Amor Proibido escrita por NatyAiya


Capítulo 26
Capítulo 26 - Sonho e Decisão


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores!!!
Ok, eu sei que demorei um século para postar. Mas eu já tinha explicado, certo?
Bom, eu ainda não fiz a prova... Ela será no dia 17 de março, e eu continuo me matando de estudar, mas arranjei um tempinho no começo do mês para escrever um capítulo para cada fic minha. Mas eu já estava com esse capítulo pronto desde o final de janeiro... NÃO ME MATEM!!!! Eu realmente estava sem tempo para entrar no Nyah!
Eu não sei se o capítulo vai agradá-los, mas foi o melhor que eu pude fazer...
Vou parar de enrolá-los e deixar vocês lerem o capítulo...
Ah... E leiam as notas finais, por favor.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/214506/chapter/26

Capítulo 26 - Sonho e Decisão

POV Annabelle

– Mais uma vez aqui, Anna?

Me sentei com brusquidão para encarar a dona da voz.

– Lady Ártemis. - inclinei a cabeça em uma reverência.

– Olá querida. - ela falou sorrindo ao se sentar ao meu lado. - Tem vindo bastante aqui nos últimos meses, não? - ela sorria. - Acho que eu não te visse?

– Sei que me via. - dei de ombros.

– Meu irmão não sabe sobre as suas "fugas noturnas". - disse ela. - E não pretendo contar.

– Obrigada. - agradeci.

– Seus amigos se preocupam com você, Anna. - ela falou olhando para a lua calmamente. - E com as crianças também. - ela falou me assustando.

– O quê?! - eu pedi um tanto desesperada.

– Não achou que eu não soubesse, achou? - ela sorria divertida agora. - Todos no Olimpo sabem deles, e como todos juraram não contar para meu irmão, apenas ele não faz ideia de que possui dois filhos lindos com você. Aliás, onde estão meus sobrinhos?

– Estão no Mundo Inferior, dormindo. - eu respondi. - Não vão contar para ele, vão?

– Não, esse é um problema entre vocês dois. Sinceramente Annabelle, não acha que já sofreu demais? - ela perguntou.

Era estranho estar conversando isso com ela. A aparência de Lady Ártemis era de uma garota de doze ou treze anos, era estranho estar conversando sobre algo tão sério com ela.

– O que espera que eu faça?

– Quero que lute! Ou lute para ficar com ele, ou para a sua liberdade! Até quando pretende ficar se escondendo? - ela perguntou exaltada.

– ... - simplesmente não tinha como argumentar diante a isso.

– Venha junto com seu pai no dia do Solstício de Inverno para o Conselho dos Deuses. Você poderá falar com meu irmão lá. - ela falou se recompondo e voltando para a calma natural. - Isso não é uma intimação, Anna. Eu e todos os deuses e semideuses apenas desejamos que você e Apolo se entendam. Ele ama você.

– Mas ainda assim, não deixou de se deitar com humanas. - eu falei em tom acusatório.

– Não vou negar que ele se deitou com várias humanas durante esses dois anos, mas ele realmente ama você. Deveria tentar se entender com ele. - ela falou. - Pense em ir até o Olimpo no dia do solstício, estarei esperando por você, querida.

E com isso ela sumiu em um raio de luz lunar. Suspirei deitando novamente na areia e pensando seriamente em ir ou não.

Estiquei minha mão até uma sombra e permiti que ela me levasse de volta para o Mundo Inferior.



No dia seguinte, depois que fiz Angel e Nicholas dormirem eu saí do quarto, e fui até o outro quarto onde eles sempre brincavam e onde eu também mantinha todas as coisas que ele tinha mandado para mim nos últimos dois anos.

Tanto Ártemis quanto meu irmão estavam corretos. Era hora de parar de fugir e encarar os fatos. Mas para que eu pudesse fazer isso de cabeça erguida, eu precisava reabrir feridas já quase cicatrizadas.

Suspirei pesadamente e me sentei no chão ao lado da pilha e comecei a abrir um por um.



A maioria eram presentes, coisas simples. Braceletes, pulseiras, colares e anéis também estavam entre essa pilha. Cartas com pedidos de desculpas, pedindo para que eu voltasse e muito mais.

O que me surpreendeu naquela pilha foi o bracelete e o anel que eu tinha deixado para trás quando vim para o Mundo Inferior.

Deixei que várias lágrimas escapassem por meus olhos, ele tinha tentado me agradar de todas as formas possíveis.

– Mamãe? - duas vozes finas e sonolentas me fizeram limpar o rosto rapidamente e forçar um sorriso.

– O que estão fazendo acordados? - perguntei abrindo os braços para os dois, que correram na minha direção.

– Eu acordei e você não estava no quarto. - Angel falou com a voz um tanto chorosa.

– Então acordou seu irmão e vieram me procurar. - deduzi e ela assentiu.

– O que estava fazendo? - Nicholas perguntou olhando os vários objetos espalhados ao meu redor.

