Sonhos Distorcidos escrita por Marie Lolita


Capítulo 12
Capítulo 11 - Descobrindo a verdade


Notas iniciais do capítulo

Nossa, é agora gente, o GRANDE momento. Muitas pessoas fizeram suas apostas, mas devo dizer que nenhuma acertou (ninguém levou prêmio. Vocês iram descobrir agora quem descobriu a nossa querida Sakura.
Considerem isso um presente de Natal meio atrasado, eu queria postar na véspera, mas não deu tempo.
Aproveitem o capítulo...



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     – Você é uma garota? – alguém perguntou a alguns centímetros de distância dela.

     No mesmo segundo ela abriu os olhos, sobressaltando-se ao ouvir aquela voz que ela reconheceu na mesma hora. Ela sabia que aquilo era o fim.

     Não tinha como se esconder ou falar que aquilo era um mal entendido. Não tem meios termos nesse quesito. Só o óbvio. A verdade nua e crua. O fato de ela ser uma garota e estar se travestindo do irmão gêmeo, essa é a verdade.

     – Não é nada disso – Sakura falou, mesmo sabendo que não iria funcionar.

    Rapidamente ela fechou a blusa e tentou esconder o cabelo rosa debaixo da touca nude, mas na corredia não deu certo.

     – Serio? – disse com escárnio. – Então o que estou vendo é o quê? – perguntou a pessoa, que começou a se aproximar mais da garota.

     – Você acreditaria se eu dissesse que sou um travesti? – ela forçou um sorriso.

     – Não. Não adianta tentar mudar o que vi. Você realmente é uma garota.

     – Os peitos são de mentira e o cabelo é peruca – mentiu.

     – Claro que são – falou sem convicção.

     Sakura se colocou de pé, mas não olhou para a pessoa que agora esta a sua frente. Seu rosto adquiriu um tom carmesim, não só por vergonha de ser descoberta, mas também de raiva por ser descoberta justamente por essa pessoa. Entre tantas pessoas naquele acampamento, tinha que ser justamente essa?

     Só posso ter tacado lápis B12 na cruz, não tem outra justificativa, pensou ela entrando em histeria.

     – Ótimo, Karin, você descobriu meu segredo. Agora o que pensa em fazer, me deletar?

     A ruiva fez uma cara de falsa ofendida para ela e depois lançou um sorriso meio maligno, o que fez um calafrio subir por sua coluna dorsal e ela tem certeza que não é por causa da chuva e por estar toda molhada.

     – Claro que não, Chay – ela disse o nome em forma de deboche –, eu nunca faria uma coisa dessas, eu gosto muito de você.

     – Então, o que você ganha com isso?

     Sakura já estava desconfiando da ruiva e de seu sorriso assustador. Karin nunca faz alguma coisa sem ganhar algo em troca, e a garota a conhecia há anos, não era agora que ela daria uma de Madre Calcutá.

     – Eu só quero te ajudar, Sakura, nada mais que isso.

     A rosada não estava caindo naquele babo de “garota boazinha” que ela esta lançando. Desconfiada ela franziu a testa.

     – Desembucha – insistiu, cruzando os braços na frente do peito.

     – Não quero nada, mas se eu quiser, você será a primeira a saber, não tenha dúvidas.

     Claro, ela vai pedir para mim me suicidar, já posso ver até o que minha mãe vai achar quando ver meu corpo estirado, pensou.

     – Quando você desconfiou que eu sou garota? – perguntou arrumando os grampos no cabelo para poder colocar a touca e voltar a ser homem.

     – Desde o primeiro dia que eu te vi. Desconfiei quando te joguei dentro do galpão e quando te abracei, você parecia diferente de quando conheci, mais pequeno, delicado, mais feminino, então decidi fazer um teste e você foi reprovada – levantou uma sobrancelha.

     – Aquilo...? Você nunca disse nada para o Chay antes de ir embora, não é?

     – Sim, eu disse, mas não foi nada de mais, não para ele falar para esquecer. Você caiu na própria mentira, querida – deu de ombros.

     Ela estava incrédula, totalmente em choque.

     Tinha sido enganada e agora estava pagando o preço por sua própria mentira.

      – Bem, tenho que voltar agora, eu fugi do meu par – ela mostrou o pulso sem a algema. – Acho que ele se chama Sasuke. Coitadinho, ele está totalmente caído por mim. O que você acha? Acha que eu deveria corresponder o amor dele, Chay?  – ela lançou outro sorriso falso e maléfico. – Eu te procuro se quiser alguma coisa – deu as costas para ela.

      As unhas de Sakura já estavam rasgando a palma da mão fechada em punhos. Ela não conseguia segurar sua raiva.

      – Ah, Sakura, acho melhor você fazer puf e sumir, ao contrário, um certo ruivo, chamado Sasori, ira descobrir – falou sob os ombros e depois voltou a andar.

      Ela não entendeu muito bem o que ela disse sobre o Sasori, mas no mesmo segundo abriu a camiseta e tentou enrolar apressadamente a faixa nos seios, mas ficou muito mal enrolada. O cabelo não ficou diferente, mas conseguiu colocar a peruca no lugar pelo menos.

     – Chay! – ela ouviu alguém gritar em algum lugar não muito longe dali.

    Foi então que ela viu o cabelo vermelho de seu “príncipe” grudado no rosto e a cara de preocupação estampada. Ele provavelmente teve um troço ao acordar e não vê-la ao seu lado.

