Be Your Love escrita por Yusagi


Capítulo 2
Quando a Esmola é Grande, o Cachorro Desconfia


Notas iniciais do capítulo

YAAAAAAAAAAY, MAIS AVISINHOS DA YUUUUU~
Primeiro, eu queria pedir desculpas por causa da quantidade IMPOSSÍVEL de avisos, com certeza todo mundo pensa, "MELECA, LÁ VAI A CHATA DA YU FALAR MAIS COISA INÚTIL!", mas os avisos são necessários.
Então, lá vamos nós...
- Sobre a repetição do prólogo
. Não foi bem repetição. Podem perceber que há algumas diferenças entre a primeira parte e a segunda - isso porque na primeira, é o ponto de vista de Shizuo e na segunda, é do ponto de vista de Shinra. Sim, apesar de ser em terceira pessoa é do ponto de vista deles. Ou seja, Shizuo não tinha como saber o que a Celty escreveu pro Shinra, e como era uma parte importante da história eu tive que "repetir". Me desculpem se ficou confuso. :3
- Sobre meus beijos de leite
. Me desculpem, eu realmente não parei pra pensar na saúde de vocês né? Pra quem não sabe (ou não percebeu) eu faço a crueldade de mandar beijos de leite no fim das respostas dos reviews... Mas eu nunca parei pra pensar em quem tem intolerância a lactose ;-; ENTÃO, a partir de hoje eu vou deixar vocês escolherem o sabor do beijo *u*
- Sobre os diálogos
. OK, vou fazer isso de um jeito simples:
. Celty "falando": A fala terá travessão, como normalmente, e estará entre aspas.
. Telefone: Pra quem tá do outro lado da linha, as palavras estarão em itálico. Mas um detalhe - se não houver travessão antes da fala em itálico, muito provavelmente é um pensamento.
. Yu: Só fala nas notas de capítulo, mas nunca vai parar de falar. NUNCA!
- Sobre os títulos
. Em BYB, eu usava sempre a palavra "gato" no meio. Em BYL, vou alternar entre "cão", "cachorro", e "totó". Quem sabe "auau..." Hihi *u*
Bom, acho que por enquanto é só. Hihi~
Se tiverem mais alguma dúvida, é só falar pra tia Yu que fica tudo esclarecido aqui, OK? ♥
Bom, agora chega, boa leitura! ♥



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♥ | BE YOUR LOVE – THE FIRST | ♥

-

Shinra estava muito, muito preocupado. Devia ter começado quando Shizuo levantou-se do sofá e partiu a mesa no meio com um soco, que deveria ter acertado o médico, porém ele felizmente saiu da frente à tempo.

Depois disso Shizuo abriu um buraco na parede da cozinha; rasgou as almofadas do sofá, rasgou o próprio sofá, as cortinas e tudo o que fosse feito de tecido; quebrou algumas lâmpadas e arrancou largos pedaços da mesa da cozinha à dentadas, e escapava de qualquer tentativa de Shinra e Celty de pará-lo – ele fugia até mesmo das sombras da Dullahan...

E tudo isso pelado, já que suas roupas estavam grandes demais e caíram em algum momento da revolta.

E Shinra não sabia o que era pior – ter sua casa completamente destruída por um Heiwajima pelado ou os vizinhos resolverem chamar a polícia, porque Shizuo gritava tanto, xingava tanto o médico que poderiam pensar que havia um ladrão dentro da casa.

Mas o xingamento não parava só em “filho da puta”, “desgraçado”... O loiro havia citado pelo menos metade dos animais encontrados em livros de biologia, sendo boa parte deles eqüinos; havia usado todos os palavrões conhecidos e possivelmente criado mais alguns; usou uma variedade impressionante de objetos – como “porta”, por exemplo – e pra finalizar, disse que Shinra era feito de uma mistura de anti-matéria e ossos, e parecia uma bolota de carne sem cérebro.

De verdade, o médico não sabia que o vocabulário de Shizuo era tão grande.

...Se bem que ele tinha coisas mais importantes com que se preocupar.

O pequeno Heiwajima finalmente caiu no tapete da sala – uma das poucas coisas intactas – e ofegou pesadamente. – Sinceramente, Shinra... - , disse; finalmente em voz baixa. – Eu te peço uma coisa simples... SIMPLES! Como me deixar doente... E VOCÊ ME FAZ VIRAR UM MALDITO CACHORRO?!

