Paradise escrita por CrisPossamai


Capítulo 1
Estranho




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Mike Chang era um exímio dançarino e, aparentemente, um fofo. Pelo menos, esta era a concepção que Quinn Fabray formulou do asiático em três anos de convivência distante no Glee Club. Mas, a situação mudou ao despertar pela sétima vez naquela cama de hospital sentindo-se totalmente invalida.

Os amigos e familiares iam e vinham do quarto sem que ela se desse ao trabalho de dirigir-lhes a palavra. Neste dia, Mike Chang apareceu timidamente e bateu de leve na porta entreaberta. A loira não se mexeu e a irmã mais velha, Frannie recebeu o simpático garoto e, pela primeira vez, comunicou que precisaria atender uma ligação urgente. A porta se fechou e Quinn se remexeu na cama para encarar o visitante. Mike sorri e se detem analisando cada canto do quarto de hospital. Nenhuma palavra dita em cinco minutos e o silêncio irritou a loira a ponto de sentir necessidade em se expressar.

_ Você e a Tina brigaram? – ele acha graça na pergunta e nega com a cabeça – Então, porque veio sozinho? Nós nunca fomos... Próximos.

_ Acho que está na hora de mudarmos isso, não acha? – ele se senta na poltrona.

_ Não estou muito disposta a conversar, Mike.

_ Posso esperar, não tenho outro lugar para ir mesmo.

_ Você é estranho.

Ele dá de ombros e sorri novamente. A atenção se fixa em um ponto qualquer da parede e a porta se abre. É uma enfermeira e a loira não se sente nada confortável com a presença da estranha.

_ A cada meia hora, alguém entra e finge que se importa. Sorri, faz exames idiotas e bate a porta. Eu evitaria todo mundo se pudesse. – o olhar dele se fixa nela e a resposta é o mero silencio – Você não vai me dizer nada?

_ O que eu teria para lhe dizer?

_ Qualquer coisa! Você está andando, saltando e dançando por ai... Eu não tenho muito que contar deitada nesta cama há uma semana!

_ Eu adoraria dar um passeio com você, então. Acho que poderá fazer isso em breve, certo?

_ Em uma cadeira de rodas? Não, eu dispenso! Me recuso a usar essa monstruosidade!

_ OK, eu não tenho outro lugar para ir mesmo.

Quinn revira os olhos e nenhuma palavra é dita até o retorno da irmã e a partida do garoto. Frannie solta um bonito e, automaticamente, a palavra estranho surge na mente da paciente. Puck, Finn, Mercedes, Santana, Kurt, Brittany e o senhor Schuester passam para lhe fazer companhia. Ela não responde as perguntas e todos se despedem tentando disfarçar o pessimismo. No outro dia, a batida leve na porta e o sorriso tímido. Novamente, alguma incoerência e os dois acabam sozinhos. Ele estende fones de ouvido e um iphone. Ela não entende nada.

_ É a melhor maneira para ignorar as pessoas. Música alta é perfeita para isso! - a loira revira os olhos e hesita em apanhar o presente – Você pode testar comigo se quiser, não tenho outro lugar para is mesmo.

A loira coloca os fones e a surpresa arranca o primeiro sorriso genuíno desde o acidente. Não eram apenas canções, eram os vídeos das apresentações do New Directions em competições, começando pela performance dela cantando Control, nas Seletivas. O garoto dá pouco importância para o ocorrido e se distrai com o gameboy. Tão logo os vídeos terminam e musicas aleatórias são reproduzidas no aparelho, a menina repara na empolgação do visitante em um simples game. Ele nota que está sendo observado e se limita a sorrir como resposta.

_ Você quer o meu gameboy também? Ok, mas, vai ter que esperar pela sua vez!

_ O que? Hum... Você é estranho... – ele desiste e entrega o jogo _ Como se joga isso?

