Angel Being Pampered [Hiato] escrita por biazacha


Capítulo 21
Expectativa e Impotência


Notas iniciais do capítulo

Hey people!
Vish, faz exatamente três semanas que não dou as caras por aqui..... bom, aqui vão os motivos lindos:
1- Falta de inspiração total. Não me culpem!
2- A faculdade lindamente me soterrando de trabalho!
3- O wi-fi daqui de casa resolveu que era um momento legal pra pifar!
Enfim, tá osso entrar na net até pra fazer minhas pesquisas, tenho que ir até a casa do meu pai e talz - e é lógico que tive de estabelecer prioridades né?
Tô de volta, mas não faço ideia de com qual periodicidade vou postar caps.... mas não pirem que não desisti de ABO não! Esse cap era pra ser bem legal, mas tô tão estressada que ficou uma caca, mas é melhor do que sei lá, uma mès sem nada né? Eu acho que é. XD
Boa leitura serzinhos~~



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As paredes cinzentas e até mesmo com um aspecto decadente eram tristes e monótonas, talvez por esta razão a maioria das pessoas focasse o olhar na figura encostada de modo despreocupado nelas. Ou talvez fosse por conta de seus cabelos espetados e muito vivos... mas provavelmente o fato de ser o sucessor dos Bookmen contasse um pouco para chamar a atenção.

Pois querendo ou não, as pessoas nunca sabiam no quê exatamente Lavi estava pensando.

Na verdade ele fugia dos treinos, onde o General Winter e o velho Panda criavam a maior confusão por motivos pra lá de discutíveis; se lembrava com um pingo de nostalgia quando seu mentor não provocava um psicótico com uma serra gigante, e sim roubava o prendedor de cabelo de Yu, despertando sua fúria quase demoníaca.

Pensar no trio era desconfortável e ao mesmo tempo inevitável; sua ausência se fazia sentir num Komui cada vez mais abatido, numa Divisão de Ciências sem café ou albino derrubando coisas, num Chefe Bak insuportavelmente carente, em um Timothy entediado, numa Miranda ainda mais depressiva e solitário, num Tiedoll choroso, num centro de treinamento livre do chão forrado de vítimas inconscientes do samurai ou num refeitório sem baderna, briga ou guerra de comida com o sobá alheio.

Ele em especial não podia se deixar flagrar mal com a situação deles, pois um Bookmen não se envolve nunca, apenas observa o desenrolar dos fatos e os documenta com total precisão e fidelidade.

Por essa razão, o velho Bookman vetou qualquer possibilidade de ambos irem nessa missão; eles deviam se ater a sua própria época e deixar que seus sucessores fizessem o trabalho deles no séc. XXI. Não traria nada de bom ambos terem contato com o que poderia estar por vir, já que isso acabaria por influenciar o modo como eles tratavam seu próprio presente.

Jamais verbalizaria isso, mas era uma tortura, dia após dia, ficar a espera de notícias deles – e estas, quando chegavam, eram sempre escassas e muito preocupantes. Lavi odiava mais do que conseguia por em palavras simplesmente ficar sem saber de algo; mais do que uma curiosidade voraz ou talvez uma certa queda por fofocas, isso era uma característica sua de nascença e cravada na alma, parte essencial do seu ser e muito além de sua personalidade.

Em seu íntimo, se contentava com a desculpa de que os sentimentos complexos que devastavam seu interior se deviam ao fato de os três partilharem de uma faixa etária similar a sua – logo, teoricamente, ele deveria sentir a falta deles de modo mais intenso do que com a saída de um General em missão ou algo assim.

-Está tudo bem com você, Lavi? – perguntou Miranda gentilmente, provavelmente pela milésima vez naquele dia.

-Já disse que sim! – murmurou ele cansado, se esquecendo por um instante de com quem falava.

-A-ah, me desculpe! Eu estou incomodando não estou? Eu não tenho a mínima noção, não tem o porquê quererem uma inútil como eu por aqui! Para me redimir eu... e-eu vou me matar! – disse ela, se dependurando na janela mais próxima.

-Miranda nãããão! – berraram o Bookman e o Encarregado Reever, agarrando a mulher pelos calcanhares antes que fosse tarde.

-Me deixem! Me deixem morrer! Eu tenho que me desculpar com o Laaavi! – berrava ela com quase o corpo todo dependurado do lado de fora, rapidamente atraindo a atenção de todos os funcionários da Ordem que passavam por ali.

-Não Miranda, está tudo bem! Já se desculpou comigo! – argumentou ele, dando-se conta da gravidade da situação.

-Não dê ouvidos ao que esse jovem imbecil diz Miranda – disse Bookman, segurando parte dela a muito custo – não precisa se desculpar por nada.

-É, isso mesmo! – concordou o caolho – você não precisa se.... ei! Quem você chamou de imbecil, seu Panda velho e maquiado??!

Passando para Marie a tarefa de dividir o peso da mulher com o cientista, ele deu uma voadora letal no sucessor. E o mesmo caiu totalmente desacordado.

...

-Não acha que foi duro demais com ele? – perguntou Marie gentilmente; ambos estavam na enfermaria na seguinte configuração: Bookman sentado ao lado de um Lavi ligado ao soro e o exorcista cego entre a cama dele e a de uma Miranda sedada para o seu próprio bem.

-Ele tem que aprender a se conter – disse o menor, sério e seco – imagine o que seria de nós, Bookmen, com um sucessor tão espalhafatoso como ele??! Seu dever não é incitar parte da história a cometer suicídio e sim documentar. – Marie suspirou; não concordava com muita coisa envolvida na profissão dos amigos, mas aceitava suas escolhas.

