Life Is Unexpected escrita por WaalPomps


Capítulo 18
Anjo da guarda


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeei, sinto-me abandonada mimi'
Então galera, cada vez mais reta final hein? Tanto aqui como em Glee... Triste isso! Mas espero que vocês gostem. Esse capítulo foi realmente INTENSO para escrever! Até lá embaixo!



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Jesse St. James P.O.V

A rua estava deserta. Nenhum carro sequer passava e os poucos cachorros que latiam, se silenciavam quando eu passava. Dei a volta na casa e ali estava Sirius, ganindo pela falta da dona. Acariciei sua cabeça e abri a porta da varanda. A casa estava vazia, ninguém a usava a mais de duas semanas.

Subi as escadas e vi o quarto de minha filha vazio, a maioria das roupas e brinquedos faltando. Os dois quartos ao lado não tinham nada, além de camas e armários vazios. Então entrei no último.

As malas estavam no canto e a porta do banheiro aberta. Entrei e a vi ali, deitada na banheira, adormecida. Sentei-me ao seu lado, fora da água e acariciei seu rosto. Seus olhos se abriram lentamente, mas logo se arregalaram.

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_ Oi estrela... – eu sussurrei, e ela começou a chorar, tocando minha mão.

_ Como? – perguntou num fio de voz – Eu morri? Me afoguei na banheira? É isso?

_ Não meu amor... – disse, sorrindo – Eu apenas vim para lhe dizer que você está fazendo um bom trabalho. E para pedir sua ajuda.

_ Minha ajuda? – perguntou, a voz baixa, ainda sem acreditar.

_ Sim... Sabe pequena, não posso explicar, mas você pode entender. Todos nós temos uma missão, todos nós temos uma alma gêmea. E infelizmente, nós não somos um do outro. Mas nosso encontro foi necessário, para que pudemos encontrar as nossas. – disse, acariciando seus cabelos – Não posso falar muito mais sobre isso, mas posso dizer que minha hora de voltar está chegando. E eu escolhi voltar perto de você, da nossa filha. Voltar como alguém que poderia ajudá-la, cuidar dela... Voltar como seu futuro melhor amigo, como seu primo, como Leo Evans.

_ Você vai voltar no filho da Santana? – perguntou ela surpresa.

_ Sim... – eu respondi – Por isso preciso da sua ajuda. Eu preciso que você acorde e corra buscar a Quinn. Então peguem a OH-65. Houve um acidente com o carro de Sam e Santana, e ela está em perigo. Eu estou em perigo. O resgate já está lá, mas vocês precisam ir para lá. Rápido.

Ela estava atordoada, então me levantei. Beijei-lhe a testa e sussurrei: Siga em frente, por mim e pela Bella. Seja feliz, e assim eu também o serei, como Leo. E eu te amo Rachel, para sempre.

Eu sai, ouvindo ela respirar alto, chorando. Abri a janela do quarto e o vento me abraçou. Quando voltei, estava na estrada. As ambulâncias e carros policiais fechavam a rua. O motorista de caminhão me era conhecido... Foi ele quem acabou com a minha vida. Bêbado, novamente. Rosnei, sabendo para quem aquela alma trabalhava, mas guardei para mim... Existem forças no mundo que não se deve mexer.

Os bombeiros trabalhavam habilmente e logo, Sam fora retirado. Seus olhos estavam abertos e ele falava, desesperado.

_ A minha esposa... Ela tá grávida. Tira ela daí, tira ela! – os paramédicos tentavam examiná-lo, mas ele não parava, dando socos e pontapés. Por fim desistiram de acalmá-lo e se concentraram no carro.

A pancada fora do lado do passageiro, e Santana estava bem presa entre as ferragens. Havia vários homens, macaco-hidráulico, serras... Os paramédicos mandaram um rádio, pedindo um helicóptero. Extrema urgência. Grávida em estado grave. Dez minutos se passaram até que um carro chegou cantando pneus.

_ SAM! – gritou Quinn, descendo do carro junto de Rachel, Puck, Finn e Anabella.

_ Quinn, a Sant... – ele chorava e ela o abraçou. Puck e Finn correram até os bombeiros e Rachel ficou abraçada a nossa filha, que chorava em meio a tudo aquilo.

_ Tudo bem... Vai ficar tudo bem. – eu sussurrei no ouvido delas. Bella olhou em volta confusa, sorrindo, enquanto Rachel a apertava mais forte. Bem naquele momento, conseguiram soltar Santana.

_ Sem pulso ou respiração. Hipóxica, sem oxigênio no sangue. – o paramédico resmungava. Aparentava ter uns 25 anos e não deveria estar trabalhando há muito tempo. O helicóptero chegou e prenderam-na a maca, subindo logo em seguida. E eu fui junto, deixando para trás Sam aos berros.

O rapaz tremia enquanto tentava se lembrar o que fazer. Não deveriam ter colocado um paramédico experiente nesse caso? Forcei a barra do permitido e entrei em seu corpo. Ele estremeceu, mas logo me pus a trabalhar. Nunca fora paramédico em vida, mas quem disse que aqui do outro lado isso importava?

Pisquei a lanterna em suas pupilas: estavam negras e embaçadas. Coloquei os eletrodos e liguei o monitor. Nada.

