In Love With You escrita por MissLerman


Capítulo 30
Capítulo 30 Não tinha como não ficar triste


Notas iniciais do capítulo

Gente, queria agradecer a todos vocês por todo o carinho que vocês tem me dado. E também me desculpar, caso o capítulo de hoje não saia como esperado. Acontece que ontem, eu e minha família recebemos uma notícia muito triste, um amigo do meu pai partiu dessa para uma melhor, parece que é mentira, ainda não caiu a ficha de todo mundo. Mas Deus quis assim, então não podemos fazer nada. Lá vai mais um capítulo (:



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POV Thalia

Nico e eu estávamos dançando juntos e completamente felizes. Avistamos de longe Percy e Annabeth ainda aos beijos. Desde que Percy fez aquela declaração, que foi ideia minha, aqueles dois não se desgrudaram um segundo sequer. Mas eu estava feliz por eles, finalmente iam ficar juntos, sem nada nem ninguém para atrapalhar. Puxei meu namorado pela gola e lhe dei um beijão, o que o assustou no começo. Este foi o primeiro ano em que os alunos não dançaram valsa. Todos aproveitaram a dançaram agarradinho "You & Me", inclusive eu e Nico, claro.

Já passara das 2h da manhã e eu estava começando a pegar num sono. Mas não queria ir para casa, tinha brigado com meu pai para variar. Cutuquei Nico, que agora dançava com um lata de cerveja na mão. Se eu não o controlasse um pouco, ele já deveria estar trançando as pernas.

- Vamos embora? - disse no seu ouvido.

Estava difícil conversar com aquela música alta. Então ele me puxou para fora do salão.

- Quer ir embora, já? - ele me perguntou dando o último gole.

Assenti e ele tirou as chaves do bolso da calça.

- Vamos então, te levo para casa.

Esqueci de comentar com ele sobre meus planos.

- Não pretendo ir para minha casa, briguei com meu pai. - lhe disse com um sorriso malicioso no rosto, ele entendeu.

Nico e eu dormimos juntos várias vezes, e na maioria delas, era depois de uma briga com meu pai. Nesses dias eu não dormia em casa, dormia na casa dele. Como tanto Hades, como Bianca, quase nunca estavam em casa, não tinha problema algum. Eu só tinha visto meu sogro duas vezes, e em Março faria dois anos que estávamos juntos. Ele era um homem muito ocupado, segundo o próprio Nico.

Corremos para o carro e entramos. Assim que ele entrou, lhe dei um beijo quente e voraz. Ele retribuiu mas parou de repente.

- Thalia, tem uma coisa... que eu queria te dizer. E só não disse até agora, porque tinha... não sei, vergonha, medo...

Senti meu coração acelerar de repente. Meu rosto devia estar um pimentão.

- Fale, Nico. Sabe que odeio ficar curiosa. - lhe disse cruzando os braços.

- Eu não sou como Percy, não sei tocar violão, não canto bem, e não tive coragem de fazer uma declaração como aquela. Mas quero que saiba de uma coisa, Thalia Grace, você mexeu comigo de um jeito que garota alguma mexeu.

Eu não era uma garota romântico como Annabeth, mas não pude deixar de ficar emocionada com as palavras de Nico. Ele era único, e eu nunca o trocaria por nada nesse mundo.

- Eu te amo, Thalia. - dizendo isso, ele tirou uma caixinha do bolso. Quando abriu, me deparei com duas alianças pratas. Senti meu olhos se enxerem de lágrimas. As limpei e disse para ele:

- Olha o que você me faz, Nico. Estou chorando.

Nico então limpou minhas lágrimas e me deu um selinho.

- Eu também te amo. - lhe disse e aprofundei nosso beijo.

Não demorou muito, ele interrompeu e tirou a aliança menor da caixinha. Ele a colocou em meu dedo anular esquerdo e beijou minha mão. Depois, eu peguei a outra aliança e fiz o mesmo. Me senti a garota mais sortuda do mundo. 

Nico dirigiu calmamente até sua casa. O carro de Hades não estava na garagem, para variar. Entramos e ele logo me puxou pela cintura para me dar um beijo. Não perdi tempo. Joguei meus sapatos no chão da sala de sua casa e ele tirou o terno. Continuamos nos beijando até chegar no quarto. Entramos e ele fechou a porta. Notei que Nico estava vestido demais. Afrouxei sua gravata e a tirei. Logo em seguida, desabotoei sua camisa e a tirei, deixando aquele tanquinho que fazia babar de fora. Passei minhas mãos por seu abdômen e voltei a beijá-lo. As mãos dele, por sua vez, foram direto para o zíper de meu vestido. 