Shizuo ofegou novamente, tendo usado o resto de seu fôlego em suas últimas palavras. Era inacreditável como Shinra conseguia fazer essas coisas! A raiva do Heiwajima era tanta – e seu cansaço também – que ele acabou desmaiando.

Enquanto isso, Shinra e Celty olhavam em volta, vendo todo seu patrimônio completamente destruído. Com um suspiro, o Kishitani sentou-se no que restava do sofá e fitou a pequena silhueta desmaiada em seu tapete.

Tudo bem que, da primeira vez – quando ele havia transformado Izaya em gato – havia sido de propósito, mas não dessa vez. Ele nem sabia que ainda tinha um pouco daquela “poção”; acabou confundindo-a com a que Shizuo havia pedido porque a cor das duas era a mesma.

Mas ele realmente não esperava por isso. Seu plano havia sido tanto um sucesso quanto uma falha, apesar de todo o planejamento.

Sucesso porque ele havia conseguido fazer com que Izaya e Shizuo se apaixonassem um pelo outro, ou pelo menos descobrissem o quanto se gostavam... Falha porque, no final, os dois acabaram se separando de novo.

E havia dado tanto trabalho! Ele e Celty haviam passado horas e horas tentando descobrir uma maneira de aproximar os dois, até que finalmente tiveram a idéia do gato. Shinra sabia que Izaya ficaria bravo com ele e sairia de qualquer jeito na rua, e que eventualmente encontraria Shizuo – ele sempre encontrava Shizuo.

E, claro, com seu enorme coração, o Heiwajima não deixaria o pobre coitado ao relento. Então os dois se apaixonariam e viveriam felizes para sempre; era esse o plano.

O Kishitani se perguntava qual dos dois era o cabeça dura que havia mandado tudo para o espaço... Provavelmente Izaya. Só poderia ter sido ele. Bastardo insensível.

Celty percebeu a inquietação de Shinra e sentou-se ao seu lado, colocando uma mão suavemente sobre seu ombro e tirando-o de seus próprios pensamentos. Ela acenou com a “cabeça”, ou pelo menos com a fumaça que saía dela, como se estivesse dizendo que ficaria tudo bem, e o médico lhe deu um sorriso.

- O que nós vamos fazer com ele? - , perguntou. A Dullahan parecia pensar seriamente; até levou uma de suas mãos para seu queixo inexistente. Então, tomou seu celular em suas mãos e digitou rapidamente.

- “Eu já sei!”

-

DING DONG!

Izaya grunhiu contra seus cobertores, encolhendo-se e ignorando a campainha.

DING DONG! DING DONG! DIIIIIIIIIIIIIIIING DONG!

Irritado, o moreno virou seu rosto de forma a encarar seu relógio, e grunhiu novamente quando viu o horário – duas e meia da tarde.

- Mas que raio de ser vivo vai visitar os outros a essa hora?! - , murmurou antes de encolher-se novamente.

DINGDON DINGDONGDINGDONGDINGDONGDINGDONG...

- TÁ, EU JÁ ENTENDI! JÁ VOU ATENDER ESSA BOSTA! - , gritou o Orihara enquanto se levantava preguiçosamente, praguejando quem quer que estivesse apertando a maldita campainha.  – Hoje é domingo! Domingo, mas que desgraça! Argh!

Normalmente ele não ficava tão bravo ao acordar, mas como tinha o sono leve acabava dormindo muito pouco, e aos domingos ele aproveitava para tirar o atraso. Mas agora ele andava pela casa com as roupas amassadas, com a cara amassada, o cabelo todo bagunçado e bazucas nos olhos. Ele definitivamente não estava feliz.

Quando finalmente alcançou a porta, abriu-a mas não viu ninguém. Já ia se preparando para gritar aos quatro ventos que mataria a mãe de quem fez aquilo, quando viu uma caixa no pé da porta.

Levou-a para dentro do apartamento; era pesada mas certamente bonita. Era de um belo azul real, decorada com uma larga fita vermelha, que fazia um laço na parte de cima. Um pequeno cartão pendia do laço.

- De.. “Alguém muito legal”... Para... “Bastardo insensível”. - , lia Izaya em voz alta o conteúdo do cartão. Aquilo só serviu para azedar ainda mais seu humor. – Se eu fosse um bastardo insensível, eu sairia apertando a campainha dos outros em pleno domingo e depois fugindo! - , esbravejava.

Com raiva, desatou o laço e tirou a tampa da caixa. Seu rosto ficou branco.

