Sombra havia chegado á pouco tempo, e pela sua expressão, estava muito feliz com algo.

Sombra – A última peça para meu maravilhoso invento finalmente chegou! Agora que minha arma está completa, posso em fim dar continuidade ao meu maravilhoso plano! Muhahahaha!

Eles observavam tudo atentamente nos dutos de ar. Tentando descobrir o que estava acontecendo.

Magali – Quem é esse?

Cascão – Não faço à mínima ideia, mas tenho certeza de que ele é o vilão dessa história toda.

Julio – Como pode ter tanta certeza?

Cascão – Não se ligaram na roupa e na risada maléfica? Se ele não é um vilão, pastor de ovelhas é que não é.

Bruna – Pessoal, olhem!

Bruna apontou em direção onde seus pais estavam presos.

Diana – São eles.

Pedro – Mamãe...

Eles olhavam seus pais atentamente, não havia nenhuma marca de que foram violentados ou algo parecido, mas os olhos de Magali estavam um pouco vermelhos, provavelmente havia chorado. Julio não agüentou ver aquela cena, se enfureceu de imediato.

Julio – Vamos! O que estamos esperando? Não podemos ficar aqui parados!

Mônica – Julio espera, sei que a situação esta difícil, mas sem um plano não vamos conseguir fazer nada mesmo.

Pedro – Ela tem razão, já viu quantos soldados tem nesse lugar?

Cebola – E se...

Diana – Cebola? Esta pensando no mesmo que eu?

Cebola – Acho que sim.

Diana e Cebola – Uma distração!

Todos – Que?

Diana – É o único jeito, Sabrina junto com mutante, Magali, Cascão, Cebola e Mônica. Vocês poderiam causar uma confusão lá fora.

Cebola – E isso vai distrair os soldados e até mesmo esse cara esquisito ai em baixo, e então Diana, Pedro, Bruna e Julio poderão ter a chance de solta-los.

Sabrina – Genial. Mas como faremos para ‘distraí-los’?

Cascão – Isso a gente dá um jeito, vamos pessoal.

Cebola – Lembrem-se! Só entrem lá quando a sala estiver vazia.

Julio – Certo.

Eles saíram dos dutos de ar o mais rápido possível até chegar do lado de fora novamente. Enquanto isso...

Cientista – Quase pronto chefe, mais alguns minutos e a arma estará completa.

Sombra – Claro... Mal posso esperar pela minha vingança!

Mônica – Ô da capa preta!

Sombra se virou para os prisioneiros, mais precisamente para a pessoa que havia lhe chamado atenção.

Sombra – Está falando comigo?

Mônica – Sim! Isso que você está fazendo não faz sentido! Não fizemos nada com você.

Sombra – Eu já disse isso é pelo meu pai!

Mônica – Seu pai teve o que mereceu, aliás, ele está preso á muito tempo.

Sombra – Sei disso, e é por essa razão que eu estou culpando vocês por tudo, por que vocês o colocaram e o deixaram mofando lá para sempre.

Cebola – Lá é o lugar dele! Onde não pode fazer mal a ninguém.

Sombra – Não estou nem ai!

Cascão – É verdade, você não se toca? Seu pai não merece ser protegido por ninguém. Ele quase matou todo mundo!

Sombra – Se vocês não tivessem se intrometido, tudo sairia como o esperado. E agora a policia esta atrás de mim também, mas por outras coisas que eu fiz, com vocês fora do meu caminho vou finalmente conseguir revê-lo depois de tanto tempo.

Magali – Espera um pouco... Você é muito mais novo que a gente, e seu pai esta preso já fazem... Essa não.

Mônica – O que foi Maga?

Sombra – Sim, você descobriu. Quando meu pai foi derrotado e levado pra prisão eu tinha apenas três anos.

Cebola – Peraí... Então você nunca chegou a conhecer-lo, e ainda quer se vingar por uma pessoa que você nem conhece?

Sombra – Posso não ter conhecido ele pessoalmente, mas minha mãe falava muito dele e dos seus planos, foi por causa dele que me tornei o que sou hoje.

Cascão – Ainda não entendi onde a gente entra nessa história...