Em minutos, o chão de seu quarto estava repleto de roupas, tanto minhas como dele. Nico me deitou na cama e deitou por cima. Os beijos e as mãos estavam bem mais quentes. Não tínhamos um momento assim desde o aniversário de Annabeth, quando comemoramos uma ano desde a nossa primeira vez. 

Nico distribuia beijos em meu pescoço, meus seios, minha barriga... Não segurei os gemidos, e nem ele. Toda vez que eu o arranhava, ele gemia, bem mais alto do que eu. Estávamos nus, quase lá quando de repente...

TOC TOC TOC

Ele deu um pulo. Pegou a cueca box branca que estava no chão e a vestiu. Corri e peguei minhas roupas e entrei no banheiro.

- Quem é? - Nico perguntou vestindo a calça.

- Escute filho, eu só queria pedir para que você e sua namorada façam menos barulho. Tem gente querendo dormir aqui nesta casa. - reconheci a voz.

Olhei para Nico. Eu nunca o tinha visto tão vermelho. Fazia uma cara de assustado que chegava até a ser engraçada. Afinal, como você ficaria se seu pai te escutasse fazendo amor com sua namorada? Me senti envergonhada, mas não chegava aos pés de como Nico deveria estar se sentindo naquele momento.

Ele jogou a calça de volta no chão e abriu a porta devagar. Olhou dos lados e se virou para mim.

- Acho que ele já foi.

Dei risada e pulei de volta para os braços dele. Desta vez, resolvemos não fazer tanto barulho. Foi uma das melhores noites da minha vida.

POV Annabeth

Depois daquela declaração de Percy, não o soltei em momento algum. Mesmo com músicas agitadas, ficávamos juntinhos, coladinhos. Minha mãe me bombardeou de perguntas depois, coisas como "Por que não me contou?" ou "Você e Percy não pensaram nas consequências", coisas de mãe. Disse para ela que eu tinha o convidado para assistirmos a um filme em minha casa no domingo, foi o suficiênte para que não pedisse uma folga no hospital e ficasse em casa. Não liguei muito, mas sempre que Percy e eu estávamos assistindo a algum filme, nunca terminávamos de assistir. Dar uns amassos era muito melhor.

Acordei cedo no domingo, apesar de ter ido dormir lá pelas 4h da manhã. Levantei e fui tomar um banho, meu cabelo estava duro, não sei o que Thalia havia passado nele. Coloquei uma calça e uma camiseta de manga longa. Estava frio, era inverno, então não poderia sair por ai de vestido. Depois de pronta, desci para tomar café.

Me surpreendi ao ver que minha mãe estava de uniforme.

- Não disse que ficaria em casa hoje, mãe? - lhe perguntei pegando uma xícara com café.

- E eu ia, mas houve uma emergência no hospital e eles me chamaram. Então juízo você e o Percy.

Dei um sorriso de leve e minha mãe saiu de casa. Senti um frio na barriga. Seríamos somente eu e Percy naquela tarde, não tinha ninguém em casa. E ultimamente as coisas tinham esquentado um pouco. Percy sempre fora educado, então demorou para ele ter esses ataques de mão boba. Só pegava nas minhas coxas, de vez em quando ainda. Não sabia ao certo se já estava pronta, mas sabia que ele seria o primeiro.

Fiquei sem fazer nada na sala de casa até 1h. Mandei uma mensagem para meu namorado dizendo que ele poderia vim mais cedo e comecei a preparar a pipoca. Não demorou muito, a campainha tocou. Corri para abrí-la e me deparei com um garoto de cabelos pretos e olhos verdes, muito sedutor.

- Bom dia, namorada. - ele disse me dando um beijo.

- Bom dia, namorado. - respondi aprofundando o beijo.

Percy segurou minha cintura firme enquanto eu puxava levemente seus cabelos. Num momento estávamos parados, nos beijando perto da porta, e no outro, senti as mãos de Percy em minhas coxas. Ele me carregou, fazendo com que minhas pernas envolvessem sua cintura. Não reclamei, apenas o beijei mais rápido. 

