Ilusão.com escrita por Ingrid Fonseca


Capítulo 3
Caso Emily




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– Como conseguiu vim para cá? – Hugo disse mexendo em meus cabelos.

– A avó de Karina mora em BH e meus pais deixaram passar as férias lá e por incrível que pareça, eu ficarei uma semana aqui.

– Uma semana? – Ele perguntou sorrindo – Será a melhor semana da minha vida.

Eu sorrir.

- Hugo, né? – Joana perguntou. Hugo olhou para ela. – Por acaso você conhece alguma pensão ou hotel por aqui?

- Tem uma pensão, mas porque vocês não ficam aqui na minha casa? Tem quartos para hospedes.

- É uma boa ideia – Eu disse sorrindo.

- Seus pais não se incomodariam?

- Eles estão viajando, só voltaram no fim de mês.

- Eu prefiro uma pensão... – Joana disse.

- Qual é, a pensão daqui é horrível, nem água quente tem no banheiro. Aqui em casa tem tudo que for conforto, fiquem aqui ué.

- Vamos Joana? Por favor? – Fiz biquinho para ela.

- Está bem – Joana disse revirando os olhos.

Hugo sorriu para mim e nos beijamos novamente.

- É melhor pegamos as malas... – Karina sugeriu.

- É, eu mostrarei o quarto de vocês.

Entramos na casa enorme, era também antiga por dentro, tirando a televisão de LCD ou o radio de ultima geral, os computadores espalhados pela casa. A casa era antiga, mas havia bastante tecnologia.

Era uma casa linda.

- Uau, sua casa é muito linda – Karina disse a Hugo.

- Obrigado!

Subimos ao segundo andar. O corredor parecia ser mais simples que o primeiro andar, mas mesmo assim fabuloso. Hugo abriu uma porta de um quarto que continha uma cama de solteiro um closet, uma televisão de plasma na parede e uma suíte.

- Uma das irmãs poderia ficar aqui e a outro no quarto do lado. 

- Uau, esse quarto é demais – Joana disse olhando a suíte.

- Aonde eu dormirei? – Perguntei confusa.

- Tenho um quarto especial para você... – Ele disse sorrindo – Sigam-me.

No fim do corredor, havia uma porta branca, ele a abriu e entramos em um quarto enorme. O quarto tinha uma sacada com a vista de Corinto inteira, havia uma cama de casal com lençóis floridos, um pequeno guarda roupa antigo, uma suíte com banheira e uma televisão de plasma.

- Esse quarto é o melhor da casa, pode ficar nele.

- Sério?

- É, o melhor para a melhor – Ele disse sorrindo – Eu irei falar com a empregada e irei tomar um banho, daqui a pouco eu volto para ficar contigo.

Hugo me beijou.

- Ok... Volte logo – Disse melosa.

- Voltarei, sintam-se em casa – Hugo disse e foi falar com a tal empregada.

- Não sabia que Hugo era rico. – Karina disse olhando pela sacada.

- Os pais dele são donos de uma clinica chamada Doce Lar.

- Doce Lar? Clinica do que?

- Acho que é de repouso. Eu nunca perguntei, mas pelo nome... – Suspirei – Ainda não acredito que o vi e o beijei, não acredito que estou na casa dele, parece ser um sonho...

- Own Gabriella – Karina me abraçou – Realizou seu sonho, né?

- Sim... Meu maior sonho.

- Acho que irei para meu quarto tomar um banho – Joanna disse – Vejo vocês daqui a pouco.

- Ok – Karina disse a irmã e me soltou.

Deitei-me na cama e revivi aquele reencontro de mim e do Hugo. Foi tão perfeito. Ele é perfeito até demais para mim. Eu o amo tanto, que daria minha vida a ele. Eu não seria nada sem ele.


Fiquei ali pensando em nós dois enquanto Karina procurava algum canal bom para ver.


Hugo voltou perfumado e bem vestido e deitou-se ao meu lado e beijou minha testa.

- Pedir para a Dona Maria preparar um maravilhoso jantar para nós... Seu prato favorito, Gabi. Karina, você e sua irmã gostam de lasanha?

