Quinn P.O.V

Paris é linda. Maravilhosa. Perfeita. Um tesão. Esse último é um adjetivo para cena a minha frente. Puck de cueca, encostado ao parapeito, tendo a Torre Eiffel de fundo. Eu estava guardando nossas roupas, enquanto ele se secava do banho.

Vamos aos fatos: em quatro meses de namoro ainda não transamos. Santana me acha louca, porque em duas semanas já tinha ido pra cama com o Sam. Mas eu não sou assim. Ah não, eu acho que isso tem que ser feito da maneira certa.

Hoje é 31 de dezembro. Partimos dos EUA dia 27, mas nossas conexões atrasaram por nevascas, e por fim chegamos aqui dia 30 a noite, e já caímos na cama. Agora, vamos sair jantar e a meia noite, veremos os fogos de nosso quarto.

Entrei no banheiro e tomei um longo banho quente, nervosa pelo que eu faria a seguir. Nenhum homem jamais havia me visto nua, desde meu pai quando eu tinha oito anos. E se ele me achasse defeituosa?

Mas não era hora de pensar nisso. Fiz tudo que precisava, e sai do chuveiro, me sequei e me enrolei precariamente com a toalha branca. Quando sai, ele estava sentado na cama, lendo um livro surrado, que logo foi esquecido.

Caminhei até a frente do guarda roupa, abrindo-o e deixando a toalha deslizar por meu corpo até o chão. Pelo espelho podia ver sua expressão, totalmente embasbacada e sorri. Me vesti lentamente, com ele mantendo os olhos em mim e pedi que ele fechasse o zíper do vestido.

Foi preciso alguns minutos até ele conseguir se levantar e mais alguns para ele subir o zíper, de tanto que suas mãos tremiam.  Eu sorri, lhe dando um selinho e fui ao banheiro, prender meu cabelo. Quando sai, ele já estava parcialmente recomposto.

Jantamos no andar mais alto da Torre Eiffel, mas não aquelas coisas frescas, e sim, o bom e velho frango parmeggiana.  Quando faltava uma hora pra virada do ano, começamos nosso caminho curto, porém cheio de obstáculos de volta ao hotel. As pessoas já enchiam as ruas, e logo, seria impossível se mover, mesmo a pé.

Quando chegamos a recepção, percebi o nervosismo de Noah. Ele mordia o lábio inferior, enquanto subia e descia nos calcanhares. Quando chegamos ao nosso andar, ele parecia a ponto de explodir. Saiu correndo do elevador e abriu a porta, parando e me olhando.

Eu entrei no quarto esperando qualquer coisa, menos o que eu vi. Nosso quarto havia sido transformado e eu mal podia reconhecê-lo. As paredes tinham grandes ampliações de nossas fotos e o chão e o colchão estavam cobertos de pétalas de rosas diversas. Velas estavam acesas e pela janela, eu via a Torre Eiffel brilhando em cores. Ele caminhou até o som, e ligou. Two is Better Than One.

A porta atrás de mim estava fechada, e eu dei graças a Deus por não ter que perder meu tempo fechando-a. Podia ser que minha coragem se fosse. Ele caminhou até mim lentamente e abriu o zíper do meu vestido. O resto é história.

Não sei como dizer, mas sei que não é como diziam os livros de romance que eu lia. Era simplesmente uma mistura de tudo aquilo. Em um deles, a heroína dizia que ela vira fogos de artifício quando aconteceu. Tal foi minha surpresa quando eu realmente vi, mas era os fogos preenchendo o céu de Paris a meia noite, enquanto Noah... Oh Deus.

Quando acabou, eu sentia meu rosto queimando de vergonha, e não conseguia nem ao menos olhar Puck nos olhos.

_ Hey... – chamou ele e eu o olhei – Que foi? Você se arrependeu? É isso?

_ Não! – eu disse, com a voz esganiçada – Nenhum um pouco. Eu amei. É só que... – eu corei mais ainda e ele riu – Para seu idiota.

Ele me beijou carinhosamente e se levantou, indo até o banheiro. Eu fiquei o olhando, enquanto ouvia-o ligar a banheira. Ele demorou alguns minutos para desliga-la e quando o fez, voltou para a cama e me pegou nos braços, indo até a banheira comigo.

Eu tenho a sensação de que esse será um ótimo ano...