De Volta Para Ela escrita por Novacullen


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura !



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PV EDWARD

Já era de manhã quando cheguei de uma caçada e fui direto para o quarto ver como Bella estava e vi que ainda dormia, eu sempre ia à noite após me certificar de que Bella dormia profundamente, ainda bem que não preciso me alimentar com tanta frequência, porque as noites que Bella consegue dormir assim infelizmente são bem poucas, porque suas dores de cabeça só pioram com o passar do tempo, e não há nada que podemos fazer com relação a isso, pois ela teria de tomar medicação forte para conter a dor, mas isso poderia afetar o nosso filho, então ela não pode tomar e eu não consigo ir caçar sabendo que Bella não está bem.

Sentei-me ao seu lado na cama e passei minha mão em sua barriga de seis meses e senti nosso filho se mexer, ele também já chutava e estava com um apetite maior, Bella passou a ingeri o dobro da quantidade de sangue que vinha tomando por dia. Carlisle agora precisa ir a cidades cada vez mais longe para comprar bolsas de sangue, para não correr o risco dos funcionários do hospital começar a questioná-lo do porque dele precisar de tanto sangue.

— Já acordou meu filho. - dou um beijinho na barriga de Bella.

Ele se mexeu de novo.

Tirei minha mão da barriga dela, se não ele não pararia de se mexer e Bella acabaria acordando.

Pena que não saberemos se nosso bebê é um menino ou menina antes dele nascer. Bella após começar a tomar sangue à placenta inexplicavelmente ficou mais espessa ao ponto de não ser mais possível ver nosso filho por meio do aparelho de ultrassom. Mas pelos cálculos de Carlisle através de medições da barriga de Bella, ele continua crescendo na mesma velocidade de como se fosse um bebê totalmente humano, o que era bom assim tínhamos uma ideia de quando ele nasceria, após conversamos bastante chegamos ao consenso que a melhor saída era fazer uma cesariana no dia que Bella completasse exatos noves meses de gestação. Agora o que nos preocupa é o quão resistente é a placenta, Carlisle acha que terá de usar a força para rompê-la, mas ao mesmo tempo terá de ser cuidadoso para não machucar o bebê no processo.

Eu não gostava nem de pensar no parto me fazia lembrar do que li nos registros de Eleazar, as lendas eram divergentes, mas a maioria dos relatos diziam que os bebês rasgavam as mães para sair, pois eles já eram fortes mesmo antes de nascer e as mães não sobreviviam a isso, se fosse assim nada do que havíamos planejado com relação ao parto dará certo e isso está me deixando bastante preocupado. Eu estou cortando um dobrado para disfarçar essa minha preocupação de Bella, eu pedia todos os dias para que isso seja apenas mito, já que lá falava também outras coisas que não condiz com a gravidez de Bella, como por exemplo, a gravidez ser acelerada e a de Bella é normal, então essa parte do parto poderia ser mentira também temos esperanças de que seja. Eu não quero perdê-la, aliás eu não posso viver sem ela. Seja como for, tem que dar certo é nisso que tenho de acreditar, eu terei minha mulher e meu filho comigo.

Bella é a única que não sabe dessa parte das lendas, achamos melhor poupá-la, odeio esconder algo dela, mas não queríamos deixá-la mais nervosa e preocupada do que já está com algo que não tínhamos certeza, sendo que até agora só o que bateu com as lendas, foi a fraqueza e a necessidade de ingerir sangue.

Ouvi Tanya se aproximando da casa, fazia exatos dois meses que Tanya não vinha aqui, a última vez foi quando eles voltaram de viagem e ela disse todos aqueles absurdos.

— Bom dia! Esme. O Edward está? - a ouvi perguntar para Esme que foi ver o que ela queria.

— Bom dia! Tanya e ele está sim, entre, por favor.

— Não obrigada eu prefiro esperá-lo aqui fora.

Resolvi ir até a varanda ver o que ela queria.

