Capítulo 3 – Declarações
-Inu, você não deve oferecer sua casa quando você não tem lugar para dormir.
-Mas eu durmo no chão! E por que está me chamando de Inu?
-É melhor eu ir embora! Não posso deixá-lo dormir no chão. Você gostou? Eu amei te chamar assim. Fica muito fofo, Inu!
-Se você não dormir aqui, vai dormir na rua? Tá bom. Pode me chamar assim.
-Verdade... Então dormirmos os dois na cama! Tem bastante espaço!
-Eu e você na mesma cama? – Ele diz corado apontando para cama.
-Sim. Ou então eu durmo no chão e você na cama, mas não quero que você durma no chão. Mas também pode ser se eu e você dormirmos no chão, pelo menos você não fica solitário.
-É melhor a primeira opção. Você tem roupa?
-Pra quê?
-Pra você tomar banho.
-Eu tenho sim...
-Pega uns lençóis novos no armário e arruma a cama enquanto eu preparo o banho.
-Tá bom. – Ela vai até o armário e pega lençóis azuis, tira os que estavam na cama e os coloca – Faltam edredons, mas não consigo achar outro... Será que ele é tão pobre que só tem um edredom? Nem sofá tem...
A casa de InuYasha tinha cinco cômodos, a cozinha, seu quarto, um banheiro e um quarto escuro, onde revelava fotos e onde todos seus aparelhos fotográficos se encontravam.
-KAGOME! O BANHO ESTÁ PRONTO! PEGA UMA TOALHA NA GAVETA DA CÔMODA! – Grita InuYasha do banheiro.
-TÁ BOM! – Ela vai lá e se agacha para abrir a gaveta.
Bem na sua frente, havia um porta-retrato. Era o único porta-retrato que havia na casa. O resto das fotos estavam colocadas nas paredes ou espalhadas por várias partes da casa.
Na foto, estava InuYasha e um garotinho. Este aparentava ser mais novo que InuYasha e tinha semelhanças com o mesmo.
-Este da foto é meu irmão menor. – Kagome desperta do “transe” e olha para InuYasha.
-Onde ele está? Mora com seus pais?
-Nossos pais morreram há seis anos, Seshomaru ainda tinha sete anos. Ele está no hospital, mora lá, pois a qualquer momento pode ter uma recaída na saúde...
-Sinto muito... Podemos visitá-lo?
-Não sei... Acho melhor não...
-Ah, por favor, Inu! Faz isso por mim! – Ela o olha com uma cara de cachorro sem dono. Acaba até a fazer biquinho para ele.
-Tá bom! Só não comece a chorar...
Kagome estampa um enorme sorriso no rosto. Ela vai tomar banho e logo sai. Indo para o quarto. InuYasha estava na cozinha, fritando que pelo cheiro, eram ovos. Kagome vai até a cozinha e se senta.
-Creio que esteja com fome. Essa semana não tive tempo de ir ao mercado, então desculpe pelo pobre jantar.
-Não se preocupe.
Depois do jantar improvisado, eles vão para o quarto. Kagome se deita primeiro e depois InuYasha deita um pouco hesitante.
-InuYasha, eu não achei outro edredom.
-É que o outro está lavando.
-Hum... – De repente, começa a chover. InuYasha dormiu, mas Kagome estremecia diante dos altos sons dos trovões.
Um altíssimo trovão fez Kagome abraçar InuYasha, fazendo-o acordar.
-Desculpa InuYasha, mas eu estou morrendo de medo!
-Er... Tudo bem...
-Então me abraça também, né?
-Eu?
-Sim. Por favor!
-Tá bom... – Ele a abraça.
Os dois dormem abraçados, o calor dos corpos aquecia ambos, só faltava a declaração de amor...
Amanhece, InuYasha acorda e olha para o lado. Não vê Kagome, então pensa:
“Ela deve ter ido embora pra variar... Essa casa vai ficar vazia sem ela... Mas o que eu estou pensando? Ela só ficou duas noites!”
Seus pensamentos são interrompidos por uma voz que vinha da cozinha:
-Bom dia, Inu! Estou fazendo seu café!
“Ela está aqui? Que bom!” – Pensa ele com um sorriso no rosto.
-Não precisava fazer o café.
-Tudo bem. Espero que esteja bom!
Depôs de comer, InuYasha sai da casa e vai à empresa do pai de Kagome negar o trabalho.
-Tudo bem... Mas quero saber o porquê de não aceitar.
-Nada importante. – Ele devolve a pasta e sai da empresa.
Já Kagome, estava varrendo a casa de InuYasha, que provavelmente não fazia uma limpeza há anos.
InuYasha chega na hora do almoço. Os dois almoçam, e como prometido, InuYasha leva Kagome até o hospital onde seu irmão está internado.
-INUYASHA! Meu irmão! Estava com saudades!
-Mas eu vim ontem, Seshomaru.
-Mesmo assim! Quem é essa moça que veio com você? Sua namorada?
-Não... Meu nome é Kagome Higurashi, eu sou amiga de seu irmão.
A conversa se estendeu por horas. Quando saíram, já era noite. Eles foram até uma praça com uma bela vista. Os dois estavam em pé, encostados em uma cerca de aço. InuYasha quebra o gelo:
-Kagome... Você pode até achar que é uma mentira, mas eu te amo.
-Inu... Isso... Isso é verdade?
-Sim...
-Que bom! Porque acho que eu também te amo! – Em um movimento inesperado, Kagome abraça InuYasha.
Ele retribui o abraço, afagando seus cabelos.
