Angel Being Pampered [Hiato] escrita por biazacha


Capítulo 19
No Jardim do Príncipe


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!
Fiquei contente com o modo como reagiram com o fato de Allen ter se separado dos outros; acho que não ficou muito claro mas Kanda e Lena também não se vêem como antes... tentei deixar isso mais claro.
Se preparem, pois os próximos caps serão uma maré de notícias ruins... sorry.
Aliás, seja bem-vinda Lis Pinheiro! Prometo que te ligo se quiser torturar alguém... ah, e Inner Forces, valeu por ter dado uma passada na minha outra fic!
Enfim, boa leitura amores!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/211629/chapter/19

-Tem certeza de que é uma boa ideia?

-Lena, você realmente vai perguntar isso de novo?

-Mas ele sozinho corre perigo!

-Devia ter expressado sua preocupação antes de decidirmos, senhorita Lee. – opinou um finder.

-Alguém tinha alguma dúvida de que era perigoso??! – berrou ela, agora sim realmente tendo uma crise.

-Tsc. – respondeu o amigo.

Mas a verdade era que Kanda também achava a ideia absurda; era frio demais para se permitir se importar, mas achava o plano uma loucura e tinha lá suas dúvidas de que o platinado voltaria inteiro desse final de semana. Ou vivo.

Porém, gostando ou não, ambos tinham de se conformar com uma verdade: o garoto já partiu para Okinawa e não havia mais como voltar.

Comeram um lanche leve em silêncio; ela com sinais de lágrimas no rosto, ele bem mais mal-humorado que o usual e os finders com expressões apreensivas, pois se algo acontecesse a uma Innocence promissora como a Crown Clown eles iriam queimar no mármore do inferno, vulgo Divisão de Ciências.

Em vinte minutos, partiriam para a casa de Suou Tamaki para uma varredura; depois de vistoriar a residência principal duas vezes (em menos de um mês após a primeira, eles ressurgiram aos montes sob a sombra do Diretor do Ouran e sua mãe), era a hora de dar um jeito na mansão do filho.

Sendo alguém com um histórico como o dele - uma criança que cresceu sem pai e com uma mãe doente, além de tê-la abandonado para garantir que os Suou bancassem seus tratamentos e ser distratado pela avó sempre que se vem – seus empregados foram todos escolhidos a dedo de lugares do país inteiro. Por conta disso, as chances de um akuma passar despercebido ali eram menores, mas eles adiavam demais aquela visita.

No dia anterior, provavelmente os funcionários iriam aproveitar o fim de semana de folga, então eles deviam agir rapidamente, antes do fim do expediente.

Lenalee já havia pego um caderno emprestado do loiro mais cedo, justamente para ter uma desculpa. Como não podiam contar com o olho amaldiçoado de Allen dessa vez, teriam de fazer da maneira mais complicada: permanecer ali o máximo de tempo possível e sondar a todos em busca de uma atitude suspeita.

Era realmente complicado.

No caminho a menina se sentiu estranha, pois suas pernas formigavam. Respirou fundo para tentar afastar o nervosismo, mas os membros inferiores não a obedeciam.

Desceram sem trocar uma palavra, embora ambos sustentassem semblantes estranhos; o carro se foi para alguma rua lateral. Tentando disfarçar seu estado, a menina tomou a iniciativa e tocou o interfone.

-Residência de Suou Tamaki. – disse uma voz polida e feminina.

-Oi, sou uma colega de classe dele, queria devolver o caderno com as anotações de matemática que está comigo. – respondeu a exorcista.

-Lamento informa-la, mas Tamaki-sama não se encontra nesse momento. – disse a vozinha.

-Sim, estou a par de sua viagem a Okinawa; sou cliente regular do Host Clube. – continuou ela, incerta se essa era uma informação que a ajudava em algo.

-Ah! Além de colega de classe é cliente de Tamaki-sama? – disse a voz, subitamente animada – Pois bem, aguarde um momento sim?