- Puta merda.

Ele sabia que não devia confiar naquele médico. Sabia, sabia, sabia! Depois do fiasco de “Izaya gatinho”, ele havia passado a suspeitar de cada palavra, cada respiração de Shinra. Mas provavelmente o Kishitani havia percebido e então resolveu atacar a pessoa mais próxima do Orihara, no caso, Shizuo...

O pobre Shizuo que agora dormia encolhido dentro da caixa, roncando baixinho por causa da posição desconfortável em que estava e com Chocora dormindo em seu estômago.

Izaya iria esfolar aquele médico vivo.

Tentando manter a calma, Izaya pegou um segundo cartão, que descansava ao lado de Chocora. Esse era significantemente maior, e lia:

“Querido Izaya-koi

Aqui quem fala é seu Shizu-chan... Sim, seu chuchuzinho, seu loirinho, seu pitchuco~! ♥

Fui seqüestrado por um cientista maluco que fez experimentos comigo e agora estou dodói, como você pode ver. Sou um pobre cachorrinho, au au.

MAS NÃO TENHA RAIVA DO MÉDICO! ...Merda, eu quis dizer cientista! NÃO TENHA RAIVA DO CIENTISTA! No fundo ele é bonzinho e não merece morrer por causa disso. Eu perdôo ele e se você me amar mesmo, vai perdoá-lo também... Até porque ele é bonito demais pra morrer.

Mas voltando ao meu dodói...

Eu estou pequeno e indefeso, com fome, confuso, e preciso urgentemente de uma caixa de areia. Você vai cuidar de mim, né, minha jujubinha, meu docinho de coco? ♥

E repetindo, NÃO TENHA RAIVA DO CIENTISTA! Ele é tão bonzinho que até enfiou meu gato aqui comigo... Sem contar que ele é bonitão, saradão, e muitos “ãos” mais. Au au. Então, não mate ele.

Na verdade, eu acho que você devia presentear o cientista... COM UMA CASA NOVA, PORQUE EU ME DESCONTROLEI E DESTRUÍ A DELE. DÊ UMA CASA NOVA PRA ELE. AGORA.

Beijos do seu cachorrão.”

Izaya não podia acreditar que Shinra era cara de pau o suficiente para fazer algo assim. Era doente demais, até para ele! – E que... Que raio de apelidos são esses?! Chuchuzinho? Pitchuco?! Graaaaaahh!

Encostou sua cabeça nas costas do sofá e suspirou pesadamente. Infelizmente, ele não poderia simplesmente sentar-se ali e esperar que tudo melhorasse, então levantou-se e tirou os dois pobrezinhos de dentro da caixa, levando-os para seu quarto onde Ruruka ainda dormia.

Ao sentir o cheiro do amiguinho marrom, Ruruka despertou e saiu correndo loucamente até Chocora, que acabou acordando com a comoção toda. Os dois miavam tanto que pareciam estar conversando.

Com um pequeno sorriso, Izaya deixou o local para ir até seu banheiro; rotina matinal. Após escovar seus dentes e tomar um banho rápido, foi até a cozinha preparar algo para comer.

Ele deveria estar abalado, de verdade, mas preferia evitar pensar sobre esse novo incidente. Isto é, pelo menos até Shizuo acordar.

Infelizmente, não demorou muito.

Da cozinha, Izaya podia ouvir o grito estridente do loiro, que então gritou o nome de Shinra raivosamente.

Com um pequeno suspiro, Izaya encostou-se na pia da cozinha; suas mãos segurando uma vasilha com cereal enquanto ele observava a porta do local, que logo seria invadida por um pequeno Hulk loiro.

Ao chegar na cozinha, a expressão irada de Shizuo se transformou em surpresa; talvez até alegria, ao ver Izaya ali. – I- Izaya...! - , suspirou, ainda parado na porta.

- Yo! - , respondeu-lhe o moreno enquanto pegava mais cereal com a colher. – Quer cereal? É de chocolate.

Shizuo quase ficara bravo com a casualidade de Izaya, mas talvez o moreno estivesse agindo da maneira certa – não adiantava reclamar agora que a caca estava feita. Olhou o chão por alguns segundos.

- Estou com medo. - , disse baixinho. Por sorte, Izaya não estava mastigando, senão o som crocante de seus cereais abafaria a voz do loiro.

Mas era realmente inédito ouvir essas palavras saírem da boca do loiro – ele era sempre tão destemido... Porém, Izaya podia entendê-lo; também havia ficado com medo quando foi vítima dessa “maldição”.