- Gostamos sim.

- Hm, ótimo. A janta já está na mesma.

Descemos e jantamos uma deliciosa lasanha. Joana e Karina ficaram na delas, enquanto Hugo e eu conversamos. Então, Joana começou a puxa assunto com Hugo.

- Hugo, seus pais são donos de um lar de idosos?

- É, mais ou menos. Eles são donos de um lar de pessoas que não batem bem da cuca.

- São donos de um hospício? – Karina perguntou curiosa.

- São... Eu sei que parece meio estranho, mas é de família, passado em gerações.

- LOL... Então você é o próximo?

- Felizmente sou... Tem pessoas muito interessantes lá com ideias incríveis.

Joana, Karina e eu nós olhamos.

- Deve ter mesmo – Disse sem graça.

- Então, você pretende fazer faculdade? – Joana perguntou querendo mudar de assunto.

- Pretendo fazer psicologia.

- Por quê? – Karina perguntou.

- Por que a mente humana é algo brilhante e eu quero estudar lá e vocês farão o que?

- Eu faço medicina – Joana disse.

- Eu não sei o que farei ainda – Karina disse.

- E você Gabi? – Joana perguntou.

- Eu? Eu pretendo ir para faculdade de Artes.

- A em Paris? – Joana perguntou.

- É – Disse desanimada.

Eu realmente queria estudar na faculdade de Artes em Paris, era minha faculdade dos sonhos. Mas meus pais não tinham e nunca terão dinheiro para pagar lá e o que ganho trabalhando em uma sorveteria é muito pouco.

Terminamos de almoçar e fomos para o quintal.

As garotas aproveitaram vestiram biquines e foram tomar um banho de sol. Hugo e eu ficamos debaixo de uma arvore, sentados na grama e abraçados. Ficamos assim até o fim do dia.

- Que tal você me apresenta seus amigos amanhã?

- Meus amigos? Eles viajaram.

- Ah – Gemi chateado – Eu queria tanto conhecê-los.

- Eu sei querida – Ele passou os dedos nos meus cabelos e beijou minha nuca. Subiu o beijo até chegar na minha boca.

O beijei delicadamente.

- Me mostra a cidade amanhã?

- Essa cidade é chata.

- Por favor, eu quero conhecer a cidade que você mora, os lugares que frequenta.

- Está bem – Disse olhando pros meus lábios e me beijou.

***

No dia seguinte a tarde, Hugo me levou para conhecer a cidade. Sairmos de mãos dadas pela cidade de Corinto. Hugo me disse o que acontecia, onde comprava e aonde ficava. Formos até a praça – onde tinha aqueles adolescentes estavam no dia que encontrei Hugo e estavam lá novamente. Eles ficaram nos encarando como se fossemos coisas de outro mundo.

- Por que eles acham que você é diferente? – Murmurei.

- Quem disse que eles me acham diferente?

- Eles falaram para mim, quando fui pedir informações sobre a onde ficava sua casa.

- Eles são malucos, Gabi. Não gostam de mim por que sou rico.

- É sobre a Emily?

- O que eles disseram sobre a Emily? – Hugo perguntou sério.

Encolhi meus ombros e abaixei meus olhos e murmurei:

- Eles disseram que você tem algo a haver com o desaparecimento da Emily.

Hugo levantou meu rosto e olhou nos meus olhos.

- Eu não tenho nada haver com o desaparecimento dela...

Os olhos dele eram tão sinceros.

- Então, pode me explicar o que aconteceu, porque acham que você a matou?

Nós sentamos no banco da praça, Hugo segurou minhas mãos e olhou nos meus olhos.

- Eu terminei com ela, por que estava apaixonado por você e depois de três semanas ela desapareceu e acharam que fui eu. As pessoas de cidade pequena falam bastante, acham que só porque sou rico e meus pais são donos de um hospício que eu sou louco. Mas não sou, eu não tive nada haver com o caso Emily. Acredita em mim?

- Acredito – Murmurei – Sempre acreditei.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado!