Nunca Vou Deixar Você Partir escrita por Diinh Oliveiraa


Capítulo 17
(Meu) Judeu Idiota


Notas iniciais do capítulo

Então gente, esse cap é o tão esperado de vocês. Eu tinha que aliviar a situação pro Kyle e pra Katy, mas tava sem idéias, u.u
Enfim, espero que gostem :)
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E outra coisinha, eu sei que o enigma que eu coloquei no cap tá um lixo, mas eu tive que colocar ele.



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POV: Katy.

Cinco horas da manhã. Barulhinho de mensagem. 

Pego o meu celular e:

   "Posso saber que confusão é essa? Por que você não quer conversar com o Kyle, caramba?

   De: Alex
   Para: Katy."

   "Por que ele me magoou e eu não quero nem ver ele na minha frente.

   De: Katy
   Para: Alex."

   "Qualé, Katy? Ele nem sabe que te magoou!
  
   De: Alex
   Para: Katy."
  
   "Não imagina!

   De: Katy
   Para: Alex."

   "Dá pra fazer o favor de parar de me contrariar e acreditar no que eu tô escrevendo?

   De: Alex
   Para: Katy."

   "Tá, estou prestando atenção.

   De: Katy
   Para: Alex."

   "Chega nele  e conversa com ele, pelo amor de Deus!

   De: Alex
   Para: Katy."

   Respirei fundo.

   "Ok.

   De: Katy
   Para: Alex."

  

Talvez, só talvez, Alex tenha razão. Eu podia estar sendo muito radical com o cara, e eu só tô tentando fugir dele e de uma coisa que eu vou ter que enfrentar mais cedo ou  mais tarde.  

Quer saber de uma coisa? Eu vou dar uma chance para ele. Quero ver o que eu tem a me dizer. Ou o melhor, a continuar a me dizer.  

Coloquei o celular embaixo do travesseiro e me sentei na cama, abraçando meus joelhos.  

- Hey! Você tá bem? - perguntou Lily me abraçando por trás. 

- Eu tô. Pode ficar tranquila. - menti.  

Ela respirou fundo.  

- Tô com fome. - disse. - Vamos comer alguma coisa?  

- Eu tô é com sono. - disse Lily.  

- Então tá bem. - disse.  

Ela saiu de cima e voltou a se deixar do outro lado.  

Peguei o celular.

   " Hey, eu sei que precisamos continuar aquela conversa. Poderia se arrumar rapidinho e me encontrar naquela pracinha que você quebrou o nariz daquele cara? kkk.

   De: Katy
   Para: Kyle."

Não sei porque, mas não consegui me arrepender da escolha que eu fiz. Me levantei, troquei de roupa, peguei minha bolsa e deixei um bilhete para Alex deixar Lily com Addie. Antes de sair, dei um beijinho na testa de Lily e fui atrás de um taxi. 

Estranhamente, minha cabeça girava. Era como se ela estivesse a ponto de explodir.  

Quando cheguei lá, ele já estava lá, chutando uma folha, com seu casaco laranja, uma calça jeans escura, seu chapeu verde e um cachecou azul marinho em seu pescoço. 

- São oito dólares, senhorita. - disse o taxista. 

O paguei com uma nota de dez.  

- Fique com o troco. - disse saindo. 

Quando ele me viu saindo do taxi, veio direto me abraçar. Seu perfume entorpeceu minha cabeça por um tempo e depois, quando caí em mim, estávamos sentados em um banco da praça.  

- Pode começar. Desde o começo. - pedi.  

- Tá bom. - disse olhando para o chão.  

Ele respirou fundo e começou.  

- Sabe, desde o primeiro dia que eu te vi aqui, eu já estava apaixonado por você, mas estava apenas começando, entende? Mas, infelizmente, o meu passado me condenou. Lembra que a gente se odiava?... Bem, por mais que isso seja uma coisa idiota, isso me condenava. Quando te pedi desculpas, parece que era um remédio e me aliviou completamente. Então, começamos á sair juntos. Foi então que, cada dia que eu passava do seu lado eu estava começando á perceber que era você, você é a garota certa para mim. Mas infelizmente, já havia outro dono. - ele pegou uma folha que caiu perto dele e começou a picá-la. - Eu me sentia inseguro, eu me sentia um idiota por tudo o que eu estava fazendo comigo mesmo. Eu estava me fazendo sofrer, me entorpecer de amor por você, e isso era totalmente desnecessário. Quando você terminou com ele, parece que uma parte de mim fazia festa e a outra sentia-se culpado pela separação. Quando nos beijamos pela primeira vez, bem, parecia o meu primeiro beijo. Foi mágico e perfeito. Naquele momento, eu me senti quase completo, só faltava você para mim, e eu tinha certeza absoluta que você tinha que ser minha. No nosso último jantar, eu decidi me declarar para você, usando a "outra garota", mas como você já sabe, essa outra garota é você. Ás vezes, parece que você não sente o mesmo que eu, mas apenas uma limitada quedinha, e eu não quero ser a vitima de apenas uma quedinh sua. Katy, eu tô apaixonado por você... eu...  

