Mind Readers escrita por lovemyway


Capítulo 4
Capítulo III


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, espero que gostem :)



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Capítulo III

Quinn Fabray

–– Se esconde atrás do armário – sussurrei para Rachel, que prontamente me atendeu.

Eu não sei o que o Finn quer no vestiário feminino. Isso é falta de sexo, problema que Noah Puckermann não tem.

Eu posso jurar que vi duas garotas entrando aqui. Será que elas tão se agarrando? Acho que o Puck vai parar de reclamar se encontramos duas garotas no maior amasso. Esse é definitivamente o sonho de todo cara.

Revirei os olhos. Como os garotos conseguiam ser tão idiotas? Escorei-me no armário, cruzei os braços e esperei os dois aparecerem, o que não demorou nem mais dois segundos.

Oh merda! Ice Queen? Estou fodido –– pensou Hudson.

Abafei o riso. Puckermann apareceu logo em seguida.

–– O que está fazendo aqui, Fabray? – perguntou Puckermann.

–– O que uma garota está fazendo no vestiário feminino? Hum... Boa pergunta. E qual das duas donzelas vai me responder? – perguntei sarcasticamente.

–– Vai se ferrar, Ice Queen – disse Puckermann, todo irritadinho.

–– Tem mais alguém aqui – disse Hudson, encarando-me desconfiado.

–– Não me diga! – exclamei. – E você deduziu isso só olhando para mim, ou o Puckermann teve que sussurrar no seu ouvido o óbvio?

Hudson corou, fazendo-me gargalhar.

–– Cala a boca, Fabray – disse Puckermann, controlando-se ao máximo para não rir junto.

–– E se eu não quiser? – perguntei, arqueando a sobrancelha.

–– Então eu vou fazer você calar – disse ele maliciosamente.

–– É mesmo? Quero ver você tentar – disse rindo.

E então, Puckermann fez algo que estava pensando, mas eu nunca pensei que ele fosse ter a coragem de fazer. Noah Morto Puckermann me beijou.

Finn Hudson

Eu simplesmente não podia acreditar que Puck beijara a Rainha do Gelo. Parecia tão surreal. Eu nunca imaginei que ela sequer pudesse beijar alguém. Puck a pegara de surpresa, porque ela não esboçara nenhuma reação. Ou talvez ele só seja bom no que faz –– pensei. –– Afinal, todas as garotas caem aos pés dele. Motivo deve ter.

E então, Quinn Fabray empurrou Puck com força, fazendo-o cair por cima de um dos bancos. Eu nunca vira tanto nojo na cara de uma garota, e quase dei graças a Deus por não ter sido eu a beijá-la.

–– Enlouqueceu Fabray?!

–– Engraçado, porque eu ia fazer exatamente essa mesma pergunta.

Meu coração parou de bater por alguns instantes. E quando eu me virei, vi Sue Sylvester parada bem atrás de mim. Estamos definitivamente fodidos.

Rachel Berry

O garoto do moicano beijou a Quinn. Eu quase não acreditei quando vi. Minha vontade foi de pular no pescoço daquele filho de uma mãe, e arrancar ele de perto da loira. É óbvio que ela não queria beijar ele... Não é? Mas no final das contas, eu não precisei fazer nada, porque a própria Quinn deu um empurrão tão forte, que o otário bateu no banco e acabou caindo. Precisei morder meu lábio para não cair na gargalhada. Mas a vontade de rir passou quando a treinadora Sylvester apareceu. Engoli em seco, e institivamente dei um passo para trás.

–– O que vocês estão fazendo aqui? – perguntou ela, lançando um olhar ameaçador aos meninos.

–– Nós... Nós...

–– E ainda por cima tentaram agarrar uma garota indefesa?

–– Ela derrubou o Puck! – gritou o garoto alto, apontando para Quinn.

–– E quem me garante que vocês não iam tentar me estuprar? – perguntou Quinn, elevando a voz.