-Tudo bem, muito obrigada. – até a menina parecia mais feliz.

Nos dois minutos que se passaram, a menina se agitou de um lado para o outro sem sair do lugar e fazendo sua saia curta balançar de modo gracioso; o garoto a olhava de canto de olho, completamente abismado por vê-la se comportar como uma garotinha mimada e impaciente, logo após se identificar como uma cliente regular de Suou. “Cliente”... essa palavra não soava aceitável para o samurai de modo algum, embora soubesse que ela fazia parte do cotidiano de seus dois companheiros na missão.

Ele não conseguia deixar de pensar que com todo o treino, preparo e conhecimentos que tinham, podiam ter escolhido algo mais normal assim como ele. Mal esperava pra ver a reação do Komui quando souber em detalhes exatamente onde Allen se enfiou levando ela junto e o modo como ela suspirava pelo filho do Diretor junto com um bando de riquinhas irritantes.

Pelo menos para gravar esses momentos Timcampy servia; foi despertado de seus pensamentos maldosos quando a porta se abriu e uma empregada sorridente surgiu.

-Olá! Você que é a amiga de Tamaki-sama??!

-Sim; sou Lenalee e este é meu irmão, Kanda. – disse ela, apontando o outro.

-Desculpe o incômodo. – disse ele, o mais formal que pôde e observando a reação que atualmente mais a irritava: a mulher rapidamente se encantou por ele e sua expressão sugeria que ela estava mergulhada em devaneios e fantasias envolvendo sua pessoa. As meninas que cercavam o moyashi e andavam com a Lenalee faziam isso sempre que o viam.

-Porque não entram um pouco? – disse ela, com os olhos cravados nele.

“Pronto.” Pensou ele, completamente dividido entre o desânimo e a irritação.

-Claro. – disse a menina, tomando à dianteira e puxando-o junto.

Enquanto caminhavam no vistoso jardim rumo a casa em si, ele começou a olhar disfarçadamente a lista de empregados de lá, salva no seu golem. Teve de agradecer mentalmente ao fato de não confiar nos outros facilmente, pois ela não estava lá. Mais suspeito que isso, impossível.

Era um akuma.

Sacando sua Mugen, ele se colocou em posição de combate e bradou:

-Lena, se afasta! – ambas olharam em sua direção assustadas, a menina se empalideceu e a outra abriu um sorriso disforme.

-Percebeu só agora tolinho? Tarde demais! – seu corpo cresceu e ganhou uma série de pelos arroxeados, vários olhos vermelhos e brilhantes brotaram, assim como pernas extras, finas e compridas.

Um nível dois que mais lembrava uma aranha estava diante dos dois, com um sorriso de escárnio em seu rosto medonho. Ambos recuaram e ela acionou as Dark Boots receosa, pois estava com um péssimo pressentimento.

O monstro atacou primeiro, saltando na direção de ambos; Kanda se preparou para fatia-lo em dois, mas o golpe de espada foi interrompido por uma força invisível. Mas o pior veio a seguir: por mais que ele puxasse, ela continuava presa a... nada. A “empregada” riu deles.

-Isso exorcistas, mexam-se como as moscas que são, direto para as minhas teias!

-Teias? – sussurrou a menina, não vendo nada prendendo a arma do amigo.

-Isso mesmo – o tom do akuma era cruel – desafio vocês a encostarem em mim antes que eu acabe com vocês! HAHAHAHAHAHAHA!

Depois disso ele fez um barulho nojento de sucção, como se sugasse o ar, cuspindo logo em seguida um jato de líquido esverdeado. Os dois exorcistas desviaram com dificuldade do golpe que veio rápido e acabaram imobilizados pelas teias transparentes.

-Tsc! – ele estava irado com a situação, pois estava preso em um canto e a Mugen a uns oito metros de distância – Lena, tenta se soltar!

