A Little Help escrita por giuguadagnini


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, como estão?
Este aqui veio rápido também, não é?
E isso é ótimo, tanto para mim quanto para vocês. Eu sempre fico feliz quando posto, então... vamos lá :DDD
Eu estou bem animada com esta fic, já tenho bastante ideias para os próximos capítulos, então acho que eles não vão demorar tanto a serem postados.
Enfim, obrigado pelos reviews, meninas. Eu namorei cada um deles, hahaha.
Não sei bem, mas acho que hoje eu não estou tão inspirada para escrever. Sei lá, parece que a escrita não estava fluindo, mas enfim, fiz o que pude. Espero que tenha ficado bom.
Usei duas músicas neste, e elas estarão nos parênteses, certo?
Bom, acho que é isso.
Boa leitura ;)



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[Animal – Neon Trees]

- Nott! Ah, desgraça, volta aqui! Me devolve isso! – Malfoy gritou, correndo atrás de mim pelo campus.

O motivo de eu estar fugindo dele era simples: assim que a aula de física acabou, eu roubei o caderno dele e saí correndo. Obviamente ele veio atrás de mim, feito um condenado, mas não antes de tropeçar em cima da Granger enquanto saía da sala de aula. E, acredite só... Ele pediu desculpas.

DRACO MALFOY PEDIU DESCULPAS. Pediu desculpas para uma Grifinória.

Eu não tinha mais dúvidas a respeito dos sentimentos dele. Estava mais do que óbvio que ele tinha uma queda ou, melhor dizendo, um precipício pela Granger.

A garota olhou bem para ele, que estava pedindo desculpa uma vez atrás da outra, e suas bochechas coraram. Ela o analisava com os olhos cerrados, mordendo os próprios lábios de tão tensa.

Malfoy, que a segurava pelos dois braços, logo a soltou. Granger ainda estava chocada e olhava para Draco como se ele fosse uma aberração. E eu não tiro a razão dela.

Não era comum vê-lo se desculpando, muito menos com ela. Ele sempre a importunou, retrucou todas as suas defesas e nunca, mas nunca mesmo pediu desculpa. Ele estava mais preocupado em vencer qualquer discussão que viesse a tona, e não se justificar por, sem querer, topar com ela enquanto saía pela porta.

Enquanto ele se atropelava nas próprias palavras na frente da Granger, eu abri seu caderno na última folha. E lá estava, o nome dela logo acima de um desenho que, pelo o que é mais sagrado, uma cópia exata de Hermione. Parecia até que ele havia tirado uma foto e depois passado com o lápis por cima.

“Oh meu Deus” – eu acabei exclamando, e Draco se virou para mim. Assim que seus olhos bateram no caderno, ele entrou em estado de pânico.

“Nott!” – ele gritou, deixando uma Hermione totalmente pasma ao lado dos armários dos alunos, enquanto vinha correndo, quase voando, atrás de mim.

Preparei meus pés para correr, fechei o caderno em minhas mãos e cruzei mais da metade do campus sendo perseguido por ele.

- Nott! Ah, desgraça, volta aqui! Me devolve isso!

- Eu não sabia que você gostava de desenhar, Draquinho!

- Cala essa sua boca, ou eu juro que te alcanço e quebro seus dentes!

Eu comecei a rir, imaginando a mim mesmo banguela. Isso foi o suficiente para acabar com meu fôlego, por isso acabei parando de correr.

Havíamos chegado às arquibancadas do campo de futebol. Me sentei por ali e devolvi o caderno para Draco, que sentou ao meu lado.

- Eu ia ficar uma graça sem os dentes da frente, não é? – abri minha boca em um sorriso forçado e ele soltou uma risada nasal.

- Para de falar merda, Nott – o loiro deu um sorriso de lado, abriu o caderno na última página e a arrancou.

Aos poucos, Hermione foi desaparecendo dentro do papel amassado. O que antes era uma página bem conservada e lisa, acabou virando uma bolinha triturada nas mãos de Draco.

- Por que você fez isso? – perguntei.

- Queima de provas – ele disse simplesmente.