- Agora é a minha vez de falar. - disse o interrompendo sorridente. - Tá, eu também tô apaixonada por você. Isso já tava começando faz um certo tempinho, mas eu também só percebi no nosso primeiro beijo. Ah! Afinal, pra que fazer um discurso tão longo! Eu amo você, seu judeu idiota!  

E então, eu abraçei ele e acabamos nos beijando sem querer. Quando percebemos, nos separamos e coramos enquanto eu mexia no cabelo.  

- E então... quer namorar comigo? - perguntou coçando a nuca.  

- É claro! - respondi.  

Então, nos beiijamos. Naquele beijo pude sentir uma sensação incrível, que eu nunca sentira antes.  

Quando nos separamos, fomos procurar um taxi. No taxi, ele pegou nossas mãos e as entrelaçou.  

Na faculdade, eles nos esperavam na porta.  

- Contamos pra eles? - perguntei.  

- Ainda não.  

Dei outro sorriso, ele pagou o taxista (já que não me deixou pagar) e saimos do taxi, finalmente.  

- Hey! Onde vocês estavam? - perguntou Stan.  

- A gente tava na pracinha, nos reconciliando. - respondeu Kyle pegando minha mão escondidamente. 

Corei.  

- Ok,ok... Alex, você deixou Lily com a Addie?  

- Deixei, mana! - disse. - Fica tranquila. Vamos!  

E entramos. Eu e Kyle dissemos que iamos beber água, mas na verdade, fomos ficar um tempinho juntos. 

Quando o sinal bateu, ele me levou até a minha sala e me deixou lá.  

Sentei atrás de uma menina de cabelos negros e curtos.  

- Bom dia, alunos! - disse o professor Red entrando na sala. - Pra quem não me conheçe, sou Robert Thompson, mas se me confundirem com Robert Langdon ficaria muito feliz.    

Risos.  

- Também sou detetive. Inspetor Red. Do Kansas. - continuou após respirar fundo. - Hoje vamos iniciar com a primeira unidade de suas apostilas. Abram-a por favor na primeira unidade.  

Peguei minha apostila e coloquei na primeira página. Havia uma imagem do famoso detetive Sherlock Holmes e seu companheiro Dr. Watson.  

- Essa primeira unidade fala quais são os instrumentos que precisamos para fazer uma investigação. - explicou. - Alguém tem sugestões? - disse ele pegando sua caneta.  

- Lupa. - disse uma voz no meio da sala.  

- Oh, sim! A tradicional lupa! - disse anotando em seu quadro branco.  

- Um cachimbo. - disse outra voz no meio da sala.  

Risos.  

- Quase, meu caro. - disse o professor rindo. - Mas se quiser parecer com nosso idolatrado ídolo, Sherlock Holmes, está perto... Ér, quem mais?  

- As nossas células cinzentas. - sugestionei.  

- O que quer dizer com isso, srta...  

- Marshal. - disse. - Quero dizer que temos que pensar e analisar. 

- Justamente o que eu procurava! - exclamou o professor. - Isso é fundamental! 

- Um caderninho para anotar as pistas?  

O professor anotou.  

- Bem, o resto vocês já sabem. Não vamos ficar nessa lenga-lenga. - disse o professor. - Gostaria que vocês comprassem esses materiais, pois eles serão importantes para o resto da vida de vocês. Mais materias necessários estão na página 12. - após dizer isso, fez uma pausa. - Na página á seguir, há um enigma que eu gostaria que resolvessem para todos verem. Esse enigma não vai valer nota, apenas vai me permitir conhecer mais meus alunos.  

E então começei a ler.
 
   "Angela Johnson e Luis Black se casaram. Tiveram dois filhos gêmeos homens: Mike e Matthew. Os dois eram exatamente iguais, até com o carater. Mas Mike escondia um certo segredo de todos. Um dia, um filho morreu, e os pais querem ter certeza de quem realmente está vivo.
   Quem morreu? Quem foi o assassino?"

Depois de uns vinte minutinhos, o professor chamou. 