_ Manda um rádio para o hospital. Sem pulso ou respiração! – gritei com a voz do paramédico e o piloto mandou o radio.

Apanhei o kit de entubação e deslizei a haste de aço curvado do laringoscópio para dentro de sua boca encharcada de sangue. Afastei sua língua e busquei a entrada da traquéia, entre as cordas vocais. Apertei o instrumento e deslizei o tubo por sua garganta. Inflei o manguito, apertei a bolsa de ambu e comecei a ventilar.

Liguei o monitor fetal a ela e vi que os sinais de Leo estavam terrivelmente baixos, quase em zero. Era hora de um milagre. Apanhei o desfibrilador e rasguei a blusa dela, deixando o sutiã e a barriga a mostra. Dei a carga de 250 joules. Nada.

Fiz um torniquete em seu braço, encontrei a veia e coloquei uma intravenosa, injetando uma dose de epinefrina. Apertei o desfibrilador em 300 joules. O corpo dela convulsionou, uma cena particularmente horripilante levando em conta a avançada gravidez. Um coração fraco teria desmaiado ou se desmanchado em lágrimas, de tão deprimente.

Fiz a massagem cardíaca e carreguei a 320 joules. Era a última chance. Dei a descarga, o corpo convulsionou e o monitor cardíaco deu sinal. Ela ainda estava desacordada, mas os sinais cardíacos haviam voltado. Continuei a ventilá-la, com o piloto gritando que estávamos próximos ao hospital. 

O monitor fetal continuava a mostrar o risco que meu novo corpo corria, mas a menos que eu fizesse o parto dela ali no helicóptero, não havia o que fazer. Então me concentrei em mantê-la viva e respirando.

Pousamos com um solavanco, e logo os médicos experientes do hospital estava puxando a maca de Santana. Sai do corpo do jovem paramédico, que vomitou e desmaiou, sendo amparado por uma enfermeira.

Atravessei os corredores até a sala de cirurgia, onde a roupa dela já havia sido toda cortada e ela estava sendo coberta com panos, enquanto o anestesista lhe aplicava diversas coisas e os monitores apitavam furiosamente. Outra parada cardíaca.

_ Dr. Priscott, o marido da moça chegou e está em choque atrás de noticias dela. – gritou uma enfermeira e sai da sala, descendo até o PS, onde Sam era atendido. Ele gritava e logo lhe deram um ‘sossega-leão’ e ele apagou.

Fui até a sala de espera e ali estava Quinn aninhada a Puck. Finn estava no celular, no mínimo avisando aos outros e Rachel estava cantarolando para Anabella, que chorava. Me abaixei sobre um joelho ao lado delas e acariciei seus rostos.

_ Eu vou sempre cuidar de você minha princesinha... Serei sempre seu protetor, jamais deixarei nada de ruim lhe acontecer. – sussurrei próximo ao ouvido de minha filha, que estremeceu e para Rachel – Seja feliz minha estrela Berry... Seja feliz.

Eu vi as lágrimas escorrendo de seus olhos e um sorriso brotar, enquanto ela sussurrava “Obrigado”. Ela não entendia como, mas podia me ouvir como se fosse um sussurro no vento. E é o que sou. Fui até Finn e lhe pus a mão no ombro.

_ Cuide bem delas, como sempre cuidou. E sejam felizes, deixem que a felicidade de vocês chegue. – disse, e ele encarou-a ternamente – Suas almas já estiveram longe por tempo de mais.

_ Continue cuidando de Bella e cuide de Leo e de todos os que vierem com o mesmo amor e afinco. – pedi a Quinn – E faça-a feliz Puck. Logo, vocês terão seu anjinho apressado.

_ Cuide e proteja Santana e a mim, e seja feliz. – disse a Sam, apagado em sua maca, antes de subir novamente a sala de operações.

Os médicos trabalhavam febrilmente em Santana, com bolsas de sangue, soro e aparelhos sendo requisitados o tempo todo. E ali estava ela, ao lado da mesa. Os cabelos loiros caiam em ondas perfeitas até o meio de suas costas, emoldurando o rosto de olhos bem azuis.

_ Ally... – eu disse e ela sorriu, me beijando.

_ Está quase na hora... – disse ela.

_ Estaremos separados de novo. – eu sussurrei.

_ Por pouco tempo meu amor. – disse ela – Ambos cumprimos nosso papel desse lado, para podermos voltar novamente. Você deu Anabella a Rachel, para que Finn pudesse voltar a vida dela. E eu entrei na vida de Finn, para que Rachel pudesse se dar conta de que o amava. E agora, eles poderão voltar a se unir e eu voltarei a esse mundo, para ficarmos juntos uma vez mais.

_ Eu te amo Jarine, Maria, July, Lin, Ally, Catherine. – eu disse, segurando suas mãos.

_ Eu te amo Nathan, Carlos, Scoot, Yin, Jesse, Leo. – disse ela – Agora vá em paz. Logo estaremos juntos.

Os médicos cortavam as ultimas camadas e colocavam a mão para puxar Leo. Olhei-a uma ultima vez, rezando para que na nova vida, ela fosse linda como agora. Então, disse não adeus, mas até logo.


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Notas finais do capítulo

Viram? Quem se arrependeu de odiar a Ally? HUAHUAHUAHUAHUA Bejinhos ;@