Antes que qualquer um de nós pudéssemos falar alguma coisa, Dona Elizabeth falou me tirando dos meus devaneios.

– Renée querida estou terminando de fazer o almoço, gostaria de me ajudar? – e lançou um olhar para minha mãe que para mim parecia ter algum significado.

– Adoraria querida! – e dizendo isso se dirigiu para o que eu acho ser a cozinha.

– Charlie gostaria de falar com você no meu escritório, vamos? – o senhor Anthony disse.

– Claro. – Charlie falou e eles simplesmente saíram da sala se dirigindo ao escritório.

O que?! Como assim?! Eles vão realmente me deixar aqui sozinha na companhia de Edward?! Não que eu reclame, afinal é o meu Edward – todo humano e nada de sobrenatural, mas continua sendo o meu Edward.

Irada, eu olhei para eles que nem perceberam e então me virei para Edward que me olhava como se estivesse me analisando e corei.

– Prazer sou Edward Masen. – falou se aproximando e beijando minha mão. Acabei corando mais ainda.

– Isabella Marie Swan. – falei parecendo um tomate.

Ele deu aquele sorriso torto que me tira o fôlego e apontou uma das poltronas para me sentar. Sentei-me e ele sentou na poltrona a minha frente, sempre com a postura ereta.

– Então senhorita, seus pais falaram que você recebeu uma proposta irrecusável para fazer um curso de música lírica, por isso esteve tanto tempo fora.

Música lírica?! Sério?! Bom... Mas já que ele tá falando que os meus pais que falaram isso, quem sou para desmentir?

– Ah sim, eu recebi a proposta.

– Oh, é muito raro receberem a proposta. Normalmente as pessoas que se escrevem para fazer o curso, elas mesmas pagam, e as que recebem a proposta da escola são apenas os melhores! São os chamados “alunos de ouro”.

– É.

– Minhas felicitações então.

– Er... obrigado.

– Quais são as suas flores prediletas? – ele perguntou de repente.

– Lírios e qualquer tipo de rosas. – respondi estranhando a pergunta.

– Gosta de chocolates?

– Adoro.

– Musicista favorito?

– Beethoven? – eu respondi, mas saiu mais como uma pergunta do que resposta.

Meu deus era uma pergunta atrás da outra! Ele não parava de me perguntar e eu não parava de responder. Ok, ok. Eu gosto dele me dando toda essa atenção, mas logo esse Edward humano vai começar a me dar nos nervos.

– Então, se você estivesse em um jardim e nesse houvesse uma maçã, um cacho de uvas roxas e uma folha de bananeira. Qual você escolheria? – essa já era sei lá... A vigésima pergunta que ele me fazia em menos de 05 minutos! E que tipo doido de pergunta é essa?!

– Er... a maçã – respondi meio incerta, ainda fico me perguntando quem faz uma pergunta dessa a uma pessoa que conhece a menos de 10 minutos.

– Então você é uma pecadora – ele respondeu simplesmente.

– Como é que é?! – eu disse exaltada me levantando – Daqui a pouco vai querer me julgar pelo vestido bolo de festa também?! – eu disse quase fechando minhas mãos em punho e fazendo tipo os lutadores de boxe.

– Ora, a maçã representa o pecado Isabella. É um dos testes que eu vi esses dias no meu colégio. Toda colégio tem um.

Olhei pra ele sem entender. Que tipo de colégio faz uma pergunta dessa para os alunos?!

– Você está bem? – ele perguntou se levantando e me encarando, de um jeito menos obvio como estou acostumada, mas me encarando.

– Sim – eu respondi e me sentei emburrada.

Edward abriu a boca, mas foi minha mãe quem falou:

– Edward, filha! Venham se servir a mesa.

Ignorei a mão estendida de Edward e levantei não o esperando. Ainda estou um pouco nervosa sobre o que ele disse, sei que é bobo, mas continuo assim.

Vi que todos tinham acabado de lavar as mãos, então fui lavar as minhas. Me sentei depois à mesa e Edward acabou do meu lado. Ótimo! Só espero que ele não tenha uma rodada de perguntas para serem feitas a mesa. Vai ser o que agora? Se eu prefiro plantar feijão, abobora ou tomate?!