Nas primeiras tentativas, ela mal tem tempo para se divertir. Mike se coloca ao lado da cama hospitalar e repassa as instruções mais básicas. Quinn vence a primeira fase e comemora timidamente. Judy Fabray estranha o som de gargalhadas e reconhece a risada da filha. Ela abre a porta e reconhece o garoto asiático do Glee Club. O que ele teria feito?

Não há tempo para perguntas, o menino se despede deixando os presentes para a amiga. No dia seguinte, Mercedes, Kurt e Tina aparecem e a Quinn sente vontade de questionar a asiática sobre o dançarino, mas, se cala e se distrai com as bobagens disparadas pelo trio. Na sexta-feira, as batidas e o sorrio torto preenchem o silêncio do quarto 303. Não há troca de cumprimentos, no entanto, ele se encaminha para a poltrona vaga e se acomoda sem pedir licença. Deixa a mochila no canto e apanha um livro qualquer. Ela bufa após cinco minutos sem a menor troca de palavras.

_ È parece que você desistiu de ignorar as pessoas. – irritada, ela revira os olhos.

_ Consegui chegar à quarta fase.

_ Me deixa adivinhar... Você não ta conseguindo vencer o desafio? Típico de iniciante.

Ela retruca e apanha o aparelho, enquanto espera que ele se aproxime da cama. O asiático orienta e ela passa facilmente para a próxima etapa. A loira se entretem com o jogo e o rapaz volta para o livro. Meia hora de silêncio é suficiente para entediar a garota, que estranha as letras na capa do livro lido com tamanha concentração.

_ Você ta lendo um livro em mandarim?

_ Sim, por que o espanto? É a língua mais falada do mundo. – ele devolve com a tranqüilidade e o sorriso de sempre.

_ Eu sei, só não imaginava que alguém em Lima entendia. – ele dá de ombros e retoma a leitura – Você também sabe falar mandarim?

_ Sim, por que você gostaria de aprender?

_ Bom, eu teria todo o mundo para aprender. – ela debocha, o rapaz se entusiasma.

_ Podemos começar amanhã, o que acha? Não tenho outro lugar para ir mesmo.

_ Sábado? Você a Tina brigaram? – sorriso perde a intensidade e ele se ressente.

_ Nossas prioridades são bem diferentes no momento.

_ É? E qual é a sua prioridade agora, Mike?

_ Honestamente, ensinar mandarim a você.

_ Você é estranho!

Ele acha graça no comentário recorrente e volta a atenção ao livro, enquanto ela se diverte com o videogame alheio. A porta se abre e Blaine, Finn e Kurt entram no quarto. Imediatamente, os olhos dos visitantes expressam a surpresa pela presença tão natural de Mike Chang. O rapaz se sente intimidado e, rapidamente, se despede. O humor dela piora e não há boa vontade para suportar as novidades desnecessárias.

No sábado, a situação piora consideravelmente. Ela acorda com horríveis dores nas costas e as enfermeiras tem trabalho redobrado pra lidar com o terrível temperamento. Judy não tem sucesso para acalmar a filha e chora longamente no corredor do hospital. Quinn exige a solidão e também cede as lágrimas. Era sábado, afinal! Ela tinha dezoito anos e deveria estar gastando o fim com bobagens típicas da sua idade ou rindo as custas das patéticas perolas dos amigos do coral. Ela deveria estar em qualquer lugar, menos invalida em uma cama de hospital! As batidas ritmadas e os passos hesitantes do garoto asiático lhe arrancam das próprias lamurias. Ele não diz nada e se dirige para a mesma poltrona. Quinn enxuga as lágrimas e percebe que ele está mais interessado no livro do que em seu ataque de histeria.

_ Eu quero ficar sozinha! – a exigência é direcionada ao acompanhante

_ Trouxe o iphone para isso, lembra? Você pode ficar a vontade para me ignorar, eu não tenho outro lugar para ir mesmo.

_ Você só pode estar brincando! Em um sábado a tarde, mesmo nesse fim de mundo de Lima há o que se fazer!