- Bem, turma, vamos começar com a resolução dos casos... Você poderia começar contando a sua resolução para a turma, Srta. Marshal? Quero ver se é tão sagaz assim.  

- Claro. - disse. - Eu tenho que ir até aí?  

- Sim.  

Me levantei e peguei meu livro.   

- Aqui no texto diz, que a família Black tivera dois filhos gêmeos. Eles eram extremamente iguais, isso é, suas qualidades, seus defeitos, tudo. Mas nem todo gêmeo é igual ao outro, sempre tem ums diferença, então aqui no texto começa afirmando uma mentira. Na verdade um dos filhos fingia ser igual ao outro. E, aqui no texto também diz que Mike tinha um certo segredo, esse segredo pode ser um sentimento ou algum objeto, e como isso é a chave do problemas, é possível concluir que Mike matou Matthew.  

- Muito bem, Srta. Marshal. - disse sorridente. - O que achou desse enigma?  

- Facil, devo admitir.   

- E não é? - disse o professor piscando. - Todos chegaram ao mesmo resultado que a Srta. Marshal? 

Uma mão se levantou na sala. Era da menina que sentava na minha frente.  

- Diga, Srta. Groove. - disse o professor.  

- Eu cheguei a um resultado diferente.  

- Diga-nos.  

- Bem, é como a Srta. Marshal disse, Mike disse que tinha um certo segredo, e isso é a chave do problema. Mas, Mike não podia ter matado o irmão porque os laços de família devem ser intensos. Então, foi um dos pais que matou. Então, chego a conclusão que a mãe tem um instinto materno muito grande, não foi ela, mas sim o pai que matou Matthew com a ajuda de Mike. 

- Está na hora dos comentários. O modo de raciocínio das duas estão certos. Podem se sentar agora.   

Nos sentamos e ele começou a comentar. Sinceramente, não estava prestando atenção em nada do que ele falou. Peguei meu caderno e começei a fazer um monte de rabiscos enquanto ele falava.  

Depois das aulas, quando saí da sala, Kyle estava á minha espera. 

- Como foi sua aula? - perguntou.  

- Boa, e a sua?  

- Agradável. - disse sorridente. - Vamos?  

Ele me pegou pela cintura e saimos antes dos meninos e da Alex. Deixamos uma mensagem para eles dizendo que a gente foi mais cedo, sem justificar. Tudo isso só para irmos abraçados naquelas ruas frias de Nova Iorque. 

Quando chegamos em seu apartamento, Lily foi a primeira a me abraçar.  

- Oi Katy! - disse Lily. - Tava com saudades. Vamos comer pipoca na praça agora, como a gente fez ontem?  

- Vamos, vamos sim. - disse sorrindo. - Vou trabalhar, meu judeu. - sussurei.  

- Ok, minha perfeição.  - sussurou. - Deixa sua bolsa aqui, Katy. Depois eu levo ela até o seu apartamento. - agora disse normalmente.  

Deixei minha bolsa com ele. Quando saímos, Lily começou a falar dos desenhos que assistira hoje no taxi.  

Na praçinha, comemos pipoca como ela quis e brincando com sua bonequinha Melissa. Depois, fui trabalhar. Lily ficava no meu escritório desenhando, jogando jogos na internet. Quando Alex chegou, obviamente, foi abraçar a garota.  

- Tô atrasada, patroa? - perguntou.  

- Não. Pode ir trabalhar. - disse brincando.  

Ela sorriu e saiu de lá depois que passou o cartão.



POV: Kyle.

- Kyle, posso te fazer uma pergunta? - começou Addie se sentando no sofá do meu lado. - Que tipo de tratamentos são esses entre você e a Katy?  

- Você promete não contar pra ninguém por enquanto? - perguntei e ela balançou a cabeça positivamente. - Eu tô namorando ela.  

Ela deu um sorriso de orelha á orelha e me abraçou.  

- Kyle! Não acredito! - disse após o abraço. - Como isso aconteceu?  

Contei tudo para ela.  

- Alex com certeza conversou com ela. Mas ainda sim a culpa é sua por ter feito uma declaração tão idiota. - complementou.  

- Eu sei... - disse corando.  

- Vai querer almoçar então?  

Me levantei do sofá e a segui até a cozinha. De repente, os caras chegam. 

- Hey Kyle! Por que você saiu mais cedo, hein? - perguntou Stan quando me viu na cozinha.  

- Ér... Tava morrendo de fome.  

- E a Katy? - perguntou Cartman.   

- Ela já foi embora.  

- Que pena. - disse Stan indo beijar Addie.  

Meti algumas colheres rápidas na boca e fui escovar os dentes. Depois, dou uma saidinha.



