Nunca Vou Deixar Você Partir escrita por Diinh Oliveiraa


Capítulo 2
Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Eaí gente? Estão gostando?
Minhas provas já estão acabando, e daí eu vou postar mais caps por semana ok?



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POV: Kyle.

Hoje, foi a mesma coisa de sempre.   

Ás vezes fico me perguntando onde eu vou achar a felicidade nessa mesmice e chatice.   

Acordei, fui tomar banho, fui tomar café, escovei os dentes e fui ao ponto de ônibus.   

Hoje Stan já estava lá.   

- Oi pessoal. - disse.   

- Oi, Kyle. - disseram todos.   

- Kyle, sabe ontem quando ficamos mexendo com as vadias depois da escola? - começou Stan. 

- Sei.   

- Ontem, eu vi uma delas cantando o babaca do Oficial Barbrady.   Rimos.   

E então o ônibus passou.   

Entramos e lá estava Katy Marshal. Hoje ela parecia meio triste.   Fiquei com pena dela, ou ela deve ter perdido seu batom sabor morango ou alguém que ela gostava magoou ela.   

Além do mais, a amiguinha dela, Alexia Jackson faltou.   

Mas com a tristeza dela, fiquei um pouco mais alegre, mesmo isso sendo uma puta sacanagem.   

Hoje, a motorista não atropelou mais nenhum mendingo.   

Quando cheguei no portão, fiquei encarando ela, mas ela não olhou para mim e a minha diversão acabou.   

Hoje, o professor Garrison chegou na aula irritado novamente.   

- Bom dia, alunos. - disse o professor. - Hoje vamos finalizar o seminário. Podem ir para a sala de informática com suas duplas.   

Fui até a mesa da Katy, e ela estava chorando.   

Oras, sei que a tristeza dela é meu ponto de alegria, mas com ela triste desse jeito, não vou ter com quem encarar, falar mal e se odiar.   

- Olha, Katy, eu sei que não sou muito seu amigo mais... Eu sinto muito. - disse.   

Ela se surpreendeu. Com essa, até eu me surpreenderia.   

Na verdade, até eu me surpreendi com essa ação. Eu mesmo nunca esperei de mim isso.   

Eu odeio ela e sempre vou continuar odiando, mas talvez algo mude...   

- Obrigado, Kyle, mas de qualquer jeito, não é culpa sua. - disse enxugando as lágrimas.   

- Hum... Se quiser, pode desabafar comigo.   

- Não está acontecendo nada não, só um cisco que entrou no meu olho.   

- Que mentira mais original, conta outra.   

Ela suspirou fundo.   

- Vou ir embora de South Park. Meus pais morreram, assassinados ontem de madrugada. Vou morar com meus tios, em Nova Iorque.   

Demos um minuto e silêncio.   

- Eu te entendo, Katy, mas precisamos fazer o seminário. - disse.   

- Ok, vamos lá.   

Ela se levantou, eu a abraçei e fomos para a sala de informática.   Ela não era tão vadia assim, era só eu que criei uma imagem totalmente ruim dela.   

Na sala de informática, sentamos perto um do outro e começamos a socializar a pesquisa.   

Ás vezes, entrávamos em sites ou blogs divertidos para rirmos.   

Eu só queria ver o sorriso dela, era como se eu precisasse disso para ela me desculpar de tudo o que eu já fiz, deixar tudo o que fizemos de mal um para o outro e seguir em frente.   

No final das aulas, no ônibus, fiz ela se sentar comigo, Stan com Kenny na frente e Cartman sozinho mexendo com as vadias de novo. Ele nunca se cansava.   

Katy parou de chorar. Ela apenas ria de Cartman.   

Me sentia bem por ajudá-la.   

Quando cheguei em casa, deitei na cama e começei a pensar nela, de repente.   

Todo esse tempo, estávamos totalmente enganados um com o outro.   

Eu já a considero praticalmente a minha única irma mulher.


POV: Katy.

Não consegui dormir de noite. Apenas me veio a imagem dos meus pais, ensanguentados e sem vida.   

Não deu para acreditar que alguém podia fazer isso justo com eles.   

Poderia fazer isso comigo, mas com eles não.   

E agora, o que eu vou fazer?    

Liguei para meus tios, em Nova Iorque. Os únicos que realmente podem me ajudar, os únicos que podem me dar carinho, amor e proteção de agora em diante.   

Mas eu volto para me vingar. Vou descobrir quem fez isso.   