_ Eu havia planejado dar aulas de mandarim, mas, acho que não é um bom dia. – a fala mansa incomoda a paciente.

_ Bom? Eu acho que posso riscar isso da minha vida, porque desde o maldito acidente nenhum dia foi outro senão péssimo... – ele tira os fones do bolso e conecta no celular.  Ah! Ele estava nitidamente pronto para ignora-la! O olhar dele abaixa para as páginas e ela perde a paciência – Ei! Olha para mim... Ei, Chang! Isso não pode ser sério!

A garota esbraveja por minutos a fio até se cansar da indiferença e se por a observá-lo. A feição relaxada, o olhar atento ao folhear das páginas e a postura inalterada. As mãos tentam ajeitar os cabelos e apagar o rastro das lágrimas. Ele nota a mudança e a volta de certo controle. Então, acha que é seguro retirar os fones e abandonar o refugio do livro. Ao abrir a mochila, encontra o embrulho e ri do próprio esquecimento.

_ Você gosta de biscoitos? Minha mãe fez uma fornada pouco antes de eu sair e pediu que lhe entregasse. São ótimos! Precisei vencer uma guerra para roubar alguns da minha irmã!

_ Muita informação acumulada! Você tem uma irmã?

_ Sim, Melissa de 7 anos. Ela está em uma fase terrível, quer saber o porque de tudo...Às vezes, fico tonto com tantas perguntas. Você quer? – ela aceita a gentileza e acha estranho que nunca tenha se informado de detalhes tão triviais da família do dançando. Pensando bem, Mike era o mais discreto e silencioso integrante do Glee Club. Ao passo em que todos disputavam os holofotes, ele se contentava em apenas fazer parte de algo grandioso.

_ A sua mãe sabe mesmo que você vai passar o sábado em um hospital?

_ Claro, por isso preparou os cookies. Ela diz que doces ajudam qualquer um a se recuperar mais rápido.

_ E quanto desses eu teria que comer para voltar a andar?

_ Não sei, mas, posso diversificar se não tiver o resultado esperado. – ela ri da pretensão amável do visitante.

_ UAU! Quer dizer que você também sabe cozinhar?

_ Acho que enrolo bem o suficiente para não morrer de fome.

Relutante, a enfermeira entra no recinto e pede licença ao garoto para uma sessão de exercícios. O menino tenciona se despedir, mas, ela insiste para que apenas espere. Afinal, aonde mais Mike Chang deveria estar?

Ele devora seis biscoitos durante a estadia da enfermeira no quarto e elabora mentalmente noções básicas de mandarim. Boa parte da tarde é gasta entre conversas relevantes, lições do idioma oficial da China e elogios rasgados aos biscoitos da mãe de Mike. No domingo, o médico aparece e afirma que até da semana, Quinn poderia ser liberada pra continuar a recuperação em casa. Mais uma vez, a jovem recusa veemente a possibilidade de utilizar a cadeira de rodas para se deslocar com mais facilidade.

A tarde é encerrada com duas surpresas contraditórias. Puck aparece carregando Beth e arranca lágrimas de emoção da mãe biológica e na seqüência, Rachel Berry adentra ao quarto hospitalar pela primeira vez. Quinn não culpava a judia, mesmo que as lágrimas da principal solista do New Directions impossibilitassem a tentativa de dialogo. Não houve desculpas ou acusações, Rachel precisava desesperadamente se libertar da sensação de remorso e culpa que lhe rondavam desde a vitória nas Regionais. Com a tragédia, o casamento com Finn não foi concretizado e todo o relacionamento adolescente ruíra a partir daquela data. Finn e Rachel não se falavam desde então e a maioria dos integrantes do coral permanecia alheia a bagunça que se tornava o casal Finchel. Tike e Samcedes também estavam em estado de espera, o que não pareceu afetar tanto o futuro acadêmico de dança.