POV: Katy.

- Prima, tô com fome. - disse Lily..  

- Ah é. Eu me esqueci disso. Você me desculpa? - pedi indo abraçar ela.  

- É claro! Vamos almoçar! - disse. 

Saimos do escritório.  

- Onde vai, chefinha? - perguntoiu Lucy, minha empregada. 

- Vou levar Lily para almoçar.  

- Traz uns salgadinhos pra gente também! - pediu Courtney brincando.  

Ri um pouco e fui na lanchonete mais próxima. Lá, perguntei para Lily:  

- O que vai querer?

- Eu não sei. O que você vai querer?  

- Eu não tô com fome. 

- Mais vai comer, sim! - disse Lily. - O que vai comer?  

- Hum... Vou comer então um hambúrger e uma coca. Vai querer isso também?

- Vou. - disse. 

Chamei o garçom e fiz o pedido. Logo ele trouxe os hambúrgeres e as cocas. Lily comia o hambúrger divertidamente, era até engraçado ver ela comendo. Quando terminamos de comer, pedimos a conta e fomos para o restaurante. No caminho, acabei comprando um balão de uma joaninha para ela.  

Na loja, quando entrei no escritório, a primeira coisa que eu fiz foi entrar no meu e-mail, que provavelmente haveria e-mails da titia.  Lily estava amarrando seuu balão na janela.

   "Olá, querida!

   Espero que as coisas estejam bem por aí. Porque por aqui, está tudo ótimo!
   Você tem idéia do tão quente que é aqui, no Brasil? Parece que não tem inverno nunca! (Aliás, no inverno deles, não neva. Isso é que é ter sorte, não é mesmo?).
   Como você já sabe, também gostaria de saber da casa. Se houver algum problema, nos avise, ok?
   Querida, Derek também veio atrás de nós. Ele veio até o Brasil para relaxar um pouco e acabou encontrando com a gente. Ele disse que vocês dois terminaram, pode me explicar o motivo? Eu sei que ele já te magoou muito (e você nem gosta de tocar nesse assunto), mas você precisava mesmo terminar com ele? Ele me disse que realmente ama você, e você disse que ele fez coisas que ele não sabe o que é. Você tá sendo realmente justa com ele nessa situação, querida? Bem, me responda. Não precisa se preocupar, seu tio parece estar do seu lado.

   Titia."

Ai que ódio! Não acredito que Derek teve a capacidade de ir para o Brasil se encontrar com meus tios para falar sobre o nosso rompimento. Não acredito mesmo! E ainda teve a cara de pau de falar que não sabe o motivo!  

Esse Derek me paga.   

Então, resolvi responder:

   "Oi, titia!

   Aqui está tudo bem, graças á Deus.
   Fico feliz que pelo menos aí no Brasil está quente pra chuchu. Assim vocês pegam um bronzeado e não ficam mais com essas caras pálidas =).
   A casa de vocês está tudo bem. Não precisa se preocupar.
   Quer saber de uma coisa em relação ao Derek, titia? Ele me fez uma traição muito feia. Não digo traição de amar outra garota. Ele é um cara de pau, um safado, um babaca idiota e um infantil, se é que vocês querem saber. Eu sei que, para vocês ele é o cara ideal para mim namorar, mas eu não vou desculpar e nem voltar com ele tão cedo. Sinto muito. Eu sou nova e tenho um futuro para fazer.

   Katy."

Me levantei da cadeira ruidosamente para ir tomar água, até perceber que Lily estava dormindo no chão. Fiquei com dó e coloquei em cima do sofá do meu escritório e fui tomar água.  

- Algum problema, Katy? Você parece irritada. - perguntou Alex.  

- Não, eu só tô com sede. Vou voltar para o nosso apartamento, a Lily dormiu.  

- Ah, ok. - disse. - Não quero ser chata, mas ela não podia ficar no sofá?  

- Eu tenho dó de deixar ela dormir no sofá. - respondi. - Prometo que quando ela acordar eu venho.  

Alex deu de ombros e voltou ao serviço.  

Fui até o meu escritório e acordei Lily, que pegou sua boneca e só dormiu quando chegamos no meu apartamento, que parecia ter demorado uma eternidade.  

Não me aguentei vê-la dormir, fui dormir do lado dela. Por incrível que pareça, ainda estava com jet lag.  

Quando Lily acordou, era umas cinco horas.  

- Como viemos parar aqui? - perguntou Lily me chacoalhando.  

Acordei e respondi:  

- Viemos de taxi, linda.  

- A gente vai voltar para lá?  

