Aline chegou mais do que nervosa lá em cima, atirou a toalha na Debby e sentou ao meu lado e do Harry.

-O que foi, que bicho te mordeu? – Harry perguntou olhando-a.

-Nada Styles, silêncio! – ela falou rápido.

Eu encarei o Harry e nós dois começamos a rir, ela estava mesmo nervosa.

Meu celular tocou antes que eu pudesse dizer algo para acalmar a Aline ou deixar ela mais irritada ainda, era minha mãe.

-Pessoal. – falei quando desliguei o aparelho. – preciso ir.

-Mas já? – Zayn e Harry perguntaram ao mesmo tempo, eu olhei de um para o outro.

-Minha mãe ligou, desculpem.

-Posso te acompanhar até em casa se quiser. – Zayn falou se aproximando, está bem agora eu estava mais nervosa que o comum.

-Ela quer sim. – Harry falou me empurrando para que eu ficasse de pé. – vai, sua mãe vai ficar com raiva se demorar para a aparecer.

Eu o encarei e lhe lancei um olhar de eu te mato.

-Ok digam para o Liam que eu tive que ir. – falei seguindo na direção da porta. – até amanhã na escola.

Segui para o lado de fora da casa do Liam, Zayn em meu encalço.

-E então. – ele começou quando viu que eu não disse nada. – você e o Harry estão bem de novo?

-Estamos. – falei rápido. – acho que eu não conseguiria ficar com raiva do Styles por muito tempo.

-Lizzy eu queria falar com você. – ele começou e eu não sei por qual motivo eu comecei a acelerar o passo, só faltavam duas casas até a minha.

-Pode falar. – falei enquanto caminhava.

-Quem sabe se você parar de correr.

Eu parei de frente ao portão da minha casa, Zayn me encarou e eu olhei para o chão, eu realmente não conseguia encarar ele.

-Ei olha pra mim. – ele falou colocando o dedo no meu queixo e empurrando minha cabeça para cima para que eu o olhasse. – pronto assim está bem melhor.

Não, não estava melhor porque eu tremia inteira.

-O que foi? – perguntei quando ele simplesmente ficou me olhando.

-Você é linda.

Eu não respondi, mas senti ele se aproximar, meu coração deu um salto e...

-Elisabeth! – a voz da minha mãe fez eu me virar de imediato e me afastar do Zayn. – por que está parada na porta?

-Oi senhora Backer. – Zayn falou com um sorriso.

-Olá Malik. – minha mãe falou sem emoção. – Elisabeth vamos entre logo.

-Ok. – falei e encarei o Zayn. – te vejo amanhã?

Ele fez um gesto afirmativo com a cabeça, se aproximou e me abraçou sussurrando em seguida no meu ouvido.

-Você está mais escorregadia do que sabonete molhado.

Eu não respondi, o encarei enquanto ele me dava um piscadela, sem pensar duas vezes me afastei dele e entrei em casa sem olhar para trás, o Zayn não deveria ter dito aquilo.

Quando anoiteceu, Debby combinou de ir dormir na casa da Aline a convite da própria, segundo Aline as duas tinham umas coisas para tratar, o que significava... Fofoca!

-Como é mesmo o nome dele? – Debby perguntou colocando a panela de brigadeiro em cima da cama.

-Nathan. – Aline falou se jogando de costas em cima da cama. – ai Debby ele é lindo.

-Lineh cuidado pra não derrubar a panela.

-Desculpe. – ela falou sentando rápido e encarando a amiga. – mas ele é tão lindo, tem os olhos lindos, o corpo perfeito, um sorriso...

-Nossa parece que você gostou mesmo do cara, que pena que eu não vi ele.

-Tira os olhos, é meu. – Aline falou pegando uma colher de brigadeiro e sujando o rosto da amiga.

-Haha ele já sabe disso? – Debby a encarou, Aline sorriu.

-Claro que não e não vai saber, você não esperou eu terminar, ele é meu, amor platônico!

As duas riram, Debby ficou quieta de repente.

-Ih o que foi? – Aline a encarou.

-O que mais seria, Lineh?

Aline encarou a amiga.

-Eu não sei o que te dizer Debby, desculpe.

-Mas eu sei o que dizer. – Debby falou encarando-a.

-O que?

-GUERRA DE TRAVESSEIROS!

Eu estava deitada na cama lembrando do que havia acontecido lá em frente a minha casa, o Zayn ia me beijar se minha mãe não tivesse aparecido? Isso eu nunca saberia responder.

Me atirei de costas na cama e encarei o teto, estava entediada e sem um pingo de sono. Uma batida na janela me fez pular da cama de imediato, olhei na direção da janela, a cortina azul a cobria por completo. O que será que eram aquelas pancadas? O vento batendo na árvore e ela batendo na janela? Caminhei lentamente pé ante pé na direção da janela e puxei a cortina.

-Eu trouxe sorvete.

Eu quase caí de costas de inicio, mas depois sorri, eu devia ter imaginado que era ele.