Halloween escrita por Junior Roux
– Eu sou o escolhido, a ruína está em minhas mãos! - Kiske não fazia ideia do que estava dizendo, era como se tivesse sido ligado no automático.
Estava tudo claro, não conseguia enxergar nada à sua frente. Foi então que ouviu uma voz de trovão, e não era de Samhain.
– Agora faça sua escolha redimido ou escravizado!
Então ouve-se outra voz, desta vez mais estridente.
– Eu lhe mostrarei paixão e glória!
A primeira voz responde.
– Ele é a cobra!
Então uma terceira voz se pronuncia.
– Eu lhe darei poder e abundância!
E a primeira voz responde novamente.
– Ele é o corruptor do homem!
Kiske, ainda no automático, grita:
– Salve-me daquele que é maligno! Me dê a força para continuar! Eu lutarei por toda a humanidade, livertação e paz de espírito!
Samhain se desespera.
– NÃO PODE SER! NÃO PODE SER ELE! NÃO É POSSÍVEL, É JOVEM DEMAIS!
Kiske libera uma energia luminosa maior que a rajada de Samhain e é lançada em direção a ele e aos seus capangas ghouls.
– NÃO PODE SEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEER!
A energia de Kiske atravessa a rajada de Samhain e dilacera tudo o que há em seu caminho, destruindo Samhain e seus capangas ghouls, transformando-os em poeira. Kiske cai no chão e a iluminação da caverna volta ao normal. Quando ele se dá conta, já amanheceu.
– Michi!
Kai consegue se desamarrar sozinho e vai ao encontro de seu amigo.
– Michi, você está bem? Michi, por favor, reage! Michi!
– Ahhhhhhh... Kai? Você está a salvo? - pergunta Kiske, completamente exausto.
– Estou sim, graças a você, meu amigo! Obrigado por tudo! - diz Kai, abraçando Kiske, com lágrimas nos olhos. - E obrigado a todos vocês também! - se virando para os seus companheiros.
Ingo ajuda Kiske a se levantar.
– Como você está, Michael?
– Me sinto um pouco fraco, mas acho que vou sobreviver.
– É, você realmente mostrou pra aquele espírito quem é que manda, cara! - parabeniza Markus.
– Bom trabalho... amigo! - diz Weikath, apertando a mão de Kiske.
– Obrigado, Weikath! - responde Kiske, surpreso, porém contente.
– CARA... ISSO FOI DEMAIS! - berra Tobi, quase subindo pelas paredes.
– Mas pelo amor de Deus, eu não acredito que esse tampinha não foi embora ainda! - solta Markus, levando a mão à testa.
Os seis amigos vão caminhando até a entrada da caverna.
– Mas já é de manhã? Não comemos nada a noite inteira e aqui estamos nós! Sãos e salvos, isso é incrível! - contempla Kiske.
– Michi, como foi que você conseguiu derrotar o Samhain? E que papo foi aquele de guardião? - pergunta Kai, confuso.
– Eu não entendi nada, Kai, eu não estava sob o controle da minha mente, eu simplesmente falei tudo aquilo e o derrotei. Só me lembro que ele disse que eu era jovem demais para ser "Ele". - Kiske respondeu, fechando a cara, pensativo.
– Quem, o guardião? - pergunta Ingo.
– Talvez. Ele comentou de um exército de guerreiros pra lutar contra as trevas e coisas do tipo, mas eu não sei por que eu seria um deles. Talvez estejamos destinados a algo muito maior do que vencer o espírito do Halloween... - conclui Kiske, vislumbrando o horizonte da entrada da caverna.
– É, talvez quando estivermos mais velhos! - concordou Ingo.
– Bem, amigos, eu acho que eu vou embora. Preciso encontrar os meus pais e voltar pra Fulda! - disse Tobi.
– Mas já? Não vai ficar nem pra uma xícara de café? - pergunta Markus, risonho.
– É, eu preciso tirar essa fantasia, já passou o Dia das Bruxas e eu tenho muito o que contar quando chegar em casa. - responde Tobi, com um sorriso no rosto.
– Então se cuida, Tobias!
– Não me chame assim! - responde Tobi, apontando o dedo na cara de Markus com uma expressão mal-humorada.
– Ui, ele ficou nervosinho! - zomba Markus.
Todos riem alto.
– Até mais, Tobi, e boa sorte! - deseja Kiske.
– Tchau pessoal, foi um prazer! - responde Tobi, sumindo pela floresta.
– E agora, o que fazemos? Voltamos pra casa? - pergunta Kai.
– É, temos escola, não é? Não posso deixar que o Weikath chegue na minha frente na hora de convidar a Amanda Somerville para o próximo baile de inverno! - disse Kiske.
– Ahhh, mas é claro que eu vou chegar, eu adoro imigrantes americanas! - responde Weikath, com um sorriso malicioso.
– Não se eu puder evitar! - responde Kiske, desafiador.
–Tá legal, sem briga! - separa Ingo. - Por que não podemos ser amigos nós cinco, hein?
– Que seja, mas eu é que não vou perder mais nenhuma garota pra esse mala! - responde Weikath, seco.
– Isso é o que nós vamos ver! - responde Kiske, sorrindo.
Os cinco amigos retornam para suas casas sãos e salvos, porém eles mal sabem da jornada que os aguarda sete anos depois...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Bom, essa foi a minha primeira história, em breve postarei a sequência, que provavelmente será maior que essa e com muito mais elementos, porque essa foi meio curtinha! XD