Ilusão.com escrita por Ingrid Fonseca
– Como conseguiu vim para cá? – Hugo disse mexendo em meus cabelos.
– A avó de Karina mora em BH e meus pais deixaram passar as férias lá e por incrível que pareça, eu ficarei uma semana aqui.
– Uma semana? – Ele perguntou sorrindo – Será a melhor semana da minha vida.
Eu sorrir.
- Hugo, né? – Joana perguntou. Hugo olhou para ela. – Por acaso você conhece alguma pensão ou hotel por aqui?
- Tem uma pensão, mas porque vocês não ficam aqui na minha casa? Tem quartos para hospedes.
- É uma boa ideia – Eu disse sorrindo.
- Seus pais não se incomodariam?
- Eles estão viajando, só voltaram no fim de mês.
- Eu prefiro uma pensão... – Joana disse.
- Qual é, a pensão daqui é horrível, nem água quente tem no banheiro. Aqui em casa tem tudo que for conforto, fiquem aqui ué.
- Vamos Joana? Por favor? – Fiz biquinho para ela.
- Está bem – Joana disse revirando os olhos.
Hugo sorriu para mim e nos beijamos novamente.
- É melhor pegamos as malas... – Karina sugeriu.
- É, eu mostrarei o quarto de vocês.
Entramos na casa enorme, era também antiga por dentro, tirando a televisão de LCD ou o radio de ultima geral, os computadores espalhados pela casa. A casa era antiga, mas havia bastante tecnologia.
Era uma casa linda.
- Uau, sua casa é muito linda – Karina disse a Hugo.
- Obrigado!
Subimos ao segundo andar. O corredor parecia ser mais simples que o primeiro andar, mas mesmo assim fabuloso. Hugo abriu uma porta de um quarto que continha uma cama de solteiro um closet, uma televisão de plasma na parede e uma suíte.
- Uma das irmãs poderia ficar aqui e a outro no quarto do lado.
- Uau, esse quarto é demais – Joana disse olhando a suíte.
- Aonde eu dormirei? – Perguntei confusa.
- Tenho um quarto especial para você... – Ele disse sorrindo – Sigam-me.
No fim do corredor, havia uma porta branca, ele a abriu e entramos em um quarto enorme. O quarto tinha uma sacada com a vista de Corinto inteira, havia uma cama de casal com lençóis floridos, um pequeno guarda roupa antigo, uma suíte com banheira e uma televisão de plasma.
- Esse quarto é o melhor da casa, pode ficar nele.
- Sério?
- É, o melhor para a melhor – Ele disse sorrindo – Eu irei falar com a empregada e irei tomar um banho, daqui a pouco eu volto para ficar contigo.
Hugo me beijou.
- Ok... Volte logo – Disse melosa.
- Voltarei, sintam-se em casa – Hugo disse e foi falar com a tal empregada.
- Não sabia que Hugo era rico. – Karina disse olhando pela sacada.
- Os pais dele são donos de uma clinica chamada Doce Lar.
- Doce Lar? Clinica do que?
- Acho que é de repouso. Eu nunca perguntei, mas pelo nome... – Suspirei – Ainda não acredito que o vi e o beijei, não acredito que estou na casa dele, parece ser um sonho...
- Own Gabriella – Karina me abraçou – Realizou seu sonho, né?
- Sim... Meu maior sonho.
- Acho que irei para meu quarto tomar um banho – Joanna disse – Vejo vocês daqui a pouco.
- Ok – Karina disse a irmã e me soltou.
Deitei-me na cama e revivi aquele reencontro de mim e do Hugo. Foi tão perfeito. Ele é perfeito até demais para mim. Eu o amo tanto, que daria minha vida a ele. Eu não seria nada sem ele.
Fiquei ali pensando em nós dois enquanto Karina procurava algum canal bom para ver.
Hugo voltou perfumado e bem vestido e deitou-se ao meu lado e beijou minha testa.
- Pedir para a Dona Maria preparar um maravilhoso jantar para nós... Seu prato favorito, Gabi. Karina, você e sua irmã gostam de lasanha?