- Vamos. Quer comer alguma coisa, ir ao banheiro, sei lá...?  

- Não quero não. Vamos pra lá então? 

Me levantei e ela também. Ela foi direto procurar a Melissa e eu fui pro banheiro ver se eu estava apresentável, felizmenente estava, logo Lily estava com a boneca perto da porta do banheiro me esperando. Peguei a chave do apartamento e fomos de taxi.  

Lá, Lily fora paparicada pelas funcionárias. Quando chegamos no meu escritório, ela, praticalmente, tranformou a sala em um consultório médico improvisado. Quando ela terminou, ela pegou a boneca do colo e saiu, e então entrou de novo e veio até a minha mesa enquanto trabalhava.  

- Boa tarde! - disse.  

- Boa tarde. - respondi sorrindo.  

- Eu gostaria de ter uma consulta com a doutora.  

Dei um risinho.  

- Tem hora marcada? - perguntei entrando no ritmo da brincadeira.  

- Sim.  

- Qual é seu nome?  

- Jaqueline Red.  

- A doutora está te esperando.  

- Obrigada. 

E então ela foi para a sala do médico improvisada. Decidi parar um pouco do que estava fazendo para ir brincar com ela.   

- Bom dia, Jaqueline! Como vai a Melissa! - disse fingindo ser a médica.  

- Ela tá doente, doutora. Ela tá tossindo muito!  

- Posso examinar ela?  

- Claro! 

Peguei a bonequinha de pano e a coloquei sentada em uma cadeira. Fingi examinar como médico. Quando terminei, me voltei á ela lhe entregando a boneca.  

- A Melissa tá gripada. Se ela tomar chá, ela vai melhorar. - disse.  

- Obrigada, doutora! - disse Lily se levantando e indo embora de seu consultório médico improvisado. Voltei pro meu lugar e continuei a trabalhar. Ela veio me abraçar.   

- Obrigado por me ajudar! - Lily disse entre o abraço. - Eu sabia que Melissa tava doente, só não sabia que ela tava gripada.  

- Tudo bem. Cuida bem da Melissa, viu? - disse sorrindo.  

Ela deu um sorriso amarelo e começou a organizar sua bagunça.

De repente, alguém bate na porta. 

- Entre. - disse.  

E então, Kyle entrou acompanhado com um buquet de rosas vermelhas. Me levantei da cadeira. 

- Ai meu Deus! - exclamei.  

Ele entrou, piscou para Lily (que corou) e veio até mim.  

- Tudo bem? - perguntou.  

- Tudo sim. - respondi. - E você?  

- Eu tô bem também. - disse sorridente. - Isso aqui é pra você. - disse me entregando as rosas.   

- Ah! Obrigada! Não precisava! - disse pegando as rosas.  

- Não mesmo, eu necessitava.  

Dei um sorriso corando e coloquei as rosas em cima da mesa.  

- Lily, você pode ficar aí, por um segundinho? - perguntei.  

- Claro! - respondeu.  

- Venha comigo, Kyle. - disse saindo do escritório e ele me acompanhando.  

Fomos até o final do corredor que separava o meu escritório da loja e tranquei. Tranquei também a porta do meu escritório. 

- O que você tá fazendo? - perguntou assustado.  

- Nos privilegiando. - respondi. 

Quando cheguei perto dele, o beijei. No começo, foi um beijo fervoroso e depois foi se acalmando, até ficarmos sem ar.  

- Obrigada pelas rosas. Você não imagina eu quanto eu fiquei feliz. - disse isso enquanto ele ainda me abraçava, estático.  

Dei um beijo nele novamente. Outro beijo fervoroso e ele cedeu fazendo a mesma coisa.   

Depois do beijo, destranquei as portas.  

De repente, a loja já estava fechando. Pisquei para Kyle e fui buscar Lily e meu bouquet para irmos embora.   

- Ok, gente, vocês poderiam marcar um dia para ir comprar mais roupas? Sabem como é, para deixar lá no fundo. - disse para as funcionárias.  

- A gente ia perguntar isso agorinha. - disse Kelly. - Até amanhã!  

- Até! - dissemos enquanto as outras empregadas iam embora.

Peguei a chave da loja (que eu havia pego ontem no meu escritório) e tranquei a loja. - Kyle, onde está minha bolsa? - perguntei.  

- Tô com elas nas costas. - respondeu se virando para mim para mim ver a bolsa. - Vamos pegar um taxi?  

- Vamos. - respondeu Alex. 

Pegamos um taxi, ele nos levou embora e depois levou Kyle embora.


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Notas finais do capítulo

Eaí?