Mind Readers escrita por lovemyway


Capítulo 5
Capítulo IV


Notas iniciais do capítulo

Eu queria agradecer de coração pelos reviews. Essa é a primeira fanfic Faberry que eu escrevo, mas eu já sou meio "velha" nessa coisa de escrever. Só que eu nunca terminei uma história antes, até porque eu não tinha postado nenhuma. Mas eu postei essa, meio que fazendo uma experiência, e descobri que minha inspiração fica cada vez maior quando vocês me dizem que estão gostando. Eu me sinto inspirada a escrever cada vez mais, e a melhorar em cada capítulo. Espero que estejam gostando da história, e não vou me prolongar mais. Boa leitura, e mais uma vez, obrigada! :D



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Capítulo IV


Kurt Hummel

Meu gaydar sempre apitou para Quinn Fabray. Afinal, não é todo dia que uma garota linda como ela aparece no McKinley, e dispensa todos os garotos bonitos. Bem, isso realmente não é normal. Mas quando Rachel entrou na escola, meu gaydar apitou com muito mais força ainda. Porque cara, aquilo era sinistro! A Fabray não parava de encarar a baixinha, e eu nunca tinha visto uma coisa daquelas –– a não ser, é claro, que você conte Crepúsculo.

–– Vocês acham que elas estão se pegando? – perguntou Mercedes.

–– Elas não se conhecem, Mercedes.

–– Como não, Kurt? Sam acabou de dizer que as viu se agarrando no corredor.

–– Ei! – protestou Sam. – Eu nunca disse que elas estavam se agarrando. Na verdade, eu que vi as coisas da maneira errada. Elas só estavam caídas, pode ter sido apenas um acidente.

Mercedes franziu o cenho. Assim como eu, era óbvio que ela não estava convencida. E pelo visto, Sam também não. Ele tinha uma expressão estranha no rosto, como se tentasse se convencer de que não tinha visto o que tinha visto. E aparentemente ele não estava tendo sucesso.

–– Bem, não vamos julgá-las assim de cara – pronunciei-me. – Mas vamos ficar de olho nelas, só para garantir.

–– E para que? – perguntou Sam, arqueando a sobrancelha. – E daí se elas estiverem juntas?

–– Daí que elas estão fingindo que não se conhecem, e que Quinn Fabray é a Ice Queen, e que de fato não sabemos nada da Rachel. E se isso não for só mais um truque da Sue para destruir o Glee por dentro?

Mercedes e Sam trocaram olhares.

–– Olha, eu sou gay –– disse impaciente. –– Eu não me importo que elas também sejam, e serei o último a julgá-las. Mas se elas estiverem mesmo tentando acabar com nosso Glee...

–– Ficaremos de olho nelas – sentenciou Mercedes, concordando comigo. – Você está dentro ou não, Sam?

–– Estou dentro – disse Sam, como se assinasse uma sentença de morte. Revirei os olhos. Também não era para tanto! – Mas isso fica entre nós, entenderam?

Mercedes e eu concordamos com a cabeça. Sim, isso fica entre nós... Por enquanto.



Santana Lopez



Eu sei o que vocês estão pensando. Eu, Santana Lopez, sou a garota mais bonita, gostosa e valente dessa escola. Eu não preciso me rebaixar, e ouvir a conversa dos outros é algo completamente desnecessário –– afinal, eu estou por dentro de todas as fofocas. Mas eu não pude deixar de ouvir o comentário do Porcelana.

–– Daí que elas estão fingindo que não se conhecem, e que Quinn Fabray é a Ice Queen, e que de fato não sabemos nada da Rachel. E se isso não for só mais um truque da Sue para destruir o Glee por dentro?

É claro que eu não fazia ideia de quem a tal Rachel era, mas eu sabia muito bem quem era a Ice Queen. Aquela garota me dava calafrios. E alguém que consegue dar calafrios em Santana Lopez não é alguém normal. Então ela e essa Rachel podiam estar trabalhando para treinadora Sylvester? Eu achava meio improvável. Mas estávamos falando de Quinn Fabray, a garota do cabelo rosa, e quando se tratava dela, tudo era possível. Quero dizer, quem me garante que ela não trocara trabalhar para Sue por uma pedra de crack? Vai saber o que se passa na mente dessa garota! Mas aí dela se tentasse alguma gracinha para prejudicar o Glee Club. Eu fazia pedacinhos dela, ah se fazia!



Mercedes Jones



É impressão minha ou a Santana estava parada atrás da gente com um olhar maníaco no rosto? Será que ela escutou alguma coisa da nossa conversa? Meu Deus, pelo bem da Rachel e da Ice Queen, eu espero que não. Até porque não temos certeza se essa teoria maluca do Kurt é verdade. Talvez elas sejam amigas e estavam brigadas. Ou talvez ela realmente acabaram de se conhecer e foi tudo um mal entendido, como o Sam sugeriu. Afinal, a mente prega peças... Não é?

Mas o assunto acabou por aí, porque o resto do Glee Club se juntou a nós. E quando o intervalo acabou, soltei um pequeno gemido ao lembrar que teriam ainda mais duas aulas. Droga, eu quero ir para casa –– pensei. Mas infelizmente, querer não é poder.