— Podemos conversar Edward em particular?

— Podemos sim. Mãe cuida da Bella para mim, qualquer coisa me chama.

— Cuido sim, vá tranquilo filho.

Eu e Tanya nos afastamos apenas o suficiente para não sermos ouvidos pelos outros.

— Então o que quer falar comigo?-perguntei já que ela não pensou e não fez menção de falar o que era.

Só sei que está  bem constrangida.

— Bom é que... eu quero te pedir desculpas, pela minha reação aquele dia. Eu não devia ter falado e nem muito menos desejado nada daquilo. – disse Tanya realmente arrependida.

— Desculpas aceita Tanya.

— Obrigada por me desculpar.

— Não por isso, bom se era só isso eu vou voltar Bella deve estar prestes a acordar. –e começo a andar em direção a casa.

— Não, espera só um pouco, por favor, eu quero te perguntar uma coisa, é rápido.

— Pode perguntar. - digo parando de andar e me viro para ela.

— Eu quero saber se tenho alguma chance com você?

A encarei incrédulo não acredito que ela ainda não percebeu que nunca houve e não será agora que haverá chance de eu ficar com ela. Céus! Todos sabem o quanto amo a Bella, só Tanya que parece não ver a intensidade desse amor.

— Acho que vai soar um pouco rude, mas você nunca teve chances comigo.

— O que há de errado comigo Edward?

— Não há nada de errado com você, mas acontece que eu sempre fui de Bella, essa é a questão.

— Como assim? Bella nem existia até dezoito anos atrás Edward, já eu te conheço há praticamente um século.

— Exatamente eu já era dela, antes mesmo dela existir.

— Que absurdo é esse Edward.

— Vou tentar te explicar isso.

Isso era complexo até para mim. Lembrei-me de Bella me dizendo que era injusto eu ter esperado um século por ela e ela não ter esperado nadinha por mim e que eu dizia que o fato dela se arriscar cada segundo que fica ao meu lado se equivalia ao tempo que esperei por ela, mas como Bella ignora totalmente o perigo não via essa situação da mesma perspectiva que a minha.

— Deixe-me ver por onde eu começo. Bem Tanya você sabe que eu não sou uma pessoa de casinhos, não é?

— Sei, Sr. Antiquado. – diz Tanya sorrindo e se lembrando de todas ás vezes que me pediu para ficar com ela sem a necessidade de assumir um compromisso sério e que eu recusei todas às vezes por não achar isso correto.

— Sabe que eu não me importaria se as coisas entre nós fossem assim, tanto faz se o relacionamento é serio ou não, ou se me ama ou não desde que estivesse comigo.

Com o tempo você poderia vir a me amar, e assumir um relacionamento sério. — pensou Tanya.

— Mas eu me importo Tanya. -ignoro o seu pensamento - Eu não sou capaz disso, ficar com uma pessoa sem sentir amor por ela. Para mim isso é um desrespeito sem tamanho.

— Ok, Edward você é um caso perdido nesse quesito. Mas o que isso tem a ver com você dizer que sempre foi dela? - disse um pouco irritada.

— Calma eu vou chegar lá. Agora você pode imaginar quantas vampiras e humanas eu já vi durante esse um século? É algo incontável e nenhuma delas me chamou atenção. - vi Tanya ficar triste com o que falei, já que ela estava incluída nisso, mas continuei a falar mesmo assim, eu estava apenas dizendo a verdade - Então depois que algumas décadas se passaram e eu não me apaixonei por ninguém, passei a acreditar que o meu destino era ficar sozinho.

— Isso é algo idiota de se pensar Edward, para quem tem a eternidade, achar que pode ter a certeza disso ao passar de algumas décadas.

— É eu sei. – digo sorrindo. Tanya tinha razão eu realmente fui um tolo em acreditar nisso.

Bella havia me feito rever esse meu pensamento, aliás, não só isso, mas inúmeras coisas que eu dava por certo em minha vida e que não eram.

