Halloween escrita por Junior Roux


Capítulo 7
Capítulo 7 - A ponte quebrada e a caverna sombria




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Os cinco meninos estavam adentrando cada vez mais na floresta, os olhos atentos a tudo que os rodeava, cada farfalhar das árvores com o vento da noite, cada coruja que piava, cada barulho estranho era motivo de sua atenção. Até que chegou um momento em que Kiske parou.

- O que aconteceu, Michael? Viu alguma coisa? - perguntou Ingo, sério.

- Estão vendo aquilo ali? - disse Kiske, apontando o dedo ao que havia mais à frente. 

Em meio a toda a neblina que os rodeava, havia uma ponte. Pelo pouco que podiam enxergar, parecia bastante velha e frágil, com algumas partes faltando. Parecia muito perigoso atravessá-la, mas Kiske não demonstrou dúvida em momento algum.

- Estão prontos? - perguntou ele, seguro de si.

- Se o Kai estivesse aqui, ele estaria dando um chilique, pode acreditar! - soltou Markus, com uma expressão risonha em seu rosto.

- Se for para resgatar o Kai e impedir o fim do mundo com esse ritual, eu estou dentro. - disse Ingo, tranquilo.

- Que seja, vamos nessa! - disse Weikath, indiferente como sempre.

- Eu vou primeiro! - disse Tobi, entusiasmado. Tobi era tão pequeno, que os outros quatro garotos até haviam esquecido que ele estava lá.

Antes que houvesse tempo para alguém discutir, Tobi rapidamente foi andando até a ponte, tomando o cuidado para não cair, já que a altura não era pouca e lá embaixo havia pedras e troncos de árvores no escuro. Logo, um por um, foram atravessando a ponte com cautela. Markus foi o primeiro a atravessá-la com sucesso, Tobi e Ingo iam logo atrás. Porém, quando tudo estava ocorrendo conforme o planejado, Tobi dá um passo em falso e uma tábua se quebra, prendendo sua perna entre duas. Ingo, que estava logo atrás dele, rapidamente vai ao seu encalço.

- Tobi, me dê sua mão! - pediu Ingo, lançando um olhar de tranquilidade para Tobi, que estava desesperado.

- Ingo, não me solta, me puxa rápido! - Tobi começava a se balançar de tanto desespero, mas Ingo o puxa a tempo.

- Você está bem?

- Ahhh, agora eu estou! Puxa, obrigado mesmo, Ingo, eu quase morri agora! - responde Tobi, respirando aliviado.

- De nada, amigo! - responde Ingo, contente por tê-lo ajudado.

Kiske sorriu para os dois com as mãos na cintura, feliz por nada de ruim ter acontecido... Por enquanto.

No momento em que Ingo e Tobi conseguem atravessar a ponte, Weikath pisa na tábua ao lado do buraco que a outra havia deixado e cai, ficando com metade do corpo para cima e a outra metade para baixo da ponte. Kiske o pega pelo braço na hora.

- Se segura aí, seu idiota! - grita Kiske, apertando o braço de Weikath com toda a força para não deixá-lo cair.

- Por quê? Não é mais conveniente me deixar cair e ganhar a aposta? - pergunta Weikath, sarcástico.

- Deixa de ser retardado! Você ainda está pensando na aposta? Isso aqui acabou se tornando maior do que nós dois,  a situação agora é mais séria do que pensamos que seria! - disse Kiske, impaciente tentando puxá-lo.

- Me solta logo, seu babaca! Está perdendo tempo enquanto deveria estar ajudando o seu amigo!

- Eu estou ajudando o meu amigo! - diz Kiske, com um sorriso forçado.

- O que foi que você disse? - pergunta Weikath, ao mesmo tempo que Kiske consegue puxá-lo de volta. Weikath dá tapas nos bolsos e se ajeita.

- Er... Obrigado... Parceiro! - disse com uma expressão levemente rosada.

- Huhauhauahauhau, de nada! - diz Kiske, com uma mistura de deboche e satisfação em sua voz.

- Seu mala! - diz Weikath, fechando a cara.

- Trouxa! - responde Kiske, ainda sorrindo.

Weikath retribui o sorriso, embora torto e de má-vontade. 

Os cinco amigos continuam a sua caminhada até chegar à entrada de uma caverna escura. Os cinco se entreolham e, por fim, Kiske diz:

- Parece que esse é o lugar.

Os garotos adentram a caverna sombria, tomando cuidado para não fazer muito barulho. 

- Acha mesmo que Kai está aqui? - perguntou Markus.

- Segundo o mapa da floresta, o centro dela é bem aqui, nesta caverna. - responde Ingo.

Os meninos estavam adentrando cada vez mais na escuridão da caverna, até que começam a ouvir o som de vozes.

- Ouviram isso? - pergunta Weikath.

- Estamos perto! - respondeu Kiske.

E seguiram em direção às trevas.


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