Sete horas, acordei, tomei meu banho, e escovei os dentes. Não comi nada. Apenas fui na casa da Alex, mas ela não podia ir hoje, a mãe dela disse que ela ainda não acordou, e provavelmente, não vai para a escola.   

Fui para o ponto de ônibus sozinha, olhando minhas lágrimas cairem na fria calçada.   

No ônibus, me sentei sozinha, no meu lugar de sempre, perto do Kyle.   

Recebi olhares curiosos de todos ali presentes, mas isso não me importava.   

Eu só queria a vida dos meus pais de novo. Isso podia ser a última coisa que eu pediria na vida.   

Hoje a motorista não atropelou nenhum mendingo.   

Na escola, primeiramente, fiquei no portão, onde eu geralmente fico antes da aula, logo depois fui chamada pela diretora discretamente.           - Katy, seus tios, Anne e Max Smith virão te buscar dentro de uma semana, porque eles irão sair de férias do trabalho. Eles fizeram contato comigo por e-mail. - disse a diretora.   

- Eles disseram mais alguma coisa? - perguntei tentando disfarça a voz trêmula, em vão.   

- Apenas me pediram para te acalmar. Apesar de tudo o que aconteceu, é para você ficar calma, que tudo vai dar certo, com ou sem eles. - respondeu a diretora colocando a mão no meu ombro.   

Não pude segurar uma lágrima teimosa, que logo se derramou do meu rosto.   

- Não chore, querida. - disse a diretora. - Vá lavar o rosto e ir para a aula.   

Fui ao banheiro. Não havia ninguém lá.   

Me aproximei da pia, joguei bastante água no meu rosto para tentar disfaçar meus olhos inchados. Adiantou um pouquinho.   

Sequei meu rosto e procurei manter a calma enquanto ia para sala. Enquanto isso, o sinal bateu.   

Quando cheguei na sala, me sentei no meu lugar, o Sr. Garrison chegou dizendo:   

- Bom dia, alunos. Hoje vamos finalizar o seminário. Podem ir para a sala de informática com suas duplas.   

Enquanto todos saiam da sala com suas duplas, eu procurava forças para me levantar da cadeira.   

Eu simplesmente, não conseguia parar de chorar.   

Eu não conseguia. A dor por ser apenas um sentimento, parecia tão real que eu me deixava abater, por tudo.   

Kyle veio até mim, como se sentisse culpado de alguma coisa que tenha feito para mim, apesar de nascer.   

- Olha, Katy, eu sei que não sou muito seu amigo mais... Eu sinto muito. - disse Kyle.   

Fiquei um pouco surpreendida. Nunca pensei que ele me dissesse algo para tentar me reconfortar.   

Foi totalmente em vão essa tentativa mas foi impressionante.   

Como uma pessoa que você odeia tanto e ela também te odeia pode te dizer uma coisa dessas?    

- Obrigado, Kyle, mas de qualquer jeito, não é culpa sua. - respondi passando a mão no olho para enxugar as lágrimas.   

- Hum... Se quiser, pode desabafar comigo. - disse, me olhando meio que com dó.   

- Não está acontecendo nada não, só um cisco que entrou no meu olho.- Você sabe, né? A gente usa isso quando chora pra não ter que contar o motivo para a pessoa.   

- Que mentira mais original, conta outra. - disse.   

- Vou ir embora de South Park. Meus pais morreram, assassinados ontem de madrugada. Vou morar com meus tios, em Nova Iorque. - respondi.   

Ficamos um tempinho olhando para o nada.   

- Eu te entendo, Katy, mas precisamos fazer o seminário. - disse Kyle quebrando o silêncio.   

- Ok, vamos lá. - disse, por fim.   

Me levantei e ele me abraçou.   

Me surpreendi novamente.   

Inimigos NUNCA se abraçam.   

E então, fomos para a sala de informática fazer a pesquisa.

Ele me mostrava sites ou blogs engraçados. Eram muito engraçados mesmo. Não conseguia parar de rir com  Kyle.

Eu acho que eu estava enganada, totalmente enganada sobre o Kyle.   

Ele é um garoto bem legal e um amigo de verdade.   

Não que a Alexia não seja tudo isso mais, ele é um amigo homem de verdade.   

Acho que agora somos amigos.   

Quando as aulas acabaram, Kyle me convidou para sentar com ele, no ônibus.   

Cartman ficou mexendo com as vadias de novo. Ás vezes, penso que o Cartman é um babaca.   

Mas, fora tudo, será que eu vou conseguir prevalecer o restante do dia, sem ninguém?   


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Notas finais do capítulo

Tadinha da Katy *--*



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