Depositando sua vasilha vazia dentro da pia, Izaya andou até o pequeno Heiwajima, agachou-se e afagou os cabelos loiros de uma maneira bem suave. – Vai ficar tudo bem, chuchuzinho. - , disse com um sorriso.

- CHU- CHU- CHU- CHUCHU? – Shizuo deu alguns passos atrás; seu rosto vermelho carmim.

- É. Você não é meu chuchu? - , perguntou Izaya; seu sorriso agora redondo. Adorava provocar o loiro.

Shizuo começou a dizer algo, mas gaguejava tanto que provavelmente nem saíra da primeira sílaba. O loiro parecia tão confuso que seus olhos poderiam virar duas espirais a qualquer momento.

O Orihara riu um pouco e tomou o pequeno corpo em seus braços, levando-o até a sala. Sentaram-se no sofá e Izaya pegou o telefone, discando números bem rápido. Logo foi atendido. – Ooooooi, Izaya-kunnnn~! ♥

- Aaaaah, então quer dizer que eu não sou mais um bastardo insensível, Shinra-kunnnnn?

- Hã? Do que você está falando? Hehe... hehehe...

­ - Estou falando do meu chuchuzinho, que você dobrou que nem uma peça de roupa e enfiou numa caixa!

- Ora, não fique bravo, vamos! O cientista é bonzinho, o próprio Shizuo disse isso...É tão bonzinho que logo vai mandar uma caixa cheia de roupinhas bonitinhas!

- Shinra...

- OK, OK! Poxa, todo mundo critica os caras bonitos... Tsk tsk.

- Eu juro que se você não parar com graça eu vou arrancar a sua cabeça e colocar no corpo da Celty.

Shinra parecia ter engasgado do outro lado da linha. – O- Opa! Não precisa ir tão longe... O cientista pediu desculpas!

- Shinra, seu-!

- Eeeeeei, calma, docinho de coco! – O médico riu um pouco do outro lado da linha. – Ele não vai ficar assim por muito tempo, provavelmente só um dia, talvez dois. Duvido que passe disso; o organismo dele não vai deixar.

Ah, com isso Izaya tinha que concordar – Shizuo se curava muito rápido, então ficaria assim por pouco tempo, mesmo. O moreno suspirou. – OK, Shinra. E, sobre a sua casa...

- Siiiiiiiiim?

 - BEM FEITO, BEM FEITO, NA CARA DO PREFEITO! - , disse Izaya antes de desligar o telefone, irado. Teve até direito a mostrar a língua.

Guardou o aparelho e olhou o pequeno Heiwajima ao seu lado; ele já usava roupas pequenas como as que Shinra havia dado para Izaya há algum tempo atrás... E ele não podia negar que ele parecia adorável.

Usava uma blusa branca, fina, com botões e mangas compridas, com um coletinho azul-escuro por cima, e shorts de mesma cor. Em seus pequenos pés, sapatos pretos e brilhantes de boneca sobre meias brancas.

Shizuo percebeu que Izaya lhe olhava intentamente, e virou o rosto; suas orelhas de cachorro se abaixando um pouco. – Não me olhe assim... - , disse baixinho; rosto corado. Izaya soltou um pequeno sorriso; a voz de Shizuo também estava adorável, quase como se ele fosse uma criança.

O Orihara pensou que talvez, só talvez, esse fosse o empurrãozinho de que precisavam.


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Notas finais do capítulo

AIHOHAIOAIO SIIIIIIIIM, TEM MAIS AVISOOOOOOOOS~
Mentira, só queria assustar vocês. PEGADINHA DO MALANDRO! AHIOAHOIAHIOAHIHIOA *apanha*
Bom, agora é sério... Não sei na região de vocês, mas por aqui a criançada ficava gritando "BEM FEITO, BEM FEITO, NA CARA DO PREFEITO", apesar de não fazer sentido nenhum, mas é melhor que a pivetada de agora que grita, "BEM FEITO FELA DA PUTA, ENFIA ESSA P*RRA NO TEU C*", concordam? ♥ Enfim, era só pra enfatizar que quando a gente tá bravo, a gente fala muita coisa idiota.
Bom, é isso aí! Ficou chuchu beleza? Deixa um reviewzinho pra tia Yu, deixa~! *u*
BEIJOS DE *insira comida gostosa que você não tenha alergia* DA YUUUUUUU ♥