Ele me deitou no sofá e depois deitou por cima. Hoje eu sentia que a coisa ia pegar fogo. Era isso que eu queria, e senti que era isso que Percy também queria. Continuamos nos beijando, até que senti sua mão tocar minha costa, ele levantara minha camiseta e eu sequer tinha sentido. Isso fez com que meu corpo todo se arrepiasse. Um calor indescritível tomou conta de mim, queria me jogar em uma piscina gelada. Mas tive uma ideia melhor. Tirei minha camiseta. Quando viu o que eu tinha feito, não conseguiu não olhar para meus seios. Dei risada da cara dele e voltei a beijá-lo.

Mas desta vez, foi ele quem interrompeu.

- Annie... não acha que estamos indo um pouco longe? Um sofá não é um o melhor lugar para fazer amor. - Percy me disse sem graça.

Eu tinha esquecido que ele era um homem experiênte. Revirei os olhos e fiquei encarando-o. Ele me deu mais um beijo de leve, mas eu o interrompi.

- Não me importo com isso, Percy. Acho que estou pronta pra isso, e eu quero que a minha primeira vez seja com você. - eu disse sentindo meu rosto corar um pouco.

Ele riu e beijou a ponta do meu nariz.

- Já disse como você é linda, sabidinha?

- Hoje não. - eu disse fingindo ficar séria.

Ele beijou minha bochecha.

- Já disse que você é a pessoa mais cabeça dura que eu conheço?

Dei risada.

- Hoje não.

Ele beijou meus lábios.

- Já disse que eu te amo?

- Hoje não. - eu disse.

Percy então encostou a boca em meu ouvido e disse:

- Eu te amo, nunca se esqueça disso.

Me arrepiei ao escutar aquilo. Por tantas vezes eu sonhei com isso, e agora ali estava. Percy dizendo que me amava. 

- Eu também te amo.

Ele sorriu e voltou a me beijar. Mas não foi um beijo quente como a minutos atrás, este foi calmo, e cheio de amor. Eu segurava seu pescoço e ele, minha cintura. Do nada, fiquei com frio, mas não queria sair de seus braços para pegar minha camiseta. Infelizmente, nosso momento foi interrompido quando escutei o celular de Percy tocar. Ele se levantou e se sentou no sofá.

- Alô?

Ele murmurou: "Sim, estou na casa dela", "Fala logo Nico" e em seguida seu rosto empalideceu. Coloquei minha camiseta e me aproximei. Percy ainda não tinha dito nada, mas vi que seus olhos estavam agora repletos de lágrimas.

- Tudo bem, Nico, obrigado por avisar. Depois nós vamos ai. - Percy disse e desligou o celular. Meu coração começou a palpitar mais rápido, não estava com um bom pressentimento.

- O que aconteceu? - perguntei.

Ele olhou nos meus olhos e depois encarou o chão. 

- O pai de Thalia bateu o carro, e parece que... não sobreviveu.

Aquelas palavras pareceram rasgar meu peito. Zeus nunca fora uma pessoa simpática, mas era o pai da minha melhor amiga, não podia deixar de me sentir mal por ela. Uma lágriam solitária escorreu de meu rosto, a limpei rapidamente. Percy ainda encarava o chão, ele fazia isso quando não queria que o vissem chorando. Era uma grande perda.

- Thalia já sabe? - perguntei com uma voz chorosa.

- Sabe, Nico estava desesperado. Parece que ela não dormiu na casa do pai essa noite.

Como aquilo poderia ter acontecido? Pelo jeito como Percy falou, Nico não tinha dado muitos detalhes. Queria ligar para Thalia, mas sabia que era um momento complicado. Enxuguei mais algumas lágrimas e me virei para Percy. Ele fazia o possível para se conter, mas era perceptível que estava desmoronando por dentro. O abracei. Ele fez o mesmo. Ficamos um tempo assim, apenas abraçados. Depois que nos recuperamos, liguei para meu pai, ele e Zeus eram amigos. Ele quase não acreditou em mim. Senti que queria chorar, pelo tom de voz que estava, mas meu pai não daria o braço a torcer daquele jeito.

Passei o resto da tarde com Percy. Choramos e conversamos muito. Ele poderia ser meu namorado, mas era, acima de tudo, meu amigo. Quando a noite ameaçou cair, decidimos ir ver Thalia. Minha amiga precisaria de todos ao seu lado. 

E partimos, mesmo com aquele aperto no peito. 


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Notas finais do capítulo

Prontinho, postado. Até amanhã, espero que tenham gostado :}