Quando eles chegaram em casa, Misa pulou em cima de Raito, que dirigiu um olhar de desculpas para Shinobu. A garota apenas suspirou e foi para a cozinha. Misa começou a contar para Raito tudo o que aconteceu, mas Raito apenas balançou a cabeça negativamente.

  - Misa, nós cancelamos o plano. - falou ele.

  - Mas por quê? - perguntou Misa.

  - Pois é muito arriscado para você. - ele falou.

 Saya se preparou, mas o escândalo não veio. Misa apenas aceitou tudo com naturalidade e foi para o seu andar. Saya anotou mentalmente o comportamento suspeito de Misa, foi sentar, apoiou o rosto na mão e começou a bater as pontas dos dedos ritmadamente em sua pele. Depois de algum tempo, Misa voltou.

  - Raito-kun, não quer dormir comigo hoje? – ela perguntou do elevador deixando Raito chocado – Brincadeira, eu sei, só depois que capturarmos Kira. Não fique tímido! – e foi embora.

  - O que está fazendo? - perguntou Ryuzaki ao olhar Saya batendo os dedos na pele.

  - A mesma coisa que você faz quando coloca o dedo no canto da boca. - falou Shinobu ao voltar com sorvete - Ela usa esse método para pensar melhor. Não sei se ajuda, mas estamos vivendo.

  - Ajuda. - falou Saya - Eu vou dormir. Boa noite, irmã.

  - Também já vou. - falou Raito e saiu, sem dar oportunidade de ninguém se despedir.

  - Tome seu remédio antes. - falou Shinobu para Saya.

  - Claro. - falou Saya, pensativa.

  - Remédio? - perguntou Ryuzaki roubando um pouco de sorvete de Shinobu.

  - Meu sorvete! - ela falou e deu uma colherada na cabeça dele, sujando o seu cabelo negro de sorvete - Há! Agora você está com cara de...

  - Não precisa terminar! - falou Ryuzaki.

  - Venha aqui, está tarde e você não pode molhar a cabeça e deixar secar ao vento. - falou Shinobu.

 Shinobu lavou o cabelo de Ryuzaki na pia do banheiro com o seu própio shampoo e depois passou o secador nele. Ela achou muita graça da cara que ele fez e ficou feliz por ele ter deixado que cuidasse dele. Já ele ficou feliz de ver que ela se importava. Podiam ser pequenas coisas, mas deixaram os dois muito felizes.

 Naquela noite, Ryuzaki ficou cheirando o próprio cabelo até tarde, para sentir o cheiro de Shinobu.

 Após um grande plano, descobriram que Higuchi, um empresário da Yotsuba, era o Kira, mas ele se matou, deixando apenas o seu caderno que continha o escrito "Death Note" na capa.

  - Comprovei! - disse Saya - Viu, Ryuzaki? Minha irmã estava certa! O caderno mata as pessoas!

  - Bem, pelo menos sabemos como Kira mata. - falou ele.

 Todos no caso haviam tocado o Death Note. Shinobu tocou sem querer, ela achou que era um caderno comum e foi colocar no lugar.

  - Então Remu gosta de Misa? - perguntava ela.

 O shinigami não havia gostado dela, mas a garota o achou fascinante. Para Remu, aquela humana era curiosa demais.

  - Eu poderia convencer Ryuzaki a não prender Misa, mas se você quer assim... - murmurou Shinobu.

  - Poderia? - perguntou Remu.

  - Sim, Ryuzaki faria qualquer coisa que eu pedisse. - ela falou.

  - É verdade. - disse Saya e L apenas continuou mexendo no computador.

  - O que você quer em troca? - perguntou Remu.

  - Só quero que responda verdadeiramente minhas perguntas. - pediu Shinobu.

  - Tudo bem. - falou Remu.

  - Olhe, pode se arrepender... - falou Saya - Minha irmã é extremamente curiosa.