— Nada do que você falou responde a minha pergunta, você pode estar apaixonado por ela agora, mas quem garante que você algum dia não possa vir a deixá-la de...

— Tanya. - digo sem deixá-la terminar o pensamento absurdo de que um dia eu deixaria de amar Bella - Quando eu pus meus olhos em Bella ela despertou em mim o amor por uma companheira.

— Com..companheira!- disse Tanya surpresa.

— Exatamente, agora que eu estou com Bella, entendo que eu nunca estive destinado a ser sozinho, eu apenas estava esperando ela nascer e crescer para poder ficar comigo. Eu sempre estive destinado a ficar apenas com ela, por isso nunca me interessei por ninguém Tanya.

— Como pode ter certeza que ela é mesmo a sua companheira? Se você nunca se relacionou com ninguém. Não acha que está se precipitando ao afirmar isso?

Ele pode ter se enganado. Ele tem de estar errado. — pensou Tanya.

— Isso não se explica, só se senti Tanya. Você vai entender isso quando encontrar o seu companheiro.

Eu já o encontrei, só que ele pertence a outra. — pensou Tanya.

Eu precisava fazê-la ver a verdade ela estava colocando as coisas fora de proporção, não dava mais para fazer vista grossa para essa obsessão que Tanya tem por mim.

— Eu não sou seu companheiro, Tanya. Você ainda vai encontrá-lo. Cada um tem o seu par. 

Mas quem disse que ela acreditou no que falei, Tanya estava com a ideia fixa de que tinha de ficar comigo tanto que a impedia de ver o óbvio que não era eu quem estava destinado a ficar com ela.

— Tanya preste atenção você não me ama.

— Você pode saber o que se passa na minha mente, mas não no meu coração, eu te amo eu tenho certeza disso.

Reprimi um suspiro frustrado, seria mais difícil do que pensei.

— Não, não ama.

Tanya começou abri a boca para retrucar.

— Me deixe terminar, por favor. Você não me ama de verdade, você pode até gostar de mim, mas amar não. Você por ser linda nunca soube o que é ser rejeitada por alguém que lhe interessava, até me conhecer. Essa sua fixação por mim por todas essas décadas não tem a ver com amor e sim com o fato de querer ter alguém, que nunca poderia ter.

— Essa é sua opinião com relação a isso, mas não a minha. 

— Tanya, você precisa ver as coisas como realmente são.

— Eu sei como as coisas são. – diz Tanya seria, ela realmente acreditava que me amava.

— Não, você está vendo isso da maneira errada.

— Temos opiniões divergentes com relação a isso e ponto, não adianta ficar discutindo isso. Eu sei o que eu sinto Edward. Agora me responde só mais essa pergunta, ok?

— Ok. – concordei tendo esperanças que depois dessa pergunta encerraríamos esse assunto.

— Você tem certeza que irá amar Bella para sempre?- me perguntou ainda tendo esperanças de que minha resposta fosse não.

— Sim Tanya eu vou amar Bella para sempre. – digo convicto.

É ele parece estar certo disso mesmo e infelizmente não há forma de fazê-lo parar de amá-la e passar a me amar.— pensou Tanya triste.

— Então só me resta desistir. – diz Tanya saindo correndo para a casa dela.

Soltei um suspiro de alívio, ela não daria mais em cima de mim. Espero que não demore muito o dia que Tanya caia em si e veja que nunca me amou de verdade e que encontre alguém e seja feliz. Eu realmente desejo isso a ela.

Voltei rapidamente para casa e Bella já havia acordado e estava tomando banho. Então fiquei na sala conversando com minha família sobre a conversa que tive com Tanya enquanto esperava Bella terminar seu banho. Quando ouvimos um carro parando na frente da casa dos Denali, Laurent e Irina saem dele e foram recebidos por sua família. Ficarei de olho em Laurent vinte quatros horas por dia, e quando eu tiver que sair para caçar deixaria minha família de olho nele.