- Era uma prova bonita. Não sabia que você desenhava.

- Não desenho – ele respondeu mais uma vez, fechando rapidamente os olhos ao olhar para o sol.

- Então como...? O que? Vai me dizer que você pagou alguém para desenhá-la para você?

- Mas é claro que não, seu tonto – ele bateu com o caderno na minha cabeça – Só estou dizendo que eu não tenho o hobbie de desenhar. Eu a fiz porque tive vontade, e não porque seria algo legal para preencher meu dia.

Eu fiquei o olhando, com um sorriso de “te peguei” na ponta dos lábios.

- Oh droga – ele acabou percebendo seu erro – Eu acabei de me entregar, não foi?

- Isso você fez já faz tempo, assim que começou a gaguejar desculpas para a Granger na porta da sala.

Draco sorriu, olhando para baixo.

- A festa da Pansy é nesse final de semana – murmurou ele.

- E daí?

- Com quem você vai?

Naquele momento eu me dei conta de que eu ainda não tinha convidado ninguém. Fechei meus olhos, dando um soco em mim mesmo mentalmente, e soltei um muxoxo.

- O que foi? – Draco quis saber.

- Eu... Caramba, eu esqueci completamente disso. Quem você vai levar?

- Astória – disse ele, pouco animado.

Certo, eu devia estar com um caso muito sério de amnésia. O motivo de tudo isso estar acontecendo era a aposta com Draco. Quem ficasse com Astória primeiro ficaria com o topo, mas... que topo?

Nesse momento eu me sentia tão idiota que seria capaz de dar uma surra em mim mesmo. Isso era totalmente ridículo, o fato de estarmos competindo por uma garota que nem ao menos temos verdadeiro interesse. Quero dizer... ok, eu não sei mais o que dizer.

- Por que você não convida a Granger, então?

Draco riu pelo nariz, balançando a cabeça negativamente.

- Ah, é. E o que mais? Depois de leva-la a festa posso trancar o semestre e construir uma fábrica de chocolates com a ajuda dos Oompa Loompas.

Esse era o problema dele: se preocupar demais com a opinião dos outros. Ele não convidaria Hermione apenas pelo fato de isso não ser esperado pelos outros. Algo que, na minha opinião, era um pouco patético.

Peguei a bolinha de papel com o desenho de Hermione que ele havia largado no banco abaixo do nosso e guardei no bolso.

- Menos, Draco. Muito menos.

(...)

[Pump Up Kicks – Tanner Patrick]

Liguei para Gina, mas ela não atendia. Por isso, fui até o prédio 4, onde ficava o dormitório das garotas da Grifinória.

Subi as escadas até o saguão e a vi sentada no sofá, com o controle da televisão na mão.

- Eu te liguei – fui entrando na sala comum com passos pequenos. Até agora, Gina não havia me olhado.

- Eu sei – ela respondeu simplesmente, não dirigindo nenhum mísero olhar para mim.

Ali, eu meio que me senti intimidado. Tudo bem, ela estava com raiva de mim, mas isso não era motivo para me ignorar totalmente. Bom, talvez fosse.

- O que está fazendo? – eu parei a uns dois passos do sofá.

Ela me olhou como se eu fosse um completo sem noção. Sinalizou com o controle remoto e apontou para a TV.

- Tudo bem, foi uma pergunta idiota – eu admiti, e ela apenas concordou com a cabeça.

Até agora, ela havia trocado apenas duas sílabas comigo: eu sei. E eu odiava isso. Eu me sentia um estranho para mim mesmo, se isso faz algum sentido.

- Certo, vou melhorar a pergunta – eu continuei – O que você está assistindo?

Gina se endireitou no sofá e finalmente me olhou. Nos seus olhos, eu podia ver a raiva borbulhando.

- Mulheres Assassinas – ela falou, me lançando aquele seu olhar fatal.

Engoli em seco. Seja lá que programa fosse esse, eu tinha certeza que não era algo bom.

- Já está acabando – ela apontou para a TV – Mas daqui a pouco começa Vizinhas Homicidas.

