Capítulo Trinta e Oito.

Já se faziam três dias que eu não recebia noticias do Zayn, desde aquela mensagem ele parou completamente de me responder. Eu continuo ainda mandando mensagens para ele voltar, mas nada. Ele não me responde, não me liga. Acho que se ele me desse um Oi pelo menos já acabaria com essa angustia. Eu não tinha vontade de sair, nem de comer. Só comia porque o Niall me forçava, caso ao contrário eu passaria o dia inteiro na cama.
Hoje depois da escola, eu tive a inútil ideia de ir na casa dele falar com seus pais, mas não tive coragem e agora eu estou aqui em frente esperando a coragem chegar para eu bater na porta. Eu tenho certeza que eles vão bater a porta na minha cara, aliás... seu filho foi embora e eu estava envolvida no assunto. E eles já não gostavam de mim mesmo, imagina agora.
Já está de noite e tudo está apagado lá dentro, presumo que eles não estejam em casa, mas logo vi uma luz se acender e parece que aquela luz me fez querer ir lá. Então eu fui e bati na porta. Escutei alguns passos se aproximando e começaram a mexer na maçaneta tentando abri-la.

- No que eu posso... – a mãe dele abriu e me olhou. – Vai embora.

- Por favor... – impedi que ela fechasse a porta.

- Você não é bem vinda aqui. – ela ainda falava tentando fechar a porta, mas eu não ia deixar.

- Eu só quero saber onde ele está. – falei fazendo um pouco mais de força.

- Pra que? – ela falou furiosa e parou de empurrar a porta. – Pra fazer ele sofrer mais?

- Olha, eu não sei o que está acontecendo, não sei de nada. Nem sei porque ele foi embora. – falei tudo muito rápido, sem respirar.

- Por sua causa. – ela falou. – Por sua causa. – repetiu e eu fiquei olhando sem entender.  – Agora vá embora.  – Ela rapidamente fechou a porta e eu não consegui ser rápida o suficiente.

- Por favor... – bati na porta uma vez. – Só me diga se ele está bem. -  Ninguém falou nada. – Só isso..

- Ele está bem. – ela respondeu. – E vai ficar melhor se ele continuar lá.

Parei de tentar tirar mais alguma coisa dela e me virei para trás. Me sentei em um dos degraus que  tinham ali e apoiei meus braços na perna e minha cabeça em minhas mãos, e lágrimas começaram a sair. Em questão de segundos meus soluços soava altos e eu tinha certeza que qualquer um poderia ouvir. Ouvi a maçaneta se mexendo novamente mas não fiz questão de olhar, e continuei chorando. A porta se abriu e alguém me observava.

- Você gosta mesmo dele não é? – A voz dela parecia calma e sem raiva dessa vez. AGORA QUE ELA PERCEBEU ISSO?

- Sim. – Falei soluçando e balançando a cabeça positivamente.  Ela se sentou ao meu lado e com um pouco de medo e receio ela colocou sua mão em minha cabeça e desceu por meus cabelos. Eu olhei para ela de canto com os olhos vermelhos e ela me encarava.

- Você não vai desistir não é mesmo? – Quando ela disse isso, eu não consegui aguentar, eu deitei em seu peito e comecei a chorar mais e mais, eu não estava me importando se ela me odiava ou não, eu só estava precisando de um colo, de um ombro pra chorar.

- Entrem vocês duas. – a voz do pai dele  surgiu na porta. – Acho que ela merece alguma explicação. – Ele olhou pra a mãe de Zayn, que demorou um pouco para aceitar isso, eu olhei para ela com a mais cara de piedade que eu poderia fazer naquele momento.

- Está bem. – ela suspirou fundo. – Vamos entrar.


Louis POV.

Eu estava completamente afastado do grupo nessas ultima semanas, a única pessoas que eu via era Lucy e isso só acontecia porque ela era minha namorada e mesmo assim eu há via pouco. Hoje nós combinamos de sair, comer alguma coisa, não sei... um programinha a dois.  

- Você está linda! – Disse quando há vi descer as escadas de sua casa.

- Respeito com a minha irmã Louis. – Disse Liam surgindo da cozinha, ele estava ali? Nem pra falar com os amigos.

