Capitulo dez.

O jantar tinha ocorrido tudo certo, nós conversamos e como sempre ficamos sem graça e eu irritada quando minha mãe tocou no assunto de namoro.

- Vocês são tão lindos juntos. – falava com um sorriso no rosto. – Eu e seus pais Nick temos a mesma opinião. Por que vocês não namoram? Percam a vergonha. – Rídicula, quando ela ia entender que eu não gostava do Nick? Minha mãe era capaz de tudo para que eu ficasse junto com ele, até... me obrigar.

Bom, depois das ceninhas ridícula de minha mãe e depois que Nick foi embora estávamos sentados eu, meu irmão e meus pais na sala, olhei para Niall e ele assentiu para eu começar a falar.

- Papai, mamãe!

- Sim filha. – disseram em uníssono.

-Vocês conhecem a família dos Malik? – fechei os olhos com receio do que iriam dizer.

- NUNCA MAIS REPITA ESSE NOME NA MINHA FRENTE VOCÊ ESTÁ OUVINDO EMILY HORAN? – meu Pai gritou, eu não tinha entendido nada, olhei para Niall assustada que me retribuiu com o mesmo olhar.

- Mais por quê? O que tem essa família?

- Filha, eles são inimigos desde.... sempre da nossa! Você não deve mencionar esse nome NUNCA aqui dentro. – disse minha mãe mais calma que meu pai.

- Mas... isso é passado, não é mais assim! – eu disse tentando fazer que eles mudassem de ideia.

- NÃO, NÃO É PASSADO, ISSO É PRESENTE, É FUTURO E SEMPRE VAI SER, VOCÊ QUE NÃO SE ATREVA A FALAR COM ALGUM DELES, VOCÊ ESTÁ ME ENTENDENDO?  SE VOCÊ FIZER ISSO, EU SOU CAPAZ DE FAZER ALGO QUE EU NÃO QUERO. – Meu pai ia dizendo isso e lagrimas começaram a escorrer pelo meu rosto. Ele se levantou e minha mãe foi atrás, escutei eles brigando e cada vez mais ia chorando, Niall se sentou do meu lado e me abraçou.

- Niall, por quê? O que tem demais nisso? – eu estava chorando muito.

- Vem Emi, vou te levar pro quarto. – Ele me levantou e eu abraçada com ele fui subindo as escadas e entrei no quarto e fui direto para a cama. – Não chore Emi, talvez... papai só se irritou. Quem sabe.. amanhã ele esteja mais calmo e converse com você.

- Ele nunca falou comigo daquele jeito Niall! Acho que não tem outro jeito mesmo, o que eu farei? – eu não conseguia parar de chorar.

- Eu não sei Emi, mas nós vamos dar um jeito. – ele acariciava meus cabelos. – Converse amanhã com Zayn.- eu assenti. – Agora tente dormir, eu vou ficar aqui com você.

Então eu com a roupa mesmo que estava no corpo fiquei ali abraçada com meu irmão e acabei adormecendo.

Niall POV.

Eu nunca tinha visto papai se alterar daquele jeito com Emily, ele nunca levantou a voz para ela, ele a tratava como uma menininha, uma boneca e nunca teve coragem de falar mais alto quando se direcionava a ela. Eu realmente me assustei com a maneira que ele se alterou, eu já tinha ouvido eles falarem da família de Zayn, mas isso era quase em nunca, e não me lembro, eu era muito pequeno, e talvez por isso Emi também não se lembre.
Emily estava gostando muito de Zayn, e se ela falasse para nossos pais, não sei o que aconteceria, e por isso ela chorava muito. Eu odiava a ver assim, era doloroso para mim, Emi sempre foi tão divertida e nos fazia rir, vê-la chorando era estranho, isso nunca acontecia e se acontecesse era para ficar preocupado mesmo.
Resolvi ficar ao seu lado até ela dormir, não demorou muito para isso acontecer, mas como ela adormeceu deitada em mim, não quis sair dali para não acorda-la e acabei dormindo ali mesmo. 
Acordei e ainda era de madrugada, ela tinha se mexido e já dava para eu voltar ao meu quarto. Levantei-me bem devagar e quando ia saindo ela acordou.

- Não vai não, fica aqui comigo. – disse ainda sonolenta.

Voltei e deite-me ao seu lado novamente e adormeci de novo, só fomos acordar quando seu despertador tocou.

