POV Éris

Eu não sabia porquê, mas eu estava com medo. Quer dizer, eu já ouvira aquele nome alguma vez antes e não tinha sido numa situação tão... boa. Me lembrei de repente.

Era um dia qualquer da minha época de ouro - meus cinco á seis anos. Eu acordei mais cedo que o normal, vesti minhas pantufas laranjas e fui para a cozinha em busca de um chocolate quente, quando ouvi meus pais discutindo aos cochixos.

- Logo chegará a hora dela... - meu pai falou.

- Cronos não s epronunciou ainda. - retrucou mamãe.

Senti-me estremecer ao ouvir aquele nome, Cronos.

- Meu Oráculo...

- Dane-se seu Oráculo, Apolo. - grunhiu Artémis.

- Mas, Artie, Cronos...

Fiquei novamente nervosa ao ouvir aquele nome. Meus joelhos babearam e eu cai por cima do vidro, fazendo um barulhão.

Então eles vieram ver e me viram caída no meio do vidro, com meu braço machucado.

- FILHA! - Artémis gritou e veio me socorrer.

Pouco tempo depois, eu me encontrava no colo de Artémis, enquanto ela me consolava e Apolo cuidava de mim - oras, meu pai é o Deus da Medicina, esqueceu?

- Mamãe, quem é Cronos? - eu perguntei, depois que me acalmei.

- Ah, filha, ele, bem... - ela hesitou - Ele é alguém mau, mas não é importante para nós. Não se preocupe, ok?

- Ok. - disse, tendo a sensação de que ele era muito pior que mau.

- Mãe. - gritei e ela correu para perto de mim.

Abracei-a com medo. Não só por causa do tal Cronos, mas também por que os deuses me olhavam com medo como se por um acaso eu, "a desgraça do Olimpo" como diz Hera, fosse decidir o destino deles.

- Quem realmente é Cronos? - perguntei, séria e vi Artémis chorar, pela primeira vez.