurdo!—

—Camila!—gritou Will.

Dei um pulo e voltei para a sala.

—Oi?— perguntei quando cheguei.

—Onde você estava bendita criatura?!?—

—No meu quarto. Pegando isto.

Ele pegou e ficou revirando na mão o objeto que pra ele era estranho e pra mim tão comum.

—O que é isso?— Perguntou uma Alyss muito curiosa.

Explicar iria tomar muito tempo, então resolvi só mostrar.

Peguei meu celular e o liguei. Deliciei-me com a expressão de espanto deles. Na verdade, eu só queria acabar com aquele estigma de mentirosa que Alyss tinha de mim.

Will jogou o meu celular em cima da mesa, o que gerou um protesto irritado da minha parte (aquele era o meu bebê), enquanto Alyss só olhava, sem dizer, ou entender nada.

—O que é isso?— perguntou Will.

—É um celular. — respondi simplesmente.

—Pra que serve?— Alyss.

—Bem... Pra várias coisas. Antigamente servia só pra fazer e receber chamada. Hoje também manda mensagem, bate foto, grava, é calculadora, bloco de notas, mostra suas tarefas, é conversor de medidas, e você também pode acessar redes sociais com ele. E eu nem cheguei na metade.— falei enquanto fazia cara de :3.

Alyss provavelmente iria desmaiar, e Will provavelmente queria me dar um soco. Normal.

Will veio até mim e me puxou pelo braço para longe de Alyss.

—Pare com isso. — reclamou.

Mas eu não podia. Precisava convencer a Alyss, e aquele era o melhor jeito. O único jeito.

Além do mais, eu estava zangada com ela. Vingancinha aqui.

Olhei pro Will. Como explicar isso a ele sem fazer que ele me mate?

— Escuta Will, estou fazendo o possível para impedi-la de ir pra minha casa. Não tem como convencê-la a acreditar em nós sem dar-lhe uma prova de que é verdade. Além do mais ela não acredita em feitiçaria, não é?—

Will negou com a cabeça.

—Agora vamos voltar e falar com ela. Amenizar minha burrada.

—Sim, foi uma burrada.

Mostrei a língua pra ele.

Alyss estava sentada e já estava se acalmando. Olhou pra mim de um jeito esquisito. Sim, foi uma burrada.

—Escuta Alyss, eu sei que é tudo muito estranho, mas, acredite em mim, não é uma mentira. Eu vi, o Barão viu, e ela trouxe uma prova. Se quiser saber mais, pergunte ao Barão, ele vai te contar. Você sabe que ele não brincaria com isso. — Will tomou a dianteira temendo que eu fizesse alguma burrada.

Ela segurou a mão dela olhando em seus olhos.

—Por favor. — era um apelo.

Enquanto eu fiquei quietinha no meu canto, reparei que estava ficando tarde.

E aí eu fiquei pensando, por que eu não tinha deixado o Will conduzir isso mesmo? Ah, sim, por que eu sou uma idiota. Se eu não estivesse me esforçando pra ficar quieta, teria batido minha cabeça contra a mesa.

O resto foi o resto. Will conduziu a conversa com umas aparições minhas aqui e ali. Cutuquei Will e mostrei a janela. Ele sabia onde eu tinha que ir. Olhamos um para o outro. Depois perguntamos o que mais Alyss queria saber. Ela parecia completamente normal, como se estivéssemos conversando sobre o tempo, e não sobre o fato de eu vir do futuro.

Saí de lá assim que foi possível, carregando uma bolsa e deixando Will e Alyss conversando sobre coisas banais.

Cheguei à casa de Ashley com o coração batendo forte, os joelhos tremendo e tentando controlar a respiração, coisa que eu estava tentando controlar desde que saíra da casa da Alyss.  

A casa da Ashley era bem grande e tinha um quarto de hospedes. Eu fiquei nele.

O jantar foi legal e calmo, diferente do que eu tinha tido alguns minutos antes. Permiti-me imaginar que era parte daquela família e que Ashley era minha gêmea fraterna, que havia pego toda a beleza destinada a nós da gestação, e me deixara migalhas pra eu me contentar.

Malvada.

 Olhei pra ela com um sorriso nos olhos quando estávamos conversando no quintal.

—O que foi?—

—Estava me perguntando onde você tem cosquinha. —

—Cosquinha?—

—É, cócegas. —

— Na barriga e no pescoço. E você?—

— Na barriga, pescoço, no pé, na coxa, na axila.—

— Quantos lugares. —

—Pois é. —

Estendemos as mãos ao mesmo tempo, uma para o pescoço da outra.

Faltou pouco pra rolarmos no chão, mas nossos gritos atraíram todos para fora.

Tapamos a boca uma da outra e pedimos desculpas abafadas, e decidimos que já era hora de dormir.

Quando deitei na cama me perguntei se Alyss ainda me aceitaria na casa dela.

Adormeci com uma canção que eu adorava tocando na minha cabeça.

Ela tinha uma melodia triste, mas falava do paraíso, o que me fazia ter esperança.


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Notas finais do capítulo

alguém notou que o carinha que pede pra deixarmos reviews é um vampiro??
alguém achou a roupa que eu descrevi alguns capítulos atrás estranha? pois é, estava errada.uma coisa que eu recomendo é reler sua história de vez em quando.
e não me responderam se preferem o capítulo um antigo, ou o novo. (será que alguém ainda lembra?)
e se tem algum leitor fantasma, apareça!!
bjs, Brigadeiros, vejo vocês no próximo capítulo.
p.s o título desse capítulo foi muito besta.
p.p.s adoro esses p.s's.



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