- A angel in my life - escrita por Vah Oliveira


Capítulo 2
Capítulo 2 - Segredo demais pra mim




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Acordei de manhã e desci na esperança de encontrar meu pai em casa, mas ele e minha mãe já tinham saído. Fui pra cozinha pegar alguma coisa pra comer, na geladeira umas coisas estranhas (na certa da dieta louca que minha mãe faz), peguei umas frutas e um iogurte que encontrei por lá. Subi correndo e me troquei, tinha uns testes de teatro pra fazer.

Uma das amigas da minha mãe meio que tinha reservado um papel pra mim em uma de suas peças. Peguei meu carro ( um new beatle prata que meu pai me deu antes da viagem) e fui para o teatro. Cheguei e lá estava uma fila ENORME de meninas. "Preciso conseguir esse papel" - pensei comigo mesma. Entrei no salão do teatro e senti um clima estranho. Era um desses lugares antigos, tudo em tons escuros. Me dava medo. Avistei a Sra Margarety encima do palco, corri falar com ela.

– Olá, Sra Margarety, sou a Sophie, filha da Mary, ela me disse que estaria esperando por mim aqui.

– Claro, venha comigo Sophie, vou pegar seu script. - caminhei até um carinha que estava entregando para as outras meninas também.

Fiquei sentada numa das poltronas do teatro enquanto as meninas faziam seus testes. "Vai ser difícil" falei pra mim mesma. Nessa hora senti como um sopro no ouvido, uma voz dizendo "Confie em mim, você vai conseguir!" me arrepiei. Olhei para o lado e perto da porta estava um homem que literalmete *desapareceu* diante dos meus olhos.

– Sophie Valentine! - gritaram meu nome de cima do palco. - corri até lá (hora do teste).

Levariam alguns dias até que anunciassem quem ficou com o papel da jovem Charlote, uma adolescente problemática, que frequentemente tem "visões" sobre o futuro e atormentada por espíritos (que bobagem).Saí de lá e fui me encontrar com a Debby num café ali perto mesmo. Papo vai, papo vem. Eu não podia mais me segurar de curiosidade e perguntei a ela sobre o Josh e a Lisa.

– Eles saíram por um tempo, depois de você ter ido pra Moscou, mas acho que não deu certo porquê em menos de um mês ela tava saindo com o Michael (um carinha do time de futebol do colégio). Ainda estávamos no café quando meu celular tocou. Como tava meio "barulhento" lá dentro eu pedi licença e fui atender. Abri a porta e enquanto eu saía entraram três homens altos, com cara de poucos amigos. Quando voltei me deparei com uma Debby vidrada nos carinhas.

– Que isso amiga, para de encarar eles. - eu disse quando um deles olhou pra nossa mesa (morri de vergonha)

– Poxa, como são gatos esses caras, nunca tinha visto eles por aqui. Aliás, quem era no tel?

– Minha mãe, tava me avisando que eles vão chegar tarde em casa. Parece que aconteceu um acidente na empresa e o sócio do meu pai desapareceu. - devo ter falado a última parte alto demais, pois um dos "caras do lado" veio até nós e perguntou se podia se sentar. Ele era o mais baixinho, tinha um olhar penetrante, cabelos escuros meio bagunçados e um sobretudo meio fora de moda, mas não tinha como não prestar atenção naquela boca (santo deus, que lindo).

– Desculpa, mas a gente já estava de saída. - eu disse quando senti a mão dele segundando meu braço. Meu coração acelerou e não me perguntem como, mas a imagem do homem no teatro leio na minha cabeça essa hora.

– É muito importante garota, precisamos falar com você! - ele dizia me olhando nos olhos quando um dos caras que estavam com ele na outra mesa o segurou.

– Calma Castiel, não é assim que vamos resolver o problema. - ele soltou ainda me olhando (parecia que ele podia ver minha alma).

– Desculpa moça, ele está meio preocupado com uns lances. - o loiro de olhos verdes disse já puxando o tal Castiel de lado, foi quando eu e Debby saímos. Eu ainda olhava para traz quando pude escutar ele dizendo.

– Ela não pode saber de nada!

No carro com a Debby, pensei em dar uma passada no escritório do meu pai, talvez eles estivessem precisando de alguma coisa. Chegando lá nos deparamos com dezenas de policiais, o lugar do acidente estava isolado, meu pai e os amigos estavam na sala de reunião, decidi ir até lá.

– Oi papai, como está? - parecia que ele não estava nada bem, mas para me tranquilizar disse q estava.

– Sua mãe passou em casa, ela te disse q vamos nos atrasar hoje?

– Sim, ela me ligou quando estava no café com a Debby.- foi aí que ele se deu conta da presença da minha amiga na sala.

– Oi querida, desculpe a falta de jeito, tá tudo meio complicado aqui. - ele se desculpou. Foi quando chegou um policial e imterrompeu nossa conversa.

– Posso falar com o senhor? - a voz daquela pessoa me soou familiar.

– Claro. - meu pai nos pediu licença e saiu.

Debby e eu resolvemos ir pra casa. Assim que chegamos na porta pra sair esbarramos em um homem de terno, com certeza um dos sócios do meu pai.

– Olha Sophie, é aquele cara alto que tava sentado da mesa do lado da nossa hoje. - ela comentou, eu mal pude reconhecer. Paramos do lado de fora e vi quando o policial chegou pra conversar com o homem de terno. Puxei Debby para o lado e esperamos eles saírem.

– O que está acontecendo aqui? - eu parei na frente deles na calçada, quase em frente o carro que eles estavam para entrar.

– Primeiro um louco (surtado) que eu nunca vi na vida me pega pelo braço no café querendo falar comigo, depois encontro vocês aqui conversando com o meu pai sobre o acidente do Sr. Charles, é obvio que tem alguma coisa errada aí, pode ir falando. - olhei com cara de brava pro loiro, que soltou uma risada baixa.

– Olha aqui moça, não sei mesmo do que está falando. - ele disse com ar irônico. Nossa conversa parou quando eu vi saindo do carro o cara de sobretudo de horas atraz.

– Ela tem que entrar no carro, aqui não é seguro pra ela. - ele disse e encostou a mão na minha cabeça, foi quando eu apaguei.



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