Nós saímos para a varanda para vê-los e quando terminaram os cumprimentos Irina nos viu e chamou Laurent para vir também nos cumprimentar, ele veio a contragosto, por não saber como o receberíamos.

Nos cumprimentos e os convidamos para entrar. Perguntamos como foi à viagem e Irina nos contou tudo empolgada, dava para perceber que ela estava completamente apaixonada pelo Laurent e quando terminou falamos de Bella. Eles tinham de saber que eu e Bella estávamos juntos e que esperávamos um filho. Não confiava em Laurent por motivos óbvios, mas não dava para esconder sobre Bella dele, agora ele estando com Irina ficaria com ela na casa dela, então não é como se eu tivesse escolha, mas ficarei atento e pedirei a Alice para ficar de olho nele também.

Laurent apenas ouviu tudo calado, ele estava desconfortável, por conta do que James fez a Bella. E quando terminamos de falar ele resolveu dizer algo.

— Er... bem Edward fiquei feliz de saber que vocês conseguiram salvar Bella do James e que vocês continuam juntos e meus parabéns pelo filho também, e bom eu quero aproveitar para dizer que nunca fui a favor desses joguinhos do James, eu espero que não tenha ressentimentos com relação a mim.

— Obrigado Laurent e não tenho porque ter ressentimentos de você, já que você não participou, e James não existe mais, mas infelizmente Victoria fugiu, você por acaso não tem notícias dela?

— Não tenho Edward, aquela foi a última vez, ela não entrou em contato comigo mais e eu não fiz questão alguma de ir atrás dela também. Eu quero agradecer a você Carlisle por ter falado dos Denali para mim, graças a isso acabei encontrando minha companheira.- Laurent dá um beijo na mão de Irina que lhe deu sorriso em troca – E que me ajudaram a obter o controle e parar de me alimentar de humanos. O amor nos transforma, não é?

Eu e minha família assentimos. As palavras de Laurent eram sinceras. Mas será que ele mudou o suficiente para eu confiar cegamente nele como confio em minha família? Acho que só tempo poderá dizer isso.

— Mas você conhece Victoria muito bem, não é?- perguntei a Laurent.

— Sim.

— Você não tem ideia de onde ela possa estar?

— Victoria sabe se esconder muito bem, se ela não quer ser encontrada pode ter certeza que não conseguirá achá-la e se a conheço bem ela deve estar escondida se martirizando pela perda de James, ela o amava muito, se eu fosse vocês não baixaria a guarda, Victoria é extremamente vingativa. - nos alertou Laurent.

— Acha que ela virá atrás de mim?

— Victoria faz mais o tipo olho por olho dente por dente Edward.

— Então se ela realmente quiser se vingar Victoria virá atrás de Bella.

— Victória está atrás de mim! - disse Bella assustada.

Droga ela ouviu o que eu falei ao sair do quarto.

— Não meu amor, você entendeu errado, é só uma possibilidade. – a tranquilizo.

Quando ouvimos um estalo.

E em seguida Bella gritou colocando sua mão na costela.

— Bella! -corre até ela e a peguei nos braços.

Ela gritava e se contorcia de dor em meus braços.

— A coloque no aparelho de raio-x, acho que a costela fraturou. – disse Carlisle indo na frente.

A carreguei com todo cuidado, se sua costela tiver realmente fraturada corre o risco dela vir a perfura algum órgão.

Carlisle fez um raio–x e constatou que realmente uma costela foi quebrada, o bebê havia se agitado e chutou Bella forte quando ela se estressou ao pensar que Victoria estava atrás dela. Papai imobilizou a costela que felizmente não perfurou nada.

Agora Bella já estava dormindo a algumas horas por conta do sedativo, ela estava com muita dor, então foi necessário sedá-la.

— Edward não se martirize mais, ninguém tem culpa dela ter ouvido, Bella apenas coincidentemente saiu do quarto bem na hora da pergunta.- diz minha mãe vendo que minha expressão de culpado, não mudava.