- Gostamos sim.
- Hm, ótimo. A janta já está na mesma.
Descemos e jantamos uma deliciosa lasanha. Joana e Karina ficaram na delas, enquanto Hugo e eu conversamos. Então, Joana começou a puxa assunto com Hugo.
- Hugo, seus pais são donos de um lar de idosos?
- É, mais ou menos. Eles são donos de um lar de pessoas que não batem bem da cuca.
- São donos de um hospício? – Karina perguntou curiosa.
- São... Eu sei que parece meio estranho, mas é de família, passado em gerações.
- LOL... Então você é o próximo?
- Felizmente sou... Tem pessoas muito interessantes lá com ideias incríveis.
Joana, Karina e eu nós olhamos.
- Deve ter mesmo – Disse sem graça.
- Então, você pretende fazer faculdade? – Joana perguntou querendo mudar de assunto.
- Pretendo fazer psicologia.
- Por quê? – Karina perguntou.
- Por que a mente humana é algo brilhante e eu quero estudar lá e vocês farão o que?
- Eu faço medicina – Joana disse.
- Eu não sei o que farei ainda – Karina disse.
- E você Gabi? – Joana perguntou.
- Eu? Eu pretendo ir para faculdade de Artes.
- A em Paris? – Joana perguntou.
- É – Disse desanimada.
Eu realmente queria estudar na faculdade de Artes em Paris, era minha faculdade dos sonhos. Mas meus pais não tinham e nunca terão dinheiro para pagar lá e o que ganho trabalhando em uma sorveteria é muito pouco.
Terminamos de almoçar e fomos para o quintal.
As garotas aproveitaram vestiram biquines e foram tomar um banho de sol. Hugo e eu ficamos debaixo de uma arvore, sentados na grama e abraçados. Ficamos assim até o fim do dia.
- Que tal você me apresenta seus amigos amanhã?
- Meus amigos? Eles viajaram.
- Ah – Gemi chateado – Eu queria tanto conhecê-los.
- Eu sei querida – Ele passou os dedos nos meus cabelos e beijou minha nuca. Subiu o beijo até chegar na minha boca.
O beijei delicadamente.
- Me mostra a cidade amanhã?
- Essa cidade é chata.
- Por favor, eu quero conhecer a cidade que você mora, os lugares que frequenta.
- Está bem – Disse olhando pros meus lábios e me beijou.
***
No dia seguinte a tarde, Hugo me levou para conhecer a cidade. Sairmos de mãos dadas pela cidade de Corinto. Hugo me disse o que acontecia, onde comprava e aonde ficava. Formos até a praça – onde tinha aqueles adolescentes estavam no dia que encontrei Hugo e estavam lá novamente. Eles ficaram nos encarando como se fossemos coisas de outro mundo.
- Por que eles acham que você é diferente? – Murmurei.
- Quem disse que eles me acham diferente?
- Eles falaram para mim, quando fui pedir informações sobre a onde ficava sua casa.
- Eles são malucos, Gabi. Não gostam de mim por que sou rico.
- É sobre a Emily?
- O que eles disseram sobre a Emily? – Hugo perguntou sério.
Encolhi meus ombros e abaixei meus olhos e murmurei:
- Eles disseram que você tem algo a haver com o desaparecimento da Emily.
Hugo levantou meu rosto e olhou nos meus olhos.
- Eu não tenho nada haver com o desaparecimento dela...
Os olhos dele eram tão sinceros.
- Então, pode me explicar o que aconteceu, porque acham que você a matou?
Nós sentamos no banco da praça, Hugo segurou minhas mãos e olhou nos meus olhos.
- Eu terminei com ela, por que estava apaixonado por você e depois de três semanas ela desapareceu e acharam que fui eu. As pessoas de cidade pequena falam bastante, acham que só porque sou rico e meus pais são donos de um hospício que eu sou louco. Mas não sou, eu não tive nada haver com o caso Emily. Acredita em mim?
- Acredito – Murmurei – Sempre acreditei.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenha gostado!