– Nada de importante, meu pequeno. - eu respondi abraçando-os. - Vamos voltar para o quarto, vocês precisam dormir. - falei tirando-os de meu colo e me levantando para voltar ao quarto.

Voltei a colocá-los na cama e me deitei junto, deixaria para arrumar a bagunça amanhã. E pela primeira vez desde que vim para o Mundo Inferior eu tive um sonho que me fez acordar no meio da noite, todos os sonhos que eu tinha tido até aquele momento eram sonhos comuns, não sonhos de semideuses. Meu sonho não era algo que ainda poderia acontecer, esse sonho foi a partir de coisas que já tinham acontecido comigo.

Eu me via no meio do refeitório do Acampamento e Rachel estava na minha frente, mas uma névoa esverdeada estava ao seu redor.



"A filha da morte perdida ficará

Em sua salvação o sol virá

Amor e Guerra se unirão

Para que Trevas e Luz não sejam em vão"



Foi o que saiu de sua boca. A minha profecia.



Logo depois, a cena mudou e eu estava com Apolo no topo de uma montanha com a Aurora Boreal sobre nós.



"Ele se deitou no chão sobre a grama úmida e me puxou junto, seus braços passaram ao redor de minha cintura de forma possessiva, mas ainda assim carinhosa. Ele brincava com meus cabelos enquanto eu observava a aurora boreal correr pelo céu, eu precisaria agradecer muitos deuses quando voltasse para o Acampamento.



– Anna... - Apolo me chamou depois de algum tempo, ergui a cabeça para encará-lo. - Você está feliz ao meu lado? - ele perguntou sem olhar em meus olhos.

– O que quer dizer, Apolo? - perguntei sem compreender onde ele queria chegar.



– Eu só quero saber se estou fazendo você feliz da mesma forma que você me faz.

– Sim, você faz. - eu respondi me esticando até sua boca."


E novamente a cena mudou dando lugar à uma praia. Eu conhecia bem aquele lugar, afinal, tinha ido até lá na noite passada.



Ártemis estava ao meu lado mas ela não estava como sempre, dessa vez ela estava com a aparência de uma mulher mais velha, vinte e poucos anos eu diria.





– Olá, Annabelle. - ela falou olhando para mim.



– Lady Ártemis. - inclinei a cabeça.

– Estou aqui apenas para falar uma coisa que você já sabe. Ele te ama. - ela falou e desapareceu em uma névoa branca. - Ou lute para ficar com ele, ou para a sua liberdade! Até quando pretende ficar se escondendo? Venha junto com seu pai no dia do Solstício de Inverno para o Conselho dos Deuses. - sua voz veio a partir da névoa.

Acordei com um pulo depois disso e não consegui voltar a dormir. Passei as duas horas seguintes apenas observando meus dois pequenos dormirem e pensei também nas últimas palavras de Ártemis no meu sonho.

Depois de deixar Angel e Nicholas brincando com Perséfone e Deméter, eu fui até a Sala dos Tronos falar com meu pai. Tinha tomado uma nova decisão. Uma decisão que poderia mudar minha vida completamente.

– Querida, o que houve? - ele perguntou ao me ver entrar, afinal de contas, não era fácil me ver ali.

– Tenho que falar com você. - eu falei.

– Acredito que seja algo sério. - eu assenti. - Sente-se. - ele fez um gesto com a mão e uma poltrona confortável apareceu atrás de mim. - Estou escutando.

– Permita que eu vá com você até o Olimpo no dia do Solstício. - eu falei sem enrolar.

– Desculpe? Isso significa que você correria o risco de encontrar com Apolo. - ele falou, apertei o peito.

– Não vou mais fugir, não vou mais me esconder. É hora de encarar os fatos, as verdades, pai.

– O que fez você mudar de ideia?

– Uma conversa com Ártemis, eu já vinha pensando há um bom tempo sobre isso mas as palavras de Ártemis deram o empurrão que eu precisava. E eu devo fazer isso não só por mim, mas pela Angel e pelo Nicholas também. - ele sorriu para mim. - Posso ir com você até o Olimpo no dia do Conselho dos Deuses? - eu voltei a pedir.

– Não faria coisa melhor do que isso, querida. - sorri para ele. - Esteja aqui assim que conseguir colocar as crianças na cama no dia 21. - eu assenti e depois de dar um abraço nele, deixei a Sala dos Tronos.

Minha decisão estava tomada, agora só faltava saber o que ela traria para mim.



Eu deixaria Angel e Nicholas sob os cuidados de Perséfone quando eu fosse para o Olimpo com meu pai. Naquela noite, eles simplesmente se recusavam a dormir por causa disso.

Três dias antes, Angel acordara gritando e quando eu perguntei o que tinha acontecido ela respondeu que tinha tido um sonho. Um sonho onde eu ia embora que não voltava.





– Mamãe, por favor, não vá. - Angel chorava se agarrando no tecido de meu vestido. - Eu prometo ser mais obediente, por favor não vá.



– Eu não brigo mais com a Angel, mamãe. Por favor! - Nicholas também chorava.