— Não estou assim por ela ter ouvido a pergunta e sim por estar machucada.

— Você também não tem culpa disso.

— Como não? A culpa é toda minha mãe.

— A culpa não é de ninguém, filho.

— A força ele herdou de mim, Bella tem de beber sangue porque ele também herdou isso de mim. Eu fico me perguntando o que ela ainda terá de passar por minha causa. Eu sou o único culpado disso. Mas nesse momento tudo o que eu queria é que tivesse uma forma de fazê-lo entender que não pode chutar a Bella forte assi...

Parei a frase porque ouvi alguém pensando que minha voz era bonita, mas não era uma voz mental que eu conheça, olhei para Bella, mas ela continuava dormindo pesadamente, por conta do sedativo. Então analisei a voz e percebi que tem um tom infantil. Eu olhei para a barriga de Bella e paralisei, eu estava ouvindo a mente do meu filho, ou melhor, filha.

— Edward? - ouvi meu pai me chamar.

Mas eu estava extasiado com a descoberta para dizer algo.

— Edward o que há?- insistiu em saber.

— Filho você está  nos deixando preocupado, por favor, fale. - implorou Carlisle.

— É que ... Eu estou ouvindo a mente dela. - consegue dizer.

— Da Bella! - diz Carlisle surpreso.

— Não, da minha filha. – digo completamente maravilhado.

— Isso é incrível filho!

Ouvi na mente da minha mãe e irmãos que ficaram surpresos e maravilhados com a descoberta também.

— Tem certeza que é uma menina? – perguntou Rosalie.

Queria compartilhar isso com a Bella, mas tinha de esperar ela acordar.

— Sim, o tom da voz mental é feminino. - digo feliz.

 Minha intuição de que era menina estava certa, eu quero que ela seja parecida com Bella, para mim se fosse uma miniaturinha de Bella seria perfeito.

Minha família também ficou muito feliz em finalmente pode saber se é menino ou menina.

— E como é que é escutar os pensamentos dela?- perguntou Carlisle curioso.

— Bom não é a mesma coisa que escutar os seus, por exemplo, que vejo cada palavra e imagem que se forma em sua mente, mas os dela  eu só pego a essência. E eu não consigo escutar tudo também, é meio falho.

— Falho como?

— Eu não consigo ouvir os pensamentos dela continuamente. Eu pego apenas fragmentos deles.

— Filho você não vê.

— O que mãe? 

— O seu desejo se realizou. 

— Ah! Mas será que ela entenderia?

— Só vai saber se tentar filho. 

— Filha- coloco uma mão na barriga de Bella e senti em sua mente que tinha sua atenção então continuei a falar - eu não sei se você vai me entender, mas eu quero te pedir que você não chute sua mãe com força.

Ela chutou fraquinho bem onde estava a minha mão.

— Isso filha desse jeito você pode. - fico feliz por ela ter me entendido.

— Ela realmente entendeu?

— Sim pai. 

— O que está  acontecendo? - perguntou Bella acordando.

— Bella eu posso ouvir nossa filha.

— Ouvir?

— Os pensamentos dela. 

— Sério, espera... você disse filha. Teremos uma menina?

— Sim teremos uma menina.

— Eu também acho. - disse a minha filha.

— Acha o que? – perguntou Bella.

— Sua voz bonita.

— Ela acha, minha nossa ela pode nos ouvir. – diz Bella surpresa.

— Sim ela pode.

— Eu te amo minha filha.- Bella fala passando sua mão em sua barriga.

— Ela também te ama muito e está muito feliz por nos ouvir.

Bella fica emocionada e deixa escapar uma lágrima.

— Eu falei com ela e pedi para ela não te chutar forte. – limpo a lágrima dela.

— E ela entendeu?

— Sim. Filha mostra para a sua mamãe.

Ela chutou, mas não com força.

Bella sorriu.

— Ela tem consciência agora, não vai mais te machucar.