Certo, isso não podia ser um bom sinal, principalmente porque eu e Gina éramos praticamente vizinhos. Dei um passo para trás, e ela percebeu.

- O que você assistiu o dia todo? – perguntei.

- Bom, assisti bastante coisa. Comecei com Garotas Manipuladoras, depois Mentes Psicopatas, Elas Não Perdoam...

- E eram b-bons? – questionei, dando outro passo para trás.

- Ah, sim. Eu aprendi um monte de coisas.

Eu fiquei a encarando, e ela fazia o mesmo. Gina desligou a TV e sentou no braço do sofá, um pouco mais perto de mim.

- Você está com raiva de mim, não está? – perguntei.

- Ótima observação – ela bradou.

Gina estava fragilmente calma, o que me dava nos nervos. Ela não era assim, poxa!

- Ainda vai à festa com o Potter?

- Como assim, ainda? Mas é claro que vou – ela respondeu, e a frágil armadura de calma quebrou. – Por que eu não iria?

- Ué, nunca se sabe – eu levantei as mãos, mostrando rendição. – Ele é o Potter, oras!

- E o que você tem a ver com isso? – ela rebateu, irritada – Não vai chamar aquela sonsa da Astória?

- Ela vai com o Malfoy! – eu respondi e, só depois que a frase saiu da minha boca, eu percebi que havia gritado.

- Então chama a Hermione! – Gina sugeriu, também aos berros – Você não ficou agarrando a garota lá na aula de natação? Pois então! Convide-a!

- E por que isso te incomoda? – eu voltei a dar um passo para frente, ficando ainda mais perto da ruiva irada.

- Isso não me incomoda! – ela levantou do braço do sofá, ficando frente a frente comigo.

- É? Pois parece te irritar bastante.

- EU NÃO ESTOU IRRITADA! – ela gritou, me dando as costas.

Antes que ela pudesse seguir o rumo do corredor para os dormitórios, eu a peguei pelo pulso e fiz com que ela voltasse. Eu parei por um minuto, a estudando.

- Você está com ciúmes? – perguntei.

- Mas é claro que não! – ela deu um tapa no meu braço e puxou sua mão da minha.

Gina seguiu pelo corredor, irritada, abriu a porta do seu quarto e, um segundo depois, a fechou com um baque.

E eu fiquei ali parado, sozinho no saguão. Decidi ir embora, antes que fizesse algo imprudente. Desci as escadas com passos firmes, talvez até um pouco pesados demais.

Meu celular vibrou no bolso. O peguei e notei que era apenas o despertador. Ele avisava, junto com um zip irritante:

“Detenção com a Granger.” “Detenção com a Granger.” “Detenção com a Granger.”.

Ah, é. Havia esquecido totalmente disso. Tudo o que eu mais queria para melhorar o dia era passar as horas que me restavam limpando o ginásio.

“Então chama a Hermione! Você não ficou agarrando a garota lá na aula de natação?”

“Pois então! Convide-a!”

Corri até a quadra de basquete e, quando cheguei lá, vi que Granger já havia chegado.

- Onde você estava? – ela veio até mim, com uma expressão preocupada no rosto – Já se passaram quinze minutos do horário que Minerva havia estipulado...!

- Granger...

- Se Mcgonagall chega aqui e não vê você, Nott, você poderia ser suspenso e...

- Granger...

- E isso não seria nada bom! Fora o que fizemos, que foi totalmente errado. Eu nunca fiquei em detenção, e já não estou gostando...

- GRANGER!

Ela parou alarmada, com uma flanela laranja apertada entre os dedos.

- Quer ir à festa da Pansy comigo?


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Notas finais do capítulo

BOOOOOOM!
E a bomba estourou!
Esperem só pelo próximo, creio que já será a festa da Pansy ;))))))
Podem aguardar ansiosos, vou me empenhar bastante para escrevê-lo. Na minha cabeça, já estou vendo que vai ser demais, hahaha.
Me digam o que acharam, ok? Preciso ficar empolgada para postar mais rápido, e vocês sempre conseguem me empolgar com seus reviews.
Se der, posto amanhã, ou talvez sábado, certo?
Um beijão, Giu ♥