– Eu não vou abandoná-los. Eu amo vocês do jeitinho que são, não quero que mudem. Mas a mamãe precisa ir. - dei um beijo na testa de cada um.

– MAMÃE! - os dois gritaram juntos quando eu os tirei de meu colo e os coloquei na cama.

– Shhh... Está tudo bem. Eu volto o mais rápido possível, meus amores.

Fiquei com eles até que o cansaço tomasse conta e eles caíssem no sono, continuei por mais meia-hora para ter certeza de que eles dormiam e depois saí do quarto encontrando Perséfone de pé ao lado da porta.

– Cuide deles, Perséfone. - eu pedi.

– Vou cuidar. Se resolva com ele, Anna. - ela respondeu me dando um abraço encorajador.

– Não se preocupe com nada, filha. - minha mãe falou antes de entrar no quarto junto com Perséfone.

Soltei um suspiro pesado antes de fazer meus pés se mexerem na direção da Sala dos Tronos, onde meu pai me esperava.

– Pronta? - ele perguntou assim que eu entrei.

– Sim. - respondi pegando sua mão estendida.

Esperava que fôssemos até o Olimpo pelas sombras, uma forma de transporte que eu tinha me acostumado nos últimos anos, não que fosse teletransporte.

Antes mesmo de abrir os olhos eu já sabia que estava no Olimpo. Os risos divertidos das ninfas e sátiros, a música que sempre estava no ar, o ar mais leve... Era impossível não notar tudo isso. Mas a diferença mais forte: o calor. Um calor acolhedor que o Mundo Inferior não possuía.

– Eu preciso ir. - meu pai falou soltando minha mão e me deixando no meio de uma das ruas do Olimpo.

– Eu sabia que você viria! - três deusas falaram juntas às minhas costas.

– Seja bem-vinda ao Olimpo, criança. - Hera falou com um sorriso maternal nos lábios. - Afrodite, Athena, Ártemis. - ela falou num tom autoritário chamando as três deusas.

– Hera, me dê um minuto com a Annabelle por favor? - Ártemis pediu e com um aceno de cabeça de Hera, a deusa da lua me puxou para longe das outras. - Sabia que você viria. - ela sorriu. - Porque não se junta às caçadoras até o final do Conselho? Thalia chegará em breve. - ela falou observando algo no céu. - Eu preciso ir. - ela foi embora tão rápido quanto veio.

– Filha de Hades.

Me virei rapidamente para encontrar os olhos azuis elétricos de Zeus.

– Senhor Zeus. - fiz uma reverência.

– Mandarei chamá-la quando o Conselho terminar. - ele riu por causa de minha cara. - Você tem muita coisa para falar com meu filho, querida. Aliás, o mesmo nem sabe que você está aqui nesse minuto.

Hermes, Dionísio e Ares me cumprimentaram rapidamente antes de irem para a Sala dos Tronos e depois eu fiquei sozinha até que Thalia chegou com as caçadoras.

– Eu não acredito que você realmente está aqui. - ela falou e praticamente se jogou em mim. - Sua maluca! Como você pôde sumir por dois anos e nem falar comigo? - ela me esmagou em um abraço apertado.

– Thalia, vai esmagá-la. - Thalia me soltou e pude olhar para trás.

Annabeth estava ali parada de mãos dadas com Percy e ao lado deles estava meu irmão.

– Oi Princesa da Morte. - Percy falou rindo. - Finalmente saiu do castelo negro.

– Anna, como é bom vê-la novamente. - Annabeth me abraçou, fazia meses que não nos encontrávamos.

– O que todos vocês fazem aqui? - eu pedi.

– Viemos distraí-la até o final do Conselho, é claro. - Percy revirou os olhos como se fosse óbvio demais.

– E eu precisava entregar esses novos modelos de casas para os deuses. - Annabeth mostrou os vários rolos de papel no chão atrás de si.

As horas passaram rapidamente com eles. Estávamos na Grande Praça quando uma ninfa veio me chamar.

– O Conselho dos Deuses está quase acabando. Lorde Zeus pediu para que eu viesse chamá-la. - ela falou fazendo uma reverência antes de sumir entre as outras ninfas e sátiros.

– Está na hora, Anna. - Nico falou.

– Não falem nada. - eu pedi me levantando. - Obrigada por ficarem comigo, e eu já vou. - não olhei duas vezes para eles e comecei a subir a rua que levava até a Sala dos Tronos.

Parei diante às portas e fiquei esperando.

– Entre querida. - olhei para o lado e Héstia sorria para mim. Assenti e ela desapareceu em uma labareda.

Empurrei as portas, agora não tinha mais volta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Descobriram quem falou com ela na praia?
No próximo capítulo eles se encontram... E NÃO ME MATEM!!!!
Mas eu só vou poder postar novamente no final de março ou no começo de abril, quando eu já estiver "instalada" na nova escola.
Nos vemos nos reviews...
Beijos, NatyAiya.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor Proibido" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.