Quarenta e oito horas sem que as aquelas batidas fossem ouvidas no quarto 303. Dois dias sem a estranha companhia do professor de mandarim, dois dias sem que ela ouvisse a frase favorita desde o acidente. Eu não tenho outro lugar para ir mesmo. A situação de inusitada intimidade com Mike Chang estava estranhamente agradável e ela temia que tudo se despedaçasse quando fosse liberada e retornasse para a casa. Afinal, o sentimento de normalidade deveria ser devolvido juntamente com sua alta hospitalar. Ao menos, ela sentia que o interesse dos amigos diminuía com os rumores de melhora de seu quadro clinico.

No terceiro dia de ausência, Quinn resolvera abandonar o game e o decorado repertório do iphone. Ela suspirou ao notar a entrada de mais uma enfermeira e o anuncio de mais uma incomoda sessão de fisioterapia. No momento em que a mulher decretou o fim dos exercícios, o comentário apanhou a paciente desprevenida. Já vou liberar a entrada do seu amigo, ele parecia ansioso. Mike entra com o rosto nervoso, respirando rapidamente e com a roupa empapada de suor. A mochila é jogada em um canto e ele se deixa cair na poltrona.

_ Juro que largo o futebol, se a treinadora Beiste insistir em começar o Finn como quarterback nesta sexta-feira! Sério, nós treinamos dobrado nestes dias e o cara não acerta dois passes seguidos. Você não faz ideia de como eu sinto falta do Matt nestas horas. Ser o único velocista da equipe é um problema, especialmente, quando a bola não chega nas suas mãos como deveria! – ela leva as mãos a boca para conter as risadas _ Qual é a graça? Eu to quebrado, Quinn! – a raiva simulada termina em sonoras gargalhadas – Não me diz que a cheerio que namorou dois quarterback odeia futebol?

_ Você descobriu o meu segredo, Chang! Eu suportava as partidas pela torcida, mas, não me peça para conversar sobre futebol. Esse esporte não faz sentido!

_ Não tiro a sua razão. Por causa destes treinos extras, atrasei as suas aulas de mandarim. Sinto muito por isso. – ele se desculpa com o sorriso tímido.

_ Tudo bem, eu não tenho outro lugar para ir mesmo. – ela toma a frase preferida dele.

_ Não foi bem o que eu ouvi das enfermeiras. Você não vai ter alta nesta semana?

_ Se me convenceram a usar uma cadeira de rodas, sim. – ela se ressente ao responder.

_ De qualquer modo, nós teríamos outro lugar para ir. – ele sorri antes de tentar ajeitar o cabelo despenteado _ Não que aqui não seja bom.

_ Minha casa é muito melhor do que esse quarto de hospital. – ela retruca, cruzando os braços de pirraça.

_ Esse não seria um bom motivo para lhe convencer a usar a cadeira de rodas?

_ Aceitar a cadeira de rodas, é a mesma coisa que assumir que eu estou inv

alida. E eu não consigo lidar com isso agora.

_ Você pareceu muito com a minha irmã agora. Ela quer o mundo, mas, não sabe por onde começar. – descontrai o garoto.

_ Isso não soou muito bem.

_ Ah, não? Tudo bem, dizem que eu sou meio estranho, sabe?

_ Antes, eu te achava fofo, mas, estranho caiu bem melhor.

Ele dá de ombros e abri o sorriso de sempre. Quinn repete uma palavra em mandarim e bufa pela correção. Poucas lições e o celular dele toca. A mãe pede que ele se apresse para o jantar com o restante da família. Mike se despede e, pela primeira vez, garante retornar. Compromisso firmado e palavra dada. Mike Chang nunca quebrou uma promessa.