Sombra – Todos esses anos sem vê-lo, todos esses anos sem um pai ao seu lado pra te ajudar nos momentos difíceis, eu tive apenas minha mãe a minha vida toda. Nenhum de vocês sabe o quão é doloroso viver sem um pai ao seu lado! E é por isso que estou prestes a acabar com a vida das pessoas que acabaram com a minha!

...

Do lado de fora...

Cascão – Você só pode estar de zoeira!

Cebola – Tem um plano melhor?

Cascão – É claro que não, mas fazer isso é burrice.

Magali – Cascão, nós temos que chamar muita atenção de qualquer jeito.

Mônica – E, além disso, você ta com as botas que o Franja inventou com elas você pode fugir de qualquer coisa.

Cascão – Que mané fugir o que, acha que sou medroso?

Mutante – Bem...

Sabrina – Mutante, não precisa responder.

Cebola – E então? Todos de acordo?

Cascão – É né... Fazer o que.

Cebola – Todos para as suas posições e esperem o sinal da Sabrina.

Todos se esconderam. Sabrina montou em Mutante e eles levantaram voo. Cebola se escondeu em um canto. Cascão numa arvore. Mônica perto de Magali. Na entrada do local, alguns soldados estavam fazendo ronda.

Ted – E aí cara, o que vamos fazer depois que isso tudo acabar?

Bob – Sei lá, acho que vou dar uma passada no bar pra relaxar um pouco.

Ted – Bob me explica uma coisa, como o chefe descobriu que você quase bateu naquele cara?

Bob – A sala onde ele estava preso tinha câmeras de segurança, na hora eu havia me esquecido disso.

Ted – Caramba. E ainda levou mó surra dele! Hahaha!

Bob – Cala a boca! Ele só me pegou desprevenido.

Ted – Haha, To sabendo e...

De repente Ted viu algo estranho no ar.

Ted – Hei Bob. O que é aquilo?

Bob – Hã? Ah, é só um pássaro.

Ted – Tem certeza? Ele me parece meio grande e... Acho que ta vindo pra cá.

Bob – Deixa de besteira, é só um pássaro burro, agora é melhor você volta pro seu posto e...

POW!

Bob – Ahh! O que foi isso?!

De repente uma bomba de gás verde toma o lugar (Efeito especial caseiro da Sabrina...).

Bob – Rápido! Todos os soldados! Á seus postos!

Os soldados se prepararam para o pássaro, já estavam prontos para atirar, mas antes de fazerem algo, outro gás acerta alguns homens, e dessa vez não foi a Sabrina.

Bob – De onde veio isso?

Ted – Não sei! Mas acho que foi...

Antes mesmo de Ted terminar a fresa, caiu desmaiado no chão.

Bob – Ted?! Mas o que...?

Mônica – Atacar!

Mônica atirou mais uma flecha com gás, Cebola apagava os soldados com tranqüilizantes e Cascão corria feito louco dando golpes nos soldados que mal podiam vê-lo.

Bob – Alerta vermelho! É uma invasão! Chamem todos os soldados!

...

Cientista – Pronto chefe, a máquina esta pronta.

Sombra – Finalmente! Agora se me permitem eu vou...

POW!

Sombra – Mas que barulho infernal é esse?

De repente um soldado entra na sala.

Soldado – Senhor! Estamos sendo atacados!

Sombra – O que? Não pode ser! Venham! Vamos acabar com isso.

Cientista – M-mas senhor, e os prisioneiros?

Sombra – Eles não vão á lugar nenhum, agora vamos!

Todos os soldados e o Sombra saíram da sala, finalmente os quatro conseguiram a chance que queriam. Um a um foram descendo com uma corda que Bruna havia consigo.

Diana – Mãe! Pai!

Mônica – Diana? Julio?

Cebola – O que vocês estão fazendo aqui?

Julio – Salvando vocês.

Cascão – Bruna?! Como você chegou aqui?

Bruna – O Franja ajudou a gente.

Magali – Pedro! Você tem que sair daqui! Esse lugar é muito perigoso!

Pedro – Não sem você, Julio como vamos solta-los?

Julio – Acho que é mexendo nesses controles.

Diana – Então vai logo antes que...

De repetente eles ouvem um barulho da porta se abrindo.

Sombra – Ora, ora, ora... Mas o que temos aqui?