No cap. anterior

-Podes começar… - Disse desfazendo o abraço e sentando-me na beira da cama, pronto para ouvir.

No cap. de hoje

-Tudo começou quando a minha mãe morreu, nesse dia o meu sorriso morreu também. Daí em diante o meu pai não me deixou sair de casa, obrigou-me a estudar até altas horas da noite, dizendo que se não tivesse boas notas, a minha mãe teria vergonha de mim, por isso eu estudava muito e quase que não dormia durante a noite, uma vez até fui parar ao hospital por esgotamento. Assim que saí do hospital, voltei a estudar, mesmo o médico tendo dito que devia descansar. Desde que comecei a estudar o meu mundo desabou, por isso fiquei sozinha, triste, sombria, basicamente fiquei apenas com emoções negativas, fiquei sem amigos sem nada, por isso é que ninguém gosta de mim e estou sempre sozinha. Até que tu apareceste e me levaste a relembrar o que significa diversão e ser feliz. Foi quando comecei a confiar em ti que comecei a sentir sentimentos e emoções que nunca tinha sentido antes…

-Então é essa a tua história.

-Sim… A minha mãe, eu gostava muito dela ao contrário do meu pai. *Começa a chorar outra vez*

-Lucy, não chores… - Disse o Natsu abraçando-me, o abraço dele sabia tão bem… Será que eu… Não, o Natsu é só meu amigo! Meu amigo! Lucy sua idiota!

-Lucy.

-Sim?

-Já estás bem? “Tenho certeza de que estou corado, ainda bem que ela não consegue ver...”

-Já, muito obrigada!

-Sempre às ordens! – Exclamou ele desfazendo o abraço, mas antes que ele se separa-se de mim, abracei-o mais forte, olhei para tentar-me encontrar com os olhos dele mesmo corada.

-Natsu… Jura que nunca me vais abandonar!

-Mas é claro que eu juro e mesmo que não me pedisses, eu nunca te abandonaria.

-Porquê?

-*Natsu fica da cor de um tomate* “É agora! Vou apenas dizer-lhe o que sinto, afinal eu vim aqui para lhe dizer isso.” Porque… Como é que eu vou explicar… Hmmm… Porque tu és a pessoa mais importante para mim, a pessoa que fez com que eu deixasse a Lisanna a chorar sozinha no corredor da escola, a pessoa que fez com que eu prometesse a mim próprio que a faria sorrir, rir e ser feliz. A pessoa que me fez fazer essas coisas foste tu, porque eu te amo.

-Natsu… - Ele acabou de dizer que me ama, estou tão feliz, nem sei o que fazer agora!

-LUCY!

-O que foi?

-TU ESTÁS A SORRIR!

-O QUÊ?! COMO?!

-Eu cá não sei, diz-me tu!

-Eu não faço puto ideia…

-Lucy, o teu sorriso é a coisa mais linda que alguma vez vi, como é que pudeste esquecer-te de uma coisa assim?

-Talvez porque perdi uma coisa muito importante quando a minha mãe morreu…

-O que era?

-Amor… Uma coisa que tu fizeste com que eu voltasse a sentir…

Não sei porquê, mas eu e o Natsu como se fossemos ímanes começamos a aproximar-nos e num piscar de olhos senti algo contra os meus lábios, era o Natsu. Nós estávamos a beijar-nos! E era tão bom! Era quente, apaixonado era tanta coisa que nem sei o que pensar! Até que ao fim de alguns segundos nos separámos.

-Natsu…

-Lucy…

*Estavam os dois da cor de um tomate*

-Este foi… o meu primeiro beijo! – Exclamámos um ao outro e depois rimo-nos, ri-me como nunca me tinha rido antes.

-Parece que cumpri a minha promessa.

-Sim e muito obrigada!

-Obrigada porquê? Apenas cumpri o meu dever!

-Ok. Acho que agora vou voltar a ser como era antes de a minha mãe ter morrido. Vou sorrir sempre e adorar ir para a escola!

-Então vejo-te amanhã na escola!

-Sim!

-Falta fazer uma coisa.

-O que é? – Perguntei sorridente.

-Lucy, você aceita ser a minha namorada?

Fiquei super feliz e sabia a 100% a resposta…

-Mas é claro que sim!

Demos mais um beijo, mas desta vez maior, por mim ficava ali a beijá-lo para toda a eternidade… porém tivemos de nos separar por falta de ar… infelizmente na minha opinião…

-Então vemo-nos amanhã! – Exclamou ele com o maior sorriso que eu alguma vez tinha visto, e era tão lindo!

-Sim! – Exclamei retribuindo o sorriso.

-O teu sorriso de agora em diante, é o meu tesouro!

-*Corada* Obrigada…

-Vemo-nos amanhã!

-Adeus!

Dito isso ele saiu pela janela do meu quarto, nem me importei…

No momento em que ele saiu, alguém bate na porta do meu quarto.

-Entre! – Eu disse muito feliz.

-Lucy…

O meu sorriso quase desapareceu, quando vi quem era…

-Pai…

-Lucy! Tu estás a sorrir?!

-Sim. Tem algum problema?

-Não, muito pelo contrário estou muito feliz!

-Que bom…

-Lucy, eu queria-te pedir desculpa por tudo aquilo que te fiz passar este tempo todo. Retiro tudo aquilo que disse ou fiz, principalmente a parte em que disse que a Layla teria vergonha de ti, ela nunca teria vergonha de ti, mas talvez de mim pelo que eu te fiz…

Eu estava demasiado feliz, para não o conseguir perdoar ainda por cima desculpou-se.

-Eu perdoo-te

-Obrigado filha! Muito obrigado! Também retiro todos os teus castigos, estás totalmente livre.

-Obrigada pai!

Abracei o meu pai, afinal parece que ele mudou…

Quando nos separamos, ficámos um pouco a conversar, pouco depois ele foi embora para poder ir trabalhar eu apenas me deitei novamente e fui dormir…

Apenas para sonhar com aquele que me fez sorrir…