Era impressão minha, ou Quinn estava se contendo para não dar uma risada? Porque definitivamente “garota indefesa” não era algo que se podia aplicar a ela. E o golpe de mestre pareceu ter funcionado. A treinadora Sylvester expulsou os dois garotos do vestiário e os mandou para a diretoria. E ainda ameaçou, dizendo que se não os encontrasse lá, eles podiam se considerar expulsos do time de futebol. Time de futebol? –– pensei. –– Isso explica a atitude de babacas. Foi aí que ela se virou para Quinn, pronta para pedir uma explicação. Mas antes que a loira pudesse falar alguma coisa, eu apareci.

–– Ora, o que temos aqui! – exclamou Sue. – Qual dos anões você é? Soneca? Dunga? Não, está mais para zangado. E você, Branca de Neve, pretendia uma orgia com a anã e os príncipes encantados, é isso?

–– Não – disse com firmeza. – Desculpe treinadora, mas é porque minha camisa estava suja, e o vestiário estava mais próximo que o banheiro. Eu estava sem blusa, por isso não apareci quando os garotos estavam aqui.

–– Jogaram slushie nela, treinadora Sylvester – inventou Quinn, lançando-me um olhar cúmplice. – A senhora sabe como esses imbecis são.

–– Muito bem, Fabray, dessa vez eu vou aceitar sua palavra. Mas não quero ver nem você, nem a hobbit, aqui outra vez, entenderam? Caso contrário... Eu estou mesmo precisando de novos anões de jardim – disse a treinadora, dando um sorrisinho debochado. – Agora se mandem suas vadias.

Não precisei escutar duas vezes. Segui Quinn para fora do vestiário, com o coração ainda batendo forte no peito.

–– Não acredito que ela acreditou – disse suspirando.

–– Ela não acreditou – disse Quinn, lançando-me um olhar preocupado.

–– Mas ela nos liberou...

–– E não duvido nada que ela vá cobrar esse “favorzinho” no futuro. Acredite Rachel. Sue não faz nada por caridade.

E antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, o sinal tocou. Despedi-me de Quinn e corri para o meu armário –– não estava com a mínima vontade de perder mais nenhum tempo.


Sam Evans

–– E vocês acham que ela vai topar? – perguntei, arqueando a sobrancelha.

–– Não sei – disse Mercedes, dando de ombros. – Mas ela pareceu interessada, e Deus sabe que precisamos de mais membros no Glee Club.

Era a hora do intervalo, e eu estava sentado numa mesa com Kurt e Mercedes. Nós discutíamos a possibilidade da novata, Rachel Berry, juntar-se a nós. Precisávamos de “carne nova” para dar uma “esquentada” nas coisas –– pelo menos foi o que o Sr. Schue nos disse.

–– Certo, então somos eu, você, o Kurt, a Santana, a Brittany, o Finn, o Puckermann, o Mike, a Tina e o Artie. Nós precisamos de que? Dois membros? Não pode ser tão difícil, pessoal!

–– Sam, estamos tentando fazer alguém entrar há meses. Ninguém que ser um perdedor.

–– Além do que, se a Rachel entrar, ela pode arrastar a Fabray com ela – brincou Kurt rindo.

–– Fabray? – indaguei, arqueando a sobrancelha. – Quem é essa?

–– A garota dos cabelos rosas – disse Mercedes, revirando os olhos. – Kurt acha que Fabray está afim da Rachel.

–– Eu não acho, eu tenho certeza. Meu gaydar apita horrores perto da Ice Queen.

–– Cara, eu acho que você está errado – disse calmamente.

–– O que? Que ela não é gay? Porque isso é impossível.

–– Não, sobre a Rachel. Porque eu a vi no corredor hoje com uma garota, e elas pareciam prestes a se beijar.

Kurt e Mercedes trocaram olhares.

–– O que foi? – perguntei.

–– A garota era uma baixinha morena?

–– Agora que você falou... Era sim. Por quê?

–– Porque a Rachel não apareceu para o primeiro tempo.

E então, tudo fez o maior sentido.



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Notas finais do capítulo

Eu particularmente achei esse capítulo um pouco chato UHEUEHUEH, mas tive que escrever. Algumas coisas importantes nele, como a Rach sentindo ciúmes da Fabray, e o Sam descobrindo que eram elas quase se pegando no corredor.
Agora, Sam, Mercedes e Kurt vão ficar de olho nas duas.
E então, reviews? :D