Na quinta-feira, Mike confere o relógio e adentra ao hospital municipal de Lima calmamente. A mochila nas costas, os fones nos ouvidos para a distração e a boca se reproduzindo silenciosamente a letra da música envolvente de Michael Jackson. A memória de brilhar nas Seletivas ao cantar ABC coloca um sorriso no rosto do asiático, que ousa viajar mais no pretérito ao relembrar os pequenos momentos de cumplicidade com Quinn Fabray no palco. Por que ele levou tanto tempo para se aproximar da garota? Apesar da tragédia, ele ainda teria chance de recuperar a chance perdida e não teria nada que lhe demovesse deste propósito.

Antes de ousar bater na porta do dormitório, sussurros e lamentos transformam totalmente o semblante do dançarino. Sem cerimônia, ele adentra ao recinto e encontra Quinn sentada na cadeira de rodas aos prantos, enquanto a mãe tentava conter o quadro de desespero da filha. O jovem mira a adolescente que implora para que seja retirada da cadeira. Desarmada, Judy permite que o rapaz faça a vontade da garota e se ausenta momentaneamente do recinto para acalmar os próprios nervos. Após o drama da gravidez, a relação de mãe e filha se reduziu a convivência forçada. Por isso, lidar com a eventual paralisia da adolescente sem o devido suporte do ex-marido estava fora do alcance da mulher.

Mike pede permissão para se aproximar e a respiração dela se normaliza com a perspectiva de abandonar aquela abominação. Quinn enlaça o pescoço do rapaz, que com todo o zelo possível pega-a no colo e com cautela a conduz de volta a cama. As lágrimas ganham novamente a face feminina e ele sente que não pode fazer nada para aliviar o desespero alheio. O primeiro pensamento é correr para chamar pela mãe dela ou por um médico qualquer... A segunda reação é sugerir uma conversa franca com Artie. Afinal, o amigo demonstrava estar confortável com sua situação e conseguia esboçar uma crescente felicidade nos últimos dias. Entretanto, ele percebe a lenta movimentação dela no cômodo e o gesto sutil para que ele se sentasse na beirada da cama. Então, ele opta pela atitude mais plausível e passa o braço direito pelos ombros dela. Inexplicavelmente, Quinn encontra no abraço asiático o local mais apropriado para desafogar a magoa acumulada desde o acidente. A camisa dele logo é encharcada pelas lágrimas e ele não dá a mínima. Desta vez, nenhum inconveniente surge para interromper o conforto mutuo. Aos poucos, a serenidade recai sobre a menina, que se desprende com o rosto corado dos braços do inesperado refugio.

_ UAU! Eu não acredito que ainda reprisem Dragon Ball! É o melhor anime do mundo! – explica o empolgado ainda com o braço sobre os ombros dela.

_ Você é muito estranho, Mike Chang! – aponta a loira.

_ Ah, você não gosta de desenhos? É impossível que alguém tenha crescido sem se divertir com desenhos animados! – ele muda o assunto e a vermelhidão na face feminina diminui com a conversa.

_ É assim incrível? Então, você poderia me atualizar sobre esse desenho? Eu não tenho outro lugar para ir mesmo. – o rapaz resume os princípios de Dragon Ball e consegue a façanha de vê-la sorrir – OK! Essas esferas do dragão realizam qualquer desejo, certo? E o que você pediria se tivesse reunido todas?

_ Eu desejaria saber antes tudo o que eu sei agora... Queria ter tomado algumas atitudes antes. Acho que não é pedir muito, não é? – ele sorri inquieto.

Ela nega com a cabeça e se recosta nos travesseiros para acompanhar o restante do bendito anime. Mike suspira e dispersa sua atenção mais para a garota a seu lado do que para o desenho exibido na televisão a sua frente. A enfermeira aparece e avisa que o médico passaria mais tarde, aparentemente, para liberar a paciente. A notícia é celebrada, contudo, a duvida paira sobre a mente da jovem. Ele teria outro lugar, mas, será que iria? As palavras saem desordenadas de sua boca e a pergunta acerta em cheio o distraído dançarino, que assegura ter planejado longas sessões de mandarim e que pouco se importava com o local. Afinal, Mike Chang nunca havia quebrado uma promessa. 


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