— Ela não tem culpa disso Edward. - Bella aponta para sua costela.

— Eu sei disso meu amor.

— O que nossa filha está  pensando agora? 

— Não sei, agora eu não estou escutando nada.

— Porque não?

— Bom é que eu não escuto tudo e eu não sei o porquê de eu não conseguir, e eu só pego a essência deles, também.

— Como assim?

— Quando escuto a mente de uma pessoa eu vejo cada palavra e imagem que se forma, mas com ela não, eu pego só a essência do que ela está pensando, melhor dizendo pego só as sensações do que está pensando, por exemplo, quando pedi para ela não te chutar forte, eu não ouvi na mente dela ela dizendo que me entendeu eu apenas senti em seus pensamentos que ela compreendeu.

— Promete sempre me dizer o que ela está  pensando quando conseguir ouvir?

— Prometo minha Bella. - e lhe dou um selinho.

— Agora que sabemos que é uma menina, podemos parar de comprar coisas neutras. - Alice fala eufórica.

— E eu vou reformular o projeto do quarto do bebê. – diz Esme indo para seu quarto.

— Eu vou falar dessa nova descoberta com Eleazar. - diz Carlisle.

E Jasper e Emmet resolveram ir também.

Eles estavam estudando a fundo as lendas.

— E vocês têm de escolher o nome dela. - diz Alice indo pegar um livro onde havia varias opções de nomes e me entregando.

E saiu em seguida com Rose para comprar mais coisas para o enxoval.

— Quer fazer isso agora Bella? 

— Quero.

E lhe entreguei o livro e fui à cozinha pegar um copo com sangue.

— Como sabia que eu ia lhe pedir?- me perguntou quando voltei com o copo com sangue.

Eu apontei para sua barriga.

— Ah! Você a ouviu, me ajuda a sentar, por favor.

Coloquei o copo na mesa de cabeceira e ajudei a se sentar e percebe que o movimento a fez a sentir dor.

— Amor está doendo muito?- e arrumei rapidamente o travesseiro atrás de suas costas.

— Não.

— Bella. -  a recrimino sabendo que ela mentiu.

— Ok, está doendo, mas bem menos do que antes.

— Quer tomar remédio para dor, Carlisle disse que esse daqui você pode tomar sem problemas que não vai afetar nossa filha. – aponto para o remédio na mesa de cabeceira.

— Não precisa a dor é suportável. Pega o copo para mim. – disse Bella estendo sua mão e eu lhe entreguei o copo com sangue.

— Mesmo?

— É serio Edward, não está doendo a ponto de ter que tomar remédio. - ela disse sendo sincera e começando a tomar o sangue.

Quando ela terminou, começamos a ler o livro.

Ada , Adele, Adelaide,Adrianne, Ágata, Agnes, Alisha....

— Olha esse Edward, Ashley significa clareira na floresta. - diz Bella sorrindo.

— Esse é bem interessante mesmo Bella, foi na clareira que começamos a namorar. Vamos deixar esse marcado e ver os outros. O que acha?

— Concordo.

Peguei uma caneta rapidamente, sublinhei o nome e continuamos lendo os próximos.

Bárbara, Beatriz, Camila....

— Bella, o que acha desse nome? 

— Bella? 

— Oi.

— O que foi?

— Nada não. Qual o nome você disse?

Eu fechei o livro e pus na mesa de cabeceira.

— Edward temos de escolher o nome da nossa filha.

— Não precisa ser agora temos bastante tempo amor, agora fica quietinha para sua dor de cabeça passar.

— Como você sabe?

— Não leio sua mente, mas conheço suas expressões muito bem.

A abracei de lado tomando cuidado com sua costela e ela apoiou sua cabeça no meu ombro.

— Apenas mais três meses meu amor e você não as terá mais.

Ela assentiu se aconchegando mais em mim esperando sua dor de cabeça passar.


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Notas finais do capítulo

Até amanhã !