- Ele não me faltou com respeito Liam, ele só me elogiou, normal de namorado e você sempre faz isso com a Mel. – falou Lucy e me deu um beijo.

- Não foi isso que o olho dele me passou. – ele me deu um tapa na cabeça e eu revidei.

- Vamos logo. – ela me puxou para a porta. – senão vocês dois vão ficar de briguinha. – Saímos de sua casa e começamos a andar.

- Que irmão ciumento o seu.

- É, irmãos... – ela sorriu.  – Onde vamos?

- Estamos sem rumo hoje. – sorri. – Vamos andando e quando quisermos parar, dai a gente escolhe um lugar.

- Tudo bem então. – ela sorriu

- Mas me conte as novidades. – falei. – Eu não estou sabendo de nada. – ela assentiu e começou a falar, desde o dia que eu não tinha mais saído com eles para nada, ou seja, desde o dia em que a Emi e a Giulia se mudaram. Se faz tempo? Imagina...  Quando nos demos por conta já estavamos bem longe de casa e em um praça qualquer  e ela ainda continuava falando.

- ....E a parte triste que ainda não falei e que o Zayn foi embora , e a Emi está muito triste e... – eu a interrompi.

- O ZAYN FOI EMBORA? – ela se assustou. – ENTÃO QUER DIZER QUE A EMI... – parei de falar percebendo a burrada que eu tinha feito. Eu não quis dizer com essa intenção.

- Sim Louis, a Emi está solteira. – ela falou brava e se soltou de mim

- Lucy, eu não quis dizer com essa intenção. – eu fui atrás dela que andava para o sentindo errado. – Eu só assustei, porque eu não sabia de nada disso e eles eram tão apaixonados.

- Eu sabia que isso iria acontecer. – ela parou e se virou para mim olhando em meus olhos e com os seus molhados já querendo chorar.

- Isso o que Lucy? – coloquei minha mão em seu rosto e ela tirou com um pouco de brutalidade.

- Sabia que se a Emily estivesse sozinha você iria me largar. – ela olhou para baixo. – Vai lá, corre para os braços dela, é o que você sempre quis. Ela deve estar precisando de um apoio mesmo, porque você não se aproveita disso? – ela disse brava e voltou a andar, eu a segurei pelo braço.

- Você está fora de si. – falei. – Eu nunca vou te deixar. É você que eu amo, como pode duvidar disto?

- Você sempre quis ela. – ela falou baixo.

- Mas agora eu só quero você.

- Como pode ter tanta certeza?

- Porque desde aquele beijo na casa dela eu senti que foi especial, senti que era diferente. E quando eu fiz aquilo com a Emi, eu percebi o quão idiota eu fui. E não via que tinha uma pessoa na minha cara que poderia me fazer muito mais feliz do que ela poderia. E foi então que eu resolvi te enxergar e cair na real. E é por isso que eu estou com você, porque você me faz feliz e quando estou com você, eu não sou o Louis engraçado, idiota que todos conhece, eu sou só o Louis, aquele bobão que sorri com um sorriso seu, que se derrete com o jeito que você me olha, que faz eu sentir borboletas no meu estômago toda vez que você se aproxima mais, todas vez que você me abraça. E quando você me beija eu sinto que eu não sou desse mundo, que eu vou para outro planeta.  E eu sinto necessidade de te fazer feliz também. Eu sei que não tenho sido muito presente, um namorado que sempre está por perto, mas eu tento. Eu tento ir te ver sempre. Porque eu te amo Lucy, eu te amo demais. – ela continuou de cabeça baixa e percebi que ela estava chorando. – Por que você está chorando? – Ela então se virou para mim.

- Isso é sério? – ela me olhou. – tudo o que você acabou de me dizer?

- Sim, bobinha. – eu sorri pra ela. – É você quem eu amo. É você quem eu quero por perto. Esquece a Emily, ela é passado. – Ela deu um sorriso meigo para mim e então se aproximou e me deu um abraço.

- Eu também te amo Louis, eu não faço nem ideia do quanto. E eu sinto tudo isso por você também. -  ela encostou seu nariz com o meu e me deu um sorriso e logo depois me beijou.