Quinn Fabray



Eu esperei por ela no estacionamento. Era algo desnecessário, estúpido e até um pouco infantil, como se eu fosse uma criança que não conseguia ficar longe do seu brinquedo favorito. Não que Rachel fosse um brinquedo, mas exercia tanta atração quanto um. Mas não que eu me sentisse atraída por ela, é só que... Ah, droga, quem eu estava querendo enganar? Eu passara o dia inteiro pensando em Rachel Berry, e no motivo de sua mente não se abrir para mim. Eu nunca me sentira tão tentada a me aproximar de alguém, a querer desvendar alguém. É como se ela fosse um livro muito complexo, e eu precisava ler por partes para entender o todo. E eu não via problema nenhum em descobrir cada detalhe da vida dela.

–– Quinn?

Levei um tremendo susto ao ver Rachel parada ao meu lado. Eu nunca me assustava, porque eu podia ler a mente das pessoas –– mas com Rach era tudo diferente, tudo imprevisível.

–– Rach, oi! – disse sorrindo.

Espera aí... Eu a chamei de Rach? –– pensei. Corei furiosamente, e ela percebeu.

–– Pode me chamar de Rach – disse Berry sorrindo. – É como meus amigos me chamam... E é mais ou menos o que somos agora, não?

–– Acho que sim – disse, abrindo o maior sorriso. Afinal, há muito tempo eu não tinha um amigo.

–– Então, o que você ainda está fazendo aqui? – perguntou Rachel, sorrindo também.

–– Protelando – disse, dando de ombros. – Não quero ir pra casa, pelo menos não agora.

–– Bem, meus pais não estão em casa. Se você quiser, podemos estudar juntas.

–– Sério? – perguntei surpresa.

–– Claro – disse Rachel. – Mas temos que nos apressar, porque o ônibus vai já sair.

–– Não se preocupe com isso – disse sorrindo. – Essa belezinha aqui é minha.

Apontei para o New Beatle no qual eu estava encostada e Rachel sorriu.

–– Vamos então? – perguntou-me a morena.

Não respondi. Levantei do capô e abri a porta do passageiro para ela. Rachel corou e entrou no carro. Fechei a porta, entrei no lado do motorista e liguei o carro.

–– Você vai ter que me guiar, eu não sei o caminho – falei, olhando para Rach.

–– Não se preocupe, eu te guio.

E por incrível que possa parecer, eu realmente não me preocupei com absolutamente nada.



Rachel Berry



–– Você é muito boa – falei. – Eu não entendo nada de cálculo.

–– É fácil – disse Quinn, dando de ombros. – É uma área exata. Ou é ou não é. E se não é, você pode refazer o caminho todo até...

–– Certo, já entendi – resmunguei baixinho.

Quinn riu, e eu a acompanhei. Estávamos estudando há duas horas, e ela fazia tudo parecer mais simples. Em duas horas, eu aprendera muito mais que em dois anos. Suspirei.

–– Será que podemos parar um pouco? Eu já estou ficando com dor de cabeça de tanto cálculo.

–– Claro, mas você precisa treinar mais, Rachel. Você é inteligente, só precisa se esforçar um pouco.

–– Talvez você pudesse ser minha professora particular – sugeri rindo.

–– Eu adoraria – disse Quinn, encarando-me seriamente. – Se você estiver falando sério, é claro – acrescentou, corando logo em seguida.

–– Seria uma honra – disse-lhe sorrindo. – Mas agora chega de estudos... Você sabe alguma coisa do Glee Club do McKinley?

–– Glee Club? – perguntou Quinn pensativa. – Não muito. Eles são meio que os “perdedores” do colégio.

–– Ouvi dizer que há vários jogadores de futebol lá.

–– Exatamente – disse Quinn. – Perdedores.

Nós duas rimos. Lembrei-me então dos dois garotos no vestiário e senti meu rosto corar.

–– Desculpe não ter ajudado você com os garotos. Eu não sabia o que fazer.

–– Foi até melhor assim – disse Quinn, tocando levemente em meu braço. – Não se preocupe, não havia nada que você pudesse fazer.

–– Mas se eles me vissem ao seu lado, o do moicano provavelmente não teria te beijado.

–– E te incomoda ele ter feito isso? – perguntou Quinn, arqueando a sobrancelha.

–– O que? N-não! É só que você não pareceu ter g-gos-gostado e e-eu achei que...

Mas Quinn balançou a cabeça rindo.

–– Eu estava brincando, Rach.

Não pude deixar de sorrir ao ouvi-la me chamar pelo apelido. Ele parecia bem mais bonito vindo da boca dela.

–– Além do que, aqueles garotos são uns idiotas. Mas você vai descobrir isso por si mesma.

–– Por que diz isso? – perguntei, franzindo o cenho.

–– Porque os dois fazem parte do Glee Club.

E foi aí que eu pensei em desistir.

–– Droga – murmurei.

–– Você quer participar do clube?

–– Mercedes e Kurt me convidaram. Disseram-me que faltavam dois membros para eles poderem participar de competições.

–– Dois membros? Você é uma. Quem será o outro?

Dei de ombros.

–– Ainda estão procurando.

–– Duvido que encontrem. Ninguém quer se juntar ao time dos perdedores.

–– Mas cantar é legal – retruquei, meio que na defensiva.

–– Eu também acho – concordou Quinn sorrindo. – E é exatamente por isso que eu vou entrar no clube do coral com você.

–– Você faria isso por mim? – perguntei impressionada.

–– Eu faria qualquer coisa por você – respondeu-me Quinn, olhando-me no fundo dos olhos.

E naquele momento, eu soube que Kurt estava certo sobre Ice Queen. Porque aquela foi a primeira vez que o meu gaydar apitou.



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Notas finais do capítulo

E então, o que me dizem? Críticas, sugestões, reclamações? Podem falar, estou aqui para ouvir :D