-Ok. – disse a menina decidida, pois já havia percebido que a luta dependeria dela.

Mas algo estava terrivelmente errado: sua Innocence estava acionada, mas não obedecia seus comandos. Quando ela forçou as botas para tentar se soltar, sentiu uma dor terrível, como se suas pernas do joelho para baixo estivessem em chamas – com um grito de dor, tentou de todas as forças parar suas Dark Boots, mas viu horrorizada uma poça de sangue se formar em seu pés, levando sua disposição junto.

Impotente, Kanda observou a amiga perder os sentidos, ficando pendurada pelas sinistras teias que ninguém via e com o sangue saindo se seu corpo.

-Lena! – berrou ele, pela primeira vez em muito tempo sentindo uma pontada de pânico – Lenalee responde!

-HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! Será que ela é tão frágil assim? Mal sentiu o cheiro do meu ácido e já ficou neste estado?! É isso um exorcista? Isso que os outros akumas tanto temem? HAHAHAHAHAHAHA!

“Ele nunca tinha visto um exorcista?” notou ele surpreso.

Mas o samurai nunca teve a chance de perguntar ou ouvir a resposta: como já passavam das seis da tarde, as luzes do jardim estavam todas ligadas, o que permitiu que ele visse nitidamente as sombras se arrastando e agarrando o akuma a sua frente. Com um guincho de agonia, o monstro se dobrou de dor e então todas as teias ficaram visíveis: fios finos e pegajosos por todos os lados de modo desordenado e não numa rede como uma aranha normalmente faria.

“É a minha deixa!” percebeu o garoto e lançou-se para frente, sentindo o tecido e até mesmo sua própria pele deixando partes para trás; ignorou os braços e a nuca sangrando e latejando e pegou a Mugen, golpeando o akuma com toda a sua força e raiva.

Ele se foi, assim como as teias.

Se aproximando de Lena com cautela, Kanda soltou a espada e se deu conta de que suas mãos estavam completamente queimadas.

...

O silêncio reinava na mansão, pois todos estavam preocupados com o desempenho de dois exorcistas que lutavam há tantos anos contra um mero nível dois. Se não fosse a intervenção do compatível misterioso, eles teriam perdido ambos.

No monitor com a uma péssima recepção, Komui fitava os dois com um semblante pra lá de abatido; após análises e cálculos apressados, eles chegaram a uma descoberta terrível e ele, como o Supervisor, teria de dar a notícia.

-O que foi maninho? – perguntou ela; com a recente perda de grandes quantidades de sangue, além de fraca ela estava anêmica.

-Receio que tenha más notícias para vocês.

-Desembucha. – replicou Kanda; o chinês tirou os óculos e esfregou os olhos cansados.

-Vocês passaram tempo demais aí, mais de dois meses... a sincronização está começando a cair rapidamente, mas é impossível saber o quanto sem passarem pela Hev.

-O que quer dizer? – a menina estava em pânico, já que sabia a resposta e a temia.

-Quero dizer – disse ele com um semblante firme, mas com os olhos tristes – que se passarem mais tempo aí se tornarão caídos. Não conseguiremos trazer vocês para serem analisados por ela, mandar reforços ou substitutos por enquanto; aliás, não há previsão de quando poderemos tomar uma previdência. Eu sinto muito.

Ele abaixou a cabeça, mas não a tempo de evitar que seus subordinados – incluindo a própria irmãzinha – vissem o princípio de lágrimas nos olhos.

-Maninho... – começou ela, sentindo um aperto no peito.

-Não deixem de avisar Allen; aliás deixo claro desde já que desaprovei totalmente o plano de vocês de deixa-lo sozinho.

E então ele desligou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acharam que o Allen iria aparecer né?
Hehehehe, sou má, eu sei... enfim, aguardem o próximo!
Beijos!! (*--*)//



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Angel Being Pampered [Hiato]" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.