    – Aqui – respondeu.

    No mesmo segundo que lindos olhos dele acharam os dela, a garota se abraça, só por via das dúvidas e a faixa não estiver coberto tudo.

    – Como você tirou a algema? – ele pergunta parando na frente dela, meio ofegante.

    – Usei um grampo.

    – Onde você achou um grampo?

    Do meu cabelo, oras, pensou, mas não iria responder aquilo.

    – Achei dentro da mochila – mentiu.

    – Por que você saiu da caverna? Como chegou aqui com seu tornozelo torcido? – perguntou preocupado.

    – Desculpe – foi só o que disse e abaixou a cabeça.

    Com um movimento inesperado, Sasori se aproxima dela e a abraça fortemente.

    – Eu fiquei preocupado. Não faça mais isso, por favor – disse ele, com o queixo apoiado no topo da cabeça da garota.

    No mesmo segundo ela ficou corada com o rosto enterrado na blusa molhada do ruivo, mas assentiu afirmadamente. Não correspondeu o abraça – a contra gosto – e nem sabia dizer o motivo de tanta preocupação, mas seja o que for é bom e quente. Ela aproveitou cada segundo nos braços dele, absorvendo seu calor e aquela fragrância amadeirada.

    Deus, como eu queria ser eu mesma e me inclinar e beijá-lo, pensou apertando os olhos em raiva. Como eu queria que essa preocupação fosse para mim e não para o Chay.

    Ele não é gay, lembrou a si mesma.

    – A chuva esta bem fraca agora, acho que devemos continuar – ele disse tirando os braços ao redor do corpo pequeno da jovem. – Você consegue andar?

    – Tenho uma moleta – mostra seu graveto.

    Sasori pegou o pulso dela e prendeu a algema felpuda novamente no lugar.

    Eles continuaram a andar. Sasori fez de tudo para acompanhar o passo de lesma de Sakura, mas ela começou a tomar aquilo como um estorvo para ele. Se ela não fosse seu parceiro ou se tivesse escutado o que ele disse sobre a mochila, nada disso teria acontecido e ela não estaria o atrasando.

    – Me desculpe Sasori – disse cabisbaixa.

    – Esta se desculpando pelo quê?

    – Se eu tivesse te ouvi ou se não fosse seu parceiro você já teria ganhado, mas eu o estou atrasando.

    – Claro que não. Você é meu amigo Chay, não um estorvo – ele da um sorriso branco, que se mistura com sua face molhada e suja.

    Ao andar eles acharam mais uma mochila, mas ela não tinha nada mais que tijolos e um boneco de pelúcia sem cabeça. O que é isso? A pergunta certa è: no que isso vai ajudá-los? Em nada, obviamente.

    Depois do que pareceu uma eternidade os dois conseguiram achar uma cabana e depois outra e mais outra. Tinham conseguido voltar a salvo para o acampamento.

     Assim que os dois conseguiram achar um grupo de gente eles os rodearam, com preocupação. Todos faziam perguntas e olhavam o estado dos dois.

    – O que aconteceu com vocês? – perguntou Naruto e ele parecia intacto.

    – Caímos de um barranco e pegamos uma chuva desgraçada – respondeu Sakura exausta.

    – Vocês passaram por maus bocados, camaradas. O pior é que vocês são os últimos.

    Ótimo. Noticia maravilhosa essa Naruto, pensa ela com sarcasmo.

    – CHAY! – gritou alguém mais ao fundo da multidão.

    Sakura não precisou de muito esforço para perceber que era aquela ruiva falsa vindo em sua direção. Ela abraçou a garota com tudo e depois a olhou como se sentisse preocupação de verdade.

    – Vocês esta bem? Eu ouvi que torceu o tornozelo.

    E você vai quebrar os dentes se não sair perto de mim, sua bruxa.

    – Foi só uma torcidinha, nada de mais – disse com uma voz forçada e tentou dar um sorriso falso para todos.

    – Olha o Chay, nem chegou direito e já tem uma enfermeira particular, como você é sortudo.

    Não, isso é uma maldição, se quiser eu dou ela de graça para você Naruto, quer?, pensou em dizer, mas não podia, então se conteve.

    – É, que sorte a minha.

    – Vamos, eu vou te levar para a enfermaria – ela agarrou um dos braços dela com força.

    – Não precisa, eu vou sozinha – tentou se desvencilhar do agarram, sem sucesso.

    – Claro que não, EU levo.

    Naquele momento Sakura percebeu que se não obedecesse tudo que ela dissesse ela estaria ferrada, bem, mais ferrada, pois só por estar vestida de homem já é ser ferrada o suficiente.

    – Como uma boa enfermeira eu vou te mimar muito.

    Ninguém fez nada para impedir que Karin a levasse, apenas olhavam o ‘casal’ passando. Sakura percebeu duas coisas: 1° Sasuke não desviava os olhos das duas e estava com a cara de quem chupou limão e não gostou, obviamente se contendo para não partir para cima do Chay. 2° Sasori também não estava com uma cara das melhores também, aquilo poderia ser... ciúmes?


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Notas finais do capítulo

E aí... gostaram? Odiaram? Querem matar a autora e a Karin junto? Me digam.
Antes de mais nada eu tenho uma pequena pergunta a fazer a vocês leitores que tanto amo: Vocês gostariam de ler Sonhos Distorcidos com meus personagens originais? A história ´meio diferente da versão Naruto; Me digam se tem interesse. pliss