O resto do dia se passou calmo, ou melhor dizendo, tão cinzento e desanimador quanto todos os outros desde o começo da tão criticada missão no futuro; os finders já haviam se conformado com o que julgavam a morte certa dos camaradas e os apóstolos, símbolos de esperança e da luz no meio dessa guerra, precisavam de cada vez mais força para não sucumbir a esse pensamento que criava raízes em seus corações.

Na Divisão de Ciências, pressionados pelo inspetor Lvellie até a última gota de sangue e suor, nenhum dos gênios reclamava da carga extra absurda, pelo contrário – se lançavam a ela com vontade, impulsionados pela tristeza que seu Supervisor trazia nos olhos ao se lembrar da irmãzinha que jurou proteger, agora em constante perigo e fora de seu alcance.

-Hey Johnny, venha dar uma olhada nisso! – disse um deles, e uma aglomeração se empilhou em torno da mesa, todos ansiosos para o que poderia ser uma novidade positiva.

Diante deles, havia uma série de cálculos e gráficos no mínimo complexos para uma pessoa normal, mas que foram analisados pelos companheiros em questão de segundos. O silêncio era completo, nenhum deles capaz de esboçar uma reação para o que estava concluído naqueles estudos, cruciais a nível de serem encarados como documentos e não rascunhos apressados.

-A-alguém.... chame o Encarregado Reever e o Supervisor! – berrou o pequeno míope, despertando a todos e transformando o lugar no caos.

...

Quando o ruivo acordou, não havia ninguém na enfermaria – imaginou, sem hesitar, que talvez estivessem todos no refeitório. O QG inteiro parecia fadado a se unir por qualquer motivo bobo desde que a situação dos amigos em outro século ficou realmente crítica.

Andando nos corredores, pôde captar aqui e ali grupinhos cochichando ansiosos. Antes que se desse conta, lá estava ele no meio de um, com um sorriso simpático e um brilho letalmente curioso no único olho visível.

-E aí gente, qual a novidade? – os dois homens se entreolharam hesitantes e por fim um se pronunciou:

-Bom, como o senhor Bookman estava lá também, acho que não há problemas de contar ao seu sucessor.... – ele olhou pro amigo em busca de uma confirmação de suas palavras.

-Claro que não. – incentivou o ruivo, cada vez mais ansioso.

-Olha, se quer saber o que está acontecendo, sugiro que vá até a Divisão de Ciências – disse o outro – e se eles te deixarem ver, aí tudo bem.

-Bom, farei isso. Obrigada. – disse e, se segurando para não correr, foi em direção à fonte do que aparentava ser algo interessante.

Chegando lá, se deparou com uma multidão que se acotovelava nas portas e esticava o pescoço para ver o que acontecia lá dentro; percebeu chocado, que desde a cozinha até a tesouraria, mas da metade dos funcionários do QG da Ordem devia estar ali.

-Oi, exorcista passando, me deem licença! – berrou dando umas cutucadas nos outros, impaciente e curioso demais para tentar ser gentil.

Praticamente se lançando na bancada exageradamente cheia de papéis onde todos estavam, foi recebido por um Bookman irritado com os modos do pupilo; uma General Cloud bem séria, mas indiferente a presença do garoto e um Komui concentrado, cercado de uma dúzia de seus mais hábeis subordinados.

Conseguia reconhecer outros rostos e exorcistas, mas estes se mantinham encostados em outras mesas, pensativos e até mesmo meio preocupados. Sem controlar as próprias reações, sentiu seu estômago afundar com a ansiedade e a aflição para com os amigos no futuro.

-Ei Panda, qual o problema? – cochichou para seu mestre.

-Eles encontraram o que pode ser a salvação para os exorcistas no século XXI. – murmurou o outro, sem tirar os olhos das informações a sua frente.

-Mas não vejo nada que justifique esse clima pesado, pelo contrário. – rebateu o outro; o velho o encarou de modo cúmplice.

-Com os estudos, surgiu uma questão que até então eles preferiam ignorar. – disse ele – Ou seja, o que ocorreu com a Ordem nesses séculos? Onde estão os outros exorcistas, finders, pesquisadores e até mesmo qualquer sinal dos Bookmen? A Igreja da época simplesmente não sabia dizer do que se tratava quando foi sondada.

-Mas o foco não é resgatar os outros e a tal Innocence? – questionou ele, não dando força ao frio na espinha que sentiu quando o Bookman se perguntou sobre o destino dos que herdaram a missão que hoje é de ambos.

-Para Lvellie, a Innocence até é importante, mas um exorcista dificilmente é um foco – Bookman era astuto o suficiente para dizer tudo bem baixo e com poucos movimentos labiais.

-E o que nós faremos velho?

-Observaremos. – disso o outro simplesmente – E ficaremos a postos, pois a qualquer instante eles podem abrir um canal que interligue um tempo ao outro.

-O quê?! Agora nós vamos ao futuro? – ele não escondeu a surpresa, mas tratou de enterrar o alívio e a felicidade com a notícia.

-Sim, pois agora as circunstâncias são outras.

Ele aquiesceu e voltou sua atenção para as estratégias e teorias. Eles iriam e ajudariam seus amigos, descobririam a verdade por trás desses séculos obscuros e, se possível, trariam consigo uma Innocence capaz de ajudar a aniquilar o Conde.


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Notas finais do capítulo

E a galera da Ordem entra na contagem regressiva pra dar as caras de fato na fic! Agora eu vou indo porque tenho que fazer mil e um desenhos! (i_i)
Super Nani (minha fã mega diva e linda), espero que fique contente agora, sei que ama o caolho e talz!
Pra quem também acompanha Under, vou ver se consigo atualizar até o fds ok?
Beijos!! (*--*)//



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