Bring Me To Life escrita por GabiCullenRock


Capítulo 2
Capítulo 1 - Do ruim, pro péssimo


Notas iniciais do capítulo

Apesar de não ter tido muitos reviews, resolvi postar o cap. 1, mas isso não vai acontecer sempre. Peço aos leitores que não comentam para que passem a fazer comentar, pois reviews fazem muito bem para o autor e é rápido. E eu gostaria de agradecer aos que comentaram. Esse cap. é dedicado a vcs!



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Capítulo 1


Pov. Bella


Alguns dias atrás

O despertador tocou. Ouvi Ângela se espreguiçando na parte de cima do beliche. Gemi resignada e me levantei. Seria mais um dia como qualquer outro, eu iria pra escola, debochariam de mim o dia inteiro e depois eu voltava pra esse orfanato e me humilhariam mais um pouco. É claro que na escola era bem pior. Tinha o Edward e seus amigos imbecis que eram os mais cruéis comigo.

Arrumei-me rapidamente pra escola, vestindo as calças que ficavam folgadas em mim e o moletom que era quase o dobro do meu tamanho.

-Vamos? – perguntou Ângela sorridente, tentando parecer animada. Ela sabia quando eu me sentia mal por ter que ir para a escola ser humilhada e sempre tentava levantar o meu astral.

-Sim, quem sabe hoje a gente consiga uma mesa na hora do almoço? – falei, tentando parecer animada também.

-É! – ela concordou enlaçando o braço em volta do meu e saltitando e me levando junto.

-Calma, Ângela! – falei rindo e fomos pegar o ônibus escolar.

Entramos e é claro que nenhum dos nossos colegas nos deixou sentar ao lado deles. Ou seja, tivemos que ficar de pé. Mas isso não foi diferente. Era sempre assim e nós já estávamos acostumadas. Ficamos conversando e ignorando os comentários maldosos às nossas costas.

Logo chegamos à escola e saímos do ônibus. Mal entramos no prédio da escola e começaram os murmúrios. Isso não era nada. Eram só os alunos falando da gente, como sempre.

-Bella, vamos ali no banheiro? – pediu Ângela.

Fomos até o banheiro e eu fiquei do lado de fora, na porta esperando a Ângela. Estava murmurando alguma música até que vi meu pior pesadelo a menos de 6 metros de mim. Edward Cullen.

Os cabelos acobreados e bagunçados pra todos os lados, ele nunca penteava. Na verdade eu acho que ele passava a mão de propósito só para bagunçar. Os olhos verdes brilhavam com malícia na minha direção, senti minhas pernas tremerem. Eu não tinha medo de nenhum dos alunos e até ignorava os comentários dos outros, mas de Edward e de seus amigos – que agora estavam chegando cada vez mais perto – eu tinha medo. Eles tinham olhares malignos e foram eles que começaram a mexer comigo logo na minha primeira semana de aula aqui. Desde criança Edward era um menino amargurado e maldoso e sempre implicava comigo e me maltratava.

-Ora, vejamos quem está aqui! – ele começou a falar. – A Travesti. Agora me veio uma dúvida! Qual banheiro você devia usar? O masculino ou o feminino?

Os amigos dele gargalharam como retardados. Eu não falei nada.

-Estou falando com você, Swan! – ele disse, ácido. Nem olhei pra cara dele, o ignorando totalmente.

-Você é surda? É burra? Não me ignore, quando eu falar com você, Swan – ele disse apertando meu braço com força e me sacudindo. Doeu bastante e não consegui conter um gemido dor. Ele abriu um sorriso maldoso.

-Isso mesmo. Agora já sabe o que acontece quando me ignora – ele apertou ainda mais forte e depois me soltou. – Agora eu quero a resposta. Qual banheiro uma Travesti que nem você deve usar?

Levantei o olhar pra ele com relutância e vi seus olhos brilhando de malícia. Como alguém podia ser tão mal? Como ele ficava tão feliz por ferir os outros?

-Eu devo usar o banheiro feminino, pois sou uma menina – respondi com os dentes trincados. De repente uma raiva que eu nunca senti me invadiu e eu acrescentei – Você é cego? Ou burro?

Só ouvi o estalo da mão dele na minha cara e senti a ardência invadir o lado esquerdo do meu rosto. Ele usou tanta força no tapa que eu ia cair pra trás, mas ele me segurou apertando meu braço com brutalidade e sussurrando no meu ouvido:

-Dá próxima vez que me responder nesse tom vai ser bem pior Swan! Vai saber o que é dor – então ele me soltou com um empurrão me derrubando no chão e saiu. Eu sentia as lágrimas quentes escorrendo por meu rosto que ardia pelo tapa. Edward nunca tinha me agredido, era a primeira vez. Eu tinha que admitir que não esperava por isso. Agora a escola inteira me olhava, a maioria ria debochada, mas tinham uns que estavam com olhar de medo. Ninguém nunca tinha visto o Edward tão agressivo, muito menos com uma mulher.

Eu sempre soube que ele era ruim que gostava de agredir os outros, mas eu sempre achei que era só humilhação e nunca a violência física. Agora eu estava com medo de verdade. Ele tinha mudado. Estava piorando.

-Bella o que houve? – ouvi a voz de Ângela no meu ouvido. Ela me abraçou e nós saímos da escola. – Por que está chorando?

-O-o Ed-Edward... ele... – eu soluçava e Ângela não estava entendendo nada.

-O que aquele monstro te fez dessa vez, Bella?

-Eu, eu respondi pra ele. Eu estava com raiva e... então ele me bateu. Me deu um tapa na cara e me derrubou no chão.

-Aquele infeliz não pode fazer isso! Temos que denunciar! Ele não pode te bater! – dizia Ângela indignada. Ela simplesmente não suportava ver Edward me humilhar todos os dias.

-Deixa pra lá, Ângela. Ele só fez isso pra eu aprender a não enfrenta-lo.

-O quê, Bella? E você aceita assim, de bom grado? Ele mandar em você – Ângela perguntou, atônita.

Dei de ombros, eu só não queria mais humilhação. Não adiantava nada brigar. O lado mais fraco sempre sai perdendo.

-Eu só não quero mais problemas. Vamos pra aula.

-Nada disso, Bella. Você não está em condições de ir pra aula. Vamos ficar aqui até você se acalmar um pouco. Depois do primeiro período a gente vai pra aula.

Ângela me abraçou e eu chorei. Sentia-me humilhada e machucada. Edward agora tinha tomado coragem para me bater, talvez agora não parasse mais. Ele passou de uma pessoa ruim, pra uma pessoa péssima. Mesmo pensando nisso eu me senti bem. Eu tinha uma amiga de verdade que sempre ficava do meu lado, acontecesse o que acontecesse. E eu sabia que o Edward não tinha nada disso. Ele era rico, mas não tinha o que mais importava. O amor e a amizade. A verdade é que ele era um pobre coitado e não merecia o meu medo e nem as minhas lágrimas.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Me digam com reviews! Me deem sugestões, mandem criticas construtivas e talz. Mas comentem!
Até o próximo cap. que eu espero que seja em breve! depende de vcs!
bjs