POV Éris

- Rachel! - Nico gritou.

- Nico! - ela gritou também e o abraçou.

Ela era ruiva, tinha olhos verdes e pele morena. Usava um jeans manchado por hidrocor e furado. Também usava uma camisa de Harvard.

Puta. Abraçando o meu Nico. Não soltei a mão dele, portanto ele teve que abraça-la com só um braço.

Ao ver minha expressão emburrada ele riu, mas ao ver que eu continuava séria, ele se soltou de Rachel delicadamente.

- Ahn, Rach. Essa é minha namorada. Éris.

- Deusa do Crepúsculo? - ela perguntou e eu assenti - Bem... Olá! Eu sou a Oráculo.

Ela? Aquela puta? Grr.

- Vamos para o meu quarto. - fiz uma expressão descrente e maliciosa -  Oh, Zeus, eu não quis dizer... - ela começou a se explicar.

- Eu sei. - murmurei, rindo.

Ela riu também.

- Bem, é lá que a epssoa pergunta e eu digo a profecia. Você tem que ir sozinha.

- Ok. - murmurei.

Dei um beijo em Nico - só pra demarcar território.

- Hey, Éris. - Apolo gritou - Seu papai ta aqui e não quer ver isso, valeu?

Eu ri e corei.

- Bora. - falei e fomos para seu quarto.

Era hora de começar a encarar meu destino.

***

- Senta na cama. - Rachel disse.

Era uma cama de madeira clara, com um edredom branco. No quarto tinha armário, comoda, penteadeira, escrivaninha e uma cadeira em que Rachel se sentou.

Sentei na cama.

- Agora pergunte. - ela sorriu, paciente.

- Q-qual é meu destino? - perguntei.

Rachel se aprumou de repente. Seus olhos ficaram com um brilho esverdeado e sua voz soou triplicada.

A desgraça do Olimpo terá de escolher:

Ou morte ou poder

Um traidor retornará, o culpado de tudo será

O sacrifício será feito

E o amor entre deusa e semideus?

Será aceito

Ela caiu, cansada. Eu estava estatica. Não podia nem ajuda-la. Eu ofegava e estava tonta. Traidor? Morte? Sacrifício?

Será que não podia existir uma profecia que falasse de unicórnios e fadas?

Eu queria escapar disso, mas não podia. Eu estava presa ao meu destino.

- Tudo bem? - Rachel ofegou.

- Eu... eu... Preciso de Nico. - murmurei.

Ela assentiu. Sai do quarto e encontrei meu pai conversando (lê-se: discutindo) com Nico.

- Hey, hey. Deixa meu namorado. - falei.

Apolo grunhiu e fez biquinho.

- Você prefere ele á mim agora. - declarou.

Olhei pra mamãe com ar de riso.

- Ah, pai, também te amo.

Ele sorriu feliz e foi falar com Artémis.

Nico chegou perto de mim e me abraçou.

- E aê?

Me apoiei contra ele.

- Nico. Eu preciso de você pra sempre, ok? Eu simplesmente te amo. E não quero você perto da Rachel, embora ela seja legal.

- Hm. To vendo que o ciúme é coisa de família. - ele riu e beijou minha boca.