Zayn POV

Deixei Emi em sua casa, estava ansioso, ela iria falar para seus pais sobre nós. E quando ela viesse falar comigo amanhã iria pedi-la em namoro, agora sim ia ser sério. O menino que eu tinha visto com ela naquele dia só era a pessoa com quem a mãe dela estava querendo que Emily namorasse, eu não gostei muito disso, mas Emily me garantiu que não existe nada entre os dois além de amizade e que era comigo que ela queria estar, mas mesmo assim tinha que vê-lo como uma ameaça, não ia entregar Emily de mãos beijadas.
Estava deitado em minha cama e pensei que ela iria me ligar contando, mas já estava tarde e nada, acho que ela queria me contar amanhã. Tudo bem que tudo de horrível se passou em minha cabeça, como “Os pais dela não gostaram e ela está de castigo e proibida de nunca mais me ver e foi transferida para outra escola.” Mas resolvi dormir, tudo ia dar certo, eu estava pensando positivo, e mesmo que não desse eu não desistiria dela NUNCA na minha vida. Apesar do pouco tempo, eu já podia dizer que a amava, sim eu a amava e largaria tudo por ela. Ela causava esse efeito em mim. Dei mais uma olhada no celular, já era duas da manhã e nada dela me ligar, resolvi esperar até amanhã mesmo e então em poucos minutos eu adormeci.

Meu despertador tocou, e não pensei duas vezes em levantar, me arrumei muito rápido e  desci para ir para escola, só que minha mãe insistiu que eu tomasse café. Ela fez aquela cara de preocupação e eu não conseguia dizer não para minha mãe. Então me sentei e comecei a comer desesperadamente. Estava quase acabando quando a campainha toca, minha mãe foi atender.

- Oi, quem gostaria? – Ouvi minha mãe dizer com uma voz de surpresa ao abrir a porta.

- Eu poderia falar com Zayn? – Era a voz de Emi, me assustei e antes mesmo de minha mãe me chamar eu já estava na porta.

- Emily? O que faz aqui? – falei assustado. – Pode voltar a mesa mãe, obrigada! Eu falo com ela.  – Minha mãe assentiu e saiu dali. – Quer entrar? – a convidei.

- Não precisa, vamos para algum lugar? – ela puxou minha mão e eu fui seguindo ela, seu rosto estava inchado como se tivesse chorado a noite inteira.  – Aqui está bom. – Não estávamos muito longe de casa.

- Por que essa cara? – Eu acho que já tinha percebido o que era, mas não queria aceitar. Ela me olhou e imediatamente me abraçou muito forte e lagrimas começaram a cair de seus lindos olhos. – Amor, não gosto de te ver assim, olha pra mim! – Eu a coloquei de frente a mim delicadamente segurando em seus ombros e seus olhos agora já estavam vermelhos.

- Zayn... – ela parou. – Meus ... pais....

- O que eles falaram? – eu gelei. – Pode falar, eu aguento.

- Na verdade, eu nem cheguei a citar seu nome. – ela começou a chorar novamente, como aquilo era doloroso para mim, eu só queria vê-la sorrindo. – Eu primeiramente perguntei para eles sobre sua família... – ela parou de novo.

- Fala Emi... – insisti olhando eu seus olhos vermelhos que não paravam de chorar. Vi que ela não queria dizer, então a abracei. – Pode falar, independente da resposta, eu sei que é você que eu amo, e eu não vou desistir tão fácil de você.

- Meus pais começaram a gritar comigo, falaram que eu não podia citar o nome de sua família em nossa casa, e se eles soubessem que eu estou falando com algum de vocês, eles faria coisas que eu nem consigo imaginar. – Ela disse aos prantos chorando sem parar. Eu não consegui dizer nada, como assim?

- Me explica isso direito. – falei e estava paralisado. – Mas antes.. tente se acalmar, venha aqui! – puxei ela para debaixo de uma árvore, ela me olhou e eu selei nossa boca com um selinho tentando acalmar, até que ajudei um pouco.

- Bom... – ela deu um suspiro de alivio. - Quando eu perguntei para eles, meu pai surtou, e disse que vocês eram inimigos, tipo rivais da nossa família, mas não quiseram explicar o porque.

- Rivais? Não estou entendendo, meu pais nunca falaram nada sobre isso! – Olhei para ela. – Já ouvi meus pais falarem de sua família, mas não lembro se era bom ou ruim.

- Por favor, tente se lembrar. – ela disse enxugando as lagrimas.

- Vou me lembrar meu amor, nem que eu precise falar com meus pais. – passei meu polegar em baixo de seus olhos para lhe ajudar.

- NÃO! – ela meio que gritou e eu olhei assustado. – Não fale com seus pais sobre mim, quer dizer... não fale de família que eu sou, eu tenho que ter um lugar para te ver, e se isso for verdade, seria bom que seus pais não soubessem quem realmente eu sou.

- Tudo bem, não vou falar! – assenti. – Mas eu vou tentar descobrir alguma coisa.